Taking Chance escrita por Melodie


Capítulo 21
Capítulo 21




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No segundo seguinte, tudo aconteceu rápido demais para uma reação instantânea. 

O barulho da porta sendo arrombada e logo Ruby fora emburrada contra a parede e uma espada, uma espada dos Valentine, estava pressionada contra o pescoço, podendo matá-la a qualquer instante. Era John. Que parecia em fúria. Todos ficaram estáticos, não sabiam exatamente o que fazer. Os anjos desaparecem no ar. De repente o escuro invade a mente dele. Um escuro gélido e medonho. Havia gritos. Muitos gritos. De uma garotinha, havia gritos desesperado pedindo socorro. Havia choros. Choros pedindo por ajuda, alguém para salvá-la. Não havia risos. Não havia luz. Ele vê um rosto. Um rosto de pele branca, de olhos cinza e cabelos ruivos escuro. Um olhar choroso e com medo. Silenciosamente pedindo por alguém que a ajude. Vê Ruby. A verdadeira Ruby por trás daquela casca demoníaca e da casca teatral que ela criou sobre si. Ele pôde ver que ela é apenas alguém que por dentro, só quer ajuda. Ajuda pra ser quem era antes de ser o que é agora.

Ele se afasta dela por alguns centímetros e a espada arranha o pescoço de Ruby, que grita de dor. Ela fica com os olhos negros e o empurra com seus poderes. Depois corre em super velocidade para sair dali.

O primeiro a ter uma reação, foi Mary.

- O que você pensa que está fazendo?

- Tentando matar um demônio que por causa do erro de Sam, quase destruiu o mundo inteiro. - disse ele, com raiva.

- Erro do Sammy? Por que foi um erro do Sammy? Você o ensinou isso! O ensinou a colocar o mundo sempre em primeiro lugar, pois foi a mesma coisa que fez. - revida ela. Bobby, desconfortável com a cena entre família, sai da cozinha.

Dean não consegue acreditar no que seus ouvidos ouvem. Seu pai, que sempre foi seu herói, agindo daquela forma, mesmo nunca ter desrespeitado o pai, não deixaria ninguém, nunca, criticar Sam pelos erros dele com Ruby. Embora ele esteja certo que foi um erro confiar em uma demônio. Ele não tinha o direito de falar isso.

Dean vai para frente do pai.

- O que você esta fazendo, filho? – pergunta John.

- Estou impedindo que você acabe de vez com sua relação com o Sam. – responde o loiro, com raiva.

- Dean pare já com isso, saia da minha frente!!! – pronuncia com a voz alterada.

- Passe por cima de mim. E não me venha com essa de me dar ordens! Eu cresci, não sou mais seu soldado, não sou mais seu soldadinho que faz tudo que você quer. Eu sou um homem, o homem que você nunca foi e nunca será, um homem que jamais colocaria seus filhos em uma vida amaldiçoada por uma coisa que você queria não nós! – tudo o que ele guardou por anos, que nunca teve coragem de dizer, estava dizendo agora. Não conseguiria mais agüentar, iria sufocar se não dissesse - Você não faz idéia, mas tinha horas que eu apenas queria ser um garoto normal! Queria fugir de tudo voltar para casa, e sabe o que me fazia continua lutando? Não era você, suas ordens e lições de vida. Era o Sam. Você era meu herói, eu fazia tudo que você mandava, mas este tempo acabou. Eu só queria e quero ter uma família de verdade. Não uma destruída pela vingança de um pai que nunca estava presente, nem no natal, no ano novo, nos aniversários, e sempre se esquecia dos filhos por uma caçada idiota! – grita ele. Estava furioso por todos os anos que passou tentando animar o irmão porque o pai não estava em casa.

A reação de John foi quase imediata, e má.

-Eu fiz tudo por vocês, dei minha vida para protegê-los e é assim que me tratam? Eu esperava mais, mais de você Dean, eu achava que você iria conseguir seguir em frente, mas pelo visto se tornou um fraco! Um perdedor! Você nunca será bom caçador!!! – responde ele calmamente, mas com a voz alta.

