Candy Chronicles escrita por Lovely_Arty


Capítulo 1
1. Era uma vez...


Notas iniciais do capítulo

Meu primeiro capítulo.Tive idéia para criar esta fic as 21,22 horas desta noite de sexta feita,21 ou 22 de outubro.Lembrei de toda a minha adoração por docese pela história da Chapeusinho vermelho.Sem falar da música Lollipop,de Mika.Pode-se dizer a música tema desta fancic com certeza.Bom,espero que gostem!



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O cantarolar da garotinha ecoava pela densa floresta.Os pequeninos animais saiam de suas tocas e árvores para a ver passando.A lisa cabeleira loira voava quando ela dava pequenos pulos ao andar.O vestido rosado,cheio de babados, não levantava muito,o que era bom.Ninguém veria suas roupas íntimas...mas ela tinha uns treze anos,diria alguém de passagem.Para que se preocupar?Tinha é que ser feliz.Enquanto o amor e a morte não batessem em sua porta,era livre para ser feliz.

As altas árvores brancas e vermelhas  podiam esconder tantos segredos.Mas como saber?Apenas seguia sua trilha,como todos os dias.Não podia sair da pequena trilha,ou poderia se perder.Mas podia ao menos chegar perto.Arrancou logo uma folha da árvore branca.Botou-a na boca,enquanto a cocada derretia em sua boca.Ah,como era bom.Mas poderia ficar melhor.Abaixou-se e pegou um palmo de açúcar no chão.O açúcar mais branco e cristalino que poderia se achar na região.Região o que,sejamos sinceros.Ela nunca havia saído daquela florestinha.O que as florestas de cocada branca,e as de merengue vermelho poderiam lhe oferecer?Mas nem a folha de cocada,mergulhada no açúcar cristalino,poderia ter um gosto melhor do que... liberdade.Ah,a pura liberdade!Quão bom deveria ser!Não podia se contentar com as meras e açucaradas guloseimas desta floresta.Era uma decisão.

Ela tinha que ir logo para casa.Voltou a seu caminho pela pequena trilha.Já estava se aproximando de casa,não iria demorar.Mas o que iria dizer?Diria que queria ir para uma aventura?Ou então que iria passear e não voltar mais?O que diria?Não conseguia chegar a uma conclusão.O desejo de entrar floresta adentro e achar uma saída era muito forte.Será que ninguém poderia levá-la?Não,ninguém poderia.Tia Kelly era muito ocupada com sua padaria.Sem falar no filho pequeno de que a mulher cuidava.Outro parente,talvez...Não.Não tinha mais nenhum parente.O jeito era ir para casa e conversar com Popoli.

As árvores logo se abriam para mostrar a entrada da casinha de madeira.Era tão bonitinha.Tinha várias janelinhas pequenas ao redor da casa, e a porta amarela bem clara para combinar com a madeira marrom.A madeira era de árvores que vinham de fora da floresta,de uma reserva de castores.Popoli conseguiu a madeira mais forte para fazer sua casa com seus amigos da reserva.Ah,Popoli...será que ele iria deixar uma garotinha ir sozinha para fora da floresta?

Logo que abriu a porta,olhou para a casinha arrumada.Estava tudo brilhando de limpo.E Popoli acabava de lustrar um lindo vaso branco na sala de estar.Ah,Popoli orgulhoso.Deixava a casa limpinha num piscar de olhos.Era o que ele fazia de melhor.Já até trabalhara de Limpador Oficial de Coisas quando era mais jovem.Era nada mais que uma raposa.Uma linda raposa de pelo bronzeado nas costas,e branco na barriga.Usava uma roupa extravagante,com uma camisa quadriculada vermelha e branca bem volumosa e sapatos cor de rosa.Ah,não esqueça a pulseira vermelha em seu braço,era a coisa mais especial para ele.Foi dada por sua melhor amiga.Logo que viu a chegada da garota,correu para ela com o espanador de pó em mãos.

-Ah!Lolli!-Exclamou o raposo,envolvendo a garota com espanadas.-Acabei de limpar a casa,não quero nenhuma sujeirinha!

