Irmãos?! Não! escrita por sisfics


Capítulo 8
Capítulo Oito: Fantasias.




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Edward Pov

Uma semana depois.


Saudade da voz dela. Do seu olhar e até das nossas brigas. Eu estava ficando louco. Não conseguia parar de pensar em Bella. Era difícil admitir, mas depois de rever e pensar em tudo que já havia vivido ao seu lado, cheguei a conclusão de que a amava. Sentia um ciúme que chegava a ser doentio. E a desejava mais que tudo. Pensava nela o tempo todo. E o que eu a tinha dito há uma semana, havia me destruído.

- Hey, Edward. – Renne chamou minha atenção enquanto eu ajeitava minha fantasia no espelho.
- Sim?
- Cuida da Bella, okay? – pediu piscando, num gesto de amizade.
- Tudo bem, se aquela cabeça-dura fizer alguma besteira eu ponho ela no ombro e trago de volta. – disse rindo.
- Tá. Se você conseguir domar a fera. Boa festa.
- Boa noite. – continuei me olhando no espelho do armário de casacos, mas percebi que ela não havia subido as escadas.
- Que houve? – perguntei.
- Você está linda, filha. – Bella devia estar descendo as escadas.

Desde que brigamos, não olhava mais na minha cara. Mas, hoje como eu ia levá-la na festa da Alice, a forçaria a falar comigo. Por incrível que pareça, sentia imensa falta dela, e estava arrependido do que tinha dito. Andei até a escada e parei atrás de Renne. A observei descendo cada degrau devagar.

O vestido colado no corpo vinha até o meio das coxas. A cor vermelha sangue destacava na cor de sua pele. Os cachos que caíam soltos sobre o decote. Que decote! Os olhos marcados em preto. Os lábios entreabertos vermelhos. A cada passo que ela dava, meu corpo reagia. Reagia da forma que não poderia reagir. O coração martelando no meu peito, a garganta que ficou seca de repente. Ela ainda ia acabar comigo.

Fantasia do Edward: Gangster - calça social preta, sapato social preto, blusa social branca aberta os três primeiros botões, suspensórios vinho, e um chapéu (estilo Justin Timberlake) cinza.

Fantasia da Bella: Diaba - Arco com par de chifres vermelhos e vestido vermelho de alça fina, colado no corpo até o meio das coxas. Muito decotado.

- Obrigada mãe. – disse doce – Mas ainda falta uma coisa.

Ela caminhou até a mesa da sala e buscou os chifres, me dando uma visão privilegiada de sua silhueta. Depois, foi até o espelho que antes eu me olhava e pôs o arco de chifres. Que Diabinha!

- Agora sim tô pronta.
- Ela não está linda? – Renne me perguntou.
- Sim, um espetáculo! – respondi embasbacado.

Bella olhou na minha direção e eu só encontrei ódio em seu olhar. Devia ser mesmo um idiota, nem odiá-la conseguia.

- Tchau, mãe. Boa noite. – se despediu.
- Boa festa para vocês. O nosso acordo Edward. – me lembrou antes de subir as escadas.
- Pode deixar. – respondi sem-graça.

Bells abriu a porta e me esperou na varanda enquanto a trancava.

- Que acordo? – perguntou ríspida.
- É que ela me fez prometer que eu ia cuidar de você.
- Hum. – fez uma pausa – Como se eu precisasse de alguém, ainda mais de você.

Saiu andando até o carro me deixando sozinho. Entrei no Volvo e dei partida indo em direção à casa de Alice. O silêncio no carro era cortante.

- Você está mesmo muito bonita. – eu disse um tempo depois.
- Obrigado.
- A gente precisa conversar. – fui cuidadoso.
- Não, não precisamos. – respondeu sem emoção na voz.
- Preciso te dizer uma coisa. – expliquei segurando sua mão.

Ela a puxou da minha num movimento rápido.

- Você já disse tudo que tinha para dizer. Mais até do que eu merecia ouvir. Agora me deixe em paz.

Se soltou do cinto de segurança e abriu a porta do carro. Antes que pulasse com ele ainda em movimento, dei uma freada brusca.

- Bella. – gritei a chamando de volta, mas não adiantou.