- John chega! Será que você não vê que já fez o suficiente não? Você não acha que já está na hora de parar? Não vê que não pode fazer mais nada do que prejudicar ainda mais a vida dos seus filhos? A única coisa que você fez como pai foi protegê-los, mas os protegeu os arriscando, fez dos meninos a coisa que eu mais detestei, fez deles imune a uma vida. Você colocou o Dean na linha de frente, colocou a vida do próprio irmão nas mãos de uma criança, e para que? Para me vingar? Você acha mesmo que foi isso que eu sempre quis? Que você jogasse nossos filhos em um mundo banhado de sangue só para se convencer que ainda não tinha acabado? Não. Você errou John, errou comigo, com seus filhos, e mais ainda com o Dean, está errando de novo com o Sam, está aumentado ainda mais o buraco dentro deles, é sua chance de acertar pela primeira vez. Eles só querem uma família, você não entende isso?! – continua Mary com a voz tão alta quanto a do marido.

John empurra Mary. E sai da casa. Sem olhar para ninguém Dean pega o celular no bolso e sobe as escadas. 

Sam e Mary se entre olham. O Winchester ainda chocado com o que acabara de presenciar.

Ela caminha até ele e o abraça forte.

- Você não precisava ter ouvido isso. Vai ficar tudo bem, nada mais importa. O.K.? O passado não importa. – diz ela calma e doce, diz ela como mãe.

Dean entra no quarto com o celular no ouvido e fecha a porta.

Lisa Braeden, não posso atender agora, deixe seu recado que depois eu retorno.

- Liss, olha me escuta, eu tenho uma coisa pra te falar. Eu... Não agüento mais... Não quero mais essa vida... E... Não sei se posso viver uma vida normal de novo sem você e o Ben. Eu posso desisti desta vida... Posso ir pra longe, mas só se for com vocês. Eu... Sei que o que fez... Que aquele beijo com a Jo foi um erro, mas... Não é ela quem eu amo... É... Você. Sei que não sou muito romântico, só que... Não sei se consigo perder vocês. Bem tinha razão, vocês... São minha família... Minha verdadeira família. E eu... Os amo muito. Me dá uma segunda chance? Porque eu... Se não tivesse me aceitado naquele dia que o Sam morreu eu... Não sei o que aconteceria comigo. Sinto muito. 

Ele retira o celular de perto do ouvido e ouve alguém falar do outro lado.

- Dean? Dean? Fala comigo.

Era Lisa. 

- Liss?

- Não peça desculpas. Não há um motivo pra isso. Eu... – ele ouve um suspiro pesado dela – Eu admito que fui um pouco... Ciumenta. Mas... Aquele beijo não seria uma razão para eu ir embora, eu só me deixei levar pela fúria do momento. Você é quem tem que me desculpar. E... – ela novamente suspira – E também não sei como continuar sem você. Nem eu, nem Ben. Não sei se realmente quero que pare de caçar, eu só... Tinha, tenho medo de perder você. Pois... Você me ama, ama ao Bem e sei que nunca mais encontraria um homem como você. Não posso perder você. – ela parecia chorosa.

- E não vai. Prometo que nunca vou te deixar. – diz ele tentando acalmá-la.

Ele sorri.

- Eu te amo muito. Não quero mais brigar. Vamos esquecer isso e tentar de novo? Como toda família? – pede ela, parecendo sorrir do outro lado da linha.

- Claro. Eu passo ai e nós conversaremos amanhã. Ei Liss...

- Quê?

- Eu também te amo.

E desliga. O sorriso em seu rosto se alarga. Será que ele finalmente conseguiria um motivo para ser feliz? 

O caçado olhou para a velha casa de madeira abandonada, aparentemente, quem a visse não chegaria perto ou entraria esperando encontrar teias de aranhas ou qualquer outra coisa que a tornasse assustadora. Só que não era a casa que o deixava com um pé atrás e sim quem, ou melhor, o que se encontrava nela.

