Eu, Ele e o Bebê - Rumo Argentina escrita por Camila_santos


Capítulo 20
Filho pródigo


Notas iniciais do capítulo

Oii gente *---*
Mais um capitulo quentinho para vocês, boa leitura!



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Meu pai acabou ficando a semana toda na casa de Monique, disse que tinha que resolver algumas coisas antes de voltar para a Argentina, ainda me restava duvida a respeito se eu ia ou não a Argentina. Felipe estava doido para que eu fosse, disse que queria contar a noticia a mãe e ao irmão, que queria também que eu conhecesse sua casa, e que nos estabilizássemos.

Mas eu sentia muita falta de minha mãe e também de Julinha, eu precisava vê-las nem que fosse por pouco tempo.

Quanto a Pedro eu estava com muitas saudades também, mas estava me sentindo traída por ele, já que ele provavelmente deu pistas a minha mãe. Foi bom ele ter feito isso, mas, traiu minha confiança. Queria conversar com ele para perguntar isso, se ele tinha de alguma maneira feito com que tudo isso acontecesse.

-Jaqueline, seu celular está tocando. –Monique disse me tirando dos meus pensamentos. Olhei para a tela do celular e era minha mãe. Meu coração gelou, minhas mãos suaram e sentir que não estava pronta para falar com ela. Ela era dura na queda, mas ainda sim depois desse tempo todo me ligou. –Não vai atender?

 -Não. Pode por favor, chamar meu pai? –Pedi a Monique.

-Claro. –Ela disse já saindo.

-O que foi filha? Algum problema? –Meu pai disse assim que surgiu na porta do meu quarto.

-Pai eu decidi voltar.

Meu pai abriu a boca, estreitou os olhos e logo em seguida engoliu seco.

-Mas filha... Achei que viria morar comigo, sua irmã, e Felipe. O que houve para mudar de idéia?

-Pai eu simplesmente não posso começar uma vida nova, substituindo algumas pessoas por outras. Meu sonho era te reencontrar, já reencontrei. Já sou maior de idade... E bem, de uma forma ou de outra estou ligada a essa nova família.  Mas também preciso estar com minha mãe, ainda mais nesse momento tão importante. Eu tenho errado muito com ela, preciso me redimir. –Falei com os olhos cheios de água, pensando em como contaria isso a Felipe. Eu finalmente voltaria como o filho pródigo. E ainda por cima com bagagem maior... meu filho.

-Se é assim que quer... –Ele disse triste. –Mas promete que não deixará esse seu velho?

Eu não agüentei ouvir aquilo e me atirei em cima dele, dei um abraço tão apertado que parecia ate despedida. Até me esqueci por um momento da enorme barriga.

-Claro que não papai. –Sussurrei ainda abraçada a ele.

-Demorei tempo demais para te ter por perto, não quero te perder. –Ele começou a dizer meio entalado.

-Você não vai... 

Era bem difícil para mim ter que abrir mão de algumas pessoas para ter outras. O que eu queria mesmo era reunir todos esses que amo ao meu redor, mas isso não passa de um sonho sem um futuro.

Esse dia demorou a passar, comecei a roer todas as unhas, se aproximava a hora que Felipe chegaria em casa e sucessivamente eu contaria minha decisão. Eu chorava só de imaginar o que ele falaria a respeito. Eu estava sentada no sofá com as mãos na barriga, olhando para o nada quando a porta se abre. Felipe com aquele lindo rosto aparece, logo que me viu abriu um sorriso e disse que tinha boas noticias, soltei um “Que bom” e continuei a olhar o cara que eu mais amava. Ele beijou minha bochecha, mexeu em minha barriga e foi direto para a cozinha. Só eu e ele estávamos em casa, Monique e meu pai estavam olhando algumas coisas para o retorno a Argentina.

-O que minha gatinha tem? Está tão vermelhinha! –Felipe disse sentando perto de mim.

-Bem, amor eu... –Comecei a dizer mais fui interrompida, ele começou a beijar meu pescoço, e depois meus lábios.

-Desculpa te interromper, eu não resisti, você está linda demais. Amor, eu não consigo imaginar um dia longe de você.

-Felipe é sobre isso que queria dizer. –Comecei a falar com as mãos tremulas. Ele fez com a cabeça para que eu prosseguisse. Respirei fundo e continuei. –Eu vou voltar para casa da minha mãe.

-voltar? –Ele repetiu sem acreditar. Teve as mesmas reações que meu pai.

-Sim, Felipe... Você precisa entender, eu preciso ver minha...

-Tudo bem Jaqueline! –Ele me interrompeu sério, levantou do sofá e saiu em direção à porta.

-Para onde você vai? -Perguntei assustada.

