Quase Primos escrita por pauleeth_jonas


Capítulo 23
Capítulo 23 - Mommy? Me?




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-Pronto, desculpa! – Voltei e me sentei no sofá ao lado de Vicky que me olhava seria. – Que foi?

-Quantas vezes isso já aconteceu? – Ela perguntou e eu me fingi de desentendida. – Quantas vezes você já vomitou Paulinha?

-Ah, isso! – Suspirei e fitei minhas mãos. – Algumas vezes!

-Ta atrasada? – Ela perguntou e eu assenti. – Quantos dias?

-Seis dias! – Eu disse a olhando e fazendo uma careta, ela fez uma cara de pena.

-Ai, prima! – Ela segurou minha mão. – Você sabe o que isso pode significar né?

-Eu sei... E morro de medo! – Mordi meus lábios. – Eu posso estar perdida! – A olhei com os olhos cheios de água.

-Ai, Paulinha... Não chora! – Ela me abraçou forte. – Vai ver só é um mal estar passageiro, podemos estar precipitando as coisas né? – Eu assenti limpando algumas lagrimas. – Olha... Se você quiser fazer um teste, pode contar comigo ta?

-Ta... Obrigada! – Eu sorri sincera.

-Hey meninas! - Joe e Adrian chegaram sorrindo, mais Joe quando notou minha cara de choro, fechou a cara no mesmo instante. – Que houve Paulinha?

-Nada não! – Forcei um sorriso, mais Vicky me cutucou me lançando um olhar de ‘agora conta!’ eu suspirei. – Agente pode conversar?

-Claro! – Ele segurou minha mão, eu olhei pra Vicky que se levantou puxando Adrian junto com ela, assim que eles saíram Joe se sentou ao meu lado. – Me conta? O que esta acontecendo com você?

-Bom... Eu não tenho certeza... – Eu disse fitando minhas mãos. – Eu não quero te alarma atoa, mais... – Suspirei.

-Mais? Fala! – Ele me encorajou, levantando meu queixo e me fazendo olhar dentro daqueles olhos. – Hum?

-Eu... Eu... Acho que estou grávida Joe! – Disse e mordi os lábios receosa. Ela arregalou os olhos e soltou as mãos de mim. Abaixei a cabeça, e esfreguei o nariz, sentindo meu rosto esquentar. Suspirei segurando algumas lagrimas, que queriam vir. Deixei escapar uma.

-Hey! – Ele segurou minha mão, eu o olhei com os olhos cheios de água. – Não, não! – Ele me abraçou, e ai sim eu chorei mais. – Não chora, por favor! – Ele afagou meus cabelos. – Fica calma... Ta tudo bem! – Me soltei dele, limpando o meu rosto molhado.

-Desculpa... Eu não queria, eu não... – Mais lagrimas caíram, ele me olhou com o olhar totalmente culpado, e apertou minhas mãos.

-Hey não, para! – Ele pediu. – Tudo bem... Eu to aqui do seu lado... E nunca, escutou? Nunca eu vou te deixar sozinha, em hipótese nenhuma! – Ele sorriu fraco. – Você acha que eu te deixaria logo agora?

-Não... Mais, eu não tenho certeza eu preciso fazer o teste ainda... Não é nada certo, então não se preocupa... Muito! – Eu ri sem graça. – Desculpa te preocupar ta?

-Ah, Paulinha para com isso! – Ele limpou algumas lagrimas que teimavam em cair no meu rosto. – Para de pedir desculpa... Você não tem culpa! Você não fez o serviço sozinha... – Nós rimos. – Isso! Prefiro você sorrindo!

-Ta bom! – Sorri de lado. – Mas... Não vamos pensar nisso agora né? Eu não quero nem pensar nisso... – Me ajeitei no sofá, ele assentiu. – Você vai embora amanha né?

-Preciso ir meu amor! – Ele acariciou meu rosto, eu apenas fechei os olhos com seu leve toque. – A faculdade, me impede de ficar o tempo todo com você! – Abri os olhos o encarando. – Mais logo, eu volto aqui para te visitar ta?

-Uhum! – Assenti sorrindo. – Me abraça? – Eu pedi, ele sorriu e me abraçou forte. – Vou sentir saudades!

-Também vou! – Ele me soltou. – Mais ainda temos hoje, ultimo dia de festa! – Ele fez uma comemoração engraçada me fazendo rir. – Vamos aproveitar né?

-Vamos sim! – Sorri confirmando, ficamos a tarde jogando conversa fora junto com os meus outros primos que haviam chegado um dia antes na minha cidade, claro sem tocar no assunto: ‘suposta gravidez’. A noite caiu, e todos nós fomos para o ultimo dia de festa, aproveitar os últimos dias de férias.

-Hum... Me dá um gole! – Pedi tentando alcançar a cerveja de Joe, que levantou a garrafa não me deixando pegar. – Hey!

-Não... Nem pensa mocinha! – Ele disse perto do meu ouvido. – Álcool pra você, não mesmo!

-Ah, qual é? Joe? Deixa? Só um golinho!? – Pedi fazendo biquinho, ele me deu um selinho e sorriu.

-Não! – Ele disse tomando a cerveja, revirei os olhos frustrada. – Oh amor, é pelo seu bem!

-Ta...ta bom! – Cruzei os braços bufando, batia o pé no chão parecendo uma criança impaciente. – Me dá uma coca então né? Aff!

