Escrito nas Estrelas escrita por MisuhoTita


Capítulo 12
Capítulo 12 Capturem a Princesa Élfica




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A cidade de Valanor parece brilhar enquanto os poderes de todos os reunidos ali são despertados ao mesmo tempo. E todos os presentes começam a sentir em seus corações poderes antes nunca sentidos.

Mas, tamanho esforço para se conseguir um exército capaz de enfrentar de igual para igual os exércitos vindos das terras de Morn acaba por precisar de muita energia vinda dos três elfos maiores.

E os três começam a sentir suas forças deixarem seus corpos, enquanto continuam a despertar os poderes de todos os presentes na cidade sagrada dos elfos.

Por fim, o despertar acontece por completo, e as estrelas somem do céu, e todos os homens e elfos estão totalmente prontos pata lutar, com a grande e importante exceção dos três maiores, que tiveram que usar todo seu poder para despertar centenas de poder ao mesmo tempo.

E neste momento, um ataque começa em Valanor, liderado por Dan Acelo, com um exército de quinze mil krons. Laimiel dá a ordem e os presentes na idade começam a atacar, enquanto os krons, com seus machados e suas armas começam a invadir a cidade, a carnificina prestes a começar.

Enquanto o ataque começa, os três elfos maiores são obrigados a se retirarem para o palácio dos três. Um lugar sagrado que somente os três tem permissão de tocar. Nem mesmo Mago e Arwen, filhos dos três maiores, tem a permissão de entrar neste recinto sagrado.

Totalmente exaustos por tamanho esforço, os três maiores trancam as portas do recinto, a fim de conseguirem recuperar pelo menos um pouco das forças perdidas e ajudarem a defender a cidade de Valanor e a Terra Média.

- Confesso que me sinto totalmente sem forças agora. – comenta Eowyn.

Baranon a olha com o mesmo olhar cansado, sentindo o peso da falta de força enquanto do lado de fora das muralhas do castelo escutam os gritos de batalhas sendo travadas pelo futuro do mundo.

Elfos e homens obstinados que estão dispostos a arriscarem suas vidas em troca da paz. Para não mais verem nenhuma chacina... Para não verem mais sangue inocente sendo derramado... Para não verem mais pessoas sofrendo vendo a morte levar seus entes queridos... E, acima de tudo, para tentar impedir que uma nova era de escuridão domine a Terra Média...

Laimiel sente uma inquietação em seu coração, e involuntariamente leva uma de suas mãos ao lado esquerdo de seu peito, onde se localiza seu coração. Não sabe explicar, mas, sente que os herdeiros do Lorde das Trevas estão tramando algo... Sente uma estranha sombra tomando conta da Terra Média, um mal inominável se aproximando cada vez mais... Um mal que sabe que nem mesmo o poder dos três elfos maiores será capaz de dominar...

Baranon percebe a inquietação no olhar de Laimiel, e não consegue entender o que tanto preocupa seu amigo. Desde os tempos primórdios sempre estiveram juntos, e, até este momento, nunca havia visto Laimiel desta forma.

- O que te preocupa, Laimiel? – pergunta Baranon dando voz a seus pensamentos.

Laimiel não tem certeza se deve falar de todos os seus temores. Pois, não sabe explicar exatamente o que teme. Uma parte de si teme o pior para esta Terra Média que tanto ama, e seus temores também vêm da visão que tivera na floresta sagrada de Atlan, pois ainda não tivera tempo de parar para pensar o que todo aquele sangue significa. Tudo o que sabe, é que não é algo bom...

- Não sei exatamente, Baranon. – responde Laimiel – Vários acontecimentos ao mesmo tempo. Esta nova guerra está tomando proporções gigantescas, e as estrelas me revelaram que desta vez as batalhas serão muito mais perigosas e vorazes do que foram outrora.

- Já estamos vendo isso. – Eowyn comenta com os dois – No passado, vivemos dias terríveis, não há como negar, porém, nestes dias atuais em que a guerra corre solta, batendo na porta de cada cidade de nossa amada Terra Média, as coisas parecem piores do que foram há três mil anos. E, para complicar, usamos grande parte de nosso poder para acordar os poderes daqueles que possuem coração puro e trazem em seus corações o desejo de lutar por uma nova era de paz.

Laimiel não pode deixar de concordar com Eowyn, pois ela está coberta de razão em cada palavra que diz. Porém, por outro lado, não pode revelar a ela e a Baranon sobre o sangue que vira, e a escuridão que se apossa de seu coração.

