Vida Dupla de Claer - Round Two escrita por Razi


Capítulo 11
X- Planejamento


Notas iniciais do capítulo

Hei
Deixando para vocês mais um cap. de Round Two, não tem ação, mas mesmo assim curti digita-lo.
Espero que curtam.



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Depois que expliquei para o quarteto sobre Tiger Millers, resolvi que já era hora de visitar os antigos amigos que não via desde semana retrasada.

Senti meu corpo ficar meio rígido com a idéia de encontrar todos eles, porque afinal de contas a nostalgia vinha quando via seus rostos, as lembranças dos momentos que passamos juntos com Camyla e Juliette que também morrera no acidente de carro que tirou a vida das duas.

Trinquei os dentes como uma tentativa de me livrar da sensação violenta que afligia todo meu ser. Tinha que parar com isso, não podia agir dessa maneira toda vez que as lembranças delas vinham á minha mente.

Precisava tocar a vida pra frente sem dor alguma. Pelo menos nesse caso.

Estacionei em uma vaga qualquer do campus da faculdade que pela hora estava movimentada.

Quando desci do carro vi muitos olhares sobre mim e meu modesto esportivo. Peguei apenas meu celular e a chave do carro, colocando ambos em meus bolsos. Passar um tempo com Ingrid, Lucia, Emmett, Shelle e Erick era uma formidável idéia.

Caminhei pela área esverdeada onde na maioria do tempo ficavam os grupinhos de campus conversando animadamente.

Como previa no canto um pouco perto estavam a galera com quem estudava cinco anos atrás e que continuava basicamente á estudar.

-Vai cair gelo do céu hoje – gritou Ingrid ao me ver levantando-se

Os demais se viraram para me olhar com sorrisos em seus lábios enquanto me aproximava dele meio constrangida. Lucia se lançou na minha direção me dando um abraço apertado que cheguei a pensar que minhas costelas estavam sendo quebradas.

-Licença – disse Ingrid nos separando depois me abraçando – Saudades de você, sua desvairada.

-Senti falta de todos vocês – retribui afagando suas costas

-Daria para soltar ela, Ingrid? – indagou Shelle meio sarcástica

Ela então se afastou e depois de Shelle me abraçar, Emmett me pegou, levantando-me e rodopiando comigo. Erick já foi mais comedido e me deu um leve abraço e um beijo na bochecha.

-Pensei que não viria hoje – comentou Emmett me encarando curioso

-Consegui ajeitar o que deveria e ganhei uma brecha para vir aqui matar a saudades de vocês – me expliquei sentando entre Ingrid e Erick – Mais preciso perguntar o que vão fazer no sábado?

Então uma sombra pairou em suas expressões que logo já sabia do que se tratava.

-Iremos ao cemitério – contou Erick solene – Poderá ir?

-Farei o possível para estar com vocês – prometi ao segundo que meu celular tocava em meu bolso.

Enquanto o pegava vi uma nuvem de desapontamento passar pelos semblantes de Ingrid e Lucia. Pedi licença para atender quando me afastava vi que o numero era de Sandro, atendi.

-O que houve? – perguntei olhando algumas pessoas passarem a minha frente

-Mudança de planos – respondeu ele serio – Precisa vir para cá agora.

Revirei meus olhos enquanto dava um suspiro cansado.

-Espero que seja importante – disse meio ríspida – Acaba de me tirar de um momento bastante complexo.

-Seus amigos – concluiu ele sereno – Não atrapalharia isso se não fosse importante.

-Sei que não – repliquei dura – Estarei ai em meia hora.

Desliguei e me voltei para meus amigos que já pegavam suas coisas. Com um rápido suspiro fui até eles para me despedir.

-Desculpem – disse enquanto me aproximava – Mais terei que ir resolver um assunto, nos vemos no sábado?

-Claro – concordou Shelle colocando seu cabelo em um ombro – Esperamos que esteja conosco.

-Estarei lá com toda certeza – prometi dando um abraço nela seguido dos demais.

Feito isso me despedi deles e caminhei para meu carro que ainda era observado por alguns alunos que comentavam sobre o design, motor e afins.

Entrei jogando sobre o pára-brisa meu celular dei a partida. Sai cantando pneus.

Sentia-me um pouco irritada com essa mudança brusca de ambiente de novo.

Quando cheguei na casa onde minha equipe mora, Irian também chegava com uma expressão pensativa que só lhe era comum quando tinha problema para resolver.

Realmente as coisas estão seguindo um novo rumo agora.

Ele abriu a porta me dando passagem e logo a fechou num rompante. Russel e Sandro estavam já na sala com expressões serias enquanto Zafira entrava com um copo de suco na mão.

-Podem me contar o que houve? – indaguei correndo meus olhos por todos

-Eu conto – disse Irian jogando uma pasta sobre a mesinha de centro – Tiger Millers vai ser mais difícil de matar do que se pensa.

-Em que sentido? – perguntei cruzando os braços

-Segurança mais do que reforçada para ele – respondeu ele – Isso que sem falar que a casa dele mais parece uma fortaleza.