Logo já tinha pulado para calçada e caminhava em direção a casa de Alice que estava a poucos metros de nós. Orgulhosa.

[...]

- Hey, Edward. – senti uma mão me puxando pelo braço.
- Oi, Jéssica. – me abaixei um pouco para cumprimentá-la
- Como estão as férias? Andou sumido depois de La Push.
- É. Desculpa? – olhei para os lados procurando por Bella.

Era o que eu estava fazendo desde que cheguei na festa.

- Eu percebi que você está aqui parado há um tempo. Vamos dançar? – pegou minha mão e me puxou para o meio da sala de Alice que tinha se transformado numa boate.

Ela ficou de costas para mim e começamos a dançar. Jéssica era bonita, mas preferia ficar procurando por Bella lá fora. De repente, senti alguém esbarrando em mim e olhei para o outro lado. A pessoa se desculpou e voltei ao meu lugar.
Tomei um susto quando a vi ali dançando na minha frente. Ela levantou seus olhos cor de chocolate na minha direção e deu um sorriso. Seus braços envolveram o meu pescoço e eu pus minhas mãos na sua cintura a aproximando de mim. Bella mexia os quadris conforme a música. Se virou de novo de costas, e a abracei com força. Aproximei meu rosto do seu pescoço, sentindo o cheiro de morango. Lhe dei um beijo suave embaixo da orelha.
Ela se arrepiou toda e virou de frente de novo. Segurei seu rosto e lhe beijei. Minha língua percorria toda a extensão da sua boca enquanto ela prendia as mãos nos meus braços me apertando. Minha Bella, finalmente. Meu beijo começou a ficar mais urgente. Quando ela ficou sem ar, se separou de mim e sorriu. Não.
Olhei para o rosto de quem tinha acabado de beijar. Não era Bella. Era Jéssica. Eu estava ficando louco.

- O que houve, Eddie?
- Nada. – tinha feito uma besteira – Eu tenho que sair rapidinho. Você fica aqui, está bem?
- Tá. Fiz alguma coisa errada? – perguntou insegura.
- Não, Jéssica. Nada de errado. Volto daqui a pouco. – deu um sorriso com minha resposta e continuou dançando.

Andei na direção da outra sala, foi quando vi Bella. Ela estava ali parada numa pilastra me observando de longe. Será que tinha visto o beijo? A observei por um instante parando no meio do caminho. Friamente se virou de costas e começou a andar. A segui, mas perdi logo depois. Eu era um idiota mesmo. Que ódio de mim. Fui até a mesa e peguei uma coisa para beber. Mas nem isso consegui.
Não devo ser normal mesmo. Continuei olhando para os lados, procurando. Vi Emm e Rose num canto conversando com outro cara que não reconheci e fui até eles.

- Oi. Tudo bem gente?
- Oi, Edward. – Rose me cumprimentou.
- Oi, cara. – Emm fez o nosso aperto de mão usual.
- Vocês viram a Bella?
- Ela veio? – Emm perguntou.
- Claro. – me decepcionei – Tudo bem. Vou continuar procurando.
- Ei, espera. O Jasper queria falar com você. – Rose avisou.
- Tudo bem. O procuro depois. – me virei, mas nem precisei procurar. Jasper já estava atrás de mim.
- Ai, meu Deus. Que susto, porra. – meu coração veio na boca com a maquiagem dele.

Estava parecendo mesmo um vampiro.

- Haha! Muito engraçado. Preciso conversar com você.
- Jas, não posso agora. – dei dois passos na direção da escada.
- Pode sim. – me segurou pelo braço. – Edward, é impressão minha ou você está gostando da Bella? – perguntou baixo.
- Jasper?
- Não negue, não sou cego.
- Falando nela, você a viu? – fez cara de “sabia”.
- Acabou de subir com a Lice. Estão no quarto dela. Isso não vai dar certo, cara.

Olhei na direção da escada. Ia lá para falar com ela.

- Qual o quarto? – perguntei depressa.
- O último do corredor. – dei um sorriso largo e continuei andando. – Depois não diz que não avisei.

