Ao entrar, Sara foi direto para a sala de interrogatório. Chegou lá e encontrou Mallory sentada, com um refrigerante na mesa e Jim tentando tirar alguma palavra dela.

JB: Ah, finalmente você chegou ! A menininha não diz uma palavra !

SS: Será que eu... será que eu posso falar com ela a sós ? Talvez ela se solte mais sozinha comigo.

JB: Tudo bem, mas olhe lá o que você vai falar ! - Ela sorriu e ele saiu da sala, se dirigindo para a mesma que Grissom estava para poder assistir ao interrogatório.

SS: Então, Mallory, pode me dizer o que aconteceu naquela noite ?

MC: Na verdade, eu não lembro muito bem.

SS: Me diga apenas o que você lembra, então.

MC: É... eu só sei que a Mellany estava no quarto da mamãe, porque ela tem pesadelos às vezes. De repente, eu ouvi um barulhão e a mamãe gritou. Eu saí pra ver o que era e vi um homem. Então eu saí correndo e me escondi no armário, aí depois você e aquele homem barbudo me acharam ! - Ela terminou a frase com um sorriso no rosto, como se estivesse terminando de contar um conto de fadas, na parte: "E eles viveram felizes para sempre !".

SS: Você, de repente, saberia me dizer como era esse homem ? - Ela fez que sim com a cabeça. - Então eu posso chamar alguém aqui para desenhar esse homem ? - Ela fez que não com a cabeça. - Tudo bem, então espere um pouco aqui, ok ? - A garotinha fez que sim com a cabeça novamente.

Sara saiu e procurou por Grissom. Ela o achou discutindo alguma coisa sem sentido com Brass e não due importância.

SS: Será que nós podemos chamar a desenhista aqui, ja que a Mallory não quer ninguém lá além de mim ?

GG: Acho que sim, Sara. - Ele se virou para Brass e continuou. - Não é, Jim ?

JB: Claro, tudo pela garotinha, não é ? - Ele disse para Grissom e Sara franziu a testa, para ela pareceu que essa frase tinha algo mais. Não parecia que ele se referia à garotinha na sala do interrogatório. Ele fez uma rápida ligação e em poucos minutos, uma mulher apareceu na sala e disse que estava pronta para a descrição. Sara voltou para a sala e recomeçou a falar.

SS: Será que você poderia descrevê-lo agora, Mallory ?

MC: Aham... É... Ele tinha um boné branco, era branco, o cabelo dele era comprido e preto e ele era alto. Acho que ele não me viu também. - A menininha deu de ombros.

SS: Você só viu ele de costas ? - Mallory acenou afirmativamente. - Tudo bem, era só isso, pequena. - Sara deu um sorriso e um beijo na garota. - Até mais, Mallory.

MC: Tchau, Sara. - A menina acenou com a mãe e eu um sorriso.

Grissom e Brass a encontraram no corredor, juntamente com a desenhista.

D: Não consegui fazer muita coisa com o que ela me disse, afinal não temos os olhos ou o nariz, então fica um pouco complicado. Me desculpem.

SS: Sem problemas, deixe-me ver isso aqui. - Sara pegou a prancheta da mão da mulher, deu uma olhada rápida e parou.

GG: Sara, o que houve ? Por acaso, você sabe quem é ?

Nesse momento Sara saiu correndo pelo corredor, pegou seu carro e foi até o laboratório. Grissom e Brass a seguiram no carro do capitão e logo chegaram até lá. Sara já havia chegado e corria pelos corredores do lugar. Grissom e Brass seguiram atrás dela e a viram entrar no necrotério. Ela esperou eles chegarem lá e abriu uma gaveta. Eles esperavam que o homem deitado naquela gaveta fosse o homem no qual Melinda tinha atirado no começo do dia, mas não. Era Richard McGuire, vítima de atropelamento da mesma manhã. O caso não era deles, portanto não sabiam, mas Sara já o tinha visto no necrotério, quando fora pegar uma informação com o Doc.

GG: Víitma de atropelamento do turno da manhã ? Como isso pode ser ?

SS: Bom, ele matou a família Cooper à noite e de manhã foi atropelado. Mas a questão nã é essa. A questão é: Agora nós temos 3 suspeitos. Dois mortos e um à solta por aí... Seria esse o mestre ou o aprendiz ? E ele vai continuar matando ? - Ela deixou a pergunta no ar, enquanto eles encaravam o corpo deitando na gaveta.