Parecia um dia como outro... Um dia normal!
            Acordei bem, mas as coisas não estavam tão normais assim.

            Na igreja? Tudo correu bem.. vi minha melhor amiga e senti que aquele dia era diferente, senti que nada mais seria como antes!

Pensei no Dinho durante o culto, aquele amigo pelo qual sempre confiei e que por sinal conheço a muito tempo e sabia que alguma coisa estava errada.

            O celular de minha best Isabella não parava de tocar e ela sempre se negava a atender, por alguma razão que só hoje entendo.
           

            No fim do culto formamos uma rodinha de jovens e como sempre conversávamos sobre nada e algo me fez lembrar ele.. O Dil.. Aquele que conheci em uma noite em que eu estava na praia, uma noite que será inesquecível, uma conversa que está guardada em meu coração onde só eu tenho a chave. Comentei com os meus amigos sobre ele, fizemos até uma brincadeira entre Isa + Dil , mas por alguma razão minha melhor amiga se negou a querer falar sobre isso, ela se negou a querer falar do Dil. Fiquei preocupada com isso, e não conseguia entender as palavras de minha amiga "esquece o Dil Cah", palavras que me calaram...

            Enfim nos despedimos de todos da igreja e fomos embora... Não me lembro bem de como foi no carro de meu pai, só me lembro que estava um clima chato, todos pensativos. Deixamos a Isa em sua casa e nos despedimos friamente.

            Cheguei em casa e decidi que eu deveria dormir pois acordaria cedo no outro dia, fui direto para o meu quarto e abri a janela, me lembro do céu como se fosse hoje, estava estrelado e sem nuvens, uma linda noite. E então o maior pesadelo-real de minha vida estava para acontecer, um telefonema que me chocaria, um telefonema que faria meu mundo desabar.
            Atendi apreensiva e ouvi uma voz fria e magoada do outro lado da linha, era a prima do Dil, me dizendo que o Adilson havia morrido MEU AMIGO Dil, aquele pelo qual eu sempre me preocupei, aquele que eu tinha como um irmão havia partido e nunca mais voltaria.

            Quando desliguei o telefone, senti como se um anjo me abraçasse e sussurrasse no meu ouvido que tudo ficaria bem, o céu me fez pensar que era ele e tive medo. Eu ouvia o que ele dizia, mas de minha boca não saia som algum.