Não ainda! Ainda não é o momento!

Ao invés de contar aos dois sobre seus pressentimentos e temores, acha melhor leva-los para as câmaras de recuperação, a fim recuperarem a energia que perderam há pouco. No momento, recuperar a energia que perderam para que possam se juntar a esta guerra é o mais certo a se fazer.

- Tem assuntos que não devem ser conversados neste momento. – diz o mais poderosos dos três elfos maiores – No momento o mais importante é recuperarmos nossas energias que foram perdidas em prol dos que lutam lá fora. Vamos para a câmara de recuperação, não podemos perder mais tempo.

Baranon e Eowyn concordam com Laimiel e os três seguem para a câmara de recuperação, na esperança de se juntarem aos que lutam contra os krons o mais breve possível.

*****

As portas da cidade humana de Rondar, Neon com seu exército de krons está pronto para destruir esta cidade com todos os humanos que nela habitam, assim como foi ordenado por Tommy e Yuna, os herdeiros do Lorde das trevas.

Usando seu braço esquerdo, faz um movimento indicativo para que os krons invadam a cidade e comecem com a carnificina, destruindo tudo que virem pela frente. Casas, plantações... E principalmente as pessoas.

Sim, pessoas devem ser mortas agora... Pessoas que não entendem que esta Terra Média precisa ser governada por aqueles que tem o poder, e o poder pertence unicamente a Tommy e Yuna, os herdeiros do Lorde das Trevas!

Somente esses dois tem o poder necessário para transformar esta terra média! E todos os que não concordam com isso merecem a morte! Da pior forma possível!

Não é um homem de sentir misericórdia de ninguém, pois, em seu passado, ninguém fora capaz de ser misericordioso para com ele. Ninguém nunca se importou com ele por isso não tem que se importar com outros.

Odeia a tudo e a todos e tudo o que quer é ajudar os herdeiros do Lorde das Trevas a trazer uma nova era de escuridão para a terra media, para não ver mais ninguém sorrindo e feliz, pois odeia as pessoas e os sentimentos de felicidade.

Odeia a tudo e a todos!

O grito das pessoas desesperadas pelo ataque dos krons o trás de volta a realidade, fazendo com que um sorriso frio e impiedoso estampe seus lábios. Seus olhos sem sentimentos brilham sem qualquer lampejo de bondade enquanto assiste a casas sendo destruídas, plantações sendo queimadas e pessoas sendo assassinadas...

Resolve se juntar aos krons neste banquete de destruição e, adentra a cidade, caminhando a passos lentos e torturantes na direção da mesma, enquanto aprecia um belo espetáculo de destruição.

Uma mulher idosa passa por ele, correndo com lágrimas nos olhos, tentando se salvar e Neon, sem pensar duas vezes, faz surgir em sua mão direita um tornado de vento, e, o usa para transpassar o coração da velha senhora, acabando com um único golpe com a vida dela.

Não consegue deixar de sorrir enquanto o sangue da velha idiota voa em todas as direções, sujando suas vestes, seu rosto e seu cabelo. Mas não se importa, porque a única coisa que o deixa realmente feliz é sentir o maravilhoso gosto de matar uma pessoa e ver um corpo sem vida servir de comida para os krons.

E sente-se totalmente satisfeito ao ver o corpo da velha horrorosa sem vida. O melhor sabor do mundo é o sabor da morte.

- Por que você fez isso...? – Neon ouve uma voz feminina falar.

Ele olha para trás e dá de cara com Flora, com os olhos repletos de lágrimas e levando suas mãos à boca para conter um grito de terror ante a tal cena.

- Está assustada, criança? – zomba Neon, se preparando para colocar um fim a vida de Flora.

Flora não consegue falar, pois se sente totalmente aterrorizada diante de uma cena tão cruel. Por que...? Por que tem que existir tanta crueldade?

Neon gargalha de prazer ao ver o olhar assustado de Flora, o medo estampado em seu olhar.

- Se prepare, pirralha, a próxima será você!

E, dizendo estas palavras, Neon se lança a fim de matar Flora, mas, não espera que mesmo com seus olhos encharcados por lágrimas desesperadas ao ver tanta destruição, a jovem se lance contra ele, de forma desesperada.

Uma espada envolvida por ondas surge nas mãos de Flora, e sem se dar conta ela ataca Neon com ela, proporcionando ao homem um corte de raspão em seu braço, isto porque Neon fora esperto o suficiente para dar um salto para trás e evitar que fosse atingido com mais profundidade.