Subi a escada e segui pelo corredor até o último quarto que virava a esquerda. A porta estava apenas encostada, por isso abri sem bater. Havia um pequeno corredor antes de chegar ao ambiente principal.

Um corredor pequeno, mas foi onde me escondi para que elas não me vissem. Parei para escutar a conversa quando ouvi meu nome.

- ... o Edward me agarrou Alice. Me agarrou. Ele é louco. Depois seu pai chegou e eu acabei conseguindo me livrar dele, mas é que... na hora foi tudo tão depressa. Eu fiquei tão assustada.
- O Carlisle viu?
- Não. Saí do sofá antes dele entrar. No dia seguinte foi comigo para o encontro, né.
- Uhum.
- Estragou tudo. Transformou o meu dia num inferno. Fez de tudo para não aproveitar nem um segundo com o Jake.
- E você gosta do Jake por um acaso, Bella? – perguntou com indignação – Claro que não gosta. E eu não gosto dele. É um idiota que se acha o demais. – concordo.
- Alice, não estou aqui para falar do Jake. Edward é o assunto. Não desconcentra.
- Tá. E o que aconteceu depois?
- Aconteceu que... – uma mágoa surgiu na sua voz – Quando a gente chegou em casa, começamos a brigar, pra variar, mas ele me disse coisas tão horríveis.
- O que? – alice perguntou.
- Ele disse que eu era infantil, arrogante, falsa, que tratava mal os outros, que era ignorante, disse que eu ia acabar ficando sozinha, sem ninguém... e que ele não agüentava mais olhar para minha cara. – a ouvir repetindo era ainda pior.
- E o que você respondeu a ele? – perguntou curiosa.
- Nada. simplesmente saí do quarto feito uma criança assustada. – parecia secar uma lágrima que caiu dos olhos.
- Bella, não entendo. Você nunca foi de agüentar esse tipo de humilhação. Você sempre teve as melhores respostas na ponta da língua.
- Eu sei, Alice. Mas com ele foi diferente. O que disse me magoou mais do que se qualquer outra pessoa tivesse dito. E eu nem sei o porquê.
- Bells. – entrei finalmente no quarto já chamando sua atenção. – Desculpa?

Bella Pov

- Bells. – de repente a voz conhecida encheu o quarto e me pegou de surpresa, me virei na sua direção e encontrei seus olhos verdes suplicante – Desculpa?
- Edward? Você... Você estava ouvindo a nossa conversa? – perguntei indignada me levantando depressa e com ódio.
- Calma, Bella. – Alice me alertou segurando minha mão.
- Desculpa, eu não queria ter ouvido, mas precisava muito falar com você. E você está fugindo de mim há dias, foi a minha primeira oportunidade, eu não queria ouvir tudo.
- Mas ouviu. Você é um idiota mesmo. Eu não acredito nisso... – levei a mão até os cabelos e esbarrei nos chifres.

Os arranquei dali com violência, jogando no outro lado do quarto. Me virei de costas e comecei a encarar a janela.

- A gente precisa conversar.
- Eu não tenho mais nada para falar com você. Eu te odeio. Sai daqui.
- Isabella. – Alice chamou minha atenção.

Ela levou a mão até os cabelos e fechou os olhos.

- Vou sair desse quarto agora e trancar aquela porta. Vocês dois vão ficar sozinhos aqui. E eu só vou abrir quando terminarem de conversar. – disse isso enquanto levantava da cama e andava em direção a saída.

Depressa saiu e eu ouvi o barulho da porta se trancando. Não, ela não tinha feito isso comigo. Fui até a porta e verifiquei. Estava mesmo trancada. Alice me paga.
Voltei para dentro do quarto e me apoiei na escravaninha de Alice que ficava em frente a janela que dava para os fundos da casa. Agora vazio. O céu estrelado, raro em Forks.

- Ela insiste em me tratar feito criança. – falei para mim mesma, mas em alto e bom som.
- Talvez ela parasse se você não agisse como uma. – respondeu atrás de mim.
- Que foi, hein? – me virei para ele que agora tinha dado dois passos na minha direção. – O que você quer comigo? Qual a ofensa que vai despejar dessa vez?
- Só quero pedir desculpas e te dizer uma coisa.
- Desculpas esfarrapadas não aceito. Dizer o que? Algum chingamento que esqueceu? Algo que na hora não passou pela sua cabeça enquanto estava me humilhando?
- Não, só vim dizer que te amo. – deu mais um passo na minha direção, passou as mãos por detrás da minha cabeça e me puxou forte para um beijo.

