Irmãos?! Não! escrita por sisfics


Capítulo 16
Capítulo Treze: Parte 2




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Bella Pov

Me sentei no sofá da sala, agradecendo a Deus por James ter ido embora e pedindo paciência para o que ainda estava por vir. Não conseguia parar de tremer desde a hora que Edward entrou no quarto. E a frase dele ressoava na minha cabeça. Depois de tudo que tive que aguentar com James ainda me culpou e gritou que acabou.

- Como assim acabou? – me pergunteideixando as lágrimas caírem.

Respirei fundo e tentei me acalmar. Com um pouco mais de oxigênio percorrendo minhas veias decidi tentar falar com ele de novo. Subi os degraus com receio. Minhas pernas ainda tremiam muito. A porta do quarto estava fechada, deixando claro que não queria conversa. Me tranquei no meu quarto também e deitei na cama. Minha cabeça estava girando e o ar faltava. Tive uma idéia idiota. Fui ao quarto da minha mãe e peguei dentro do armário do banheiro o calmante que costumava tomar para dormir. Ela havia se tornado um pouco dependente dele depois que meu pai morreu. Mas há muitos anos não usava. Ainda assim, guardava um frasco no fundo do armário e pensava que eu não sabia. Tomei dois deles e voltei para debaixo do edredom. Acho que dormi. Sem sonhos, só pesadelos.

[...]

- Bom dia. – minha mãe disse depois de me sacudir.
- Oi. – minha voz saiu rouca.
- Está tudo bem, filha? – perguntou preocupada.

O que aconteceu ontem invadiu minha cabeça e logo veio a dor forte nas têmporas.

- Er, mais ou menos.
- Percebe-se. Já são quase duas da tarde e você ainda estava aqui dormindo.
- Duas? – me levantei assustada.

Minha cabeça acabou doendo ainda mais.

- Está com dor-de-cabeça? - perguntou.
- Estou sim. Muita.
- Mamãe vai pegar um remédio pra você, tá? – assenti e a assisti se levantando.
- Merda. – reclamei do edredom enrolado nas minhas pernas.

Tive dificuldade para me levantar e descer as escadas. A casa estava silenciosa, nem sinal dos homens. Renne saiu da cozinha com um copo d’água e um comprimido.

- Alice e Rosalie já ligaram para você quatro vezes. Até o rapaz dos McCarty já ligou. Edward entrou no seu quarto duas vezes e perguntou se você tinha desmaiado. Também fiquei preocupada. Aconteceu alguma coisa? – neguei com a cabeça.
- Edward me procurou? – estranhei.
- É. Acho que é alguma coisa entre todos vocês pelo que me disse, mas se forem sair não esqueça de me avisar.
- Onde ele está?
- Não sei. Saiu agora pouco. Porque?
- Preciso fazer uma coisa, mãe. Volto mais tarde. – subi as escadas o mais depressa. que pude, mas sem correr para não sentir mais dor.

Edward Pov

- Só faço merda, cara. Eu disse que acabou. Tem noção disso? – joguei a bola para Emmett que a agarrou, mas com dificuldade.
- Okay. Só não desconta em mim.
- Desculpa?
- Edward, por que não volta para casa e tentam falar sobre isso? Fala sério, vocês dois não conseguem ter uma conversa civilizada?
- A culpa foi do James.
- A culpa foi sua. – disseram juntos.
- Vocês são tão meus amigos quanto duas cobras. Dá para dar um apoio? – Emmett me passou a bola e fiz uma cesta no aro improvisado no portão da garagem da casa de Jasper.
- Já demos. E você ouviu? – Jas cantarolou – Ouviu tanto quanto uma porta. Pow, Edward, assim não tem como.
- Quase cair na porrada com o cara na frente dela não é o melhor modo de tentar conversar. Você botou medo na garota. – Emmett resmungou.
- Ele botou medo até na minha irmã. – Jas roubou a bola da minha mão.
- Peça desculpa a Rose por mim.
- Só acho que você aqui com a gente tá dando mole. Vai logo para casa, dá um balão na sua madrasta, eu sei que você é bom nesse tipo de coisa, e fica um tempinho sozinho com ela. Vocês se gostam. Vai dar certo.
- Acho que vou fazer isso mesmo.
- É impressão minha ou ele te ouviu, Jas? – Emm perguntou.
- É milagre, irmão. É milagre.