-Não se preocupe,Popoli!-Respondeu a garota,afastando o raposo.-Estou limpinha,eu juro!

-Então está bem.Gostaria de um chá?Acabei de preparar!

-Achei que estava limpando a casa.

-Deixei a água no fogo,oras bolas!Vamos.o chá ficará ótimo com alguns biscoitos...

Os dois seguiram juntos até a cozinha da casa.Tinha alguns armários brancos nas paredes,o fogão e a geladeira num lado e a pia do outro.A chaleira prateada já fazia o barulho irritante de água fervendo.Popoli correu a tirar a água do fogo,enquanto Lolli sentou-se no banquinho ,ao lado da mesa.

-Ora,Lolli,não seja preguiçosa!Arrume a mesa para mim.

-Como quiser!

Lolli logo se levantou e tirou a toalha de um dos armários.Após arrumá-la na mesa,passou ao armário de talheres.Logo,a mesa estava pronta,e o chá,levemente adocicado.Popoli e Lolli se sentaram e abriram o grande pote de biscoitos.

-Então Lolli,como foi a caminhada?

-Ah,foi muito cansativa.Pode me passar a manteiga?-Pediu ela.Popoli logo passou um pequeno pote de madeira com a manteiga cremosa e amarelinha.Ela não era feita ali na floresta,ou teria gosto de merengue ou cocada.Ela vinha de fora!Assim,preferiu falar logo ao invés de esperar mais um pouco e começar a ter devaneios novamente.

-Sabe Popoli,estava pensando sobre a floresta.

-Oh!-Suspirou ele,surpreso.-E o que pensou sobre ela?

-Que eu estou cansada de andar por ela todo dia!-Disse ela,num tom um pouco elevado.Popoli primeiro respondeu com uma cara de surpresa,que logo foi tomada pela tristeza.

-Quer ir embora?

-Não,claro que não!Mas eu queria muito poder sair e dar uma volta fora deste lugar.Nunca conheci a Represa,ou o lugar onde fazem manteiga!

-Bom,eu não vou te impedir...-Disse ele,em tom decidido.

Como Popoli não a impediria?Essa era sua função!Ele devia aconselhá-la e ajudá-la.Será que estava com defeito?

-Por que não?

-Porque está na hora de você conhecer o mundo além de cocadas e merengues!Eu sabia que um dia,iria ter que te deixar ir embora...

-Mas não se acanhe,Popoli.Não vou embora.Só quero saber o que tem lá fora,só isso.Não quero te deixar,Popoli.

-Eu sei,minha querida.Mas é tão bom ouvir isso de você...-Disse ele,enquanto uma primeira lágrima caiu de seu rosto.Ele logo passou uma garra por cima dele e mudou seu rosto.

-O que faço,Popoli?

-Vá para a casa de sua avó!-Exclamou Popoli.

Vovó morava fora da floresta.Lolli Nunca conheceu sua avó muito bem.Além do tempo que fazia de que Lolli não a vira,era era uma velhinha muito estranha.Mas poderia ser a tarefa perfeita!Ela conheceria sua avó,e além disso,o mundo além dos merengues!

-Claro,eu vou sim!

-Eu tenho que devolver isto a ela...-Disse ele,se levantando.Abriu uma gaveta no armário e tirou um grande livro rosa.Estava um pouco empoeirado.-Este é o livro de receitas dela.Ela me emprestou a algum tempo,e preciso devolver.Acha que consegue?

-Mas é claro!

-O caminho é perigoso,terá de tomar cuidado,tudo bem?

-Pode ter certeza que vou!

-Então vire-se e tome o chá.Depois veremos o que fazer com você!-Disse ele,voltando a mesa.

Ela havia conseguido seu bilhete para fora!Como Popoli era bom para ela.Ela não poderia pedir um Sr. Raposo melhor que ele.Agora,era a hora de se aventurar por além de árvores coloridas e terras adocicadas.Era hora de conhecer o desconhecido e ver o invisto!Era hora de saber o não-sabível!


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