Do que a Vida e Capaz de Fazer? escrita por Ishida_Nanda


Capítulo 4
O transbordar


Notas iniciais do capítulo

Hellou guys!! *leva tijolada*
Demorei de novo né?!
Eh, escola faz isso comigo, mas fazer oq?
Descuuulpem meesmo pela demora!
E com muito esforço eu posto um novo cap dessa fic!!
BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/106122/chapter/4

 [NARRADO POR ICHIGO]

Logo depois de uma longa madrugada cuidando de acidentados, eu chego em casa com corpo e mente exaustos. Primeiramente eu deveria dar alguma explicação para Yura e tentar convencê-la de que ser médico não é fácil. E Rukia? Ela deve estar me esperando acordada com sua zanpakutou despertada pronta para decepar todos os meus membros deixando a cabeça por último.

Subo as escadas, entro no corredor, o qual se encontrava com as luzes ligadas, e deparo-me com a porta do quarto de Yura entreaberta. Abro-a e deparo-me com Rukia dormindo ao lado de Yura na cama da mesma. Aproximo-me de Rukia e cochicho:

- Rukia, acorda.

- O que você quer Ichigo? - resmunga.

- Eu preciso conversar com você.

- Sobre o quê? Eu não tenho nada pra conversar com você. - diz levantando-se e esfregando o olho direito.

Rukia sai do quarto e dirige-se até a sala e eu vou atrás. A morena senta-se no sofá, cruza os braços e as pernas e passa a me encarar seriamente.

- A Yura está brava comigo? - pergunto.

- Não! Imagina! Ela está imensamente feliz em ter o pai ausente na hora de apagar as velas e de abrir os presentes! - ironiza.

- Rukia, você deve saber que a minha vida profissional não é fácil e a Yura deveria aprender desde já a conviver com isso.

- Conviver?! – exalta-se. - Aprender a conviver com o pai ausente?! Desculpa mas eu não vim dessa época!

O silêncio domina o ambiente. Eu me sentia como se estivesse em uma câmara de gás: sufocado. Sufocado por não possuir algum tipo de resposta para rebater contra o argumento dela, o que sempre foi um grande desafio.

- Depois que você foi embora, ela não ficou com a mesma alegria de antes. Ela não quis comer nada e nem se despediu direito dos convidados.

Culpa e angústia. Era somente aquilo que eu sentia naquele instante.

- Parabéns Ichigo, - levanta-se. - Você conseguiu magoar sua filha justo no dia de seu aniversário. - começa a subir as escadas. - Eu também vou querer um presente desses. - ironiza mais uma vez.

Assim que a baixinha some de minha vista, sento-me na poltrona e passo a mão na cabeça. Como eu fui capaz de fazer isso? Mas eu não podia largar tantas pessoas feridas no hospital! Mas com isso acabei deixando as pessoas mais importantes da minha vida magoadas. Sim, eu estava confuso e aquelas reclamações de Rukia me deixavam mais tenso ainda.

Cansado de pensar tanto naquilo, o sono se fez presente e dominou-me por completo.

-X-

Acordo com o sol da janela iluminando o meu rosto, e a primeira visão que tenho é de Rukia de braços cruzados encaram-me com uma pose de autoritária.

- Vamos, levanta daí! A Tae quer limpar a sala!

- O quê? - demorei em recapitular a mensagem.

- Isso mesmo que ouviu! Vamos!

No momento em que me levanto, deparo-me com Yura arrumando sua mochila para o colégio. Ela não me encarava por um segundo sequer.

- Vamos Tae-san. - chama a pequena em um tom de frieza.

- Hey Yura. - chamo.

A garota não me dá ouvidos e vai embora na frente de Tae.

- Aff... - desabo na poltrona. - Rukia, a Tae não ia limpar a sala? - reclamo.

A morena me ignora.

- Ei Rukia! - chamo atenção.

Levanto-me e vou até a cozinha.

- Rukia, estou falando com você!

Rukia estava sentada em uma cadeira e tomando café tranquilamente.

- Por que você não responde?! - bato furiosamente na mesa. - Qual é o seu problema?!

Ela levanta-se e soca violentamente a mesa, quebrando o vaso que existia ali.

- Qual é o MEU problema?! - grita. - Eu quero saber qual é o SEU problema!

Assusto-me com tal atitude. Tudo bem que era da natureza de Rukia ser mandona e escandalosa, mas daquele jeito? Era meio longe de mais. Sim, ela parecia estar mesmo brava.

- Eu estou cansada Ichigo! Não é só o seu trabalho, é tudo! Você não tem mais tempo para nós, anda totalmente estressado e implicante!

Mentira!

