Tudo estava bem até sermos barrados no dector de metais. Isso estragou tudo.

Pode acreditar, nós já prevíamos isso. Aliás, queríamos embarcar num navio vazio, para passar para o outro lado do mar, e passando pelo porto, descobriram nossas varias armas, como espadas, flechas, facas, etc.

Espere, espere. Você deve estar pensando que nós somos algum tipo de exterminadores lunáticos. Mas não. Somos meios sangues. Metade humanos, metade deuses gregos. Somos filhos de deuses, destinados a se tornar heróis e salvar o mundo. Bem, isso resume tudo.

Quíron havia nos mandado uma missão para matar alguns monstros em São Franscisco. E lá estava eu, sozinho com minha melhor amiga Annabeth, juntos mais uma vez.

De todo modo, estávamos ferrados. O segurança erguia uma sombrançelha para nós, segurando com suas mãos enormes nossos equipamentos. Olhei para Annabeth, com um olhar de "nos salve dessa, por favor!"

Annabeth era filha de Atena, e sempre tinha um plano para nos salvar de situações complicadas. Tenho que admitir, ela era bem convencida, e as vezes, irritante... Não conte isso á ela!

Para minha sorte, ela suspirou fundo.

- Somos parte desse navio. Fazemos... Parte das forjas.

Ela olhou para mim, com olhar de alerta.

Assenti.

- É isso mesmo.

O segurança ergueu uma sombrançelha.

- Crianças em fortas?

Assentimos juntos.

- Se liga, estamos no século XXI - arriscou Annabeth.

O segurança olhou para outro, que se deu de ombros.

- Qual o navio?

Annabeth apontou para um velho, abandonado.

O segurança franziu a testa.

- Vão sozinhos?

- Hãn, é... - começei, mas Annabeth me lançou um olhar de "deixa comigo".

- Vamos encontrar nossos pais do outro lado do mar.

O segurança hesitou mais uma vez, mas fez um sinal para nos deixar entrar.

- Estou de olho em vocês - ele murmurou.

- Sem problemas - disse Annabeth.

Olhamos para trás mais uma vez, se certificando de que nenhum monstro nos seguia, e subimos para o navio, como nossas malas gigantes.

O navio era mesmo abandonado. Isso era melhor ainda, pois se tivesse uma tripulação estávamos perdidos.

Jogamos as malas ao chão, e arriscamos nos sentar para descançar. Havíamos sido perseguidos por monstros até aqui, e estávamos exaustos.

- Você... Sabe pilotar um navio? - perguntei.

Ela deu de ombros, olhando para o mar.

- Uma filha de Atena sempre tem uma saída.

Eu estava cansado demais para retrucar, quando ela caminhava para o local de pilotar o navio.

Me levantei para olhar novamente para o porto, e para minha surpresa, nenhum monstro nos seguia. O segurança no dector de metais olhava para nossos navio, ainda muito desconfiado. Acenei para ele e fiz um sinal positivo com o dedão. O cara não parou de olhar.

- Temos problemas - me voltei para Annabeth, que estava muito ocupada tentando desvendar como ligar o navio.

- Não há tempo para mais problemas, Percy - ela segurou a cabeça com as mãos, exausta - O navio não funciona.

- O QUE? - eu corri para ela, e tentei examinar o local inútilmente, sem entender nada - Tem que funcionar!

- Eu sei! - ela disse, nervosa - Mas essa coisa é velha demais... Eu mal tinha pensado nisso.

Suspirei, pensando em uma solução. Mas se Annabeth não achara uma, quem dera eu.

- Vamos ter que abandonar o navio - ela decidiu.

- O que? Vamos nadando?

Ela suspirou nervosa.

- Claro que não, Cabeça de Alga. Vamos invadir outro navio.

- M-mas... - olhei de volta para o porto, o homem ainda nos encarando - Aquele cara já está de olho na gente! Se fizermos mais alguma coisa errada, ele nos joga mar a dentro!

- Eu sei, mas não há outra solução... - ela olhou para mim, tendo uma ideia - Só se... Consegue controlar o mar para nos levar até lá?

Franzi a testa.

- Creio que não.

E eu não estava mentindo. Eu era filho de Poseidon, deus do mar, e sabia falar e respirar debaixo d'água, conversar com cavalos, e controlar a água. Mas por centenas que quilometros, eu não sabia se seria possível.

- Tudo bem, plano B - disse Annabeth - Venha. Vamos sair daqui.