O caçador sabia que era arriscado, sabia que o que esperava por ele era incerto, mas sabia que tinha que conseguir o que veio buscar e o que tinha a temer? Sua vida? Não tinha mais tanta importância depois de ser possuído e escapar do apocalipse, sua vida não tinha mais a mesma importância a muito tempo. E então por que temia?

Ele sabia a resposta, mesmo não dando a importância devida á sua vida sabia que tinha que preservá-la, sabia que ainda tinha alguém precisando dela. E este pensamento, de que alguém lá fora, além dos irmão Winchester, alguém ainda precisaria da sua vida, foi assim que teve forças para entrar na casa e fazer o que era preciso.

No momento em que entrou a luz fraca improvisada acendeu e um par de olhos negros olharam para ele.

- Olá, Bobby. É bom revê-lo, de pé ainda por cima. - ironiza Crowley.

- Não posso dizer o mesmo. - retruca o velho - Vou logo ao ponto. Quero minha alma de volta. - diz ele, ranzinza.

- Que mau humor! O que aconteceu? Seus bastardos esqueceram de você, que ingratos! Não acha? - continua ele, se divertindo com o momento.

- Cala a boca, desgrassado! Quero minha alma de volta! - diz o caçador, agora apontando o colt para o demônio.

Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes.

Bobby deu alguns passos.

- Não vai dar. - diz Crowley.

- Eu to pouco me lixando, não vou sair de maos abanado! - gruni o velho. Irado com a atitude do outro ser.

- Então aceita biscoitos? - O demônio perguntou, se divertindo.

- Então acho que não se importaria, né? - Anna aparece por trás do demônio e o prende a uma cadeira, com um pentagrama, predendo-o completamente.

- Uma negociação, talvés? - pergunta Anna irônica.

- Como ousa se intrometer onde não foi chamada e ainda me apricionar? - grita ele, furioso.

- Batendo minhas asinhas até aqui, então vamos negociar ou não? - pergunta ela, sorrindo.

- Sabe, minha alma, pela sua. - diz Bobby com um saco á frente dele.

- O que é isso?

- Seus ossos. - fala Anna, fria.

- Ja vi que tem senso de humor, anja. - comenta o demônio.

- Ninguém aqui está brincando, são seus ossos. -O caçador respondeu vendo a expressão do domônio mudar.

- Impossível... - foi só um sussuro.

- Não é não. E então? Vai liberar o Bobby, ou vamos ter que queimá-lo? Destruíndo, claro, sua alma. Pra sempre. - comenta ela, fria e se divertindo.

- A lenda é uma mentira! - protesta Crowley.

- Está disposto a ariscar? - brinca Bobby.

- Não brinque comigo caçador! Acha que eu não sei o que é verdade ou não? - grita Crowley, novamente.

- Acho que isso foi um sim. Bobby? -A anja disse, o incentivando.

Bobby abre o saco, e é possível ver os ossos lá, e prepara-se para queimá-los. Joga álcool e pega um isqueiro.

- Isso é perca de tempo. - Disse o domônio, indiferente.

- Veremos. - Bobby diz.

No segundo seguinte o fogo atingiu o saco, fazendo com que logo depois os gritos de demônio preenchence a cabana.

- O.k O.k - gritou ele.

Anna impede o fogo de proceguir.

Um instante depois, letras em latim apareceram em todo o corpo de Bobby.

- Deixa a parte das pernas.

E então tudo acaba.

- Pronto, agora me libera. - pede ele, calmo.

- Ninguém aqui disse que iríamos. - disse Anna figindo-se de desentendida.

O velho caçador sai da casa com os gritos do demõnio. "Bem feito" pensa enquanto volta para casa pela estrada de terra. Ele não esperava pelo ajuda de Anna, entretanto agradeceu em pensamento. Seus pensamentos estavam longe quando esbarrou em alguém.

