Epílogo.

            Annabeth narrando.

            -Papai, conte-nos a história de você e da mamãe de novo – Pediu Lucas, um garotinho com cabelos cor-de-areia e olhos azul tempestade. A pele era delicada e macia, apesar dos cortes de treinos que tinha no Acampamento Meio-Sangue.

            O homem bronzeado, com olhos mais azuis que o mar das Maldivas, acomodou-se na cadeira. Seu cabelo moreno voou com a brisa que bateu em seu rosto, o mar que estava atrás dele estava acalmo. O homem parecia com o pai, vestia-se como um pescador.

            -É, papai, faz tempo que você não nos conta – pediu Silena, uma das mais velhas que, mesmo perdendo a idade, amava ouvir aquela história, igualmente como os outros.

            Silena tinha os cabelos negros e lisos como os do homem na espreguiçadeira, seus olhos pareciam com os do pai logo a sua frente, sua pele era meio bronzeada.

            Então aquele homem começou a contar sua história com a de sua amada.

            Percy Jackson vivera por cento e dois anos, todo o mês que ele iria visitar seus filhos no Acampamento Meio-Sangue ele contava sua história desde quando entrou no Acampamento até quando virou um deus como eu, Annabeth Chase.

            Percy se tornou o deus da lealdade, tornando-se um dos deuses principais junto comigo, a deusa da Arquitetura. Estávamos super felizes.

            As meninas, nossas filhas se pareciam extremamente com Percy, eram leais até de mais. Já os garotos, pareciam comigo e amavam arquitetura.

            Nossos filhos viviam em Chalés separados, já que eles tinham características diferentes. Os mais novos, depois de escutar mais uma vez a história, beijavam minha barriga onde havia mais uma menina que se pareceria com Percy, a pequena Jolie.

            Percy levantou-se e espreguiçou-se, olhou para mim, que estava sentada em uma espreguiçadeira como ele, e sorriu fazendo suas rugas causadas pelo sol aparecerem.

            Ele esticou a mão para mim e eu a segurei.

            -Quer ajuda, madame? – ele perguntou sorrido.

            -Claro!

            Levantei-me com ajuda de Percy que acariciou minha barriga, mas parou de andar para olhar para trás e para baixo, onde havia uma pequena com cabelos negros e olhos iguais ao de Percy. A garotinha segurava um ursinho de golfinho azul e fazia um beicinho pidão.

            -Papai, me dá um beijinho? – A pequena Mary pediu esticando os bracinhos delicados para que Percy a pegasse no colo.

            Meu Cabeça de Alga pegou a pequena Mary no colo e a deu um beijo na bochecha.

            -Agora a mamãe – pediu Mary esticando os bracinhos para mim.

            -Mamãe não pode te pegar no colo agora, pode machucar sua irmãzinha Jolie – Percy explicou preocupado comigo.

            Revirei os olhos e aproximei meu rosto de Mary para que ela pudesse dar aquele beijinho gostoso.

            Mary foi deixada no chão por Percy, a garotinha saiu correndo voltando para o Acampamento.

            Percy e eu seguimos para a praia, onde caminhamos acariciando a menininha que aguardava ainda um mês para sair.        

            -E aí? Não vai nascer, não, sua preguiçosinha? – Percy perguntou olhando para minha barriga.

            -Percy, falta um mês, seu Cabeça de Alga! – eu disse sussurrando uma bronca.

            -Eu sei, mas eu quero pegá-la no colo! – Percy explicou-se e eu ri sentindo a areia em meus pés descalços.

            -Você é muito coruja! – Eu disse rindo. – Mais do que qualquer um!

            -Mentira! Sua mãe é mais!

            O fuzilei com os olhos.

            -Calma, olha o bebê! Estresse não é bom pra ele! – Percy disse acariciando minha barriga novamente.

            Eu ri.

            -Lembra quando eu ia ter o primeiro filho? Até que eu gritei e você achou que eu tinha me machucado e entrou em desespero? – Eu ri com a lembrança.

            Percy fez careta.

            -Lembro – ele sussurrou envergonhado.

            -Você ficou tão fofo daquele jeito, preocupado – eu disse apertando a bochecha do Percy.

            Senti um chute na barriga e sorri.

            Peguei a mão de Percy e a coloquei sobre minha barriga.

            -Ela chutou? – Percy perguntou sussurrando.

            Assenti, apenas.

            O olhar de Percy brilhou como pérolas e então ele olhou para minha barriga.

            Tive que parar de andar para que Percy ficasse mimando Jolie.

            -E aí, menininha linda! Como vai, hein? Ta quentinho aí? Quer que mamãe coloque uma manta em volta de você? – Percy encheu a garota que nem havia nascido de perguntas.

            -Percy, você sabe que quando colocamos uma manta na minha barriga, Jolie ficou agitada – eu o relembrei.

            -Vai que ela mudou de idéia? – ele perguntou voltando a andar depois de dar um beijo na minha barriga.

            Revirei os olhos.

            -Vamos, Percy, precisamos chegar no conselho – eu disse o apressando.

            -Tem certeza? Se estiver cansada posso falar para Zeus adiar ou coisa parecida...

            -Percy!

            -Olha o bebê!

            -Você vai se ferrar comigo quando Jolie nascer, Cabeça de Alga!

            Percy olhou me repreendendo, ele sempre fora assim com seus filhos e sempre teve o máximo de carinho dedicado a mim.

            Ele havia me dito um dia que eu era quem mais importava na vida dele, que era um amor incondicional. Fiquei feliz por saber isso.

            Caminhamos lentamente na praia acariciando minha barriga.

            -Coloque que também quando Jolie nasceu a primeira ciosa que ela fez foi dar um sorriso quando viu Percy – Pedi a Bibeeh, a deusa dos escritores, para que acrescentasse.

            (n/a.: nesse caso, eu, a Bibeeh, represento todas as escritoras que têm paixão por escrever)

            -Foi a coisinha mais linda do mundo – Percy disse acariciando a cabeça da pequena Jolie enquanto ela mamava em um de meus seios.

            Jolie, como era de ser esperar, era parecidíssima com Percy, igualmente como suas irmãs.

            Revirei os olhos com o comentário de Percy.

            -Percy, não se esqueça que nossos filhos vêm nos visitar hoje, é a primeira vez de muitos a conhecer o Olimpo – eu o lembrei.

            -Claro, claro – Percy sorriu.

            -Ah!, Thalia disse que vai apresentar a nossos filhos As Caçadoras e vai dizer como funciona tudo. Não é legal?

            -Sim, se Thalia não der a louca e não acertar flecha nenhuma ou assustar nossos filhos com Aegis.

            -Vão assustar as suas filhas medrosas, os meu sei que não – eu disse.

            Dito e feito. Naquela tarde quando Thalia apresentou Aegis, as garotinhas menores que mais se pareciam com Percy começaram a chorar enquanto os meninos que mais se pareciam comigo apenas observaram.