Justin estava deitado no sofá em uma posição nada confortavel. Já fazia 2 horas que ele estava ali. O barulho da porta se fechando o fez cair do sofá. Jaxon passou pela sala e simplesmente esqueceu o pai.

- Jaxon! Volta aqui!-

O garoto fez que nem o ouvia. Estava prestes a entrar no quarto quando Justin ficou na sua frente. 

-Me deixa!-

-Não deixo. Aonde você estava?-

-Você se importa?-

-Você acha o que? Que eu estou feliz porque sua mãe morreu? Você acha que eu queria isso para ela? Você acha que eu não a amava?-

Os olhos do garoto se encheram de lagrimas.

-Você acha que eu sou frio o suficiente para não te amar nem a Jazmyn? Jaxon, eu não posso ficar te dizendo que te amo porque eu achava que você sabia. Mas senão sabe, me desculpa por não dizer. Eu te amo, filho-

Varias lágrimas escorreram pelo rosto do Jaxon. Ele abraçou o pai.

-Desculpa pai! Eu fui um idiota. Mas eu sinto falta de uma mãe!-

Eles ficaram ali abraçados e chorando. Até que o Jaxon caiu no sono e o Justin o levou para a cama.

Ele voltou a sala e pegou o celular. Olhou a agenda de telefone. Na letra de Jazmyn estava escrito "Estela" e um número de telefone em baixo. Franziu as sobrancelhas, pegou o celular e começou a discar. Nem se importou com as altas horas da noite, e com o grande risco dela não atender. 

-Alô!- 

Uma voz sonolenta falou do outro lado da linha. As entranhas de Justin deram cambalhotas.

-Estela! Desculpa de acordar, mas é que eu queria pedir desculpas...-

-Sem problemas! Eu estava acordada, pensando em ligar para você, mas tinha medo de te acordar. E o Jaxon?-

-Ele voltou agora a pouco. Me pediu desculpas mas não acredito-

-Você não acredita no seu próprio filho?-

-Ele é uma criança sentindo falta de uma mãe. Faria qualquer coisa para se livrar de mim. Tenho medo do que ele possa fazer. Preciso de ajuda feminina!-

-Não se preocupe Justin. Eeu vou lhe ajudar no que for preciso!-

-Obrigada Estela-

-De nada. Acho melhor desligarmos-

-Ok! Tchau.-

Ela desligou e o Justin também. Ele guardou o celular e se deitou. Se sentia cansado demais; por pura preguiça de subir as escadas, adormeceu em poucos minutos, aconchegado no sofá.