- Me desculpa. - pediu. Era um senhora, não muito velha. Na verdade parecia ter 40 anos. Mais nova que ele.

- Não, não. A destração foi minha. - diz ela, simpática.

Os dois se olharam por uns instantes, ela ficou um pouco vermelha.

- Você é Sophia, certo? Minha visinha? - pergunta ele, reconhecendo-a.

- Sim, só que nossas casas são tão longes que nem poderia ser chamado de visnhos. - comenta ela rindo.

- Tem razão. Você acabou de se mudar, não é? 

- Sim. Por que você não... Janta comigo hoje? Para nos conhercermos, como visinhos, claro. - pergunta ela, como quem não quer nada.- Apropósito, todo mundo me chama apenas de Sophi. - finaliza.

- Marcado então. Ás 9 horas? - pergunta ele, um pouco vermelho pelo momento estranho. Mal a conhecia e já iriam jantar juntos. Era um atitude que lembrava o Dean, não a si mesmo.

- Certo. Nos vemos então.

- Nos vemos.

Era a situação mais inuzitada que já havia presenciado. Se tornava até engraçada. E isso aconteceu em apenas 1 minuto.

Bobby tinha sumido e ainda não tinha reaparecido. Os Winchesters estavam reunidos na sala assistindo televisão. Dean estava sentado comendo um balde de pipoca. A porta se abre com força. Os dois olham na direção. Era apenas Ruby. E antes que pudessem perguntar o porquê dela estar ali, ela já disse.

- Eu sei porque os Valentine mataram aquelas garotas, porque elas, e acho que sei como detê-los. - diz ela rapidamente, mas claro para entenderem. Mary desliga a televisão e se levanta, indo na direção da demônio. Sam e Dean fazem o mesmo.

- Diga. - manda Dean, de forma seca.

- Isso não é importante agora. Temos que ir atrás de uma arma que pode matá-los. Eu digo os por quês depois. Temos que fazer isso antes que a segurança aumente. - diz ela mais rapidamente ainda.

- Temos? - Dean faz cara feia, não gostando da forma como ela falou.

- E por que você parece tão nervosa? - qestiona Sam, desconfiado do rumo da conversa e da forma que Ruby estava agindo.

- É que eu não posso ir sozinha, e a arma está no inferno. - responde ela fria, olhando com raiva para Sam.

- No inferno!!! - Dean e Sam quase gritam - Ficou louca, mulher!!! - completa Dean com seu sarcásmo.

O Winchester mais novo olha do irmão para a demônio.

- Ninguém aqui vai pro inferno com você e acabar caindo numa armadilha! - retruca ele, alterado.

A porta se abre novamente. Os quatro olham para ver quem é. E era Frederico.

Ruby suspira, sua expressão mudando rapidamente para fúria. Ela caminha pesado para perto da porta e olha o ser com toda a raiva.

- Eu não acredito que você ainda tá vivo, seu desgraçado!!! - gruni ela, apertando os punhos. Era visível sua fúria imensa.

- Ruby? - sussura ele, completamente surpreso. Como se estivesse vendo o diabo na sua frente.

A troca de olhares distintos dura apenas mais alguns segundos.

Nenhum dos Winchester entendia o que estava acontecendo.

Do nada, a demôbio pula em cima de Fred e durruba ele. Ela começou a socá-lo com tanta força, com todo força demoníaca, que o sangue espirrava por todo o lado. Os três decidiram parar a briga. Sam e Dean puxaram Ruby e a tiraram de cima dele. E eles continuaram segurando-a quando Mary foi ajudar o homem, que sangrava muito. 

Frederico não a olhava com raiva, nem despreso, a olhava com pena, como se dissesse "Me desculpa".

- Desgraçado! Maldito! - gritava ela, furiosa.

- Ok, já percebi que os dois se conhecem. Agora podem ir falando! - ordenou o loiro com a voz forte e grossa, com o Colt impunhado nas mãos. Deixando apenas Sam segurando Ruby.

