A Black Mages Memories escrita por Shinobu


Capítulo 1
You are not alone!


Notas iniciais do capítulo

Eu adoro o Vivi e o Zidane, ponto final. Por muito que goste da Freya, do Steiner e da Beatrix, esses os dois são os meus "bebés" desde que eu entrei para o mundo dos jogos. Como tal, tenho muita estimação por esta fic...apesar de ela não ser a minha favorita. E é escusado dizer que provavelmente virão mais fics deste jogo, porque isso é óbvio -não

Ah, eu escrevi-a a ouvir "You're Not Alone!" e "Place of Memory", dois OSTs do jogo. O primeiro dá numa certa parte de Pandemonium e o último dá em...bom, Memoria. ~



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Lembro-me ainda do dia em que nos conhecemos.

Foi uma situação muito confusa. Tudo o que eu queria era ver a peça de teatro, "I Want to Be Your Canary". Tinha ido de propósito a Alexandria com o meu bilhete, para descobrir que era falso. Pelo menos, graças a Puck consegui entrar.

E lá conheci-o.

A princípio fiquei assustado por ter que subitamente viajar com umas pessoas que não conhecia de lado nenhum. O que me assustou mais ainda foi aquela floresta cheia de plantas carnívoras que nos atacaram. Lembro-me que por minha culpa a princesa foi magoada por elas, já que só consegui observar. Apesar de Steiner insistir em chamar-me Mestre Vivi e de eles dizerem que eu era óptimo com magias, eu não me conseguia mexer. Eu realmente era tão cobarde, não é?
E então, começámos a viajar. Atravessámos uma caverna de gelo cheia de monstros assustadores, e caminhámos por várias montanhas. Até Dali.

O sítio onde a minha história se começou a desenrolar.

Lembro-me de ter ficado assustado quando me levaram e me puseram num caixote. Não conseguia sair de lá e não percebia o que se passava. Porque é que haviam tantos Black Mages como eu naquele sítio.

E então eles vieram salvar-me.

Fiquei realmente feliz por eles o terem feito e ao mesmo tempo, confuso. Porque é que eles tinham vindo salvar alguém como eu, um estranho que só sabia ter medo?

Mas eles sorriram. Sorriram e disseram-me que ia ficar tudo bem, que não era preciso eu chorar.

Mesmo quando fomos atacados no avião de carga por um dos Black Waltz e todos aqueles que eram parecidos comigos foram mortos...mesmo quando eu me irritei e ataquei o Black Waltz sem dó, em vingança por aquilo que ele havia feito...eles estavam lá e ajudaram-me. E eu não liguei a isso. Porque estava mais preocupado em entender porque é que eles eram iguais a mim. Porque é que eles não falavam como eu falava.

Porque é que nenhum me respondia.

Lembro-me ainda de irmos até Lindblum e de ter havido um concurso de caça. Era algo realmente complicado e eu pensei que ele iria participar. Mas o mais estranho foi o facto de ele também me ter inscrito nele.
A Freya ganhou o concurso, mas mesmo assim eu não me sentia triste com isso. Havia-me divertido imenso lá, graças a ele. Por mais pesado que o ambiente fosse, ele parecia sempre saber o que dizer. Seguimos com o nosso caminho e ajudámos Freya em Burmercia e alguns dos seus companheiros em Cleyra. Mesmo que Cleyra tenha sido destruída e não tenhamos sido capazes de os salvar a todos, hoje sinto-me orgulhoso por ter sido capaz de salvar algumas pessoas. Na altura doeu-me imenso ver aquele sítio maravilhoso a desaparecer como se fosse pó a ser levado pelo vento.
Fomos salvar a princesa, que ia ser morta pela sua mãe, e procuramos uma maneira de irmos para outro continente. Conhecemos Quina em Qu's Marsh, uma pessoa muito estranha. Graças a ela fomos capazes de ir para o nosso destino, e encontrámos uma vila cheia de Black Mages.

Ah, a vila dos Black Mages...recordo-me como se a tivesse visto ontem pela primeira vez.

Cercada por uma poderosa magia para que ninguém a invadisse, essa vila somente possuía seres semelhantes a mim, capazes de falar e de demonstrar emoções. Lá conheci o senhor Número 288, que me ensinou muitas coisas.

Ensinou-me que um dia eu iria morrer.

E então, os dias seguintes foram horríveis. As perguntas não paravam de fluir na minha mente, e não havia uma única resposta no meio delas. O que eu deveria fazer? Quando é que eu iria parar? Porque é que eu tinha que parar? Como é que eu queria aproveitar os poucos momentos de vida que me restavam?

Qual era a razão da minha existência?

