Quem era ela? A menina dos cabelo castanho cacheado, da pele branca e dos olhos castanhos, a garota de 16 anos, ainda aprendendo a viver. Sim, era ela. Mas, você não se pergunta o que ela é por fora, e sim por dentro. Vamos saber a sua história ...

 A nossa história, digo, a história dela começa, num fim de tarde nublado... 

 A garota olhou para o céu, e vendo-o nublado chutou uma lata de cerveja amassada, que estava a sua frente.

 " Que saco ! - pensou ela "

 Continuou andando, e chutando a lata, até que se cansou. Ela precisava atravessar a rua.

 Atravessou até a metade da rua, parou por lá, olhou pro chão, e viu algo brilhante, talvez algo feito de prata.

 Ela olhou para os dois sentidos da rua, para se certificar de que era seguro ela abaixar e pegar aquilo.

 " Que mal tem ? Afinal, essa rua é pouco movimentada. - ela pensou, e sorriu. "

 Ela se abaixou, e ficou de joelhos no chão, pegou o 'troço' brilhante, e viu, que era um colar, um colar com um pingente com asas de anjo. Tinha uma chave também, a chave, ela pegou primeiro, e guardou no bolso do casaco. O pingente ela segurou, e colocou contra o peito. Ela fechou os olhos, e sentiu uma sensação boa.

 E não viu o carro se aproximar dela. O carro vinha em alta velocidade. Em alta velocidade.

 Ela só gritou, e segurou com mais força o cordão até sair de suas mãos um filete de sangue. Ela sentiu seus joelhos se arrastarem com força no chão, e ela desmaiou.

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 A garota abriu os olhos, e tinha um garoto com o cabelo de um castanho escuro, olhos de um esverdeado-acizentado e um sorriso torto que demonstrava confiança, na sua frente, com o braço esticado para ajudá-la a levantar. Ela piscou os olhos 3 vezes, e aceitou a ajuda.

 -Parece que você não tem muita sorte, não ?! - Ele disse e os dois riram.

 -A vida não tem graça sem um arranhão ou dois. - Ela disse em resposta, ainda rindo.

 E começou a chover, eles começaram a correr.

 -Vamos entrar naquela cafeteria. - O garoto disse e apontou para a cafeteria.

 -Como você pode ter a solução para tudo ?!

 Ele apenas prendeu o riso.

 Eles entraram na cafeteria - os dois extremamente encharcados, e o dono da cafeteria os olhou de cara feia - e se sentaram em uma mesa.

 Ela olhou o garoto, diretamente em seus olhos penetrantes e sorriu.

 -Bem, acabou que eu não sei seu nome...

 -Eric, prazer, e acho que não sei o seu também...

 A garota deixou seus ouvidos e sua mente se deliciarem com a voz de Eric, deixando um sorriso bobo sair de sua boca.

 -Gabriela - ela disse, e sorriu ligeiramente.

 Estranhamente, a chuva cessou e as nuvens saíram aos poucos, deixando o sol um pouco a mostra.

 O garoto olhou para o sol, e se entristeceu.

 -Sorry, tenho que ir.

 Ele se levantou rapidamente, e no minuto seguinte que Gabriela olhou para trás, ele havia desaparecido.

 Gabriela sentiu um vazio dentro de si, diferente de um minuto atrás, quando Eric estava ao seu lado, com um sorriso confiante e hipnotizante.

 Ela então foi embora daquela cafeteria com passos barulhentos e molhados, passos escuros.