Me assustei com seu movimento e nem tive tempo de conte-lo enquanto colocava sua língua pela minha boca. No primeiro instante não reagi, fiquei atônita, mas depois comecei a travar uma batalha com ele. Como sempre brigando. Até durante um beijo, disputando quem ia ser o melhor. Ele desceu suas mãos até minha coxa e me puxou, me fazendo sentar na escravaninha. Separou nossas bocas e me olhou com desejo.

- Eu estou louco por você, Bella. Louco. – me puxou para mais um beijo, agora afastando minhas pernas criando um espaço para ele.

Me puxou fazendo meu corpo colar ao seu. O beijo continuava urgente demais para se identificar alguma coisa ali. Apenas o desejo inscrito nos nossos gestos. Eu fui fraca, fraca demais para não resistir a ele. Suas mãos entraram pelo meu vestido e começaram a apertar com força as minhas coxas. Eu gemi ainda em seus lábios. Saiu da minha boca e começou a beijar o meu pescoço o que me deixou ainda mais sem ar.
O arranhei nas costas por cima da camisa, sentindo os músculos que por muito tempo desejei quando o via sem camisa andando pela casa. Ele me fez levantar um pouco a coxa e colocou a mão por debaixo dela alcançando a minha bunda e me apertando até eu gemer. Seus beijos desceram para o meu colo. Fazendo uma trilha de fogo com sua língua. A essa altura, eu já estava louca em seus braços, mas me lembrei de umas coisas.

Primeira: Minha mãe era casada com o pai dele e morávamos na mesma casa.
Segunda: Há menos de uma semana ele me humilhou e disse que não queria mais olhar para minha cara.
Terceira: Há menos de vinte minutos estava lá embaixo se agarrando com uma garota que não tinha nada a ver com essa história e só estava servindo como passatempo para ele. Assim como provavelmente eu também.

Consegui passar meus pés para frente e empurrá-lo para longe de mim. Ele acabou caindo sentado na cama de Alice, com o rosto confuso. Desci da escravaninha e corri até a porta.

- Alice. Abre essa porta. – gritei.
- Vocês já se entenderam? – perguntou prepotente.

“Melhor do que você pode imaginar” - pensei. Mas tratei de afastar esse pensamento de lá antes que acabasse voltando e terminado o que tínhamos começado.

- Alice, vou avisar só uma vez. Se você não abrir essa porta agora, eu taco fogo no seu armário.

Assim que terminei de falar, ela abriu a porta e saí de lá esbravejando. Descendo as escadas depressa e indo embora da festa.

Edward Pov

- O que aconteceu aqui? – Alice perguntou, me vendo atordoado sentado na sua cama.
- Nada, Alice.
- Vocês dois não me enganam, sabia? Eu sei que tem alguma coisa além dessas brigas idiotas acontecendo.
- Ela foi embora porque a gente brigou. Só isso. – menti.
- Não, Edward. Olha, eu não quero saber o que aconteceu, mas sei o que você vai fazer. Você vai levantar agora dessa cama e vai atrás daquela garota antes que ela faça alguma besteira.

Olhei em seus olhos e parecia sincera.

- Você sabe que se eu chegar perto vai acabar fazendo um escândalo. Ela está muito confusa agora. É melhor deixá-la sozinha.
- Não. É melhor vocês resolverem essa história agora. - olhei direto nos grandes olhos negros dela e recebi um sorriso “eu sei das coisas” - Tá esperando o que?! – me instigou.

Levantei da cama e sai correndo do quarto. Desci as escadas de dois em dois degraus e esbarrei com Rosalie assim que terminei.

- Você viu a Bella?
- Porque tá todo mundo correndo hoje? – perguntou para si mesma.
- Cadê a Bella, Rose?
- Acabou de sair correndo daqui. Foi embora.
- Tá, valeu.