-Pensar.

E assim ele saiu. Sem demonstrar sentimento algum. Nem raiva, nem tristeza, nem dor. E isso me preocupou. Tentei fazer alguma coisa para o tempo passar. Fui ate a cozinha e comecei a preparar o jantar, torcendo que alguém voltasse logo para a casa. Eu estava com muito medo. Medo de perder Felipe, da reação de minha mãe. E isso estava me matando por dentro.

-Olá Jaque. –Monique disse animada entrando na cozinha. –Precisa de ajuda?

-Sim. –Respondi rapidamente.

-O que é? Quer que eu acabe de picar as batatas? –Ela disse já indo pegar a vasilha.

-Não Monique. Antes fosse isso. –Eu ri sem graça.

-O que é então, menina?

-Quero que me ajude a convencer o Felipe a voltar comigo á casa da minha mãe?

-Jaqueline? Está doida? Nem você pode ir lá! –Ela disse me olhando fixamente.

-Porque não? –A encarei assustada.

-Sua mãe não vai permitir que volte. E todo inferno irá começar novamente.

-Não, não. Agora eu sou maior de idade, não tem como ela me impedir. –Falei convicta que tudo correria bem.

-Tudo bem. Mas ela vai acabar com o Felipe. Não o aceitará lá. E vai acabar atrapalhando vocês! Ela tem ódio da minha mãe e dessa “outra família” do meu pai. E não sei se Felipe iria também. Apesar de te amar ele é orgulhoso. Pensa Jaqueline, ele entrar numa casa onde a dona odeia toda a família dele, e que ele ainda por cima engravidou a filha dela, atrapalhou sua viagem. Enfim mudou a sua vida.

-Mas Monique, ele tem que abrir mão do orgulho dele por mim e pelo meu filho. –Protestei triste.

-Não é tão fácil como parece. A sua mãe nos odeia.

-Mas então quer dizer que eu vou sozinha? –perguntei já assustada.

-Ela jamais me permitiria lá, e muito menos o papai. E além do mais, ela tem outro homem, não é?

-Sim. Aquela coisa lá. O Luiz.

-Sinceramente Jaqueline eu não concordo que vá. Todos nos arriscamos demais para buscar você. Você não conseguirá voltar, disso eu tenho certeza, ainda mais grávida e frágil.

-Eu fugir uma vez, e fugirei quantas outras for necessário.

-A situação agora é outra. –Ela disse já saindo da cozinha.

Fiquei pensando em toda nossa conversa, e talvez eu estivesse sendo egoísta demais. Mas eu não conseguiria simplesmente, deixar o Brasil anulando minha família, não dava.

Jantei e fui deitar Felipe ainda não tinha chegado e isso me preocupava, eu não conseguia dormir. Ligava para ele, mas só dava caixa postal. Levantei algumas vezes e nada dele. E quando deu meia noite enfim ele chegou.

-Felipe você demorou? –Falei me levantando da cama.

-Deita Jaqueline! –Ele disse ríspido.

-O que você tem? Conversa comigo? –Praticamente implorei.

-O que eu tenho, Jaqueline? O que eu tenho? –Ele perguntou já nervoso. –Eu abandonei minha vida por você. Abandonei o meu país, o meu trabalho, tranquei a minha faculdade, abandonei minha mãe. Eu fiz tudo pra estar com você! E você simplesmente renuncia tudo para voltar. E ainda por cima levando meu filho! Você! Você sabe que se for atrasará tudo e sabe lá se vai voltar.

-Mas eu não posso simplesmente mudar de país. Eu preciso ver minha mãe, minha irmã! –Falei já chorando.

-Veja! Mais não conte comigo para isso... –Ele disse enquanto se deitava, com a roupa que vinha da rua.

-Felipe você bebeu? –Perguntei sentindo o cheiro de álcool. Talvez fosse por isso que ele estava tão agressivo, falando tão ríspido.

-O que te importa? –Depois que ele disse isso não houve uma palavra só, minha ou dele.

Aquilo me chateou e muito. Eu esperava que ele tivesse comigo sempre. Contudo pensei em ir para Belo Horizonte, na casa da minha mãe e por lá ficar. Talvez Felipe não fosse o certo para mim. Talvez a missão dele fosse só aproximar meu pai de mim e me dar este bebê de presente, e eu seria grata a ele pelo resto da vida. Confesso que comecei a chorar com todas as lembranças, veio um filme em minha mente, e tentando não fazer barulho, as lágrimas caiam. Lembrei da primeira vez que o vi, do jeito que éramos (não nos suportávamos), do bar dos caminhoneiros, dos beijos que demos lá para fingir que ele era meu namorado, do banho supervisionado no posto e o tanto que ele riu de mim, da chegada em São Paulo, da balada, do ciúme, das conversas secretas dele no celular, do pedido de namoro, da nossa primeira vez, do meu aniversário, da noticia da gravidez... Enfim definitivamente ele fazia parte da minha vida! Ele era a minha vida. E eu o amava. Mas não concordava com a falta de compreensão da parte dele, e muito menos com o jeito que ele me tratou. E pensando assim acabei dormindo, depois de tanto chorar.

