Lago Negro escrita por LauraM


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas (:
Beem... essa é a minha primeira Fic e eu amei fazé-la.
Não tá lá graaaaandes coisas mas eu particularmente achei beem fofinha *-*
Por favor, deixem reviews ok? Eu preciso saber a opinião de vocês!
Elogiem ou digam que tá uma porcaria. Mas por favor, falem alguma coisa.

Então, é isso.
Divirtam-se :D



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O vento batia em sua face e bagunçava seus cabelos castanhos. O ar gelado que pairava indicava uma forte tempestade, o inicio de um inverno rigoroso, mas Hermione não se importava. Ela queria apenas ficar ali, sentada, de frente para o lago negro. A biblioteca, por mais incrível que parecesse já não a acalmava com antes, uma vez que todos sabiam que ali era onde Hermione Granger se refugiava. Então, a vista para o Lago Negro era sua única opção.
Era lá que ela ia agora quando estava triste.
Não que estivesse triste, ela queria apenas pensar. Pensar nos seus pais, no filho que eles acabaram de ter, em Harry, em Rony...  Ali, era o único lugar, para ela, que Voldemort não existia.
O Lago Negro era como um diário para Hermione. Um diário que ela não precisaria escrever ou falar nada. Um diário que nunca seria descoberto ou lido por alguém. Hermione estava começando a criar um afeto pelo Lago, naquele momento confiava mais nele do que em si própria. Compartilhavam segredos, eram confidentes e o que a castanha mais gostava nisso era que o Lago, era o único que poderia escutá-la sem julgá-la ou interrompê-la e a única resposta que obtinha era o silencioso barulho das pequenas ondas no Lago em prol do vento.
Naquele momento, ela pensava em uma pessoa em especial. Rony.  E o que sentia por ele.
Já não estava tão certa de que realmente o amava. Quer dizer, claro que o amava! Só não sabia como. Irmão ou Homem?
Sempre tivera certeza de seus sentimentos sobre ele. No começo ela o amava como um irmão. Mas daí, ela cresceu, ele cresceu. Eles mudaram.  E ela então, teve certeza que o amava como homem. Rony com seu jeito atrapalhado nunca havia percebido Hermione. Nunca. Até que um belo dia, ela resolveu tomar uma decisão e o beijou. Sim, ela o beijou! E sinceramente, não foi o que ela tanto sonhou. Foi carinhoso, foi bonito, mas foi fraternal. Faltou o que tanto Hermione desejou . Faltou o arrepio na nuca, o frio na barriga, o desejo de continuar e pior... Faltou o que tanto Hermione pensou sentir por ele.
Amor.
E no momento em que seus lábios se soltaram e Rony fez menção de falar algo, Hermione correu, correu para longe, correu para o Lago Negro. E estava lá desde que o episodio do beijo aconteceu. Pela manhã. Hermione não foi para mais nenhuma aula e ficou lá, sentada de frente para o Lago, onde ainda estava.
Fechou os olhos e aspirou a brisa gelada até que sentiu uma presença atrás de si.
-Granger? – Hermione abriu os olhos rapidamente, podia identificar aquela voz em qualquer lugar.
-Malfoy. – ela respirou pesadamente ainda sentada de costas para o loiro. – O que faz aqui?
- Ora Granger, não pense que é a única que pode vir aqui.
Hermione fez menção de se levantar para ir embora, mas Draco a faz sentar novamente, sentando ao seu lado.  Hermione o encarou pela primeira vez com uma olhar assustado e incrédulo.
- O que você...
- É bonito não é? O Lago Negro. Me traz paz quando preciso. Quando estou com medo, ele é o único que consegue espantá-los. – ele a cortou. Hermione escancarou os olhos. Aquilo era uma brincadeira? Porque, diabos, ele estava contando aquilo a ela?
-Eu não estou entendendo Malfoy, o que você quer? – ela perguntou finalmente.
-Conversar.
-Comigo?!
-Está vendo alguma outra sangue-ruim por aqui?- perguntou com seu costumeiro tom sarcástico. Hermione fechou a cara.
Ficaram em silêncio durante minuto, admirando o sol se pôr e sentindo os indícios de uma chuva , até que Draco se pronunciou.
-O que estava pensando?
-Como é que é? – ela piscou atônita.
-Você está meio lerda hoje, Granger. – ele disse e a fitou como se pudesse ler sua mente daquela forma.
O olhar dele a incomodou e um leve tom rosado tomou conta do seu rosto.
-Para. – ela pediu corando.
-Parar o que? – ele perguntou idiotamente.
-De me olhar desse jeito. – ela respondeu mais idiotamente ainda.
-Eu gosto de olhar você desse jeito. – ele sorriu maroto.
Hermione, que já estava vermelha, ficou a ponto de jorrar sangue pelos poros.
-Mas você ainda não me respondeu. O que estava pensando?-  ele perguntou novamente com uma vontade imensa de rir da cor que Hermione estava ficando.
-Na vida... eu acho.
-Hmm... então, realmente beijou o Weasley? – ele fez uma expressão de nojo.
-Como você... ?
-Não é muito boa com Oclumência não é Granger?- ele sorriu.
-Você...  eu não acredito nisso! Você não tinha o direito de ler a minha mente! Arrrrgh ! – ela ficou furiosa. Se levantou rapidamente e fez menção de andar de volta ao castelo. Mas logo sentiu um puxão em seu braço. Draco estava de pé a segurando pelo braço.
