Um mês se passou depressa, e eu continuava firme com Joe, ele sempre me ligava, sempre nos falávamos pela internet, e já tinha um mês que ele não aparecia aqui na minha cidade, bom até hoje. Porque um primo meu que chegou de viagem e ele deu essa desculpa pra família dele para vir pra cá, e eu estou aqui na sala conversando, bem tentando prestar atenção no que meu primo que estava viajando falava enquanto espero ele chegar.

-Então Paulinha? – Ele me perguntou e eu sai do meu transe.

-Hum? O que você disse? – Perguntei, e ele riu.

-Tava longe em priminha? – Sorri sem graça.

-Desculpe, eu tava meio distraída só! – Sorri amarelo, e ele deu de ombros rindo.

-Sem problemas Paulinha, então... Você ta estudando ainda? – Ele perguntou enfim, sorri aliviada.

-Sim, meu ultimo ano! – Revirei os olhos rindo. – Mais acho que vou sentir falta, sabe? Dos meus colegas de lá e tudo mais.

-Sei como é... Também já passei por isso! – Ele sorriu, pouco depois escutamos uma buzina, e eu fiquei em alerta. – Oh, chegou gente!

-Hãn... Err... Eu vou ver quem é! – Como se eu não soubesse, levantei calmamente, e fui até a porta. Avistei o carro que eu sabia a quem pertencia, e logo vi a pessoa que estava lá dentro, sorri instantaneamente e fui correspondida. Ele desceu do carro, e se aproximou da grade do portão, e eu me aproximei também do lado de dentro.

-Oi, gatinha! – Ele riu, e eu balancei a cabeça sorrindo também.

-Entra seu bobo!- Abri o portão e ele entrou, me abraçou e sussurrou no meu ouvido.

-Sua mãe ta ai? – Balancei a cabeça negativamente, e ele sorriu e me deu um selinho demorado.

-Mais o Johnny está! – Falei fazendo uma careta, ele bufou e nós rimos, seguimos para a sala, onde meu primo continuava lá sentado, sorriu quando viu Joe se aproximar.

-Oh seu bicha! – Johnny falou abraçando-o, Joe riu e mostrou o dedo assim que se soltaram. – Como você ta?

-To ótimo! – Ele deu uma breve olhada pra mim, que desviei o olhar. – E você?

-To bem também, cara quanto tempo agente não se via mesmo? – Ele disse se sentando e nós o acompanhamos.

-Ah, acho que uns 2 anos já! – Me sentei ao lado de Joe, que passou o braço no encosto do sofá, do meu lado. Me segurei para não abraçá-lo ali mesmo.

-È acho que é isso mesmo! Pô, você não mudou nada... Ta feio do mesmo jeito! – Johnny falou, e eu revirei os olhos rindo, Joe soltou algum palavrão que eu não identifiquei muito bem. – E ai ainda ta com aquela piranhazinha?

-Johnny! – Repreendi, mais concordando por dentro e Joe riu.

-Deixa Paulinha! – Ele sorriu. – Não, to não John, to em outra agora!

-Hmm! Isso me cheira amor... – Ele disse, e eu corei levemente.

-Amor demais! -Joe disse, e eu mordi o lábio inferior e abaixei a cabeça abafando um sorriso.

-E você Paulinha? – Ele falou e eu o olhei sem entender.

- Eu o que? – Respondi, prendendo meu cabelo em um coque frouxo.

-Você ainda não me disse se ta namorando! Espero que não... Nenhum cara é bom o suficiente pra você priminha! – Ele falou, em um tom de autoridade e depois riu.

-Ah... – Corei levemente. – Eu to feliz!

-Hmm, isso também ta me cheirando amor! – Ele disse, e eu sorri sem graça, e dei de ombros.

- Segredo! – Brinquei e ele riu, olhei discretamente para Joe que sorriu e balançou a cabeça.

-Certo... Mais depois quero conhecer o individuo, tenho que ver se aprovo! – Ele disse serio, e eu bati continência.

-Sim, senhor! – Nós rimos

-Bem... Vou tomar um banho, liguem para o resto da cambada da nossa família e chamem eles para ir á pizzaria com agente. – Johnny se levantou, eu assenti e ele passou por nós bagunçando o cabelo de Joe e me dando um beijinho na bochecha, seguindo para o quarto depois.

-E... - Joe seguiu Johnny com olhar, quando ele bateu a porta, ele se virou pra mim. – Pronto! A sós.

-Tarado! – Dei um tapinha no braço dele, que riu e se aproximou mais de mim, mordi o lábio inferior e olhei nos olhos dele, que sorriu e acabou com a distancia que nossas bocas estavam, iniciando um longo beijo, coloquei minhas mãos em seus cabelos e bagunçava de acordo com o movimento do beijo, rápido e ás vezes devagar, perfeito. Quando precisávamos realmente de ar, nos soltamos, ambos com a boca vermelha, sorrimos. – Temos que ligar para o pessoal!

-Liga! – Ele tirou o celular do bolso e me entregou, sorri e disquei os números da minha prima, e depois de mais dois outros primos. Encostei minha cabeça no ombro dele, e ele afagou meus cabelos.
-Hmm, você ta cheiroso! – Falei e ele riu, e me deu um beijinho no topo da cabeça.

-Só pra você! – Sorri e olhei pra ele, que me roubou um selinho, e mais outro e finalmente um beijo, ele foi se inclinando para cima de mim, e eu consequentemente fui deitando, ele colocou uma mão na minha cintura, e a outra ele apoiou no sofá. Ouvimos uma porta batendo, e nos soltamos, passei a mão na roupa tentando arrumar, e ele passou a mão no cabelo, e na boca tentando tirar o batom que deixou pequenas marcas ali. Nota mental: não beijá-lo mais com batom!

