Irmãos?! Não! escrita por sisfics


Capítulo 1
Capítulo Um: Boas notícias ?




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Prólogo

Foi então que percebi:
Ele estava ali do meu lado,
segurando a minha mão.
Mesmo que fosse pesado demais,
estaria comigo
dividindo o peso.
"Te amo!" - ele sussurou.
"Idiota!" - respondi sorrindo.
Ele saberia o que aquilo significava

Capítulo Um: Boas Notícias?

Bella Pov

- Isabella, volte aqui e tome o seu café direito.
- Ai mãe. Que saco, é Bella, e a Alice tá lá fora me esperando.
- Pelo menos leva uma coisa para comer. – me apontou uma maçã.

De muita má vontade eu peguei a fruta na mesa.

- Obrigado desnutrida.
- Não vai me desejar boa sorte?
- É só o primeiro dia de aula.
- É.

Sai da cozinha levando minha mochila comigo e já na rua entrei no carro de Alice.

- Oi Bella. – minhas melhores amigas disseram juntas.
- Oi garotas. Preparadas? - Alice apenas me respondeu com um sorriso malicioso.
- E então? Novidades? - Rosalie perguntou.
- Nenhuma amiga. Cara, a gente se viu ontem. – nós começamos a rir. – Se eu disser vocês vão falar que tô brincando, mas estava com saudade dessa rotina. Acho as férias de verão um saco quando não se viaja. - e aquelas férias tinham sido especialmente chatas.
- Pra falar a verdade eu concordo. Até porque não tem nada pra se fazer nessa merda de cidade. – Alice tinha razão, para irmos a um shopping eram duas horas de carro até Port Angeles.
- E tem também a agitação da escola, certo? É muito bom ficar sabendo das fofocas.
- Rosalie fofoqueeeira. – fiz uma voz bem fininha e ela me respondeu com cara de desgosto.
- Meninas, chegamos. – o carro entrava pelos portões.

O estacionamento começava a encher, e as pessoas a se reencontrar. Assim que Alice estacionou, nós descemos. Me desculpa, mas sou popular. Nunca fiz nada para isso, mas eu sou popular, por ser quem sou. Sintam inveja. Assim que nós três colocamos os pés no chão, quase todos começaram a nos observar. Não erámos líderes de torcida, não participávamos de nenhum desses clubes idiotas, mas era assim. Fazer o que? Começamos a andar na direção do portão do prédio 3.

- Hum. Começamos o dia bem. Saco. Bella olha para sua esquerda. – obedeci Rose, mas me arrependi de ter feito isso.

O cara mais idiota da escola estava andando perto da gente, indo na mesma direção. Porque esse babaca tinha que ser tão irritante? E o pior de tudo, agora minha mãe estava namorando o pai desse idiota.

- Meninas, apressem o passo. – rosnei, mas é claro que a essa altura já tinham alcançado a gente.

Coloquei a minha mão na maçaneta ao mesmo tempo que ele.

- Bom dia Isabella.
- É Bella, seu imbecil.
- Alguém acordou de bom-humor hoje. – deu um sorriso torto abobalhado.
- Vem cá. Qual o seu problema comigo garoto?
- Nenhum, é que eu adoro ver você irritadinha. – gemeu baixinho, quase no meu ouvido.

Puxei a porta de uma vez o empurrando e passei com as meninas na frente, deixando ele e os outros cachorros atrás.

- Filho-da-puta.
- Bella, calma. Porque você dá tanta atenção assim para ele? É só ignorar aqueles palhaços.
- Ei, Alice. - Rose chamou sua atenção - Sei que são mesmo muito idiotas, mas não se esqueça que um é meu irmão. E o Jasper nem é tão ruim assim, poxa.
- Não tenta defender. Teu irmão é uma babaca que nem o Emmett e o Edward. Falando em Edward, ele fica mais irritante a cada ano que passa. - esperniei.
- Ai Bells, esquece esse assunto. – Rosalie ficava fazendo aquele biquinho.
- Bom, já que eles já foram embora. Qual o primeiro tempo de vocês?
- Química, vamos fazer juntas. E Você? - Li perguntou.
- Inglês. Tô vendo que isso vai ser um porre.

Primeiro tempo: Inglês. Para variar, aquele inrrustido do professor ficou pegando no meu pé, e o lesado do Black me paquerando. Não que fosse tão ruim.