Os quatro ficam em silêncio, exeto pelos grito de Ruby, completamente descontrolada.

Com um lenço no nariz que ainda sangrava, Fred contou.

- Não vejo a Ruby faz tempo. Muito tempo. - diz calmo.

- Então você é um demônio! - comenta Dean, frio - Por isso veio até nós, pra nos entregar a Lilith! - continua o Winchester - Pena que não durou muito tempo.

- Não, não. Não é isso. Não sou um demônio, mas trabalhava para um, para Lilith, mas eu, digamos, que fui "demitido" por bom comportamento. - continua Fred, ainda calmo, Calmo demais.

Mary se meche e fica na frente dele. Ruby continua tentar se livrar de Sam, inultilmente, entretanto parou de gritar.

- Como assim trabalhava para Lilith? Como um bruxo? - pergunta a mulher, tão fria quanto a voz do filho mais velho.

- Não. Quando um demônio não pode fazer algo, pois está impedido de alguma forma, um bruxo se recusa a fazer, os servisáis de Lilith, como eu era, entram em ação. Muitas vezes é para ajudar a comprar almas, ou matar alguém. Mas me recusei em muitos, e como a propría Primeira de Lúcifer me dera a imortalidade, ela me liberou. Pois não pode me matar. - completa ele, ainda calmo demais, quase sem se mover um sentímetro depois que se levantara.

Dean se aproximou dele, e perguntou friamente.

- O que acontece se eu não acreditar que você é tão bonzinho?

- Me mate, ou tente, não me importo. Se quer me defendi da Ruby. Por que me defenderia de você? - falou ele, ainda muito calmo e irônico.

Dean destravou a arma.

- Mas de onde você conhece a Ruby? - pergunta Sam, indo direto ao assunto. 

- Ela é... - Fred parece ficar receoso por um instante, antes de responder - É minha filha.

Todos perderam a fala alí, exeto, claro, Ruby.

- Não me venha com essa, cretino! Eu não filha de um desgraçado como você, você nunca foi meu pai! Você é um indivíduo horrendo! E devia estar morto! - grita ela com todo o fólego.

Sam se pronuncia depois do "choque".

- O que é que ele fez de tão ruim?

- Pergunta pra ele, pergunta sobre Marrie e Victor! Pergunta sobre o que ele tentou fazer comigo e com Tiffany! - berra ela.

- Acho que realmente não é uma boa hora. - pronuncia-se Frederico.

- Mas o que você iria dizer? - pergunta Mary, porém ele já se foi pelo porta.

Os três olham para a demônio que ainda tenta se livrar de Sam.

- Que é? Vão querer falar sobre esse Maldito! Ou preferem matar os Valentine?! - diz ela com sarcasmo.

- Ninguém aqui vai entrar no inferno, sabemos que é uma armadilha sua! - grita Dean, sotando o Colt.

- Não, não é! Pergunte ao seu anjinho da guarda! - O Winchester mais novo, a solta - É só abrir um portal de ida e volta, irmos até o mais fundo e voltarmos. Se algo der errado, seu anjinho vai lá e te salva. - diz ela ainda com sarcasmo - E eu, claro, fico lá, presa. E vocês vivem felizes para sempre!

- Ainda não acho uma boa ideia.

- Nem eu. - retruca, Samuel.

- Mas eu acho. Não é muito seguro, só que nada nessa vida é. É uma forma de tentar parar os Valentine antes que mais pessoas se machuquem. - argumenta a mãe - Onde fica essa arma? Aliás o que é essa arma? - pergunta ela se virando para a demônio.

- Em zandrak. O mais profundo, pelo menos o mais longe onde um demônio pode ir e voltar. É onde ficam as salas de tortura. Tem que passar por todo o inferno, e zandrak ainda é enorme. A arma é um espara muito poderosa que está sobre guarda demoníaca. - comenta, sentando-se na beira do sofá.

- Quer dizer, a "viagem" vai ser rapidinha e estremamente segura. - fala Dean, irônico.

