Um Secreto primeiro Amor escrita por LauraM


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hi (:
Bem, essa é a minha segunda ONESHOT. Ainda não sei se tenho capacidade de fazer uma Longfic ...
É uma oneshot beeem curtinha, só pra passar o tempo mesmo. Mas eu achei ela bem fofinha!
Anyway, Divirtam-se e comente muuuito *--*



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          Lá estava ele, como todas as noites, indo para a enfermaria. Como sempre foi desde que ela fora petrificada. Às 10:00 em ponto. O único horário que conseguia se livrar de seus amigos para poder ir vê-la. Escondido. Como conseguia se livrar de Filch? Nem ele mesmo sabia. Apenas ia, de pontas de pé para não fazer barulho algum e prestando atenção a tudo que ouvia. Foi assim durante dias. Se durante o dia alguém o dissesse que ele faria isso para vê-la, ele diria que esse alguém era louco, mas à noite... à noite era normal.
     Não admitia para ninguém , nem para si próprio, mas estava preocupado. Muito preocupado com ela. E com... saudade? Não. Ela negava!  Mas a verdade é que estava sentido falta dela. De como ela havia crescido do  1º para o 2º ano, de como seu cabelo havia aumentado mais um pouco e de como as pequenas sardas em volta de seu nariz a deixava com um rostinho tão angelical.
      Não mentia quando dizia que estava adorando o que o herdeiro de Slytherin, seja quem fosse, estava fazendo com os sangues-ruins, mas, com tantos nesse castelo, por que fazer mal logo a ela? Ele se perguntava.
Chegou na enfermaria com seus passos lentos e silenciosos e lançou um “Alorromora” para que a porta se abrisse. E Lá estava ela. Tão frágil e, delicada, dura feito gelo. Ele se aproximou de sua cama e a fitou com um olhar de dor. Acariciou sua face lentamente e se permitiu ficar lá por algumas horas como havia sido desde que a atacaram e a petrificaram.
        Vê-la daquela forma era tão... Angustiante. Ele precisava insultá-la, precisava xingá-la e fazer a vida dela e de seus amigos um inferno, pois era a única forma de ficar perto da garota.
       A verdade é que ele nunca havia sentido nada igual, era tão estranho e vergonhoso pensar nela daquela forma. Pensar... O único lugar, onde estava realmente seguro, sua mente. O único lugar que ela poderia estar sem que ele a ferisse. Podia ter apenas 12 anos, mas sabia que seu futuro não seria o melhor lugar para ela viver, nem pra ele. Mas ela tinha escolha, ele não. Porém ele estaria com ela, sempre, a observando de longe sem que ninguém notasse,é claro, mas estaria. E se alguém ousasse machucá-la... ele tremia ao pensar nisso.
E sim, ele a desprezava. Ou pelo menos queria desprezar. Mas... porque não deixam somente ele desprezá-la? Precisavam realmente fazer aquilo com ela? Somente ele tinha o direito de odiá-la, mais ninguém.
       Ela estava tão mudada... estava mais bonita. E tão teimosa! Ah como ele adorava a teimosia dela. Foi a primeira coisa que ele reparou nela, sua teimosia. A primeira coisa que o encantou. E depois, por mais bobo que parecesse, foram suas sardas. Tão pequenas, quase imperceptíveis, mas ele prestava atenção demais nela e conseguia ver cada piscar dela.  E o seu sorriso... ah o seu sorriso! Tão radiante. Mas uma coisa, uma coisa o chamou mais atenção do que tudo isso. Uma coisa idiota na verdade, mas uma coisa que só ela possuía.
Ela corava quando não sabia a resposta de algo. Ele havia percebido isso na aula de Poções. Ficava altamente constrangida por algo que não sabia e isso era lindo para ele.
Coisas tão tolas, mas coisas que ele notava apenas nela, somente ela. E vê-la ali, sem o seu tom corado e sem o seu sorriso radiante era depressivo para ele, pois se tinha um motivo para ele acordar todos os dias, era ela. Talvez fosse por isso que ele ia todas as noites olhá-la, porque suas pequenas sardas continuavam ali e porque era impressionante que mesmo parada ela conseguia ser teimosa!  Ele riu com esse pensamento e fitou-a como nunca havia fitado. Com um olhar ele passou toda a sua súplica, toda sua necessidade de estar com ela e o mais estranho, seu olhar deu a entender que se pudesse daria a sua vida para ver a carinha emburrada que ela fazia.     

  Passaram-se duas horas e ele continuava a fitá-la com adoração e preocupação. Olhou para o relógio na parede e verificou que já eram meia-noite e chegou a conclusão de que teria que voltar para seu dormitório.
Olhou novamente para a garota petrificada a sua frente e temeroso, olhando para os lados verificando se não havia ninguém por lá, tocou a ponta dos seus dedos em seus próprios lábios lentamente e logo depois tocou os lábios da garota com os mesmos e sussurrou:
-Melhore Granger, melhore, mesmo que não seja para mim.
E saiu. Silencioso da mesma forma que havia entrado.

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Uma semana havia passado.
   O loiro saiu de seu Salão Comunal para tomar seu café da manhã, atrás dele estavam Crabbe e Goyle. Assim que chegou ao Salão Principal sentou-se em sua mesa e começou a servir até que um barulho chama sua atenção. A porta do Salão abriu-se num estrondo e então, Potter entrou. O loiro bufou. Mas antes que pudesse voltar a sua refeição um movimento o chamou atenção.
   Uma garota de cabelos castanhos atravessou o Salão Principal correndo e pulando em cima do Potter.
-Pelo visto, a Granger já saiu da enfermaria. – comentou Crabbe com um tom enraivado.
- Garota insuportável! – o loiro correspondeu o tom do “amigo”. Crabbe assentiu.
    Mas o que Crabbe não percebeu foi que no mesmo instante que se virou, o loiro espiou a garota voltando para a mesa da Grifinória ao lado de Harry Potter com seu costumeiro ar responsável e teimoso que ele tanto adorava.
    O garoto virou o rosto um pouco para o lado e deu um sorriso discreto para logo depois voltar para sua pose sarcástica e fazer o que tanto adorava.
Infernizar a vida da Granger.
Porque se dependesse dele, ninguém saberia o que ele fazia todas as noites, quando todos já dormiam. Ninguém. Nem mesmo ela.
Draco Malfoy não admitiria para ninguém, nunca, que Hermione Granger fora o seu primeiro amor.


                                                 FIM.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Pequenininha né?
Please, reviews ! *-*