A garota levantou o rosto, suas bochechas delicadas tinha grossas marcas de rimel, seus olhos estavam vermelhos e carregados de maquiagem escura –cujo sua amiga nunca usaria –os cabelos bagunçado e largado ao seu lado uma bolsa.

Sem ao menos pergunta Thalia levantou a amiga do chão e abriu a porta do apartamento, deu passagem para amiga entrar. Fechou a porta assim que se virou lá estava sua amiga sentada novamente no chão desmoronando em lagrimas.

Se ajoelhou ao seu lado e afagando seus cabelos começou a sussurra que tudo ficaria bem, que ela estava ali e nunca sairia, afinal era sua função de melhor amiga, sustentar nem que seja por um instante o mundo da outra quando ele esta desmoronando.

Thalia não achava que seria a pessoa certa a segurar o mundo de Annie, se via mais na função de proteger e selecionar quem andaria com a sua melhor amiga , por isso quando andavam juntas as outras pessoas temiam zombar Annabeth e as que estavam ao seu redor mantinham suas máscaras –como Thalia gostava de dizer – com medo.

–Acho que te protegi demais.

Annie apenas balançou a cabeça confirmando a afirmativa feita.

Desde dos 7 anos de idade Annabeth se via cercada com a mesma amigas amadas que eram Rachel e Thalia.

Rachel sempre foi uma grande estrela , lhe estruia as roupas que ela deveria usar, apresentava a todos os amigos que conhecia e de vês enquanto repreendia sua inteligência –mal Annie sabia que a inveja morava na ruiva –.

Thalia sempre a protegia, controlava as palavras maldosas que as vezes Rachel soltava e a loira inocente demais para percebe o veneno nas entre linhas.

Então a garota punk teve que se mudar deixando Annie sem chão, logo Rachel deixou a inveja falar mais alto que a amizade e conseguiu convencer a todos ao seu redor que a loira era uma espécie de doença. E de vez seu mundo desmoronou.

Annabeth se sentia culpada, talvez se fosse como Thalia e Rachel sobreviveria

–Acho que a culpa é minha , não sou forte e confiante como você, nem bonita e inteligente como a Rachel .

Levantou o rosto decidida .

–Vou ser como você Thals.

–Eu não quero que você seja como eu Annie , não quero que afaste as pessoas ao seu redor .

–Que pessoas Thals ?

A musica Peacock começou a tocar, Annabeth tirou o celular do bolsa da caça preta. Na tela aparecia a imagem de Silena fazendo “V” com os dedos –imaginou que ela havia feito isso enquanto ,atavam aula –(N/A : não matem aula gente e feio ). Thalia apontou para o celular sorrindo.

O celular tocou ate cair na caixa postal e Annabeth voltou a repetir que seria igual a amiga roubando de vez o resto da sua paciência.

–Não quero você fazendo isso –tirou as pulseiras e mostrou as feridas. *

As marcas no pulso da amigas pegou a loira de surpresa. A raiva também lhe subiu a cabeça.

–Por que você faz isso ? –gritou .

–Porque eu não agüento , eu tenho que superar meu problemas e o seus –respondeu gritando.

Thalia não queria dizer isso, mas e como dizem culpamos quem amamos , pois sabemos que eles perdoam mais fácil.

–A culpa e minha então ?

Levantou a manga do casaco preto com estampa de ursinhos que usava revelando as marcas recentes.

–Não precisa mais se corta por mim –gritou já fora do apartamento.

Entrou no elevado sem ao menos esperar uma resposta, assim que as portas se fecharam desejou que a caixa metálica desabasse e acabasse com sua vida, afinal para quer vivia ? Magoar as pessoas que ama? Sofrer ?

A porta foi aberta novamente revelando uma menina de preto com cabelos um pouco desgrenhados e as bochechas sujas de rímel, entrou e apertou logo o botão para fechar o elevado e juntamente o botão do térreo.

O elevado parou no seu destino , ambas saíram caladas ate o centro do Térreo, se deitaram e ficaram olhando o céu.

