A Nova Vida de Ruby Menninger escrita por Between the moon and the sun


Capítulo 15
A facada mais dolorosa da minha vida




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Dormi por um bom tempo. Nem me lembro a hora que eu dormi. Só sei que era de manhã quando eu acordei. CARACA, EU DORMI 24 HORAS?!

Bem... Quando eu abri os olhos, dei um pulo pra trás. Vi uma pessoa ao meu lado, mas eu estava tão confusa, que não entendi quem era na hora. Era meu irmão, Percy.

-Ruby, eu estava preocupado, você não acordava!

-Eu estava morta de tão cansada.

-Quem mandou viajar com o filho de Hades, o senhor dos mortos? - Ele riu.

-Desde quando você estava aí, ao meu lado?

-Alguns minutos atrás, eu vim ver se você ainda estava viva, né. - Eu olhei pra ele e agora o rosto dele já não estava mais embaçado.

-Vocês não saíram sem mim, certo?

-Não. Você não foi a única que capotou por um longo tempo. Nico e Annabeth também dormiram. Nico ainda está dormindo, na verdade.

-Ah...

-Annabeth não dormiu noite passada, preparando mil planos e possibilidades, como sempre. Ela dormiu poucas horas, mas a viagem não deixou ela tão cansada. Então Austin dormiu a noite toda, ele disse que parecia que tinha sido jogado de um avião. Acordou um pouco depois da Annabeth. Eu dormi algumas horas à noite também. Então, o que que está rolando?

-O que você quer dizer?

-Você anda muito cansada, sentimental, irritada, indecisa... E não vem me dizer que é por causa do seu padrasto ou do nosso pai. Você não estava tão afetada antes.

-Ai, Percy, eu estou bem. Só meio nervosa com a missão.

-É só isso mesmo? - Ele me olhou preocupado.

-Não, eu estou mentindo pra você, justo pra você que pode ler meus pensamentos e sentir minhas emoções. - Sarcasmo total. -Desculpa, cara. Sério, não quero que se preocupe comigo. Quando essa missão acabar, se sobrevivermos, você vai ver que era só isso me encomodando.

-Hoje eu vi você chorando com a cabeça no ombro do Austin, no saguão do hotel.

-Sim, e daí? - Sorte que meus pensamentos estavam bloqueados.

-Nada. - Ele deu um sorriso malicioso pra mim e eu sabia que ele sabia.

-Ah não, não se meta nisso, Percy Jackson!

-Eu não vou me meter. E depois da sua reação, eu tenho certeza. E Nico? Caramba, minha irmã está passando o rodo geral. Tem certeza que você não é filha de Afrodite? - Dei um peteleco nele e ele continuava rindo.

-Seu tonto. - Eu rolei os olhos e me levantei. Ainda estava com a jaqueta do Austin, tinha me esquecido disso. Minha cabeça girou e eu quase caí, mas Percy me segurou.

-Vai com calma aí. - Ele disse me colocando de pé e me segurando até eu realmente firmar minhas pernas. Andei em direção à porta e ele me seguiu.

-Cadê a sua namorada, hein? - Eu disse olhando pelo corredor do hotel.

-Comendo lá na lanchonete, na frente do hotel.

-Quer saber? Eu vou comer um pouco. Vem também?

-Ok. - Eu entrei no elevador e ele me seguiu, fomos até a lanchonete e eu tomei um milk shake gigante de chocolate e comi um mega sanduíche com tudo que tinha direito. Percy comeu o mesmo sanduíche que eu e tomou uma coca-cola grande, enquanto Annabeth apenas tomava um suco de frutas e comia uma salada.

-Vocês são irmãos mesmo. Só não comem o pé da mesa porque suas mães devem ter dito que comer madeira iria impedi-los de nadar.

-Bom... Eu nunca vi um cupim nadar. - Eu disse pensando sobre essa história de madeira e água. Annabeth tomou outro gole do suco e riu sobre o meu comentário, olhando fixamente pro seu laptop. -Esse é o laptop que o cara que criou o labirinto te deu? - Eu perguntei.

-"O-cara-que-criou-o-labirinto" tinha nome. - Disse Annabeth ofendida. - E claro que não, eu não traria o laptop de Dédalo em uma missão. Esse é meu próprio laptop. - Nós estávamos lá, tranquilos e felizes na lanchonete quando eu vi a coisa mais estranha do mundo.

Uma criatura gigantesca com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Ela estava vindo na NOSSA direção. Caramba, só consegui pensar em um coisa: "Estou morta."

Ela veio pra cima de nós e eu arranquei meu colar, apertei a esmeralda. Hora de realmente matar alguma coisa com a minha espada nova. Percy puxou a contracorrente do bolso, ainda como uma caneta, mas quando ele a segurou no alto, já era uma estapa de bronze celestial. Annabeth pegou sua faca.

-O que é isso? - Eu disse e o bicho rugiu, tinha um monte de mortais correndo e gritando pra todo lado, o que também não ajudava em nada.

-Um grifo. - Disse Annabeth olhando pra ele.

-Como se mata essa coisa? - Eu tive que gritar pra ela me ouvir, com tantos mortais gritando em volta.

-Não temos chances contra isso! - Disse Annabeth.

-Eu tenho. - Disse Percy, indo em direção ao monstro.

-PERCY! - Eu gritei. - O que ele está pensando?!

-Ele tem a maldição de Aquiles. - Eu me lembrei da história. Mas e se... O monstro achasse o ponto fraco dele? O monstro parecia já saber que Percy tinha algo especial, ele evitava Percy e o empurrava. Eu vi Nico e Austin vindo correndo pela rua até nós. O monstro me apunhalou na perna com uma faca enorme que ele segurava com uma das patas, entre os dedos. Como a pata era muito maior do que a de um leão comum, e muito mais forte, ele conseguia segurar a faca com facilidade e eu teria tirado aquela faca dalí se não tivesse distraída. Eu senti uma dor enorme e minha vida parecia se esvair. Senti alguém me carrergar, eu não vi mais nada.


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