Rose caminhava o mais silenciosamente possível. Olhava para todos os lados. Não sabia quanto já tinham andado, só sabia que a nevoa cobria o chão e que estava frio. Parou e posicionou a varinha na palma da mão.

- Norte. – Ordenou,a varinha girou e apontou a direção. – Ela recolheu a varinha estava colocando de volta no bolso do moletom quando sentiu algo subir por suas costas. Ela soltou um grito e virou-se, apontando a varinha. Viu Scorpius encostado a uma arvore, rindo dela.

- Ora seu... – Disse guardando a varinha e virando-se novamente. – Vamos logo... Quanto mais cedo acharmos a clareira, mais rápido eu voltamos pro castelo.

- Ok, mamãe... – Disse ele ainda rindo, seguindo a ruiva. – Nossa, não é a toa que dizem que as ruivas são as mais esquentadinhas... Se fosse a Lilly ela levaria numa boa.

Rose virou-se repentinamente, apontando a varinha para o rosto de Scorpius.

- Ok, eu te odeio e você me odeia, - Disse ela – então eu continuo daqui sozinho, se perguntarem, nos separamos por causa de alguma coisa e não conseguimos nos encontrar de novo, certo?

E virou-se, seguindo para o norte. Scorpius a observou, até que ela sumiu na nevoa. Passaram-se alguns minutos, ele seguiu para o norte, seguindo a direção que sua varinha indicara. O frio ao seu redor se intensificou e a nevoa se intensificou, Scorpius abaixou próximo a uma raiz de uma arvore que ele não reconheceu no escuro, Scorpius observou um grupo de 10 dementadores passar, sentiu como se toda a felicidade que sentira na vida nunca tivesse existido. Os dementadores passaram e o clima voltou ao frio habitual. Scorpius continuou andando, mais atento, a varinha em punho, pronta para um combate.

Passaram-se alguns minutos e ele ouviu um grito ao longe. Era Rose.

- DROGA! – Gritou ele correndo na direção em que o grito viera.

*~*~*~*~*~*

Rose caminhava tropeçando nas raízes. Sentiu um frio mais intenso, e virou-se, pronta para dar uma bronca em Scorpius.

- Pode parar com suas brincadeiras irritantes Scorp... – A frase morreu em seus lábios assim que ela viu o Dementador flutuar calmamente em sua direção, Rose tentou correr para outra direção, mas se viu rodeada de Dementadores. Toda a felicidade esperança pareceu esvair-se de seu corpo. Ela gritou, os dementadores avançavam cada vez mais, mãos pútridas estendidas para ela.

- S-Scorpius! – Gritou, com medo do que poderia acontecer. – Scorpius socorro!

Ela sabia que ele provavelmente não ouviria.

Caiu no chão sentada, estava fraca demais, iria desmaiar e os dementadores levariam sua alma.

- Eu preciso de você, Scorpius... – Sussurrou, seus olhos ficaram repentinamente pesados e ela ficou consciente o suficiente apenas para ver um grande e imponente leão prateado investindo contra os dementadores.

*~*~*~*~*~*

Scorpius chegou a tempo de ver os Dementadores rodeando Rose, viu-a tombar de joelhos no chão, quase inconsciente. A imagem de Rose sorrindo para ele na festa de aniversario de Alvo, um ano antes surgiu em sua mente, ele corou com a lembrança e lançou o feitiço:

- Expectro Patrono! – O seu patrono, um grande e imponente leão surgiu da ponta de sua varinha e investiu contra os dementadores, eles sumiram, Scorpius chegou até o local em que Rose desmaiara. Pegou a garota no colo e acariciou levemente o cabelo ruivo e brilhante de Rose.

Lançou fagulhas vermelhas e brancas para o auto, logo, Hagrid e os outros apareceram, carregando grandes sacas repletas de pequenas mandrágoras. Ele explicou-lhes a situação, e voltaram para o castelo.

Scorpius carregou Rose nas costas o caminho inteiro até a Ala Hospitalar. Aguardou até Madame Ponfrey terminar de examiná-la.

Roxanne e Lilly fitaram os olhos preocupados de Scorpius e deram risadinhas.

- Do que é que vocês estão rindo? – Perguntou Hugo, confuso.

- Nada... – Rox riu novamente. – Dou até o fim do ano letivo, e você e você Lilly?

- Acho que antes disso... Viu a cara de preocupado dele??

Alvo e Hugo olhavam para as garotas sem entender.

- Meninas... - Murmuraram revirando os olhos.

*~*~*~*~*~*

Scorpius sentou-se ao lado da cama de Rose, deitou a cabeça no travesseiro, observando-a dormir pesadamente. A expressão tranqüila no rosto de Rose fez com que Scorpius se sentisse aliviado.

Afastou esse pensamento da cabeça, fechou os olhos e adormeceu. Seu rosto a centímetros do rosto de Rose.

Um leve sorriso brotou em seus lábios ao inalar um doce aroma de rosas, resolveu investigar a origem do cheiro logo pela manha.