Bella Pov

Alguém bateu na porta duas vezes. Levantei do chão o mais depressa que pude e me afastei da tábua.

- Entra. - permiti ainda assustada.

A maçaneta girou bem devagar e aos poucos o rosto receoso de Edward apareceu.

- Er, posso entrar?

Dei de ombros tentando segurar um sorriso por saber que havia tomado a iniciativa de vir conversar.

- Não feche a porta. Mamãe está lá embaixo. - resmunguei tentando não dar importância.
- Não está mais. - entrou deixando a porta encostada - Estava saindo, quando cheguei e...

Pôs as mãos no bolso da calça preta de moleton que usava.

- Er, acho que não sei se você quer, mas pensei que podíamos conversar. Sobre ontem. - gaguejou o tempo todo.
- Dói para dizer isso? - perguntei cruzando os braços.
- Não.
- Hum, parece.

Me abaixei de novo no chão e levantei a tábua solta do quarto.

- Já que quer conversar... Bella, eu preciso dizer que tudo que disse ontem foi da boca para fora. Quero dizer, não gostei nem um pouco de te ter encontrado com aquele cara aqui, mas sabe o que sinto por você e sabe como sou ciumento. Me descontrolei. Não queria ter dito nada daquilo. Vim pensando umas coisas que o Jas e Emm me disseram, e eles tem razão, tenho que ser mais paciente. Você não tem culpa de nada. Eu...Ai, droga. Me perdoa, Bells?

Continuei tateando o assoalho em busca do meu caderno e não prestei muita atenção nas coisas que falava apesar de ouvir cada palavra.

- Bella. - chamou.

Sorri, quando consegui pegar no aro do caderno e puxá-lo para cima.

- Não me ouviu? - perguntou de novo.

Levantei e me sentei na cama.

- Senta aqui. - pedi apontando para o espaço do meu lado.
- Mas-
- Senta logo, porra. - resmunguei folheando as primeiras páginas.

Se sentou impaciente e bufou.

- Pensei que queria conversar. Afinal, o que quer com esse caderno?
- Quero te mostrar uma coisa. - achei a página com um adesivo de uma carinha dando careta - Leia em volz alta. - dei o caderno em sua mão.

Edward enrugou o cenho e tentou questionar:

- É um diário?
- Não é um diário. É um caderno de anotações. E anda logo, não tenho o dia todo.

Bufou de novo e começou a ler.

- "Idiota!" - exclamou.

Ri ao lembrar de como a narrativa começava.

- "Hoje o palhaço do cullen..." - olhou para mim interrompendo a história - Pensei que faríamos as pazes.
- Continua lendo, Edward.
- "Hoje o palhaço do Cullen me segurou pelo braço e tentou me beijar." - parou nessa frase - Nunca fiz isso. - reclamou.
- Continua lendo.
- "Foi então que eu escapei e ele caiu de cara nos peitos da professora de geografia que o mandou para a coordenação." - abriu a boca em perplexidade - Eu não tentei te beijar. Estava tentando tirar um inseto do seu cabelo. - se indignou - Você sempre foi tão cruel? - dei uma risada.
- Tem mais. Espera. - peguei o caderno de sua mãos e procurei no dia exato.

Era bem recente aquele fato. Apenas alguns meses atrás, então desse ele se lembraria muito bem.

- Aqui está. Pode ler. - lhe entreguei com a folha já dobrada.
- "Puxei a toalha com força, e Edward caiu sobre mim no chão do banheiro. Nunca tinha reparado que seus olhos eram verdes. Afinal, porque estou pensando na maldita cor de seus olhos?" - terminou a frase desanimado - O que isso tem a ver com nós dois, Bella?
- Tudo. Outro dia fui olhar aí onde pensava falar sobre minha vida, mas descobri que em quase todas as folhas tem algo sobre você. Então, se isso não tem a ver com nós dois, não sei mais o que pode ter. - joguei o caderno sobre minha mesa de estudos.