Segundo tempo: Matemática. Já disse o quanto eu odeio essa matéria? E o pior de tudo foi aturar o pobrezinho do Newton.

Terceiro tempo: Espanhol. A professora era maneira, até deu para aturar a Jessica Stanley falando no meu ouvido.

E então, o almoço. Finalmente um horário em comum com as meninas. Tudo foi normal como no ano anterior, a única diferença era que agora o palhaço do Cullen não parava de olhar para nossa mesa.

- Gente, o Cullen não para de olhar pra cá. – sussurrei.
- Se você sabe que ele está olhando é porque você também está olhando pra ele, Bella. – Alice pegou um grande pedaço de pizza com raiva entre os dentes – Como está a sua mãe e o Dr. Bonitão?
- Ai, aqueles lá. Nunca vi igual. Eles saem e depois no dia seguinte ela fica suspirando pelos cantos. Já vão fazer dez meses de namoro. Não aguento mais.
- Por quê?
- Rosalie, entenda. Minha mãe está feliz, isso é ótimo. Maravilhoso. Mas, o Doutorzinho é pai do Edemente. Já não agüento esse garoto na escola, imagina se um dia eu tiver que começar a conviver com ele dentro da minha casa. Acho que me mato.
- Não exagera Bells. Edward não é nenhum monstro. Não entendo porque vocês tem tanta implicância. Desde pequenos, os dois se bicando. – o sinal tocou - Droga. Já? Pior que eu tenho inglês agora.
- Iiii! Aquele professor é um saco. Boa sorte. – peguei minha bandeja e fomos andando até a lixeira. – Alguém aqui já teve biologia? – disseram que não.
- Vou ter que ir, a sala é no prédio cinco. Vou lá meninas, até a saída.
- Até. – foram na direção contrária.

Os corredores já estavam começando a ficar vazios, apressei o passo, mas de nada adiantou. Fui a última a entrar na sala.

- Boa tarde, senhorita Swan. Ou seria melhor dizer boa noite?
- Desculpa professor.
- Sente-se ali naquela bancada vazia. - fui em direção a bancada e quando comecei a me sentar ouvi a notícia drástica.
- Pelo visto, o almoço estava bem interessante. Sente-se ali Sr.Cullen.

Cullen? Ah, tá de sacanagem. Na minha sala? Olhei para a porta e ele vinha na minha direção. As peças se juntaram bem rápido na minha cabeça. Todas as outras bancadas ocupadas. O Cullen vindo na minha direção. Não. Teria que agüentá-lo por cinqüenta minutos seguidos. Deu a volta na bancada e se sentou ao meu lado.
"Nem responda Bella. Ignore, apenas ignore." - pensei. Surpreendentemente ele não abriu a boca para falar nenhuma idiotice, o que era de costume.

- Bom, queridos alunos. Como todos os anos com cada nova turma, tenho apenas duas coisas para dizer. Primeira: Olhem para o seu amigo do lado, acostumesse com a cara dele, afinal vão passar o resto do ano assim. – Que? – Segunda: Admito tudo, menos atraso. Acho que teremos um bom relacionamento durante o ano. Vamos começar abrindo o livro na página sete e tentem prestar atenção.

Peguei o livro na minha mochila e abri de má vontade. O professor parecia simpático, mas acho que meu companheiro não ia melhorar muito o meu ano.

- Bella, posso acompanhar com você? Esqueci o meu. – Edward fez aquela cara de cachorrinho sem dono.
- Tá, tudo bem. – estava sendo gentil comigo, ou eu estava delirando?

Ele aproximou a cadeira da minha e se inclinou sobre o livro assim como eu. A aula foi normal. Não implicou comigo, não falou comigo, não me irritou. Acho que está com febre.

- Bom, a minha matéria de hoje acabou. O sinal vai tocar em dois minutos, vocês podem conversar se quiserem. – o professor mal terminou de falar e todos já estavam tagarelando.

Guardei meu livro devagar.

