O Rapto Á Caça escrita por maridomingos
Nos sentamos novamente em troncos. - Agora você pode me dizer o que está acontecendo? - perguntou Annabeth, impaciente. - Sim - disse a deusa - Sempre tem algum semi-deus, que depois de muitos anos de experiência, ganha um dom. E você, minha querida, é um deles. Annabeth franziu a testa. - Eu... Ganhei que tipo de dom? Ártemis sorriu. - A de prever de modo indireto. Em toda missão, vocâ vai prever o que acontecerá. - Mas... - eu começei, mas não sabia o que dizer. - Annabeth, creio que você seja muito útil para nós. Bem, o que ela tinha falado mesmo? - disse Ártemis. - Sobre norte, alma... - começou a se lembrar Connor. - Ótimo. - ela disse - Isso pode nos ser útil mais tarde. Percy - ela se virou para mim - Fique de olho. Assenti. - Então vamos, menino-bode - ela segurou o seu braço, o que o fez corar - está na hora de irmos. Por ali - ela apontou para uma trilha atrás de nós. - Boa sorte - nos acenamos. Clarisse e seu grupo também acenaram. Grover acenou, e seguiu trotando Ártemis floresta adentro. Me virei para Annabeth. - Bom, melhor irmos também. Ela assentiu, e se voltou a Clarisse, Travis e Connor. - Tchau gente. Tentem não morrer. Clarisse mordeu o lábio. - Não posso dizer o mesmo para o garoto ali - ela fez um gesto com a cabeça para mim. Annabeth sorriu, o que me deixou constragido. - Cuide dos dois - Annabeth disse, como uma mãe. Clarisse ergueu uma sombrançelha. - Vou tentar, espertinha. Annabeth deu um sorriso torto, e agarrou meu braço. - Vamos, Percy. E juntos, descemos o morro escorregando nas pedras. Em algumas horas, já haviamos saltado de um táxi na Quinta Avenida. Era bom estar perto de casa. - Hãn, bem... - eu olhei ao redor - Vamos começar a... Procurar? Annabeth ergueu uma sombrançelha. - Procurar? Vamos começar a achar! Olhei para baixo. - Annabeth, não quero ser pessimista nem nada, mas... Você sabe que isso é meio impossível, não é? Ela me encarou profundamente. - Você é um... - Espere! - eu a interrompi - Norte. Norte de Nova York. Vamos para lá. - Mas... Agarrei seu braço. - Sabe como vamos para lá? - Sempre. Ela andou em minha frente, e eu a segui. Em pelo menos meia hora, estávamos em uma rua sem saída, com alguns morros e árvores aglumeradas. - Aqui é o Norte? Ela assentiu. - Como você sabe? - perguntei. - Sem mais perguntas. Vamos entrar na floresta. - Ta, né. Começamos a subir uma escada que dá para o morro, quando vimos em um vulto, uma garota correndo entre as árvores. - Pegue-a! - gritou Annabeth e entrou correndo na floresta. Tentei a seguir correndo, mas acabei tropeçando na raiz de uma árvore, e caindo de cara numa aglumeração de folhas. - Espere - murmurei, soando como um tolo. Em poucos segundos, eu não tinha sinal nenhum de Annabeth. - Annabeth! - gritei para a floresta. Ouvi arfadas, e avistei Annabeth com uma garota com um arco na mão, a agarrando como se fosse um saco de dormir. - Ei - eu disse - Ela é uma Caçadora? Annabeth assentiu, e soltou a garota. - Eu não posso! - ela gritou - Tenho que... Tenho que voltar! Eu a encarava. - Você é a... - Não posso dizer! - Ela é Libni. - disse Annabeth. - Temos que leva-la á Ártemis. - eu disse. Ela sacudiu a cabeça. - Não! Eles... - ela olhou para trás - Eles vão vir atrás de vocês! - Quem? - perguntou Annabeth. Quando eu menos esperava, a caçadora desceu voando a pequena escada, se desviando dos pedrestes da rua, em uma fração de segundo, desaparecendo de nossa vista. - Corra atrás dela! - Annabeth gritou. - Claro, to correndo lá - disse, sacárstico. - Você é um molenga. Então ela saiu correndo em minha frente em direção á multidão, e eu segui atrás dela. Até que eu tinha a alcançado, ela havia agarrado um garoto. - Ei, você - ela olhou nos seus olhos, e corou. O garoto tinha os olhos castanhos claros, e os cabelos da mesma cor. Ele a encarava. - Você... Viu uma graota correndo com um escudo na mão? - sua voz saiu fraca e melancólica. O garoto abriu um sorriso. - Como uma... Caçadora? Annabeth arregalou os olhos. - É, tipo isso. O garoto sorriu mais uma vez. - Hã, o que vocês são? - ele perguntou. Eu e Annabeth nos entre-olhamos. - O que você é? - retruquei. Ele franziu a testa. - O que estão procurando? Ótimo. Vou abrir um novo programa de TV chamado Perguntas e Perguntas. - O que você é? - insistiu Annabeth. O garoto encarou o chão. - Eu sou um semi-deus.
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