- Rukia Kuchiki! Você está me caluniando! Eu nunca descontei meu estresse em vocês! - saio do sério.

- Eu estaria te caluniando se nada estivesse acontecido ontem! - fala com uma voz mais alta e autoritária.

- Olha o tom que você fala comigo! - falo mais alto.

- EU FALO COM VOCÊ DO JEITO QUE EU QUISER! - fala mais alto ainda e com o dedo apontado pra mim.

- Eu odeio esse seu jeito Rukia! - grito segurando o pulso com o qual ela me apontava o dedo. - Será possível que a única coisa que você sabe fazer é mandar?!

- Ichigo, você está me machucando!

- FODA-SE! Eu só quero que você me escute!

Naquele momento, Rukia estava quase fora de si. Se era uma coisa que ela odiava, era que alguém, além de Byakuya, mandasse nela. Mas eu me via com esse poder, afinal, ela também possuía tal capacidade. Tal atitude minha a tirou tanto do sério, que a morena acerta em cheio um forte soco em meu rosto tirando o que ainda me restava de sangue do nariz (já apanhei tanto na vida né?). 

E para melhorar a minha situação:

“TRIM TRIM"

- Ótimo! O dever chama! – disse ela soltando-se de mim (eu não soltei ela de jeito nenhum!) e saindo dali.

Droga! Por que justo agora?! Assim como esse telefonema piora a minha situação, ele me salva de uma grande roubada. Rukia estava totalmente surtada, violenta e descontrolada. Tudo bem que era normal vindo dela, mas não era pra tanto! Mulher irritante! Enfim, o dever me chamava

-X-

Naquela noite chuvosa, eu finalmente chego em casa. Dores no corpo e uma intensa dor de cabeça tomavam conta de mim por inteiro. No momento em que jogo o meu jaleco branco em cima do sofá, eu ouço passos na escada e olho em direção a ela.

- Rukia?

O silêncio torna-se insuportável. A baixinha olha para mim com uma feição triste e cansada, a qual me matava por dentro.

-Olha Rukia, Eu queria me desculpar por hoje... – digo aproximando-me dela.

A morena se afasta de mim e passa a dirigir a palavra.

- Ichigo eu... – dá uma pausa.

- Se você quer se desculpar, eu é que...

- Eu quero divórcio.

Hã?! Só podia ser brincadeira!

- Como é?! Por quê?! – me exauto.

- Eu não agüento mais! Toda vez que fazemos as pazes voltamos a brigar novamente! Se continuar assim, não terá casamento que agüente!

No fundo ela estava falando a verdade, mas eu não queria admitir.

- Rukia, por favor... – aproximo-me dela. – me dê mais uma chance!

- Não dá mais! – afasta-se. – Eu já te dei todas as chances possíveis. Você não soube aproveitá-las.

Naquele momento o mundo parecia desabar sobre a minha cabeça. Estava chovendo tanto lá fora quanto dentro de mim. Eu não sabia o que responder, estava falando verdades que eu não sabia contestar.

- Se é assim que você deseja... – desço a escada e fico de costas para a morena. – não tenho como contradizer seus argumentos.

Aproximo-me da porta, pego meu jaleco e minha maleta e abro a porta.

- Só quero que saiba... – passo a olhar nos olhos dela. – que eu te amo muito e que eu sempre irei te amar. Em hipótese alguma, pense que isso irá mudar alguma coisa. – e aquelas lágrimas escapavam de meus olhos.

Rukia cruza os braços, encolhe-se e vira o rosto para o lado. Com isso eu perco a chance de olhar naqueles olhos, como se eles quisessem esconder alguma coisa.

Aquela chuva estava forte e aquele frio era penetrante tanto em minha pele quanto em meu coração. Naquele momento eu perco a pessoa mais importante da minha vida. Entro no carro e volto a ser criança ao entregar-me totalmente para as lágrimas.

[NARRADO POR RUKIA]

Aquele antigo céu limpo e estrelado havia sido completamente coberto por nuvens acinzentadas e sobrecarregadas de chuva. O corrimão da escada era a única coisa que me mantinha quase de pé. As lágrimas e o desespero eram as únicas coisas que eu sentia naquele momento. O que eu estava fazendo? Será que eu fiz o certo? Não! Uma parte de mim estava tranqüila por ter me livrado de tantas discórdias e brigas, mas outra estava completamente destruída.

Desço aquela escada correndo e abro a porta.

- ICHIGO! – grito.

Não havia nada além de chuva e a iluminação da rua. Ajoelho-me e afogo minhas mágoas em minhas lágrimas e naquela chuva.

Sim, agora era definitivo: ele foi embora.

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aew? Mereço uma review?Não demorarei taanto assim pra postar o novo cap!Bjus e até!