- Ei, sua mãe falou com você? – estava se referindo à mim?
- Minha-nha mãe? Falou o que-que?
- Gaguejando Bella? Nervosinha? – voltou a ser o que era antes.
- Nervosa? Jamais. Não tenho motivos pra isso. Agora, voltando ao assunto, o que minha mãe falaria para mim?
- Talvez que você vai jantar na minha casa hoje. – disse num tom óbvio.
- O que? – o professor fez cara de bunda para meu grito.
- Pelo visto, ficou mais surpresa que eu. Até que gostei da idéia de te ter pertinho. – sorriu malicioso.
- Cala a boca, seu idiota. Você não vê como isso é sério? O que mais eu faria na sua casa? Esse namoro está indo longe demais. Agora eles querem apresentar a família.
- Como se já não tivéssemos sido apresentados... Não como eu queria, é claro. – piscou e logo depois o sinal tocou.
- Olha Edward, quando você quiser realmente ter uma conversa séria sem as suas piadinhas, cantadinhas e implicâncias infantis, aí sim, você me procura, valeu? – desci da cadeira, mas me segurou pelo braço.
- Calma. Você não agüenta uma brincadeirinha, Bella.
- As idiotas não. - respondi ríspida.
- Olha, não sei o motivo do jantar, mas sei que meu pai passou a semana inteira nervoso, suspirando, olhando para o nada. Eu vejo que sua mãe faz bem pra ele, mas também tô achando que isso está indo longe demais.
- Minha mãe também ficou assim. Acho que vem problema por aí. – disse pensativa, já estávamos no corredor e tinha que ir para educação física. – Eu tenho que ir pra aula agora, mas apesar de todas as células do meu corpo gritarem para eu não fazer isso, tenho uma proposta para você. – abriu outro sorriso malicioso.

O que ele estava pensando afinal? Melhor nem saber.

- Hoje a noite, não importa o que aconteça, nós vamos tentar não atrapalhar os dois, okay?
- Como assim atrapalhar?
- Vamos fazer uma trégüa. Não vamos brigar ou discutir. Fingir que somos civilizados. Assim, eles vão ficar felizes. E se nos obrigarem a de se encontrar mais vezes, damos alguma desculpa esfarrapada. Mas só por essa noite vamos fingir que não nos odiamos, okay?
- E quem disse que te odeio, Bellinha? É você quem se irrita com minhas piadinhas.
- Piadas sem-graça por sinal.
- Olha que isso é amor, hein Bella? Confessa que você me adora.
- Só se for em outra vida. Agora dá pra falar se você topa o acordo ou não.
- Claro que topo. Então eu te vejo mais tarde, né?
- Infelizmente, pequeno Cullen. – virei as costas e sai andando pelo corredor.

Que merda a minha mãe e o Dr. Bonitão estavam fazendo afinal? Eu e o Edemente numa mesma sala durante uma refeição? Era capaz de acabar cada um com uma faca no peito. Perai, estou ficando emo demais. Nem preciso dizer que depois dessa notícia, me ferrei ainda mais na educação física. Perdi todo meu equilíbrio. Como se tivesse algum. Ainda bem que era o último tempo, assim que entrei no carro as meninas já me esperavam.

- Tenho uma notícia bombástica.
- Que foi Bella? Você tá amarela. – Alice me segurou pelo braço.
- Eu cheguei na sala de biologia e descobri que o meu atual parceiro de laboratório daqui até o final do ano vai ser o Cullen.
- Ah! Eu pensei que fosse sério, Swan. Por isso você está com essa cara? – Alice rosnou irritada.
- Quem dera que fosse só isso.
- Então termina Bella, você tá me assustando. - Rose estalou os dedos.
- Rosalie, Alice, no final da aula Edward me puxou para uma conversa e perguntou se minha mãe tinha falado comigo sobre hoje a noite.
- O que tem hoje a noite? – perguntou Rosalie.
- Eu e minha mãe vamos jantar na casa do Edemente. Acho que minha mãe está pensando em apresentar as famílias, sabe? Isso tá muito sério para o meu gosto.
- E o que você vai fazer?
- Bom, tentei conversar com o Cullen e nós entramos num acordo.
- Acordo entre você e o Cullen? Sei. Que tipo de acordo?
- Nós combinamos que só por essa noite vamos fingir ser amigos e ajudar o relacionamento dos nossos pais, já que eles ficam tão felizes juntos. E depois de hoje, a gente vê no futuro.
- Uau. A coisa deve ser séria mesmo para você e Edward passarem uma noite em paz na mesma sala. Quanta maturidade. – Rosalie falou olhando para o nada assim como eu estava.
- Muito sério. – Alice completou fazendo o mesmo.

Assim que cheguei em casa, tratei de ligar para minha mãe.