- É.

Os sapatos marrons, adavam lentamente pela estrada de terra. Ora ou outra parava e parecia que iria recuar, entretanto continuava. Tropeçava de leve no chão e em algumas pedras no caminho. E novamente parava. Finalmente vira perto de uma cerca branca. E para em frente a porta. O homem usava uma calsa Jeans clara, uma busa bege e um casaco preto. Tinha penteado o cabelo e estava sem o boné. Era Bobby. A casa era de cor verde, e de dois andares. Se não fosse a casa de uma senhora, pudia-se dizer que era a casa de um recém casada pelo detalhes feminista e o jardim bem cuidado.

Ele toca a campainha ainda nervoso. Um dos poucos jantares que teve fora de casa com alguém foi em uma caçado, ou com a falecida esposa. Ele não tinha esse tipo de "encontro" fazia muitos anos. E a mulher ainda lhe parecia 20 anos mais jovem que si. A porta se abre. Sophia usa um vestido rosa bebê até os joelhos que prendia logo abaixo do busto. Sem decote. E sandálias baixa "de dedo". O cabelo loiro envelhecido tinha alguns toques de branco e estava longe em um liso até os ombros. Ela era uma "jovem velha" muito bonita.

- Oi, Bobby. Entre.

Eles não conversaram muito no jantar. Foi algo bem simples e forma, algo que o caçador não estava acostumado.

A casa por dentro parecia ainda maior. Era em um azul de vários tons. A casa tinha sala, três quartos, dois banheiros, cosinha, copa, hall, quintal e ainda sobrava espaço para um pequena biblioteca. Mas nada daquilo chamou mais atenção do que o que viu na prateleira escondida em um "quartinho abondonado na sala". Eram livros, só que não eram livros comuns, era livros de mitologia e lenda tão antigos quanto as do mesmo. Talbém havia quase um arsenal de arma de balas de prata e sal e facas. Também havia um diário. Como o diário de um caçador.

- Era o diário do meu marido. Leonard. - diz a mulher aparecendo de repente ao lado do Singer - Um ano atrás ele foi em uma caçada em Detroid, houve um acidente. Ele nunca mais voltou. - comenta ela, indiferente.

- Você não parece, triste, ou zangada por isso. - comenta ele.

- Tive 1 ano inteiro para ficar zangada e triste, e sei que isso nunca o traria de volta. - fala ela olhando as coisas dele por cima do ombro de Bobby.

- Você sabia? Que eu era um...

- Assim que cheguei. - completa a loira - Pessoas sempre entrando e saindo. Carros extranhos. E você mora em um ferro velho, o que deixa os fantasmas bem longe, além de não ser exatamente sociável. - completa.

- Então você é...

- Não sou uma caçadora. Mas meu falecido costumava me ensinar forma para me proteger. - conclui - Mas então, Bobby. Por que não me diz algo sobre você?

Essa não só seria um longa conversa quanto seria bem "agradável". Eles tinham algo em comum. Eram viúvos. E parecia que o destino estava dando um "forcinha" para ambos. Ou não?

Era uma floresta de mata fechada. O vento frio passava por entre as ávores. O barulho de folhas secas sendo pisadas se espalha. Era um grupo. Todos vestindo apenas uma calça preta, e um blusa, da mesmoa cor. Descalços. Caminhavam seguindo seu líder. O homem ruivo. Caleby. Todos seguiam e de repente param. Em frente a um lago. De sangue. Caleby se abaixa e toca suas mãos no sangue. E depois, leva um pouco até a boca. E bebe. Por apenas um segundo, todas suas veias ficam visíveis, seus olhos se tornam vermelhos. E ele repete a ação. Bebe o sangue diversas vezes. Como um viciado que não pára até estar "satisfeito". Mas ele pára, minutos depois. E se levanta.

