Twisted Demon Opera escrita por Miojo-san


Capítulo 11
Princes of the Universe - Part Two




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Dante fora arremessado vitral afora da sala do trono, indo parar no jardim de Pandemonium, com suas exóticas árvores e flores. Mundus o seguia calmamente, não havia razão para apressar-se, queria aproveitar o momento. O caçador estava ferido demais para opor-se com mais vigor, de modo que todos os seus ataques contra o oponente eram em vão. Mesmo assim, não desistia, e continuava a tentar ferir Mundus.

- Você tem perseverança, isso é fato. – o demônio elogiou o mestiço, ao bloquear um ataque de Rebellion com uma lâmina vítrea envolta em chamas que se formava em sua mão.

O caçador foi arremessado novamente, atingindo uma árvore com violência. A lâmina que Mundus conjurara lentamente tomou a forma de uma espada de chamas, diferente de tudo que Dante vira.

- Tsc, isso aí parece arma de menininha...- Dante tentou ironizar, pouco após levantar-se e cuspir sangue.

- Ainda insiste nisso? Seus esforços são fúteis, sem a totalidade do poder de seu pai, você não tem a menor chance de me ferir – o tom de Mundus era solene, era como se para ele, aquilo tudo não passasse de uma mera formalidade.

O mestiço avançou novamente, mas sequer conseguiu cruzar lâminas com seu oponente, que lhe barrou o ataque com a força da mente e contra-atacou com uma poderosa rajada de energia demoníaca. Dante ergueu-se novamente, mas não mais conseguiu manter-se, regurgitou sangue em grande quantidade e caiu de joelhos, estava acabado. Mundus caminhou até ele, e encostou sua espada na nuca do caçador, olhos de gelo fitando um coração de fogo.

- É o seu fim, Dante Sparda. E com isso, só precisarei ir até o Purgatório, quebrar definitivamente seu irmão, que está nas mãos de Azrael. Será o fim da linhagem do Cavaleiro Negro.

Mundus ergueu a lâmina, mas não pôde finalizar o adversário, pois um poderoso relâmpago atingiu-lhe o abdômen, mandando-o a vários metros de distância de Dante. Trish chegava correndo em auxílio do amigo, ajudando-o a ficar em pé novamente. O caçador fitou a loira com gratidão, e deu um sorriso malicioso.

- Sabia que você não suportaria a idéia de viver sem mim. – foi tudo que conseguiu dizer.

- Você realmente não tem jeito, não é? – a voz de Trish era leve, quase maternal.

O ataque da loira, no entanto, servira apenas para ganhar tempo, pois causara um estrago mínimo no adversário, que retornava furioso. Via no ataque da mulher-demônio uma afronta à sua autoridade, e estava certo. Mundus pairou no ar, e enormes asas brancas como a neve surgiram em suas costas, e nessas asas, dezenas de olhos se abriam. O Príncipe das Trevas era, ironicamente, o mais radiante dos demônios, portador de uma luz infinita.

- Sua pária! Ousa me desafiar?! A mim, que fiz você do pó e do fogo infernal?! – bradou o demônio.

Era a vez de Nero juntar-se à ofensiva, saltando por trás de Mundus e atingindo-lhe com um poderoso ataque cortante de Yamato. Rapidamente juntou-se a Dante e Trish, a uma distância segura do Príncipe.

- Você chama muita atenção, sabia? – Nero disse ao demônio.

- Tem mais um então? Mancebo seu, Dante? – Mundus arqueou uma sobrancelha, intrigado com o rapaz.

O mestiço riu com o comentário, mas não, não era filho dele. Aliás, de onde raios viera Nero? Nunca pensara no assunto, mas tinha lá suas teorias. Avançou novamente, com sucessivos golpes de Rebellion, todos debelados pelas asas ou pela espada de Mundus, que rapidamente contra-atacou com um forte chute no abdômen de Dante.

Nero aproveitou-se do momento para segurar a perna do demônio com seu Devil Bringer e atirá-lo violentamente contra as paredes de pedra do castelo, espatifando-as. Logo após, saltou contra ele, visando atacá-lo com Yamato, mas o golpe foi habilmente bloqueado por Mundus. Era a abertura que Trish esperava para atacar, acertando o Rei do Inferno em cheio com dezenas de tiros a queima-roupa.