Ficamos em silêncio por algum tempo até que sussurrou:

- Me emprestaria seu caderno para ler algumas páginas?
- Não mesmo. - me aproximei - Você é a primeira pessoa que sabe da existência dele. Já é o suficiente.

Sorriu e se inclinou na minha direção.

- Acho que isso significa alguma coisa.
- Claro que sim. Significa que você é um implicante e que nunca saiu do meu pé.

Rimos com a verdade. Mas percebi que ainda estava estranho.

- Mais alguma coisa te incomoda?
- Vamos brigar se começarmos a falar sobre isso. - encostou sua testa com a minha.
- Mas não adianta ficar guardando as coisas para você. Isso nos desgasta com o tempo.
- As brigas também.
- Prometemos não brigar, que tal? - sugeri.
- Podemos tentar. - deu seu sorriso torto.
- Então, me diz o que ainda te preocupa. - apoiei uma mão em seu rosto.
- Quero sabe porque ele estava aqui ontem?
- Não o chamei se quer saber.
- Mas. Esquece. Termina de dizer.
- Não, fala você.
- É muita coincidência, não acha? Ele vir para cá justamente na hora que você chega. Parece que marcaram de se encontrar. Ainda mais por ter dito que só você e as meninas viriam. Pensei tudo isso em alguns minutos. Tudo bagunçado na minha cabeça. - se afastou de repente, me fazendo cair um pouco para frente - Droga, Bella. Eu disse que não queria falar sobre isso.
- Mas não estamos brigando.
- Eu sei, mas mesmo assim. Me chateio do mesmo jeito. Não acha que é difícil para mim? Quero logo que ele saiba que você é minha, entende?
- Acho que você deixou isso bem claro ontem. - mantive o rosto sereno e tom de voz calmo.

Mas, ainda assim, Edward enrugou o cenho.

- O que mais me deixou irritado não foi pegar vocês dois aqui em cima, mas ter te visto o defendendo.

Se levantou da cama e saiu. Fiquei um tempo pensando no que havia dito e tentei me convencer de que tudo não tinha passado da minha imaginação.

Mas não foi, então levantei expirando pesadamente e entrei em seu quarto. Estava de costas para a porta, tirando a regata cinza que usava.

- Sem brigas. - sussurrou antes que eu começasse.
- Essa parte já entendi. Só ainda não captei bem quando você disse "ter te visto o defendendo". Quando o defendi?
- Quando entrou na frente dele.
- Não entrei na frente dele para defendê-lo. Entrei na sua frente para te impedir de fazer uma besteira. - senti meus olhos ficarem marejados - Só me preocupei com você.
- Não pareceu. - andou devagar até o armário e pegou algumas peças de roupa na gaveta.
- Não vai sair do quarto agora, não é? - apoiou as duas mãos impaciente sobre o armário e bufou.
- Vamos esquecer tudo isso, por favor?
- Só quando tirar da sua cabeça essas idéias estúpidas de que ainda sinto alguma coisa por aquele idiota e-
- Nunca disse que você ainda sente alguma coisa por ele. Na verdade, é você que está dizendo. - debochou batendo a porta e jogando as roupas sobre uma toalha em cima da cama.

Se virou pela primeira vez para mim com os braços cruzados.

- Me deixa sozinho, Bells?
- Não.
- Por favor?
- Qual parte do "não" você não entendeu? - bati o pé do chão.

Caminhou até o meu lado e abriu a porta do quarto.

- A gente conversa mais tarde. Depois do meu banho. Vamos tentar nos acalmar. - com muita delicadeza a fechei e sorri debochada.
- Nem você, nem eu. Não vamos sair daqui até me ouvir.
- Então, fala logo. Droga.
- Só quero dizer que quanto mais faz esse tipo de coisa comigo, quanto mais não confia em mim ou no que digo, mais me afasta de você. - gritei.