-Jaqueline? –Ouvi batidas na porta, e a voz de meu pai me chamando. A minha primeira reação foi olhar para o lado na cama, Felipe não estava mais lá.

-Entre.

-Bom dia filha. –Meu pai disse entrando.

-Que horas são? –Perguntei assustada.

-Sete.

-Onde está Felipe? –Perguntei assustada.

-Er... Bem querida, ele resolveu ir para a Argentina essa manhã. –Ele disse meio sem jeito temendo minha reação.

-Mas como? Pai o senhor está brincando né? Não, ele não iria. –Falei sem acreditar.

-Não filha, eu não estou brincando. Sinto muito, eu não pude impedi-lo. –Ele disse pesaroso.

-Mas porque não se despediu? Ou sei lá deixou uma carta? Pai ele não podia...

-Filha, ele estava alterado. Monique foi com ele...

-Mas pai... ele não podia. –Falei chorando. Levantei da cama, fui até a janela com a esperança de vê-lo no portão, ou sei lá algo do tipo. Eu estava transtornada. Olhei para minha aliança, e depois para a barriga. O que seria de mim sem ele?

-Filha você está bem? –Meu pai disse enquanto me via chorar. –Eu não queria te chatear. Cuidado com o bebê! Fique calma!

-Bem pai? Eu estou péssima. E é pelo meu filho que estou firme. Minha vontade é de desmoronar.

-Jaqueline você é forte. Vem cá, filha! Vem cá... –Ele disse estendendo os braços para mim. Eu fui ao encontro dele e chorei, chorei de tal maneira que não tinha mais lágrimas. –Aquele Felipe é um cachorro mesmo. –Meu pai falou baixinho.

-Pai, não fala assim. –Pedi dengosa. –Por favor, vamos hoje para Minas? Chega de chorar, chega de sofrer! Vou encarar tudo de frente, e seja o que Deus quiser. –Falei enxugando as lagrimas, meu pai só balançou a cabeça e nos começamos a arrumar as coisas.

Sinceramente, eu não sei de onde arrumei forças, mas não chorei mais. Arrumei-me, fiz uma cara boa e segui para onde era o meu lugar. Despedi mentalmente da cidade que fez dos meses mais difíceis da minha vida os melhores.  E na maioria dos lugares que eu passava eu me lembrava dele, tudo era ele.

Seguimos a viagem, calados, meu pai uma hora ou outra cochichava alguma coisa, eu só balançava a cabeça. Não queria papo. Dormi em algumas partes da viagem, paramos para comer e continuamos em ritmo acelerado. Eu ainda queria perguntar muitas coisas, mas naquele momento não queria saber de nada que pudesse me lembrar dele. Apesar de que era quase impossível esquecê-lo. Minas Gerais estava cada vez mais próxima, e eu estava com um frio cada vez maior.

-Pai o senhor vai entrar lá? –Eu perguntei incrédula.

-Sim. Mas só por você, e para ver Julinha.

-Obrigada. Isso sim é amor. Renunciando seu orgulho por mim... –falei pensando que Felipe jamais faria o mesmo.

-Filha... –Ele fez uma expressão triste. –Será que sua irmã me reconhecerá?

-Papai, ela ainda era um bebê.

-Espero que ela não chame esse Luiz de pai. –Ele disse triste.

Finalmente chegamos a nossa cidade, comecei a observar as ruas, as pessoas, e parecia que estava tudo igual. Sou eu que havia mudado, e como havia mudado. Minhas pernas bambearam na hora de descer do carro, e mais ainda na hora de tocar campainha. Não fazia idéia de que reação minha mãe teria.

-Já vai. –Ouvi o grito vindo dos fundos. Com certeza era a voz do Luiz. Murmurei por ele estar ali.

-É ele? –Meu pai perguntou.

-Acho que sim. –falei fazendo careta. E não demorou muito para que o mesmo aparecesse.

-Oi? O que é? –Ele disse sem perceber que eu que estava ali.

-Minha mãe está Luiz? –Falei séria, e finalmente ele foi notar que era eu que estava ali.

-JAQUELINE? –Ele arregalou os olhos.

-Sim.

-Está diferente. O que houve? –Ele disse sem reparar que era a barriga. Eu estava com blusa larga, talvez ele não tivesse reparado.