O demônio urrou de dor, e revidou com uma destrutiva explosão de energia demoníaca, que por muito pouco não carbonizou Nero e Trish, salvos no último segundo pelas asas de Julian, que também se unira à linha de frente do combate. O ex-professor adotara sua forma demoníaca na intenção de locomover-se rapidamente, não sabia, porém, que graças a isso seria capaz de proteger os aliados. Retomou sua forma humana e fitou o inimigo, então aquele era Claudius, ou melhor dizendo, Mundus.

- Você dever ser Julian, o algoz de Minos, correto? – Mundus, apesar de ferido e visivelmente irritado, mantinha o vocabulário polido.

O inglês nada disse, apenas observou o adversário, sem dúvidas um oponente temível. Brandia Clarent com dificuldades, devido aos ferimentos da luta contra Crowley e aos danos ocasionados pelo último ataque de Mundus.

Trish voltou a atacar, desaparecendo, para logo em seguida surgir encostada no oponente, que alçou vôo para evitar a rajada elétrica. Nero correu na direção de Mundus e tentou atingi-lo com Yamato, em vão. Não desistiu e disparou várias espadas invocadas, cortesia que Vergil legara em seu Devil Bringer.

- Ah, agora as peças se encaixam....- disse o demônio antes de bloquear as lâminas azuladas com suas asas.

Mundus contra-atacou com uma onda de chamas provenientes de sua espada, chamuscando os atacantes, que se viram obrigados a recuar. Julian assumiu novamente sua forma demoníaca e engajou-se em uma luta de espadas aérea com o Príncipe das Trevas. As rápidas e precisas estocadas de Clarent, no entanto, não eram páreo para a força dos cortes da lâmina de Mundus, e logo o ex-professor viu obrigado a ficar na defensiva. Trish surgiu sobre o demônio, acertando-lhe a cabeça com um chute que o atirou novamente ao chão.

O impacto da queda abriu uma cratera no chão, destruindo ainda mais o jardim. Mundus não teve, porém, tempo de recuperar-se totalmente do ataque. Dante assumira sua forma demoníaca e atacava com todas as suas forças, ferindo gravemente o oponente. O caçador tomou um pouco de distância e finalizou a seqüência de ataques com um golpe perfurante, que trespassou o inimigo.

- Impossível! – Mundus estava em choque, ao que parecia, fora vencido.

O Príncipe das Trevas mandou Dante longe de si com um ataque mental, e deu vários passos para trás. Não conseguia, porém, utilizar seu poder em plenitude, talvez devido ao fato de o processo de possessão do corpo de Claudius não estar completo. Continuar aquela batalha significaria destruir o único corpo que poderia utilizar, não valia a pena. Teria outras oportunidades.

- Basta por hoje, Dante. Não pretendo destruir esse corpo em vão... – as asas de Mundus o envolveram, e logo o demônio desapareceu em meio a penas brancas e luz.

Os caçadores tentaram, sem sucesso, atacar o Príncipe das Trevas, mas já era tarde, ele estava fora de alcance. Logo Pandemonium também começou a se desfazer, não para voltar a seu receptáculo, e sim para voltar ao inferno. Com Mundus de volta no poder, a capital do inferno seria capaz de assumir sua totalidade estrutural no Mundo das Trevas.

- Dante! Precisamos sair logo daqui! Isso tudo vai desabar! – berrou Julian, retornando ao chão, em forma humana.

- E Lady? Onde está? – inquiriu o mestiço.

- Ela já está preparando nossa partida! – explicou o ex-professor.

- Se é assim, melhor irmos logo, não é mesmo? – Nero não escondia o nervosismo, afinal, toda aquela construção começava a cair por terra.

Os caçadores voltaram correndo pelo jardim rumo ao centro de Pandemonium, mas alguns demônios insistiam em barrar-lhes o caminho. Eram, no entanto, facilmente destruídos pelo grupo, que logo alcançou seu destino. Lady pousara o avião na área central da capital, onde antes eles haviam se separado. Estava, como o resto do grupo, visivelmente aflita, ainda que por razões diferentes. Seria extremamente difícil decolar a partir daquele local.

Entraram todos no avião de carga, Dante retomando seu posto de co-piloto. Os motores começaram a rugir, preguiçosos e alienados à situação tensa em que se encontravam, e não demorou para que a lataria começasse a se mover. Foi preciso, no entanto, que Lady e Dante usassem toda a “perícia” que dispunham para que o avião conseguisse atingir os céus.

Apesar do intenso barulho dos motores, era possível ouvir os estrondos dos prédios desabando, e a visão das pequenas janelas de passageiros era apocalíptica, com inúmeros demônios inferiores sendo esmagados pelas construções. Mas não Dante e seus aliados. Estes estavam salvos e voltando para casa.


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