Conhecemos a Eiko em Conde Petit, que nos levou a Madain Sari. Fomos até Iifa Tree, a origem de todo o Nevoeiro que era a fonte de todos os nossos problemas.

Ou talvez, do meu problema. Da criação dos Black Mages para matar pessoas.

O Nevoeiro cessou, e não houveram mais problemas com ele. Conhecemos o Amarant e ele juntou-se a nós para o tentar perceber. Aquele que tanto me ensinara sem que eu percebesse.
Fomos atrás de Kuja, que descobrimos ser o culpado de tudo o que estava a acontecer.

E eu comecei finalmente a alcançar algumas respostas.

Sentia raiva dele. Todos os Black Mages estavam a ser criados e a ser utilizados para um fim errado por culpa dele. Ele brincava com as vidas deles como se tratassem dum boneco que estragamos e mandamos fora.

E comecei a sentir cada vez mais raiva dele, à medida que o tempo passava e que ele cometia mais e mais atrocidades.

Alexandria fora destruída, e a princesa entrou em choque. Fomos atrás de Kuja novamente, mas sem sucesso. Acabámos por ir parar a Terra, um mundo paralelo ao nosso. Conhecemos Garland e ele descobriu mais sobre o seu passado.

E foi aí que comecei a perceber o quão importante ele era.

Lembro-me quando ele partiu sozinho para Pandemonium depois de passar o dia a agir dum modo estranho. Lembro-me de estar com Eiko a ajudá-lo a matar um monstro e de lhe ter dito que ele não estava sozinho. E ele somente reclamava, a dizer que nós eramos crianças que não sabiam nada e que nos deviamos calar.
A princípio pensei que eu tivesse feito alguma coisa de errado, que o tivesse magoado. Mas depois percebi que mesmo que o tivesse feito, tinha que arranjar um modo de me desculpar.

Porque ele ensinou-me muitas coisas na vida.

O simples facto de ele ser meu amigo levou-me a muita coisa. Aprendi quem eu era, aprendi porque é que eu deveria existir. Consegui encontrar um sentido para a minha vida.

Tinha tudo o que qualquer um poderia querer.

E mesmo quando fomos para Memoria, e revi memórias que não queria, percebi que eu não era o único a sofrer ali. Todos nós tinhamos o nosso passado infeliz, e mesmo assim todos estavam a lutar em conjunto. Todos queriam proteger o que eles tinham de mais importante...

Os amigos.

E quando ele ficou para trás na Iifa Tree, para salvar o Kuja, não sabia exactamente o que dizer quando ele me mencionou.

É verdade...mas todos temos que tomar grandes decisões na vida por vezes. Para mim, agora chegou essa altura. Eu tenho que o enfrentar, tal como o Vivi confrontou os seus medos de descobrir mais sobre si mesmo. Essa foi uma grande decisão para ele.

Ajeitei o meu chapéu como sempre o fazia e respirei fundo. Lembro-me de ter dito alguma coisa do género de eu não achar que tinha sido uma grande decisão. Claro, na altura parecia importar muito, mas havia aprendido que morrer não era grave. Não, desde que aproveitassemos a nossa vida junto dos que era mais importante para nós.

Isso pode ser o que tu pensas, mas eu poderia não estar a tomar esta decisão se não fosses tu. Tu definitivamente ensinaste-me a levar a vida mais a sério.

Lembro-me de ter ficado surpreendido. Nem liguei aos comentários da Freya e do Steiner, que insistiam que queriam ir com ele. E quando senti que estava na minha altura de me despedir, respirei fundo novamente. Agradeci-lhe por me ter ensinado mais uma lição de vida e corri para o avião, antes que ele tivesse tempo para de me responder.

Tentando ignorar o meu desejo de o arrastar connosco no avião, são e salvo.

A nossa aventura chegou ao fim e todos nós nos separámos. A nostalgia que me invade é enorme ao recordar-me de todas as aventuras que passei junto daqueles que mais prezo. Mas o pior, era o facto de ele não ter voltado. Já se havia passado muito tempo e não havia sinais de vida dele. Mas, então finalmente ele voltou e pude sentir-me alegre de novo. Reunimo-nos todos em Alexandria e eu pude recordar os dias que me fizeram muito feliz. Desde aí, temo-nos visto frequentemente, apesar de já não partirmos em aventuras como antigamente.
E agora que o tenho à minha frente, finalmente o posso dizer...

Obrigada por tudo, Zidane!


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Notas finais do capítulo

VIVIIII Ç_Ç
Okay, agora a sério. Só graças a ele tenho vontade de começar o jogo de novo, apesar de o ter acabado à pouco tempo. Isso não aconteceria se FF9 tivesse mais fanart e fanfic, né...>—>

Enfim. Reviews, para dizer que eu sou um fail como POV de Vivi? D:



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