-O que dá para concluir que ele sabe que tem gente querendo matar ele – refleti Russel

-Não é bem assim – discordou Irian – O sistema de segurança dele é de ultima geração, se quisermos matá-lo essa noite vai ser a tarefa mais complicada que já tivemos.

-Qual é o problema? – perguntou Sandro enquanto me sentava ao seu lado

-Uma única rota de fuga e o tamanho descomunal dele, isso deixando de lado o sistema de segurança ligado á estação de policia mais próxima.

Dei um longo suspiro enquanto Zafira assobiou.

-Mais em compensação – retomou ele – Podemos matá-lo amanhã na festa de aniversario de um colega de time, depois disso é melhor esquecer que ele existe.

-Por qual razão? – perguntou Russel o olhando concentrada

-A temporada de jogos – respondi sabendo do que ele se referia – Ele sairá com o resto do time em direção ao ginásio em Clivard para o primeiro jogo da rodada.

-O que nos deixa bem desconfortáveis se fossemos pegá-lo lá – conclui Russel

-Então sendo mais clara precisamos dar um jeito no jogador amanhã na festa – diz Zafira colocando seu copo na mesinha – Isso é tão memorável.

-Só tem um porem – disse voltando meu olhar para Irian – Como iremos nessa festa?

Ele deixou um sorriso ficar em seus lábios enquanto jogava na mesa os convites para festa.

-O que é um pouco de charme e uma assessora necessitada não fazem – disse ele sarcástico

Russel fez uma careta de nojo enquanto Sandro pegava um dos convites.

-Poupe-nos de sua tortura sexual, Irian – disse Zafira pensativa – Precisamos cuidar de tudo. Rotas, forma de matar, álibi, pagamento, testemunhas...

-Acalme-se – pedi a interrompendo – Russel consiga novo veiculo de fuga tal como as rotas de saída da casa do amigo de Millers, Zafira você cuida de matar Millers junto com Sandro, não podem errar entendido. Irian você cuida de distrair as pessoas enquanto eles estarão fazendo isso, entendido?

Ele fez que sim com a cabeça.

-E você? – indagou Sandro me olhando rapidamente

-Darei cobertura a todos vocês, se algo der errado farei algo a respeito – disse cruzando e descruzando minhas pernas – Não podem cometer nenhum erro, fui clara? É questão apenas de minutos para isso.

-Pode deixar – disse Zafira – Até parece que vamos pisar na bola quando estamos falando de 40 mil e uma adrenalina de festa que deixa qualquer um excitado.

-Fale isso apenas de você, ruiva desnaturada – replicou Russel a olhando.

-Claro que você não conta, loira assombrada – retorquiu Zafira.

-Chega vocês duas – intrometi – Tem mais algo á acrescentar, Irian?

-Bem, achei uma coisa interessante que a assessora comentou – disse ele com a mão no queixo – Ele possui um seguro de vida no valor de 450 mil.

-Como é? – perguntou Sandro estreitando as sobrancelhas

-Isso mesmo – respondeu Irian – O cara possui um seguro de vida caso venha a morrer.

-Não – negou Sandro gesticulando – O valor do seguro é muito inferior com a estimação da fortuna dele.

Mordi meu lábio inferior enquanto meus dedos tamborilavam em meu braço.

-Para quem o seguro iria? – perguntou Russel

-Ai é que está à coisa mais cômica de tudo – respondeu ele com um leve sorriso de escárnio – Vai para mulher dele e não para o irmão como seria o caso.

-E quanto é o seguro da corna? – perguntou Zafira olhando para os papeis que havia na pasta que Irian trouxera

A olhei de soslaio ela deu de ombros.

-Como se ela não fosse – resmungou ela deixando os papeis de lado – Melhor falando, para quem o dinheiro iria caso a mulher sumisse também?

-Lancer – disse Russel seria – Mais por que alguém com 23 anos, saudável queria com um seguro de vida e ter feito um testamento, porque soube que ele fez um.

-Que tal pelo simples motivo de sua possível morte está mais do que decretada? – sugeriu Zafira com sarcasmo

-Ele veio das ruas, gangue – expliquei pensativa – A morte dele realmente estava decretada, talvez tenha recebido ameaças de velhos conhecidos.

-Só que nunca se imaginaria que o próprio irmão que tomaria a dianteira – concluiu Sandro curvado para frente pensativo.

-Dizer que é algo complexo demais para meu gosto pode passar batido – disse Irian dando um rápido suspiro.

Em todo caso – disse me levantando – Isso não nos diz nem um pouco a respeito. Fomos pagos para matá-lo, não importa os motivos...

-Mas – argumentou Irian

-Nem, mas – o cortei – Aprendam uma coisa de vez, não importa para nós os motivos de uma pessoa querer matar outra, sejam eles bons ou ruins. Não somos pagos para perguntar, nem para responder. Somos pagos apenas para matar, entenderam?

-Mais do que imagina – disse Zafira se levantando

-Sendo assim, mãos a obra – decretei enquanto eles se levantavam.


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Notas finais do capítulo

E com isso é partir para ação no proximo cap.
Até lá.
o/



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