-Ah, coca eu te dou quantas quiser! – Ele sorriu, indo até o bar e comprando uma lata de coca pra mim. – Aqui, isso pode tomar até se entupir!

-Há! Engraçado! – Debochei, e tomei um grande gole da minha bebida. – Idiota! – Resmunguei baixo, mais acho que ele ouviu porque me olhou com a sobrancelha levantada. – Que foi?

-Err... Vem aqui! – Ele me puxou pela mão, nos afastando do resto dos nossos primos. – Ow, fica calma! Não adianta você ficar estressada assim... Eu só quero o seu bem! E o bem... De um possível... – Ele coçou a nuca. – Um possível bebê, só isso Paula...

-To chata né? – Eu perguntei, e ele fez uma careta assentindo. – Desculpa... To nervosa, e você ainda fica me tratando assim... Ah, sei lá eu fico pirada com tudo isso... Me perdoa? – Fiz biquinho, ele sorriu de lado e assentiu, segurando na minha cintura.

-Eu sempre te perdôo! – Eu entrelacei as mãos no pescoço dele, Joe sorriu e roçou o nariz no meu, me fazendo sentir seu hálito quente batendo na minha boca. Suspirei. Ele ficou me provocando antes de me beijar, e eu já estava perdendo a paciência.

-Que droga! Dá pra me bei... – Fui cortada pelo beijo dele, apertei minhas mãos em sua nuca, aprofundando o beijo. Sentindo os meus amigos arrepios se instalarem por toda área do meu corpo. Cada toque seu em minha pele, me fazia suspirar querendo mais. Eram toques leves, sem maldades... Apenas sentindo o meu contato. Partimos o beijo, e ele mordeu e puxou devagar meu lábio inferior. – Hum... Dá um jeito de voltar logo ta?

-Porque? Vai sentir falta dos meus beijos? – Ele me apertou mais contra o seu corpo, depositando beijinhos no meu pescoço.

-Se eu disser que sim... Você vai se achar? – Perguntei, ele negou. Eu sorri. – Então sim... Vou sentir muita falta deles. – Ele me olhou sorrindo.

-Não mais do que eu do seus! – Sorrimos e selamos nossos lábios novamente em um beijo mega apaixonado. E a nossa noite foi boa, muito boa! Tentamos aproveitar ao máximo todas as horas que tínhamos juntos, porque no dia seguinte tchau Joe... E olá teste de gravidez.

-Tchau meninas! – Me despedia das minhas colegas na porta da escola, acho que nunca senti o tempo passar tão devagar como nesse dia, mais também ansiosa como eu estava, qualquer hora passaria como uma tartaruga. Ajustei a mochila nas costas, e segui para a casa de Vicky. Já tinha ligado para ela mais cedo, avisando que eu estaria indo pra lá logo após a aula. Bom... Ela por ser mais velha que eu, e ter um namorado ‘real’ ficou de comprar o teste na farmácia, sabe como é? Cidade pequena o povo fofoca muito. Corri o máximo que pude até a sua casa. Respirei fundo e toquei a campainha.

-Ai, Paulinha... – Vicky abriu a porta rapidamente. – Que bom que você chegou... Eu estou mais ansiosa que você eu acho!

-Ah, mais não está mesmo! – Eu disse jogando minha mochila em cima do sofá. – Comprou?

-Comprei! – Ela fez uma careta. - E eu odeio aquela mulher da farmácia, ela ficou perguntando: “Mais já? Sua mãe sabe?” – Ela fez uma voz afetada imitando-a, eu ri. – Aff... Povo curioso!

-Por isso pedi você pra ir! – Estalei os dedos nervosa. – Bem... É melhor eu fazer isso logo!

-Ta... Vem vamos para o meu quarto, é melhor! – Ela me puxou para lá. – Não se preocupe, minha mãe saiu e não volta tão cedo! – Ela foi até o guarda-roupa dela, e tirou de lá uma sacola, me entregando logo em seguida. – Boa sorte!

-Vou precisar! – Peguei a sacola, e fui para o banheiro. Fechei a porta e respirei fundo, abri a sacola e vi uma embalagem rosa lá... Escrito: Confirme sorri irônica. Abri a embalagem, e peguei a bula pra saber como funcionava direito aquilo. Li e reli umas três vezes, não posso errar. Pedi um recipiente para Jenny, para ‘coletar’ o ‘material’ necessário. E fiz tudo o que mandava fazer naquela bula. E então esperei... Os incontáveis cinco minutos, fiquei andando de um lado para o outro, olhando no visor do celular, sem saber o que pensar... Minhas mãos suavam frias, e eu não sabia o que fazer. Quando olhei novamente para o celular, vi que o tempo estipulado já havia dado. Respirei bem fundo e peguei o resultado, não olhei... Não queria saber aquilo sozinha, apenas corri para perto de Vicky que me olhou ansiosa.

-E ai? O que deu? – Ela perguntou aflita, eu balancei a cabeça negativamente.

-Ainda não vi... Vou olhar agora! – Fechei os olhos com força e depois levantei a amostrinha na minha frente, abri novamente os olhos e olhei o resultado, pisquei varias vezes pra ter certeza daquilo que eu estava vendo. – Ai, meu Deus!

-O que? Fala Paulinha! – Ela pedia impaciente, engoli o seco e olhei pra ela.

-Deu positivo! – Meu mundo desabou naquela hora.


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Notas finais do capítulo

:o



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