- Olá, querida. Já chegou em casa? - atendeu feliz.
- Quando você pretendia me falar sobre o jantar?
- Quem te contou do jantar?
- Quem faz as perguntas aqui sou eu. Porque não falou antes?
- Porque eu, justamente, tive medo da sua reação ser essa. Ou pior.
- Acredite, só piorou as coisas.
- Desculpa, querida. – fez uma pausa dramática.
- Tudo bem, mãe. Eu faço tudo por você mesmo. – respondi doce.

Minha mãe era a única pessoa que tinha nesse mundo, não conseguia ficar brigada com ela.

- Que bom querida. Foi Edward quem te falou?
- Foi. – respondi de má vontade – Ele agora é meu parceiro no laborátório. – completei explicando a situação.
- Que bom que vocês são amigos. – nem sabe o quanto – Se arrume cedo, tudo bem? Não quero me atrasar.
- Claro mãe. Vou ficar pronta às seis.
- Obrigado. Nos vemos quando eu chegar.
- Tchau, mãe.
- Tchau.

Desliguei o telefone. Tinha que me arrumar. Subi até o meu quarto e separei uma roupa. Tinha que estar bonitinha pelo menos, né? Não que já não fosse linda e modesta, é claro. Mas tinha que passar a idéia de menina comportada para o Dr. Bonitão. Ah, e lembrar de chamá-lo de Carlisle. Vai que chego lá e: “Boa noite, Dr. Bonitão!”. Minha mãe não teria onde enfiar a cara, certo? Resolvi colocar um vestidinho comportado preto e um all star branquinho. Tomei meu banho, sequei meu cabelo e prendi num rabo-de-cavalo. Peguei meu casaco e às seis estava pronta. Minha mãe chegou já arrumada, se vestiu no trabalho e fomos as duas para casa do seu pretendente. Tomára que eu consiga me segurar essa noite em relação ao Edemente. Tomára que eu não o chame de Edemente.
Os Cullen não eram muito ricos, mas tinham realmente bom gosto. A casa deles era muito pouca coisa menor que a minha, mas parecia bem maior.

Com certeza, eles tinham uma ótima empregada também, porque dois homens sozinhos devia ser uma bagunça da desgrama.

- Boa noite. – Carlisle deu um beijinho na testa da minha mãe. – Oi Bella.
- Olá, Carlisle. – saiu, que ótimo.
- Tudo bem com você?
- Tudo ótimo. – vai ser falsa assim na puta-que-paril.
- Olha, o Edward já está descendo para te fazer companhia.
- Já cheguei. – disse de algum lugar atrás de mim.

O observei descendo cada degrau devagar. Tá bem, merda. Ele era gostoso. Mas não precisava se achar tanto.

Edward Pov

- Oi Isabella. – me inclinei para cumprimentá-la.
- Não se esqueça do acordo e é Bella. – sussurrou no meu ouvido.

Depois cumprimentei Renne. Acho que era esse seu nome.

- Vocês duas estão muito bonitas hoje. – puxei o saco.
- Obrigada, Edward.

Meu pai caminhou com sua namorada para mais dentro de casa na direção do sofá.

- Posso tirar seu casaco? – perguntei. Bella assentiu desconfiada.

Fui para atrás dela e tirei a peça aos poucos. "Vai ser gostosa assim lá em casa!" - pensei enquanto pendurava o agasalho no armário.

- Tenho uma novidade. – sussurrei.
- Que novidade?
- Eu acho. Não tenho certeza. Acho que vi uma caixinha azul de veludo na gaveta dele.
- Tá. E daí?
- Porra, mas tu é lesada garota?
- Vai se fuder, Edward.
- Estou falando sério. Eu acho que ele vai pedi-la em casamento. Caixinha azul de veludo do anel de noivado. – estalei os dedos.
- Fu-
- Deu. – a completei.
- Olha, vamos deixar o jantar rolar. Depois a gente vê o que está acontecendo afinal. Se isso será um pedido, ou se você se confundiu-
- Não me confundi. Era uma caixinha de anel. – ela acha que sou demente?
- Tá bom. Falando assim parece até o fim do mundo.
- Você já se imaginou morando na mesma casa que eu? – já imaginei ela morando comigo.
- Fu-
- Deu! – fiz de novo – Isso seria quase que a terceira guerra mundial. Se eles se casarem não vamos mais ter sossego um com o outro. Eu não quero acordar de manhã e olhar para sua cara. – do jeito que era mau-humorada durante o dia, devia ser ainda pior de manhã
- E eu não quero conviver com tua fuça depois do jantar. Posso até passar mal.
- Engraçadinha. – ignorei a cara de enjoada.
- Vamos para lá antes que percebam. – passei a mão pelo seu ombro e desci até a cintura.

