Passamos uma noite super divertida. O Quil e a Claire nem se fala. Passaram a noite toda a conversar e a rir. Eu e o Jake foi um bocadinho diferente, passamos a noite toda a conversar, a rir e o mais importante, a namorar. A cada momento que passa eu estou mais apaixonada pelo meu lindo e maravilhoso lobinho.

Passei a noite na casa dele. Mas não fizemos nada! Para não começarem com ideias! Ele só adormeceu nos meus braços e eu sonhei acordada nos seus. E os meus sonhos também não tinham nada de mal! Só sonhei como seria ter uma vida com o meu amor. Como seria ter uma vida normal novamente. Mas com estes pensamentos lembro-me de algum que nunca poderei dar a Jacob. Um filho! Um pequeno ser que seria a extensão do nosso amor. Uma pequena vida para continuar a nossa felicidade.

E com estes pensamentos mais tristes eu passo a noite.

Já é de manhã há muito tempo e Jacob ainda está a roncar feito um porco. Neste caso, um lobo. Mas de repente começo a ouvir alguns bocejos e percebe que Jacob está a acordar.

-Finalmente! Estava a ver que não ias parar de roncar. -disse a brincar.

-Se não gostas muda-te. -ele disse zangado.

-Estás mesmo a acreditar que eu acho isso. Eu amo-te meu amor, mesmo com o teu incrivelmente irritante roncar. Mas nem sequer me importo. Tu és muito mais importante. -eu disse e ele abriu um lindo sorriso.

-Também te amo meu amor. -ele disse e eu instintivamente sorri.

-Bem vai tomar banho, que eu vou preparar o teu pequeno-almoço. -eu mandei.

-Tu sabes cozinhar? -ele perguntou com medo.

-Melhor do que tu alguma vez saberás. -eu respondi, fazendo um sorriso amarelo.

-Tudo bem. Tu é que mandas. Ainda me esfolas o pescoço. -ele disse e eu ri.

-Vai. -eu mandei e ele levantou-se, indo directo para o banheiro. Eu fui lentamente até à cozinha para não acordar Billy, mas quando cheguei ele já estava lá.

-Bom dia Renesmee. -ele cumprimentou. -Conseguiste sobreviver ao ronco do meu filho? -perguntou.

-Surpreendentemente sim consegui. -eu respondi a rir. -Ao do pai também! -exclamei, sorrindo.

-Ouviste? -Billy perguntou. Eu fui em direcção à geladeira e peguei na caixa dos ovos.

-Sim. Vampira! Temos uma audição perfeita. Pelo menos não temos que gastar dinheiro em consultas a queixarmo-nos que ouvimos mal. -respondi a brincar.

-Tudo tem um lado positivo! Vais fazer o pequeno-almoço para o Jacob? Ele ficou sem mãos? -Billy perguntou a brincar.

-Eu é que me ofereci e mandei-o tomar banho. -eu respondi. Comecei a tirar os ovos.

-Olha que o Jacob é rápido a tomar banho. Por esse andar não vais conseguir acabar antes de ele vir. -Billy avisou.

-Fique descansado. Eu tenho alguns truques. -disse e comecei a fazer o pequeno-almoço a uma velocidade sobre humana.

-E já está pronto. -disse, colocando o prato na mesa.

-Uau! -foi o que Billy murmurou.

-Eu disse que rápida. -eu disse com um sorriso.

-O que é que aconteceu? Porque é que o meu pai tem a boca aberta? -Jacob entrou na sala e perguntou.

-Eu depois conto-te. Vai comer. -eu disse. Ele dirigiu-se à mesa e deu a primeira garfada.

-Isto está maravilhoso. Espantoso para uma pessoa que não come. -ele disse e começou a comer rapidamente.

Enquanto Jacob comia, eu ia falando com Billy sobre diversas coisas. Ele perguntou-me sobre a minha vida humana e pela primeira vez, eu consegui falar com um sorriso e dizer que passado é passado.

Após Jacob acabar de comer, saímos e fomos abraçados até à fronteira entre as terras Quileute e Forks.

-Vejo-te depois. Tenho que falar com Claire. -disse fazendo um beicinho.

-Ok! Mas promete que depois vens. Além disso, tenho que conversar com Quil. -ele disse e depois deu-me um beijo de tirar o fôlego.

-Até logo amor. -eu disse, caminhando para longe dele. Uma parte de mim até pressentia que era a última vez que nos beijávamos mas é só a minha imaginação. Neste caso, o lado errado da minha imaginação.

Fui caminhando pela floresta até ouvir alguém atrás de mim.

-Quem está aí? -perguntei.

-O Alec. -uma voz respondeu-me.

-O que é que queres? -perguntei agressivamente.

-Quero que te afastes desse lobo ou então ele sofre as consequências dos teus actos sem fundamento. -ele disse.

-O quê? -perguntei sem entender.

-Os Volturi não apoiam a relação entre vampiros e lobisomens. Além disso, com todas as tuas características, tu irás fazer falta ao exército dos Volturi. Portanto vamos combinar tudo. Tu contas uma desculpa parva a esse pulgento e depois vens comigo. -disse com uma voz séria.

-E se não for? -eu disse com uma voz intimidadora. Mas na verdade estava cheia de medo. Eu não queria nem pensar em abandonar o meu amor, a minha vida.

-O teu pulgento morre e a tua amiguinha vai servir de refeição. -ele respondeu.

-Tudo bem. -eu disse. Se fosse humana já estava a chorar. -Dá-me tempo para arranjar uma desculpa para o Jacob e depois eu vou contigo. -eu disse.

-Despacha-te! -ele exclamou agressivamente.

Fui pelo caminho, novamente, até La Push. Eu estava completamente arrasada! Eu era obrigada a abandonar o amor de toda a minha vida. De abandonar o sol e sorriso da minha vida. Eu não vou aguentar viver sem ele. Vai ser demais. Ele é a razão para eu ser o que sou, tentar ser uma pessoa melhor, sem ele não sou nada. E se nunca mais o ver, nunca passarei a ser algo!

Atravessei a fronteira e corri rumo a sua casa. Cheguei e bati à porta. Abriram-na e de lá apareceu um Jake com uma cara preocupada.

-Aconteceu alguma coisa? -ele perguntou.

-Desculpa mas não dá. Eu ainda estou apaixonada pelo Charlie. -tinha que fazer desta maneira. -E ele ligou-me a pedir que eu voltasse para ele. Conseguiu o meu número de não sei a onde e quer me de volta. Desculpa ter dito que te amava. -eu respondi.

-Ele traio-te e deixou-te, tu transformaste-te em uma vampira por culpa dele e agora dizes-me que não me amas. Não acredito! -exclamou.

-Não preciso que acredites. Desculpa Jake! -digo, viro as costas e começo a correr em direcção à floresta com o coração partido. Ele tinha razão, eu ainda amava-o! Ele tinha razão para não acreditar na minha mentira. Eu fui sempre eu ao lado dele e ele sabia disso.

-Nessie! Nessie! -ele começava a gritar e a chorar. Mas eu não podia voltar atrás, eu queria que ele continuasse a viver.

Fui em direcção à floresta e aproximei-me de Alec.

-Vamos? -perguntou.

-Vamos. -eu murmurei.

A minha felicidade, a minha vida acabou neste momento!