Saí pela porta e não vi ninguém. Atravessei a rua e entrei no Volvo. Liguei o carro e acelerei. Menos de vinte metros depois, lá estava ela. Andando enquanto descia a rua. Parei o carro no meio-fio um pouco a frente de onde estava e desci depressa.

- Se afasta de mim. Estou avisando.
- Desculpa Bella. Eu não queria fazer isso, mas não me dá outra escolha.

Meio que me ajoelhei, e a peguei pelas pernas a colocando no meu ombro. As poucas pessoas que estavam na rua me olharam como se fosse um louco. Ela gritava e esperniava para que eu a soltasse. Andei até o banco do carona, abri a porta e a joguei lá dentro, fechando e trancando o carro para que não saísse. Entrei também e arranquei com toda a potência que tinha.

Bella Pov

Ele arrancou com o carro cantando pneu. Me assustei um pouco, pois o Volvo voava no asfalto, nem parecia tocar o chão. Olhei no velocimêtro: 150km/h.

- Edward. Você vai acabar matando a gente. Para esse carro agora. - rosnei.
- Não. - respondeu sereno.
- Pára Edward. A gente vai acabar entrando numa árvore. Pelo amor de Deus, pára esse carro.
- Eu sei dirigir. Agora fica quieta que você está me atrapalhando.
- Por favor, não estou dizendo que você não sabe dirigir, mas é que está.... a 160 por hora. Pelo amor de Deus, estou com medo. Para esse carro. Por mim, Edward. Por mim. – tenho certeza que por pelo menos um segundo chegou a considerar a questão, mas logo mudou de idéia.
- Põe o cinto de segurança se está com medo. – disse com raiva.

Me agarrei ao cinto e o pus, olhei lá para fora e as árvores no escuro passavam como borrões identificáveis. Ele devia estar louco. Percebi que estava tremendo. Coloquei minha mão na sua coxa, a agarrando com força.

- Por favor, pelo menos diminui. Eu não vou pular do carro. - prometi - Eu juro que paro pra te ouvir se você pelo menos diminuir. Por favor? Por favor, Edward? – segurou o volante agora apenas com uma mão e levou a outra até a minha na sua coxa.
- Você vai fazer a gente bater, Bella. Está me desconcentrando.
- Diminui, por favor?

Senti que o carro começou a diminuir de velocidade. Olhei no velocimêtro tendo a confirmação. 170. 160. 140. Um tempo depois já estávamos a 90. E foi ali que ele se manteve.

- Obrigada. – levei as duas mãos até meu rosto e tentei regularizar minha respiração.
- Não queria te assustar.
- Mas conseguiu. E muito.

Levou uma das mãos até meu rosto e começou a acariciar minha bochecha com os dedos. Estava tão confusa que permiti que continuasse o toque.

- Quero tanto te dar um beijo. – disse me fazendo ficar arrepiada com a idéia.

Continuei olhando para frente e impossibilitada de pensar algo racional deixei que brincasse um pouco comigo. Seus dedos começaram a circular meus lábios entreabertos, desceu até o meu ombro e abaixou delicadamente um pouco a alça do vestido. Desceu mais até a minha costela, me fazendo carinho ali. Depois pela minha barriga, indo parar na minha perna.

- Você tá me deixando louca. – gemi quando o senti passando a mão pela parte interna da minha coxa.

E ele estava mesmo com aquelas carícias ou então já estava louca muito antes só por permití-lo se aproximar.

- Te quero tanto.

Depois tirou a mão de mim e levou até o volante, engolindo em seco. Ele também estava nervoso. Percebi, pois vi que estava tremendo.

- Para onde você está me levando? – perguntei um tempo depois quando vi que estávamos perto da rodovia, mas afastados do centro da cidade.
- Para minha antiga casa. Acho que a gente precisa ficar um pouco sozinhos.

Eu queria mesmo ficar sozinha com ele. Pelo menos, por essa noite, amanhã haverá tempo para me arrepender.

- Tudo bem. – respondi.

Ele tirou os olhos da estrada um pouco e olhou para mim, mas voltou para o caminho logo em seguida com um sorriso no rosto.

Como eu pude ceder tão rápido?


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo teremos lemons.Reviews ?!