-Posso entrar? –Pedi sem paciência. Ele balançou a cabeça, e eu entrei puxando meu pai.

-Jaqueline eu vou ficar aqui. –Meu pai disse forçando o corpo.

-Não senhor. –Eu disse já o puxando.

Quando nós entramos em casa eu comecei a olhar cada detalhe, tudo estava igual. E era bom estar na minha casa. Olhei para os olhos de meu pai, os quais não cabiam mais lagrimas, senti um enorme aperto no coração. Passei os olhos em tudo para ver se via minha mãe, mas nada.

-Sentem-se. –Luiz disse anfitrião. Sentei, mas meu pai continuou ali em pé, sem tocar em nada, sem falar nada. Só Deus sabe o que ele estaria pensando. –Jaqueline você está barrigudinha! –Luiz disse reparando o volume que formou assim que sentei, eu totalmente desajeitada respondi seca:

-Estou grávida!

-Hãn? Sério? –Ele disse assustado.

-Não está vendo? –falei levantando a blusa.

-Menina! Você...

-Ela o que? –Meu pai interferiu antes que ele me ofendesse. Por mais que ele também não concordasse, ele não admitiria que outro alguém me acusasse. E eu que achei que ele nem estivesse prestando atenção no assunto.

-Epa, epa! Só ia falar que ela é rapidinha. –Ele riu sem graça. –Você é pai do bebê dela? –Luiz perguntou voado. Ele não conhecia meu pai. Nem pessoalmente, nem por fotos. Porque todas as fotos que tinha meu pai eu escondi antes que minha mãe queimasse, como fez com algumas.

-Eu sou pai da Jaqueline! Ex marido da Soraia. –Meu pai disse seco.

-Você é o Tadeu?? –Luiz perguntou sem acreditar.

-Sim. Prazer é todo seu. –Meu pai ironizou.

-Sai já daqui! Você não é bem vindo! Está louco? Para vim aqui! –Luiz disse alterado. Apontando o dedo no rosto do meu pai.

- Escuta aqui Luiz. –Levantei me colocando a frente dos dois. –A casa é minha! Se quiser saia você. Você e minha mãe não são casados, e você não tem direito nenhum aqui. Fica na sua ou saia! –Gritei.  

 -Quem você pensa que é? –Ele disse firme me encarando nos olhos.

-Alguém que te detesta! –Falei sem tirar os olhos dele.

-Acha que é moleza sua vida né? Foge de casa, engravida. Fica sozinha, sem pai pra criar o bebê e vem correr pro colinho da mamãe. Aprende uma coisa garota: Se você é uma vaga...

-Não ouse a terminar! – Meu pai me tirou da frente e fechou a mão para bater nele.

-Acha que eu tenho medo de você? –Ele forçou uma gargalhada. –Sua filha é uma vagabunda mesmo! Aposto que engravidou de algum caminhoneiro de beira de estrada.

Ele não tinha direito de falar nada de mim. Ele não sabia de nada, quem era ele pra julgar? Meu pai num impulso só deu um soco nele. Luiz cambaleou e veio para cima do meu pai, e nessa hora a porta se abriu. Pronto, seria a minha mãe?

-O que está acontecendo aqui? –Ouvi aquela voz doce, que por muito tempo me fez dormir. Era ela, minha mãe! E apesar de tudo, eu a amava, e hoje entendia um pouco do que ela sentiu. Mesmo sabendo que meu pai estava certo, imagino a dor que ela teve da traição, pena que não ouviu o resto da historia para saber que ele não tinha culpa.

-Essa sua filha! –Luiz disse nervoso. Mexendo no rosto, como que se estivesse doendo. E é claro que estava, foi um socão daquele. Eu estava de costas, não tinha visto a reação da minha mãe, nem do meu pai, nem nada.

E com medo, saudade, aflição e ansiedade eu me virei. Parecia que não via minha mãe há muitos anos. Grande era a saudade, eu que não ficava mais que um dia longe de casa, estava há mais ou menos oito meses.

Minha mãe me olhou, um olhar penetrante. E ambas ficamos a nos olhar. Eu não disse nada, nem ela. Não nos abraçamos, nem nada. Minha mãe não demonstrou alegria e nem tristeza, só surpresa. E eu não sabia se isso era bom ou ruim. Foram longos minutos assim, e parecia que no mundo só existia eu e ela.

-Filho pródigo. –Ela falou baixinho por fim.  


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Qual será a reação de Soraia? E Felipe? Será que ele e Jaqueline ficaram juntos?
Tem alguém ai curioso? E sugestões?
Obg a todos que estão acompanhando. Fico muito feliz a cada review, muito mesmo! Beijinhos e até o proximo... *--*



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