- Muito bem, pirralha. – diz Neon tomado pela raiva – Se prepare pois a próxima a morrer será você!

*****

Mago começa a atacar Yuna com grandes esferas envoltas em chamas, lançando uma atrás da outra sem parar, enquanto a herdeira do Lorde das Trevas desvia com um agilidade sem igual de cada uma delas, enquanto analisa cada movimento de seu adversário, esperando o momento certo para usar a sua técnica especial.

Seus lábios exibem um sorriso confiante, pois tem a mais absoluta das certezas de que todo o plano está correndo conforme o esperado, e, a prova cabal é que este idiota que é o filho de Baranon, um dos três maiores caiu diretamente em sua armadilha.

O elfo continua atacando-a com suas bolas de fogo, e ela continua desviando com grande maestria, sem se deixar ser atingida por uma esfera inimiga sequer.

Para sua satisfação, Yuna percebe que sua velocidade e agilidade estão deixando Mago cada vez mais irritado, e que não falta muito para ele perder o controle e, é exatamente isso que ela quer que aconteça, para a brincadeira ficar cada vez mais interessante e ele não ter olhos para mais nada, a não ser para a luta que estão travando.

Irritado pela agilidade de Yuna, Mago repentinamente para de ataca-la, e encara a herdeira do Lorde das Trevas com toda sua ira.

Por sua vez, Yuna também para e o encara de frente, com um sorriso puramente provocativo, que tem como objetivo humilhá-lo ainda mais.

- Qual o problema, elfo de araque? – zomba a herdeira do Lorde das Trevas – Meu poder é demais pra você. Coitadinho, mesmo com vida longa ainda não saiu da barra da armadura do papai?

Ouvir as palavras e Yuna faz com que o corpo de Mago comece a inflamar em ira, como se ele fosse entrar em combustão a qualquer segundo, como um vulcão prestes a entrar em erupção!

- Cale essa boca, herdeira do mal! – responde Mago, sem se importar com mais nada – Não se atreva a abrir esta sua boca imunda para me insultar!

- Pois então me prove que o que digo não passa de um monte de mentiras, elfo! – desafia Yuna ainda com tom de provocação.

As últimas palavras da Herdeira do Lorde das Trevas são demais para Mago, e, sem pensar duas vezes, o filho de Baranon começa a cantar uma canção em um idioma desconhecido para Yuna.

E conforme vai entoando a canção dos elfos, o poder de Mago começa a se manifestar, ao mesmo tempo em que uma fênix com asas em chamas surge no céu. O pássaro das chamas começa a voar em volta do corpo de Mago, e canta na mesma língua que ele, respondendo a seu chamado, como se os dois fossem um só.

O corpo de Mago começa a se fundir ao da fênix, e as chamas da ave se misturam a seu corpo, que não se queima, ao contrário, seu corpo absorve o poder das chamas o deixando mais forte. Com um poder jamais imaginado por algum elfo, com a exceção dos três maiores.

Apesar de tamanho poder, Yuna não se surpreende nem um pouco e apenas o encara lendo seus pensamentos para antecipar seu próximo movimento, enquanto Mago continua evocando seu poder sem sequer imaginar os reais objetivos de sua adversária.

*****

- Cristales, cuidado!!! – grita Kiria para uma jovem de quinze anos da raça dos homens.

A jovem Cristales então desvia rapidamente de kron, que quase lhe acertou um golpe de machado em seu tórax, enquanto Kiria usa sua espada de gelo para dar um fim à vida do soldado da terra de Morn.

Cristales tem um corpo esbelto, um metro e setenta centímetros de altura, olhos cor de mel e cabelos ondulados, em belos cachos negros que caem por suas costas até a altura de sua cintura.  Usa um vestido longo amarelo e branco, e sapatilhas brancas combinando o tom da saia do vestido.

Irritada, a jovem humana desconta toda a sua ira no próximo kron que vem para cima dela, transformando a água em uma faca de cristais de gelo muito afiada, e com ela matando em um piscar de olhos o kron.

As duas estão em Valanor, junto com tantos outros elfos e homens lutando sem sessar contra o exército interminável de Krons que não param de adentrar a cidade, não param de atacar e tentar matar a todos que veem pela frente. Porém, não contavam com um poderoso exército de elfos e homens que acabam de ter seus poderes despertados pelos três maiores, e que juntos dão tudo de si para expulsar os invasores.

Uma dúzia de krons encurralam Cristales e Kiria, e as duas estão uma de costas para a outra no meio de uma roda de krons que estão prontos para mata-las de uma vez só.