O Ceu estava escuro e cheio de estrelas que brilhavam furiosamente tentando se destacar no meio das luzes da cidade.

–Como a 9 anos atrás –sussurrou Thalia.

–Desculpa , desculpa –Annie sussurrava chorando –eu deveria te abraçar e colocar a conversa em dia não brigar.

–Mas estamos colando tudo em dia , ate nossas raras brigas –a morena explicou.

O silencio voltou a reinar , ambas concentradas demais nas estrelas para falar, cada uma tinha sua teoria sobre as estrelas , mas também tinha a mesma crença nos seus poderes de realizar desejos.

–Quer falar sobre isso agora ? –perguntou receosa.

–Só amanhã Thals –respondeu com um fino de voz.

E ficaram ali brincando e criando suas próprias constelações como fizeram a nove anos atrás e faziam ate serem separadas.

Não demorou muito para voltarem para o apartamento.

–To com fome –Thalia reclamou .

Annabeth sorriu e começou a fazer sua especialidade, colocou o miojo na água quente e esperou o tempo necessário para colocar o tempero de yakissoba.

...

Clarisse via a amiga devorar a segunda caixa de chocolate na metade do filme, riu já imaginando o discurso que Silena faria sobre o quanto havia engordado.

A morena largou a caixa de bombom e se virou para a companheira ao seu lado e desmanchou em lagrimas, tentava falar enquanto soluçava copiosamente.

–Meu Deus eu levo o fora e você que entra em depressão ?

O choro da amiga aumento mais ainda com a palavras “fora” foi pronunciada.

–Eu to chorando , porque eu sei que você não quer perde a fama de durona e guarda a do pra você mesma , quem sabe eu chorando você também faz isso –declarou num fôlego só.

Então as lagrimas que ela teimava em guarda agora desciam pelo seu rosto, deitou sua cabeça do colo de Silena se permitindo chorar suas próprias magoas agora.

No momento em que Clarisse começou a chorar as lagrimas de Silena aumentaram.

–Eu queria poder chorar sozinha por você –declarou ao prantos.

...

Percy olhava para o miojo em seu prato em seguida para Nico que estava em sua frente.

–Me responde porque eu to aqui comendo miojo com você quando podia muito bem ta curtindo a comida da minha mãe.

–Porque eu sou teu BFF –falou em tom brincalhão –E também você queria uma ombro amigo.

Então o motivo de sua visita ao Di Angelo apareceu em sua mente. Cabelos loiros, olhos cinzentos cheios de lagrimas que demonstravam um “eu te odeio” silencioso. Seu coração se apertou numa dor que ele não conseguia explicar –remorso ?culpa ?solidão ? –soltou um grito de frustração.

Nico deu um sorriso de lado já ate sabia o motivo do amigo está assim , tirou do bolso o celular e entregou ao rapaz.

–Vai lá liga e pede desculpa .

Não pensou duas vezes e discou o numero do seu tormento interno, não chamou mais de duas vezes ate que ela atendesse.

–Alo Annie ?

–Não! Thalia Grace.

–Você pode passar para ela ?

–Não?

Nico fez uma gesto para chamar atenção e moveu os lábios na intenção de dizer : “Chama ela por jogo de sábado”

–Você poderia dizer para a Annie ir no jogo de sábado ?

–Não –dessa vez ela escutou a punk rir friamente antes de desligar em sua cara.

...

Agora Annabeth e Thalia se encontravam na varando do apartamento comendo miojo e conversando sobre coisas banais e conseqüentemente olhando as estrelas.

–Annie se lembra como nos conhecemos ? –perguntou sonolenta.

–Claro, minha mãe quase pirou –riu com a lembrança.

Annabeth sabia de uma coisa não conseguiria ser perfeita para c*ralho como Thalia era, mas admirava e amava muito a amiga e se ao menos a amiga soubesse admitir isso –que era boa –ela ficaria feliz.

–Thals –chamou

–You are f*nkin perfect to me –cantarolou baixinho.