O Rapto Á Caça escrita por maridomingos


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/103215/chapter/4

Nos sentamos novamente em troncos.

- Agora você pode me dizer o que está acontecendo? - perguntou Annabeth, impaciente.

- Sim - disse a deusa - Sempre tem algum semi-deus, que depois de muitos anos de experiência, ganha um dom. E você, minha querida, é um deles.

Annabeth franziu a testa.

- Eu... Ganhei que tipo de dom?

Ártemis sorriu.

- A de prever de modo indireto. Em toda missão, vocâ vai prever o que acontecerá.

- Mas... - eu começei, mas não sabia o que dizer.

- Annabeth, creio que você seja muito útil para nós. Bem, o que ela tinha falado mesmo? - disse Ártemis.

- Sobre norte, alma... - começou a se lembrar Connor.

- Ótimo. - ela disse - Isso pode nos ser útil mais tarde. Percy - ela se virou para mim - Fique de olho.

Assenti.

- Então vamos, menino-bode - ela segurou o seu braço, o que o fez corar - está na hora de irmos. Por ali - ela apontou para uma trilha atrás de nós.

- Boa sorte - nos acenamos. Clarisse e seu grupo também acenaram.

Grover acenou, e seguiu trotando Ártemis floresta adentro.

Me virei para Annabeth.

- Bom, melhor irmos também.

Ela assentiu, e se voltou a Clarisse, Travis e Connor.

- Tchau gente. Tentem não morrer.

Clarisse mordeu o lábio.

- Não posso dizer o mesmo para o garoto ali - ela fez um gesto com a cabeça para mim.

Annabeth sorriu, o que me deixou constragido.

- Cuide dos dois - Annabeth disse, como uma mãe.

Clarisse ergueu uma sombrançelha.

- Vou tentar, espertinha.

Annabeth deu um sorriso torto, e agarrou meu braço.

- Vamos, Percy.

E juntos, descemos o morro escorregando nas pedras.

Em algumas horas, já haviamos saltado de um táxi na Quinta Avenida. Era bom estar perto de casa.

- Hãn, bem... - eu olhei ao redor - Vamos começar a... Procurar?

Annabeth ergueu uma sombrançelha.

- Procurar? Vamos começar a achar!

Olhei para baixo.

- Annabeth, não quero ser pessimista nem nada, mas... Você sabe que isso é meio impossível, não é?

Ela me encarou profundamente.

- Você é um...

- Espere! - eu a interrompi - Norte. Norte de Nova York. Vamos para lá.

- Mas...

Agarrei seu braço.

- Sabe como vamos para lá?

- Sempre.

Ela andou em minha frente, e eu a segui.

Em pelo menos meia hora, estávamos em uma rua sem saída, com alguns morros e árvores aglumeradas.

- Aqui é o Norte?

Ela assentiu.

- Como você sabe? - perguntei.

- Sem mais perguntas. Vamos entrar na floresta.

- Ta, né.

Começamos a subir uma escada que dá para o morro, quando vimos em um vulto, uma garota correndo entre as árvores.

- Pegue-a! - gritou Annabeth e entrou correndo na floresta.

Tentei a seguir correndo, mas acabei tropeçando na raiz de uma árvore, e caindo de cara numa aglumeração de folhas.

- Espere - murmurei, soando como um tolo.

Em poucos segundos, eu não tinha sinal nenhum de Annabeth.

- Annabeth! - gritei para a floresta.

Ouvi arfadas, e avistei Annabeth com uma garota com um arco na mão, a agarrando como se fosse um saco de dormir.

- Ei - eu disse - Ela é uma Caçadora?

Annabeth assentiu, e soltou a garota.

- Eu não posso! - ela gritou - Tenho que... Tenho que voltar!

Eu a encarava.

- Você é a...

- Não posso dizer!

- Ela é Libni. - disse Annabeth.

- Temos que leva-la á Ártemis. - eu disse.

Ela sacudiu a cabeça.

- Não! Eles... - ela olhou para trás - Eles vão vir atrás de vocês!

- Quem? - perguntou Annabeth.

Quando eu menos esperava, a caçadora desceu voando a pequena escada, se desviando dos pedrestes da rua, em uma fração de segundo, desaparecendo de nossa vista.

- Corra atrás dela! - Annabeth gritou.

- Claro, to correndo lá - disse, sacárstico.

- Você é um molenga.

Então ela saiu correndo em minha frente em direção á multidão, e eu segui atrás dela.

Até que eu tinha a alcançado, ela havia agarrado um garoto.

- Ei, você - ela olhou nos seus olhos, e corou.

O garoto tinha os olhos castanhos claros, e os cabelos da mesma cor. Ele a encarava.

- Você... Viu uma graota correndo com um escudo na mão? - sua voz saiu fraca e melancólica.

O garoto abriu um sorriso.

- Como uma... Caçadora?

Annabeth arregalou os olhos.

- É, tipo isso.

O garoto sorriu mais uma vez.

- Hã, o que vocês são? - ele perguntou.

Eu e Annabeth nos entre-olhamos.

- O que você é? - retruquei.

Ele franziu a testa.

- O que estão procurando?

Ótimo. Vou abrir um novo programa de TV chamado Perguntas e Perguntas.

- O que você é? - insistiu Annabeth.

O garoto encarou o chão.

- Eu sou um semi-deus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Rapto Á Caça" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.