- Estamos perdidas! – diz Kiria – Dessa vez estamos mesmo!

- Quer parar? – reclama Cristales – Sei que estamos encurraladas, mas vamos dar um jeito nisso! Esses malditos monstros não vão ganhar da gente!

E, dizendo estas palavras, Cristales se lança em um ataque desesperado, usando seu poder sobre a água para criar gigantescas ondas, lançando-as na direção dos krons que estão a sua frente. Vendo o esforço da humana, Kiria resolve se juntar a ela em seu ataque e também usa seu poder sobre a água criando ondas tão poderosas quanto as de Cristales, e com este poder as duas literalmente varrem os krons que estão cercando-as, acabando com suas vidas.

Elas se entre olham e uma sorri para a outra, satisfeitas com o pequeno triunfo, mas, não tem tempo para comemorar, pois outro grupo de krons avançam furiosos em direção as duas.

- Vamos lá! – diz Cristales se lançando mais uma vez para o ataque.

A jovem humana ataca com todas as suas forças, usando todo seu poder recém-despertado para manipular a água a sua vontade, criando correntes marítimas fortíssimas capazes de derrubar vários krons de uma só vez.

Ao lado de Kiria, que também ataca sem piedade, as duas juntam suas forças para não deixar que nenhum krons avancem pelo lado da cidade que estão ajudando a proteger.

*****

Não muito longe da cidade suprema dos elfos de Valanor, Arwen começa a ver fogo, em várias direções diferentes, em várias cidades e vilarejos, e mesmo estando longe consegue sentir em seu coração gritos desesperados de homens e elfos que neste momento lutam por suas vidas.

Sabe que tem que voltar a Valanor!

Sabe que tem que se juntar aos elfos de sua cidade para sua participação nesta guerra que carrega o destino de toda a sua amada Terra Média.

Olha uma última vez para trás e é então que vê, parado em diante de seus olhos, um homem alto, pele branca, corpo atlético e olhar sombrio. Olhos negros e sombrios, e cabelos negros na altura de seus ombros. Usando uma armadura negra de combate, com uma capa negra por cima e uma espada embainhada.

Ao vê-lo, Arwen sabe instintivamente que este homem pertence ao lado das trevas, pois sente uma aura terrível e escura vinda dele. Sente um arrepio em sua pele, por baixo do tecido de seu vestido, e, seus olhos se arregalam de terror, pois nunca antes sentira uma presença tão cheia de maldade em sua vida.

Tommy continua a sorrir para Arwen de forma triunfante, com um olhar sem vida, mas ao mesmo tempo repleto de trevas e de escuridão. Um olhar que dá arrepios e que faz instintivamente Arwen dar uns passos para trás.

Ao ver que a jovem princesa élfica está assustada, o sorriso cruel de Tommy aumenta em seus lábios, e o herdeiro do Lorde das Trevas saca sua espada e começa a dar passos lentos e torturantes em direção a sua presa.

Arwen continua dando passos vacilantes e cada vez mais rápidos para trás, enquanto observa o homem de negro se aproximar cada vez mais de si. Mas, para seu infortúnio, acaba tropeçando em uma pedra e cai no chão, enquanto o inimigo continua caminhando com toda a calma e sorrindo para si.

- Hora de levá-la para a Terra de Morn, filha de Eowyn. – anuncia Tommy com uma voz desprovida de qualquer emoção.

- Não...! – Arwen responde sem nem ao menos se dar conta, o desespero a dominando cada vez mais.

Sem perder tempo, Tommy para de andar bem a frente da princesa élfica e com a mão direita leva sua espada ao céu, fazendo-o escurecer e ficar mais sombrio e escuro que a noite mais sombria.

Os olhos de Arwen se enchem de lágrimas enquanto percebe que não consegue fugir. Não sabe o que este servo do mal fez, mas, seu corpo simplesmente não lhe obedece e sente toda a sua musculatura ficar totalmente paralisada.

- O que... O que você fez...? – pergunta Arwen com uma voz que é carregada de medo.

- Apenas impedi que você faça qualquer coisa para tentar fugir. – responde Tommy.

E, no momento seguinte, o herdeiro do Lorde das Trevas se lança contra Arwen, dando um poderoso soco no abdômen da dama e fazendo com que ela perca a consciência por conta do golpe extremamente forte que recebera.

No momento seguinte, Tommy joga a dama inconsciente em suas costas e some, no meio das trevas que ele mesmo criou em direção à terra de Morn.

CONTINUA...


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