Transformação

    Estava eu, tranquilamente em casa, em um dia sem Ben, meus pais ou os gêmeos. Sozinha em casa, sem nada para fazer. Então fui fazer a melhor coisa que podia: Brigadeiro! E depois quem saber ler algum livro.

Meus pais passariam o fim de semana fora com os gêmeos, Ben iria acampar com os pais. Era incrível como meus pais não se importavam de me deixar para trás, não que eu me importe, mas é estranho e bom. Afinal eles confiam em mim.

Entrei na cozinha e fui pegar os ingredientes para fazer o brigadeiro. Quando abaixei para pegar uma panela no armário de baixo da pia senti uma dor estranha, apertando meu coração e tudo ficou rodando e desfocado, aos poucos foi perdendo a cor também, até que era só escuridão.

*.*.*.*

Senti que estava acordada de novo e abri meus olhos, estava no chão da cozinha ainda, olhei para meu relógio de pulso e tinham se passado 3 horas desde que “desmaiei”. O que aconteceu comigo afinal? Nunca fui de desmaiar, estranho.

Olhei em volta, estava tudo diferente, parecia que estava vendo tudo com mais perfeição. Pensei ainda deitada o que eu faria, decidi que deveria levantar e fazer algo o que comer. Estava morta de fome. Mas mal pensei e já estava de pé na frente do armário. Uau! Como eu fui parar ali tão rápido?

Respirei fundo e vieram vários cheiros diferentes, fortes, que eu nunca havia sentido com tamanha intensidade. Chocolate, suco em pó, suco concentrado. E cheiros que não pareciam pertencer a comida alguma: folha de pinheiro, madeira, plástico, tinta de caneta, sangue, um cheiro repugnante que lembrava cachorro sarnento, cheio de pulgas e sem tomar banho a anos.

O que estava havendo comigo? Resolvi deixar a fome de lado e seguir o que meu instinto estava mandando eu fazer: ir ao sótão.

Subi e inspirei, achei o cheiro da minha vó. Com o seu cheiro característico de macarrão (n/a: Macarrão, eu sei, péssimo! ¬¬‘). O cheiro levava até um baú antigo e com uma fechadura que parecia ser do tamanho da chave que ela me dera antes de morrer e dizer: “quando chegar a hora vai precisar”.

Peguei a chave que sempre ficava presa na minha corrente e abri o baú. Tinham vários livros, cartas, anotações e objetos estranhos.

Peguei uma das anotações e comecei a ler:

“Ang querida, queria estar com você nesse momento confuso, para lhe explicar o que esta havendo. Mas não é possível,  não é mesmo? Então sua explicação será simples e direta: você é uma bruxa.”

Bruxa? Como isso era possível? Segui para a próxima anotação para encontrar algum sentido.

“Little W., lembra que eu te chamava assim? Você me perguntava: ‘Vó, o que significa isso?’, não podia te contar que você era uma bruxa, ainda não tinha a idade certa. Sei que é difícil de acreditar, mas é verdade.

“Seus pais eram bruxos, você não é filha da Christina e do Angelo, e sim de feiticeiros poderosos, que morreram, no dia que você nasceu, pelo o que eles me contaram, estavam sendo perseguidos por outros bruxos, e até onde eu sei, estes os mataram. Nessa caixa tem algumas informações deles. Olhe e veja como são parecidos”

Olhei os papéis:

Nome: Anita Carlton Johnson

Data de nascimento: 20/05/1750

Estado civil: Casada

Ela nasceu a mais ou menos 260 anos atrás?

Nome: Henri August Farrell

Data de nascimento: 05/08/1687

Estado civil: Casado

E ele, a mais ou menos 323 anos?!

Então como ambos não envelheciam? E até que eu era muito parecida com eles!

“Querida, não se assuste pela idade, eles paralisam no tempo, imortalidade é uma característica das bruxas. Nessa caixa tem também livros sobre isso, leia apenas se estiver sozinha!

Te amo Little Witch!”

Peguei um dos livros e comecei a ler. Falava do que podíamos fazer, dos dons extras que alguns possuíam... Parecia bastante interessante.

Não sei porque senti uma sensação que precisaria ver a Bella. Então decidi ir até a casa de Charlie, ela provavelmente estaria lá, ou eu podia pedir para falar com ela, afinal não tenho o telefone dela.

Peguei minha bolsa, com minha carteira e tudo o mais. Senti um vento que não deveria estar ali, olhei para trás e a janela estava aberta. Porque ela não fecha sozinha?! Revirei os olhos com a impossibilidade e a janela fechou, sozinha (n/a: Meedo!). Corri porta a fora e entrei no meu carro tremendo.

Dirigi calmamente – o máximo que poderia em um dia como hoje – até a casa de Charlie, parei em frente e respirei fundo e comecei a pensar em uma desculpa para pedir o telefone dos Cullen. Pensa Ang, vamos você consegue!, meus pensamentos estavam coerentes! Droga, eu não sei o que falar pro Sr. Swan, pois não posso simplesmente chegar e falar: “Sr. Swan, eu precisava do telefone da Bella porque eu sinto que preciso falar com ela sobre minha transformação em bruxa”, ele iria rir da minha cara!

-Droga! Eu preciso do telefone da Bella! – e bati minha cara no volante.

.-. -. -. -. -.

Enquanto isso na casa dos Cullen...

POV Alice

Estava desenhando a roupa da Rose quando não estava mais na mansão

Visão on

Tinha um carro parado na frente da casa do Charlie e Angela estava dentro, estressada.

Droga! Eu preciso do telefone da Bella! – e bateu a cabeça no volante.

Visão off

O que a Angela queria com a Bella? Parecia ser importante. Acho que vou dar uma ajudinha...

-Bella? – chamei sabendo que ela ouviria.

-Oi Allie – respondeu aparecendo na porta do meu quarto.

-Bem, o que acha de ir à casa de Charlie agora?

-Agora Alice? – como ela era lerda!

-Não daqui uns 10 anos! - ¬¬

-Fazer o que lá?

-Tem alguém te esperando lá...

-Quem?

-É uma humana e sua amiga...

-Alice, quem? – ela tava ficando nervosa.

-Ange...

-O que a Ang está fazendo lá? – garota afobada, nem me deixou terminar! Credo!

-Ela precisa falar com você.

-Sobre?

-Eu não sei – dei de ombros.

-Tudo bem... mas você vem comigo. – deu um sorrisinho de lado.

-Aff Bella, vai fazer isso comigo? – carinha do gatinho do Shrek.

-Vou. Não vou sozinha.

-Tem tantos vampiros e justo eu?

-Esme, Emmett, Edward e Jasper estão caçando, Carlisle no hospital, Rosalie está com Renesmee no quarto dos “ursos”.

-Vá com a Rose e a Ness!

-Eu não posso levar a Nessie, o que vou dizer sobre ela pra Ang?

-Só com Rose e eu fico com a Ness?

-A Rosie não vai ficar longe da Nessie!

-DROGA!

-Você que inventou!

-Eu estou ajudando uma humana com problemas. – revirei os olhos

-Então pode ajudar uma vampira com problemas – sorriu cinicamente.