Nos telhados de casas, caça ratos

Gato dissimulado, tão gatesco.

De olho no alvo, o aquário, nos recatos

Com poses de um barão, o total fresco.

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Senhor gato e seu miado, é estranho

É arisco de cor preto, palaciano,

Não escapa do azar, talvez o apanho

Por estar se fazendo ser humano.

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Quem tem curiosidade como tal

Cisma como nenhum outro animal

Não resiste, e não teme seu destino.

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Diversão é seu lema, o felino

Faz de conta que vida se tem sete,

Finge aristocracia, mas é valete.

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A Assembleia dos Ratos

"Era uma vez uma colônia de ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma assembléia para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um jovem e esperto rato levantou-se e deu uma excelente ideia; a de pendurar uma sineta no pescoço do gato. Assim, sempre que o gato tivesse por perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todos os ratos bateram palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um velho rato que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O velho rato falou que o plano era muito inteligente e ousado, que com toda a certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?"

Moral da história:
Falar é fácil, fazer é que é difícil.

– Esopo