Mas quase me estapeou tirando meu braço de perto.

- Abusado.
- Mas é chata, hein?
- Ainda não viu nada. Nem tente encostar um dedo em mim. Com ou sem segundas intenções te quebro ao meio se encostar em mim de novo.
- Tá bom, maninha.
- Se me chamar de maninha de novo.
- Lembra do nosso trato.
- Amiguinhos por uma noite. Como poderia me esquecer?

Nós jantamos muito bem. Conversamos sobre muitas coisas durante a refeição, foi tudo muito agradável, mas a pior parte foi quando acabamos de comer.

- Bella, minha filha, porque você não ajuda o Edward a levar os pratos pra cozinha, eu e Carlisle esperamos vocês lá fora para conversarmos. - era agora.

Nós começamos a levar os pratos para cozinha e deixá-los na pia. Na última leva, a puxei mais para perto para conversar.

- Vai ser agora. E aí? – perguntei.
- E aí, o que? O que você quer que eu faça? Não sou mágica e nem pretendo estragar a felicidade da minha mãe.
- Eu sei, estamos na mesma situação.
- Só que de lados diferentes. E se eles se casarem?
- Se eles se casarem, não sei como vai ser.
- Só sei que será difícil.
- Vamos lá para fora antes que eles sintam a nossa falta. – a puxei pelo braço até a varanda dos fundos.

Nos sentamos um do lado do outro de frente para eles em uma namoradeira - aquelas cadeiras com dois lugares. Separando filhos de pais havia uma mesa.

- Bom, Edward e Bella. Eu e Renne queríamos anunciar uma novidade a vocês.

Bella Pov


- Bom, Edward e Bella. Eu e Renne queríamos anunciar uma novidade a vocês. Mas antes decidimos fazer esse jantar para ver como lidariam um com o outro. Percebemos que durante toda a noite foram pacíficos, se ajudaram. Um relacionamente perfeito para irmãos. - eu não acredito nisso - E, graças a isso – graças a isso? Então quer dizer que sou a culpada? - Foi que decidimos contar que iremos nos casar. – não é possível.

Senti Edward pegar minha mão e apertar com força por debaixo da mesa. Acho que minha cara não foi das melhores.

- Bella, você está se sentindo bem? – minha mãe se inclinou para mim sobre o tampo de madeira.
- Claro que ela está bem. Só estamos surpresos pela notícia, né Bella? – chamou minha atenção puxando minha mão para baixo.

O olhei e consegui entender o que queria dizer com o olhar: 'Vamos Bella. É por eles. Por eles.'. Era por eles. Estou fudida, mas era por eles.

- É, foi isso mesmo. Apenas fiquei surpresa. – largou meus dedos que já formigavam. – Para falar a verdade, estou feliz. – menti para não chorar – Estamos felizes por vocês estarem felizes, não é mesmo? – incitei Edward.
- Claro. – respondeu quase engasgando.
- Isso é maravilhoso. – Carlisle respondeu entusiasmado.

Minha mãe se sentou de novo ao lado dele e se beijaram. Enquanto aquela cena dantesca acontecia na minha frente, olhei para o lado. Edward fazia a mesma cara de nojo.

- A gente não devia ter feito o acordo – apenas sibilou.
- Eu sei. – as lágrimas de ódio quase transbordaram.
- Renne – Carlisle começou a se pronunciar. – Acho que eu tenho que te dar alguma coisa. – meteu a mão no bolso e tirou uma caixinha azul.

Edward catucou minha coxa. Tá, eu sabia que ele tava certo. Era a caixinha de um anel de noivado. Imbecil.

– Aqui está. Ele representa tudo que sinto por você, e tudo que pretendo construir ao seu lado. – Porque o Dr.Bonitão tinha que ser tão fofo?

Ele começou a colocar o anel no dedo da minha mãe. Ela tremia um pouco. Estava emocionada e eu não podia estragar isso, não tinha o direito. Meu pai morreu há 10 anos e minha mãe não teve mais nenhum relacionamento. Muito tempo já tinha se passado, e ela merecia essa felicidade de novo.

