Um Erro escrita por caroltlrangel


Capítulo 2
Cáp. 1 - Culpa do Deficít de Atenção.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo, não é grande. É exageradamente grande. Espero que gostem.



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Acordei cedo. Uou, último dia de aula. Fui pra escola com Reever e Judi, eles conversavam animadamente pelo fato de ser o último dia de aula. Enquanto eu pensava na minha vida, e nas minhas notas. Por causa da minha dislexia recém-descoberta, minhas notas haviam caído bastante, e eu não estava muito afim de repitir de ano.

- Legal, né Zoey?... ZOEY!

- Ãhn? O quê?

- Odeio essa sua doença de não prestar ateção em nada. - a voz de Judi saiu um pouco debochada, adimito.

- Er, me desculpem. - pedi, envergonhada.

- Tudo bem, Zoey. Tudo bem.

Chegando na escola, fomos direto para a sala. Sentamos como o habitual, e o dia se passou normalmente. Finalmente, eu voltaria pra casa, ligaria o meu computador e passaria o resto das férias trancada. Mas, a única coisa que eu não sabia, era que meu dia não seria tão normal como parecia. Me despedi de Reever e de Judi no portão de casa, e entrei. Passei pela cozinha e lá estavam meus pais, sentados na mesa, comendo. Falei com eles, e fui pro meu quarto. Joguei a mochila na cama, tirei o tênis e joguei-o em alguma parede, sentei na beira da cama e suspirei. Joguei-me pra trás, atravessando a cama. Fiquei um bom tempo assim. Até que escutei a voz da minha mãe me chamando.

- Zoey. ZOEY.

- JÁ ESTOU INDO, MÃE.

Desci as escadas correndo, eu hein, mulher estressada. Quando cheguei na sala, meus pais estavam sentados no sofá, de mãos dadas, parecia aquelas cenas de filmes quando os pais vão contar a filha ou ao filho que ele é adotado, e eu não podia estar mais certa.

- Sente-se querida.

- Não, mãe. Tô bem em pé.

- É melhor sentar-se, Zoey. - falou meu pai.

Sentei-me na poltrona de frente a ele, e olhei-os, eles pareciam aflitos. Bagunçei um poucos meus cabelos e perguntei:

- E então?

- Querida - começou minha mãe, - deveriamos ter dito isso a você à muito tempo atrás, mas, acho que somente agora que você é uma menina crescida é capaz de suportar.

- Suportar o quê?

- Sua mãe, é... Estéril.

- Quer dizer, que eu sou filha só sua?

- Na verdade... - disse mamãe.

- Não. - completou papai.

Eu não queria ouvir mais nada, meu mundo acabara de desabar, meus pais - aqueles que cuidavam de mim, não tinham o meu sangue, ou vice-versa - não eram meus pais. Minha boca se abriu, e uma lágrima pesada escorreu pelo meu rosto.

- Na verdade, você é adotada, entende? - Continuou.

- E no dia que te adotamos, achamos isso no seu berço.

Minha mãe me entregou uma caixinha pequena e dourada. Peguei-a lentamente, e dentro dela havia um colar refinado e de ouro puro, seu pingente informe. Aquele acessório se moldou em minha mão de uma forma estranha, eu a conhecia. Atrás, tinha uma gravação com meu nome: Zoey Lurkin. Deveria ser o sobrenome do meu pai, ou da minha mãe. Mais lágrimas tornaram a cair por meu rosto lentamente, pesadas e incompreensíveis. Levantei-me da poltrona, fui em direção a porta, olhei uma única vez para trás, e eles choravam, abri-a e segui em frente.Lágrimas ainda teimavam em cair sobre minha face lânguida, entrei num beco qualquer e cai escontada à parede. E por fim, desmaiei.

Acordei com duas vozes estranhamente familiares.

- Reever, ela TEM que ir...

- Ela não pode, sua ninfa de meia tigela.

- Eu levo-a a força se não deixar.

- Judi, NÃO pode.

- O que... ela não po... de fazer?

- Nada.

Moldei o ambiente ao meu redor e eu nunca havia estado lá antes, me perguntei se era um hospital, mas, eles dois faziam barulho demais para que fosse. Eles continuaram discutindo, eles também escondiam alguma coisa de mim. Me perguntei o que era, mas, nunca acharia uma resposta sem perguntá-los.

- Vocês também tão escondendo alguma coisa de mim, né ?

- Er... Não, Zoey. Qué isso, não confia não é?

- Eu sei quando você está mentindo, Reever.

- Você tem que contar a ela. - falou Judi, com certa raiva.

- Eu não posso...

- VOCÊ TEM QUE CONTAR A ELA, E SE NÃO FIZER ISSO, EU MESMA FAÇO.

- Querem parar, e me contar logo, se não me contarem sou capaz de matar vocês.

Eles se entreolharam com medo, e de repente, vi que tinha falado demais.

- Ok, ok. Eu conto.

- Começe logo. - Falou Judi e posso jurar que vi uma aura negra à sua volta.

- Você já percebeu que não se parece com seus pais né?

- Eu já sei que sou adotada, estavam discutindo por isso?

- Não. Er... Bem, você tem deficít de atenção e dislexia né?

- Sim, por isso odeio ler...

- É claro, porque as letras saltam das páginas, certo?

- É. - comfirmei.

- Pois bem, você é uma meio-sangue. - falou Reever, sério.

- Meio-o quê? - perguntei perplexa.

- Meio-sangue, semi-deusa. Filha de um deus ou deusa com um mortal.

- Quê?

- Bobona. - Judi deu um tapa na minha cabeça.

- Ei... Isso doi.

- Você entendeu, você é uma semi-deusa, filha de um deus ou deusa com um mortal.