-Prontinho pessoal... Johnny está na área novamente! – Ele disse sorrindo e se aproximando de nós, sorri e me levantei.

-Bem... Eu vou me arrumar agora, não quebrem minha casa por favor! – Pedi e eles bateram continência rindo, balancei a cabeça e sai deixando-os lá.

POV Joe’s

-Então... Vocês ligaram para o resto do pessoal? – John perguntou assim que se jogou no sofá da Paulinha.

-Uhum, ligamos sim! – Respondi me apoiando no encosto do sofá, ele assentiu, e soltou uma risadinha maliciosa, eu ergui a sobrancelha desconfiado. – Que foi? Porque essa cara?

-Ah Paulinha ta gatinha hein? – Ele disse, e eu desconfiei mais concordei.

-Uhum... Ta sim! – Sorri amarelo, ele assentiu, e se sentou na ponta do sofá próximo a mim, olhei estranho pra ele.

-Hey Joe! – Ele me chamou baixo, eu cheguei mais perto, e ele cochichou. – Você acha que a Paulinha me daria uma chance?

-HEIN? – Falei alto, e ele riu. –Ta falando serio Johnny?

-Ué, to! Por quê? Será que ela não me daria essa chance? – Ele me olhou preocupado, e eu balancei a cabeça rindo, era melhor eu resolver esse mal entendido logo.

-Meu caro John... Deixa eu esclarecer as coisas por aqui... – Falei pausadamente e amigavelmente. – A Paulinha ta comprometida, e ela ta muito feliz com o cara, certo?

-Ah, mais ela disse que tava feliz... Não disse que tava comprometida! Eu posso mudar o jogo desse Mané... Pro meu lado huh? – Ele fez uma cara convencida, e eu revirei os olhos... Hora da verdade mano.

-Johnny... A Paula ta comigo! – Falei de uma vez, ele me olhou sem entender, o cara lento.

-Como assim? Ta com você? – Ele perguntou confuso, respirei fundo e tentei ser mais direto.

-Agente ta namorando! – Falei e ele arregalou os olhos, e eu assenti sorrindo da cara dele.

-J-jura? – Ele perguntou, e eu balancei a cabeça concordando. – Pô, cara porque você não falou logo? Eu aqui falando essas coisas, e você nem pra me cortar!

-Porque era... È segredo Johnny! Ela não pode nem sonhar que você sabe, ta me ouvindo? Se não ela me mata! – Eu disse, fazendo uma careta, e ele riu fazendo um zíper na boca. [N/a: Tarde demais, eu já sei! o.O \o/]

-Pode deixar, seu segredo ta guardado... Mais, me conta, desde quando vocês estão juntos? – Ele perguntou interessado, eu ri com a curiosidade dele.

-Bom... Hoje faz um mês! – Sorri ao lembrar. – Ela pensa que eu esqueci, mais eu não esqueci, não mesmo! – Ele assentiu sorrindo.

-Vocês ficam bem juntos... Bem que eu senti um climinha no ar quando você chegou... Ahh. – Ele bagunçou meu cabelo. – Garanhão!

-Seu bicha! – Arrumei meu cabelo, pouco depois Paulinha apareceu, linda como sempre... Ou até mais se isso é possível.

/ POV Joe’s

-Prontinho, hãn... Joe você não vai se arrumar? – Perguntei, assim que vi que ele estava do mesmo jeito que eu o deixei quando fui tomar banho.

-Hum, vou sim! Vou lá na vó, arrumar... Err... Agente se vê daqui meia hora! – Ele se levantou, rodou a chave do carro no dedo e fez um toquinho esquisito com Johnny e depois me deu um beijo na bochecha, Johnny pigarreou, e eu estranhei, mais dei de ombros.

-Tchau!- Acenei, e ele piscou pra mim e saiu, mordi o canto da boca e virei para Johnny que sorria ‘bestamente’ – Que foi?

-O Joe é um cara legal né? – Ele perguntou, e eu assenti meio confusa. – Sabe, vocês ficariam bem juntos!

-Hãn... Serio? – Perguntei sorrindo, ele concordou. E eu dei de ombros e me sentei no sofá junto a ele. – Se você diz!

-Paulinha... Posso te contar um segredo? – Ele perguntou, e eu assenti, ele chegou mais perto de mim. – Promete não matar o Joe? e nem contar pra ele que eu te contei?

-Ai, o que é? fala logo! – Pedi suplicante, ele riu.

-Calma... Seguinte... Ele me contou sobre vocês! – Ele fez uma caretinha fofa, e eu abri e fechei a boca sem saber o que dizer. – È serio isso?

-Hum... È... Já que ele disse, é sim! Agente ta junto mesmo. – Sorri, e ele fez um ‘joinha’ de aprovação.

-Ele eu aprovo... Mais se ele te machucar, ou tentar te fazer alguma mal... Me fala que eu capo ele ta bom? – Ele falou serio, e eu levantei as mãos em forma de rendição, e ri.

-Ta certo! – Sorri e o abracei. – Obrigada!

-Que isso... Você é muito importante pra mim Paulinha, não esqueça disso! – Eu assenti e me soltei dele, sorrindo. – Bem... Vamos assistir TV enquanto o seu namorado se emboneca?

-Para! – Dei um tapinha nele e me levantei. – Vem então! – Nos encaminhamos para a sala, e ficamos lá durante um bom tempo, enquanto esperávamos Joe, logo ele passou lá e nos encaminhamos para a pizzaria, e nossos outros primos já estavam nos esperando, mais eu tenho uma duvida martelando... Será que ele se esqueceu que dia é hoje?