[...]

- E então Bella? Como foi ontem? Conta antes que eu enlouqueça. O que aconteceu? - mal havia entrado no carro e Alice já vinha cheia de perguntas.

Não mereço isso. Mal dormi a noite. Passei meu jantar olhando para cara do Cullen. E agora ela enchia minha cabeça com isso.

- Eles vão se casar. – soltei desanimada sem pensar.
- Casar?
- Rosalie, não grita, por favor. Estou quase enlouquecendo de tanta dor-de-cabeça. E vamos logo antes que a gente chegue atrasada na escola. – Alice arrancou com o carro.
- Bella, conta o que está acontecendo pra gente. Conta tudo direitinho.

Contei. Detalhe por detalhe. Elas ficaram tão embasbacadas quanto eu.

- Mas e agora? – Rosalie perguntou enquanto entrávamos no prédio da primeira aula.
- E agora, que eu e o Edward vamos ser maninhos. Eu vou ter um novo papai. E provavelmente tenha que mudar toda a minha vida nos próximos meses. – essa foi a última coisa que disse.

Edward Pov

- Casar? – perguntou Jasper.
- Tá surdo? – resmunguei grosso.
- Como assim casar, Edward? – perguntou Emmett.
- Trocar alianças. Juntar as escovas de dente. Morar sobre o mesmo teto. Acordar todo dia ao lado da mesma pessoa. Será que tenho que comprar a porra de um dicionário pra vocês?
- Calma. – pediu Jasper – Olha só! Pode não ser tão ruim. Pelo menos, você e a Bella podem virar amigos.

Emmett começou a rir desesperadamente feito um retardado ao meu lado. Jasper tinha mesmo dito aquilo? Não. Não tinha. Eu devia estar surdo. Ou prefiria estar.

- O que falou?
- Você, er, e a Bella podem se tornar amigos?
- Só se for para estrangular aquela garota. Acha realmente uma boa idéia eu e a pequena insuportável dentro da mesma casa? – gritei.

Me virei para frente e encontrei Bella saindo do carro com Alice e Rosalie. Eu não entendia. Porque afinal eles queriam morar juntos? Não estava suficientemente bom namorarem. Já era bastante incômodo saber que a filha da namorada do meu pai é aquela nojentinha escrota. Agora teria que dividir o teto com ela. Morar ou morrer? Eis a questão. Não agüentava mais isso tudo. Queria fugir. Fugir para o meu lugar.

Bella Pov

Entrei na minha sala de aula e passei os 3 primeiros tempos vegetando. No almoço não conversei com as meninas por mais que puxassem assunto. Mas foi no final do intervalo que algo chamou minha atenção. Assim que tocou o sinal, ao invés de entrar no prédio cinco, Edward continuou caminhando. Ele tinha biologia agora comigo, onde ele estava pensando que ia? Larguei a porta e comecei a segui-lo em direção ao estacionamento. Quando já estávamos bem perto do seu carro o chamei.

- Ei, Edward. – olhou para trás – Me espera.
- O que você quer garota?
- Onde você pensa que vai? – parei na sua frente ao lado do volvo.
- Vou refrescar minhas idéias. Não agüento mais essas paredes.
- Vai fazer o que?
- Não tenho que te dar satisfação. Se nossos pais vão se casar o problema não é meu. Isso não significa que agora somos amiguinhos.
- Precisa ser tão grosso? - rosnei.
- Precisa. Para ver se você se manca e vai embora.
- Mas, Edward... – o que eu estava fazendo afinal?

Deixe-o ir, Bella. Ele que se foda.

- Garota, vai pra sua sala. – gritou, abrindo a porta bruscamente me empurrando. – Vai cuidr da sua vida e me deixa em paz.

Fechou a porta e arrancou com o carro, o tirando da vaga. Como ia conseguir sair da escola era uma dúvida. Precisava ir para sala. Se ele não tinha responsabilidade suficiente, eu que não ia arcar com o prejuízo chegando atrasada. Cheguei em cima do laço na porta. Entrei e comecei a assistir a explicação. Depois de tudo eu apenas ficava olhando para o meu lado. A cadeira vazia. Aquele infantil.
Fui para casa em silêncio. Pensando onde poderia ter ido. Mas para que eu estou me preocupando com ele? Edward já é bem grandinho e não me importo com aquele idiota.


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Notas finais do capítulo

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