Esperei por um instante que ele em sã consciência entendesse a minha mensagem.

- Quer um motivo para se jogar nele? - girou novamente a maçaneta e ainda mais irritada bati a porta de novo.
- É só gritando que você consegue me ouvir. Que droga. Vou deixar uma coisa bem clara. - apontei um dedo em seu peito - Se falar dessa maneira comigo de novo não olho mais na sua cara, ouviu? Olha o que você faz com a gente. Olha o que faz comigo, Edward. Porque gosta de brigar tanto?
- Porque não pensa em mim.
- Faço isso o tempo todo. Será que não percebe? - dei um passo a frente.
- Prova isso, Bella. Por favor, vamos contar.
- Será que não entende que tenho medo? Não pode me dar um pouco mais de tempo?
- Não posso! Não posso, porque te amo. Merda.

Deu um soco na parede forte o suficiente para me fazer encolher, e logo depois passou suas mãos ao redor da minha cintura e me beijou de uma maneira que me fez esquecer até como se respira.

Tentei fugir, o empurrando pelos ombros. Mas me imprensou com força tirando todo o ar do meu pulmão. Suas mãos desciam pela lateral do meu corpo, quase rasgando a camiseta que eu usava. Se separou um tempo depois, implorando por ar como eu.

- Você... acaba, completamente, com minha sanidade. - sussurrou, puxando minha camisa para cima.

Estava morrendo de saudade de Edward e essa não seria a primeira vez que brigavamos e depois fazíamos as pazes em alto estilo. Me permiti esquecer a raiva dele por tudo aquilo e levantei os braços para facilitar o movimento.

- Pensei que você já não tivesse nenhuma. - capturei seus lábios entre meus dentes enquanto abria o zíper do meu short.

Terminou de se livrar daquela peça e me beijou de novo. O ajudei com a calça de moleton, que logo desapareceu, deixando a mostra a boxer azul marinho.

- Devo ser muito boba mesmo para não resistir a você. - gemi quando desceu seus beijos até meus seios.

Aquela boca quente cobria cada centímetro da minha pele, causando explosões dentro do meu corpo. Com sua ajuda, passei minhas pernas em volta de sua cintura e esperei que nos levasse até a cama.

Me jogou no colchão, se deitando por cima logo em seguida. Arranquei sua boxer sem poder esperar mais um minuto para tê-lo dentro de mim. Edward arrancou minha última peça de roupa e, quando pensei que o teria, sussurrou no meu ouvido:

- De quatro para mim, Bella.
- Mas-
- De quatro. - ordenou.

Deu espaço para que eu girasse na cama e ficasse de quatro para ele. Tive receio do que faria, mas no fundo sabia que seria ótimo.

E foi mais que isso. Foi perfeito quando numa única estocada conseguiu ir ainda mais fundo. Gritei alto demais, agarrando o lençol entre os dedos, quase o rasgando.

Não esperou muito para começar a socar com toda força que tinha. Apesar de estarmos sozinhos em casa, tive receio de que alguém nos escutasse, então mordi o tecido que tinha em mãos para evitar os gritos.

Edward agarrou meus cabelos, me puxando ainda mais de encontro ao seu corpo. Me forçando a empinar ainda mais para ele. Rebolei com força, sentindo aquela sensação de êxtase crescendo no meu ventre.

Seus urros cresciam conforme chegávamos mais perto e, quando menos esperei, meu corpo inteiro se contraiu e relaxou, espamos desceram por toda minha espinha e o aprisionei dentro de mim.

Ele também veio, gritando alto e se derramando. Nossas pernas fraquejaram e caímos deitados na cama com ele por cima de mim. Tentei recuperar o ar quando se deitou ao meu lado e me abraçou colando seu peito suado ao meu.

Olhei fundo em seus olhos verdes e sorri ainda com o efeito do orgasmo tomando conta de cada célula do meu corpo.

- Isso foi muito... bom. - sussurrei.
- Concordo. Sempre soube que éramos bons de briga.

Inevitavelmente demos uma gargalhada e nos beijamos.


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