- Peraí que é informação demais pra minha cabeça, primeiro meus pais me dizem que sou adota, depois vocês me vem com essa história de semi-deusa. Faça-me mil favores.

- Bom, não sei o que vai achar, mas, é verdade. - falou Reever, um tanto cansado.

- E você precisa ir rápido pro Acampamento Meio-Sangue, antes que você começe a ser atacada por Giges, Touros ou coisas do tipo.

- Acampamento de quem?

- Logo.

Reever segurou meu braço e saiu me puxando. Estavamos no centro de Las Vegas (baby), e seja lá onde isso ficasse, era muito, muito longe mesmo. Pegamos um táxi, e não me dei ao trabalho de perguntar para onde iamos, escostei minha cabeça no ombro de Reever e dormi.

Acordei com Judi gritando em meu ouvido:

- Acorda. Zoey, acorda. ACORDA, MENINA.

- O que foi? - perguntei sonolenta.

- Chegamos, agora desça do carro antes que algum minotauro ou ciclope apareça por aqui.- Continuei parada. - Logo, vem.

Sai emburrada do carro, que menininha mais chata. Vi Reever correndo. Peraí, para tudo. Reever estava correndo? Mas, ele era todo desengonçado. Olhei para os pés e... Báh, não eram pés, eram cascos. Pelo amor de Deus, alguém me explica? Corri o máximo que podia, e quando cheguei no topo e vi aquele arco lindíssimo lá, Reever falou:

- Bem Vinda ao Acampamento Meio-Sangue. Aqui - ele apontou para o lado esquerdo do arco - Ficava Thalia, o pinheiro, filha de Zeus, mas, agora ela deve estar bem aquecida no chalé dela.

Olhava tudo atentamente, enquanto atravessávamos o arco. Uma casa enorme à alguns metros à frente, os chalés, quadras, estábulos, e outras coisas. Eu estava maravilhada. Seguimos até a Casa Grande, e lá encontramos três pessoas jogando. Um gorducho, de camisa havaiana, um cara de cadeira de rodas, e um menino de cabelos pretos, e cabeça baixa.

- Quíron, Sr. D?

- E Percy, caso não lembre de mim, Reever.

- E ai, cara?

- O-oi, Percy. - Judi estava corada e eu sabia bem porque.

Aquele tal de Percy era lindo, olhos azul-mar, cabelos negros e corpo definido, ele era um deus. Era perfeito.

- Olá, Reever e Judi. Como foi a missão de vocês?

- Muito bem sucessida, Quíron.

- Que bom, a menina ai, é filha de quem? - perguntou o gorducho, acho que era o Sr. D

- Não sabemos, o pai ou mãe dela não a reclamou ainda.

- Pois bem, ela ficará no chalé de Hermes.

- Tudo bem, Sr. D.

- Peter...

- Percy, Sr. D. Mas, se achar melhor... - ele olhou para nós com uma cara de nojo. - Perseu.

- Filho de Poseidon, pronto. Vai lá, acompanha a menina até o chalá de Hermes.

- Coitadinha.

Reever e Judi se despidiram de mim, e Percy me acompanhou, ele falava com algumas pessoas a medida que andavamos. Até que duas meninas nos pararam.

- Oi, Percy. - falou uma garota loira, de olhos cinzentos e deu-lhe um selinho.

- Priminho. - falou a garota de olhos azuis, parecidos com os meus.

- Annabeth, Thalia. Meninas, essa é a nova campista... - ele me olhou esperando que eu dissesse meu nome.

- Zoey...

- Tem sobrenome? - perguntou Thalia.

- Eu não sei meu sobrenome verdadeiro.

- Pena.

- E pai ou mãe, deusa?

- Também não sei.

- Que vida, hein?

- É.

- Bom, estou levando ela ao chalé de Hermes. Tchau, meninas. Até a janta.

- Até, Percy. Tchau, Zoey.

Eu acenei com a mão, e continuei caminhando ao lado de Percy. Não falávamos nada, até que ele puxou assunto.

- Sabe aquele chalé do meio?

- Hum...

- É o de Zeus, Thalia é filha dele. E Annabeth é filha de Atenas, seria legal se você fosse filha de Atenas também, seria minha cunhada. - ele riu. - Eu tenho alguns cunhados, mas, o que eu mais me dou bem é aquele. - ele apontou para um garoto de cabelos lisos e loiros, e olhos cinzentos, este veio até nós.

- E ai, Percy?

- Oi, pequeno.

- Sabe que tenho quinze anos, por que insiste em me chamar de pequeno? - perguntou ele demonstrando certa raiva.

- Hehe. Bom, Rafael essa é Zoey, Zoey esse é Rafael, filho de Atenas, irmão de Annabeth.

- Prazer. - falou ele, estendendo a mão, seus olhos cinzentos olhando fundo nos meus olhos quase me deixaram hipnotizada, mas, ainda assim apertei a mão dele.

- Prazer.

Percy se despediu dele, e me deixou na porta do chalé de Hermes, me deu várias instruções e me desejou boa sorte, para que eu descobrisse logo de quem eu era filha, disse que eu não aguentaria mais que uma semana no chalé de Hermes.Entrei, arrumei algum lugar no chão, e me deitei. Até que chegou a hora do jantar. Fomos até o refeitório, fizemos uma oferenda aos deuses, e essa foi a parte mais estranha, queimamos a comida que tinha no nosso prato. Depois que comi, falei com Judi e Reever, e segui os filhos de Hermes até o chalé. Me deitei no meu cantinho no chão e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Bom, beijos. Ah, quem vocês querem que seja o pai da Zoey? Pode ser qualquer um.