Seus servos não falam nada. Um pega uma faca, um pequena adaga e se aproxima de seu líder. E o corta, sua veia do braço direito. Um segundo também o corta. No baço esquerdo. E bebem o sangue que corre nas veias dele. Assim como ocorreu em si, as veias de seus "vampiros" também ficam visíveis e os olhos vermelhos. O Valentine sorri, orgulhoso.

Todos os outros, dezenas de Valentine vestidos de preto, todos eles esperam com uma adaga em mãos. Para saborear.

Bobby ainda não tinha voltado. Já passava das 2 horas da manhã. Mary bebia água, vestia um ropão, se preparava para dormir. Dean dormia no sofá. Sam aparece na porta da cosinha, de repente. Mary dá um salto.

- Você me assutou, Sam. - comenta ela, guardado o copo. Se volta para o filho, que continua parado no mesmo lugar, sem nenhum reação, frio, indiferente. - Sam? O que foi? - pergunta ela, preocupada com sua indiferença.

- Por que se importa agora? - redagua - Eu estou bem, não por sua causa, claro! Por que se dependesse de você eu estaria trabalhando a um demônio. - rebate gritando.

- Sam, o que houve? Por que está falando desse jeito? Do que está falando? - questiona ela, amedrontada e se afastando devagar dele.

Ele anda alguns passos, aparentemente furioso. Seus lábios tremiam e seu corpo estava rígido.

- Do que eu estou falando? - repete com sarcásmo - Você me vendo para o Azazel! - grita - E só porque voltou, acha que está tudo bem, adivinha? NÃO ESTÁ TUDO BEM! - berra, furioso - Tem ideas de todas as coisas que passei por causa disso? Meu irmão foi pro inferno por causa disso! Um milhão de coisas aconteceram só porque você não se importou comigo e com o que poderia acontecer! O que você acha que acontece quando se faz um pacto com um demônio! Que ele vem trazer flores?! - grita ele, cada vez mais alto, cada vez mais furioso - Eu bebi sangue por causa daquele maldito pacto! Eu quase destrui o mundo! Você me fez tornar um monstro!!! - berra.

Dean acorda, sobresaltado. Bobby também. Eles tentam impedir Sam, que por pouco não bate na Winchester. Mas são empurrados contra a parede e a pia. Bobby, com o impacto com a quina da pia, desacorda. Dean fica ligeiramente tonto com o impacto. O Winchester mais novo dá um soco na mulher. A porta se abre com violência. Era Ruby, que entra correndo na cosinha e o empurra na parede com sua forma sobrenatural, seus olhos completamente negros voltam ao normal.

Ela o beija, na verdade lhe dá um selinho e abre a boca, como um feitiço. Algo escuro sai de dentro dele, seguindo a boca da demônio e quando atingiu cerca de 30 centímetros, desapareceu. O moreno cai no chão, arfando. Ele começa a vomitar, a vomitar sangue, e o sangue, com o contanto com o chão, vira fumaça e evapora.

Dean e Mary olham a cena, sem acreditar. Isso durou apenas poucos segundos.

- O que foi que... Mais que merda você fez com o meu irmão, vadia?! - retrucou Dean.

- Eu o fiz parar. - argumentou a morena - O fiz vomitar um pouco do sangue de demônio que estava nele, ainda está. - ela segurou a cabeça de Sam, fazendo-o olhá-la. - Já chega! Tudo bem? Não dá mais. Eu sei como te ajudar. Não vou mais ficar sentanda vendo você desmoronar desse jeito. Sei como tirar cada gota de sangue de demônio que está em você, eu sempre soube. - instigou ela, com a voz preocupada e baixa.

Todos ali fizeram silêncio, sem acreditar em nenhuma palavra que saira da boca da demônio traidora.


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Notas finais do capítulo

Sem comentários. O que acharam?
Desculpem a demora...
Capa nova. E perceberam uma nova figura? Pois bem, esse é o vilão, Caleby Valentine, o líder.
Aliás, obrigado Blonessy, de novo,Gabywin81 e GabriielaOliver pelos comentários...