-Me solte sua doninha! – ela berrou e ele apenas a ignorou.
-Me desculpe. Por ter lido sua mente.  – Hermione ficou chocada. Como assim Draco Malfoy estava pedindo desculpa a ela?
-Malfoy, porque está sendo gentil?Conversando comigo, sentando ao meu lado... O que você quer? Brincar comigo? Sinto muito, mas não vai dar. Não sou tão idiota como pensa.
-E eu que pensava que você era inteligente...
-Eu sou inteligente! – ela se alterou. Odiava quando alguém duvidava sobre sua inteligência.
-Pensava que sabia de tudo... – ele soltou um muxoxo falso. – Mas não consegue ver nada ao seu redor não é Granger? – ele soltou um risinho pelo nariz. – Sempre te julguei como “a sabe-tudo”. Parece que é não tão “sabe-tudo” como imaginei.
- O que você quer dizer com isso Malfoy?- ela perguntou confusa e só então notou que ele ainda segurava seu braço.
-O que eu quero dizer? Mas é muito burra mesmo. Granger, será que você não percebe que eu não paro mais de olhar pra você? Que eu não paro de pensar em você? Não se precisa saber muito de Legilimência para perceber isso. Você é Granger, é o primeiro e o último pensamento do meu dia. A única que me faz perder a respiração quando passa. E acredite, eu odeio esse seu cabelo macio e esse seu cheiro de maçã, eu odeio esses seus olhos castanhos que me fazem sentir como se acabasse de cair de um precipício. Eu odeio essas suas pequenas sardas em volta do seu nariz e seu ar delicado. Eu odeio a sua personalidade forte e odeio a sua teimosia. Eu odeio como você fica de pontas de pé quando briga com alguém tentando parecer mais forte e confiante. E eu me odeio! Me odeio, pois tudo que odeio em você só me fazem querê-la mais ainda. E principalmente, eu odeio essa necessidade que eu tenho de ficar perto de você! É impressionante como você me fez desacreditar em tudo que acreditava. Sabia que eu desprezava seu sangue? Pois é Granger, agora ele não parece tão importante assim para mim. – ele respirou fundo e a olhou como se fosse a coisa mais importante do mundo.
Hermione estava sem reação. Tentava assimilar tudo que havia ouvido, misturando seus pensamentos com as palavras deles. Estava tão atônita que nem percebeu os pingos de uma chuva que se iniciava. Estava tão atônita que nem percebeu o quanto perto eles estavam.
Mas de repente ela começou a notar todos os traços do loiro a sua frente. O seu nariz afilado, as suas íris acinzentadas e seus lábios finos e convidativos. Notou como seu cabelo se movia por causa do vento e então chegou à conclusão que todas as garotas de Hogwarts, exceto ela, já haviam percebido. O como ele era lindo.
Em um movimento lento, Draco soltou o braço de Hermione e pousou seu próprio braço em torno da cintura dela a trazendo para mais perto, fazendo com que seus rostos ficassem a menos de 10 cm de distancia. Eles olhavam um nos olhos do outro, Draco chegando a conclusão que os de Hermione eram, sem dúvida, mais bonitos de perto e Hermione se perdendo na imensidão cinza que eram os olhos de Draco. O Sonserino aproximou seus lábios dos da Grifinória fazendo com que Hermione pudesse sentir o hálito de canela, quente, mas ainda sim refrescante. Uma mão dele pousou sobre o rosto da castanha acariciando-a e sentindo sua pele quente.
Inconscientemente, Hermione enlaçou seus braços em torno do pescoço de Draco o que fez o garoto, mecanicamente, trazê-la para mais perto fazendo com que ela ficasse de pontas de pé.
Os narizes se encostaram. Os lábios roçaram levemente o que provocou uma onde de arrepio em ambos. A garota enfim fechou os olhos, em um sinal de rendimento, e então, Draco fechou completamente o espaço entres os lábios deles, iniciando um beijo quente, porém calmo.
Draco explorava todos os cantos da boca de Hermione e suas mãos passeavam pela cintura dela. A mesma, tinha os braços enlaçados no pescoço do Sonserino e bagunçava o cabelo loiro.
O beijo foi ficando cada vez mais ousado, as línguas se entrelaçavam em um jogo onde não havia nenhuma regra e o prêmio, era para os dois. Hermione sentia arrepios pela nuca e sentia suas pernas trêmulas e não havia sanidade no mundo que conseguisse desgrudar seus lábios dos dele. Então foi aí, que ela notou. Lá estava ele! O famoso frio na barriga. Os arrepios... Tudo. Tudo que ela não conseguiu sentir com o Rony, que jurava amar, ela sentiu com ele, que por todos esses anos jurou odiar.
Naquele beijo, havia tudo que ela desejava.
Havia o nervosismo, havia os arrepios, havia o desejo incontrolável de continuar.
Naquele beijo, ela encontrou o que tanto procurava na pessoa errada.
Havia amor.
E mais uma vez o Lago Negro estava lá, como seu diário, presenciando mais um momento, uma confidência, um segredo.
Lá estava ele.
O confidente de Hermione Granger.
O confidente daquele amor tão inusitado.

Silencioso.


                                                          FIM.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? *cruzando os dedos*
Reviews ! (: