A Guerra de Ares escrita por maridomingos
Estava tudo escuro. Olhei no relógio: duas e meia da manhã. Levantei da minha cama com cuidado. Clarisse e Jayne estavam numa cama, e Grover em outra. Ares estava estirado no sofá, o que era estranho, pois ele disse que não dormia. Então passei por trás dele e abri a porta com cuidado. Ele não percebeu. Fechei a porta e saí em disparada pelo corredor. Era hora de reencontrar Annabeth. Desci para o saguão, e estava totalmente deserto. Só havia uma mulher no bar, e um homem no laptop sentado em uma poltrona. Saí do hotel e senti o frio em meus braços. As ruas estavam desertas e escuras. Poucos carros passavam. Consegui atravessar a rua apesar da escuridão. Não havia levado nada comigo. Nada. Algo sussurrou no meu ouvido e eu pulei de susto. - Se quer ela de volta, venha buscar. Quase chorei de medo, aquela voz sombria... Destampei Contracorrente e apontei para trás. - Quem? Quem é? Apareça! - gritei. Nada. - Apareça!! - gritei. - Eu quero ela de volta! Nada. Corri a rua de novo e entrei no hotel em disparada. Subi para o quarto e acendi a luz. - Gente! Gente!! - eu gritava. Eles acordaram meio que dormindo. - O que foi, Percy? - gemeu Clarisse e olhou no relógio. - São três da manhã! - Eu ouvi uma voz, que dizia: "se quer ela de volta, venha buscar". Todos se olharam. - Tem razão de que não está pensando coisas? - perguntou Ares. - Absoluta. - Onde você ouviu isso? - perguntou Jayne. - Lá fora. Eu desci. - E você não viu ninguém? - perguntou Grover, assustado. - Não. Estava muito escuro. Eu gritei para ele apareçer. Mas nada. Todos se entreolharam. - Temos que resolver isso agora! - eu gritei. - Não podemos fazer isso amanhã? - perguntou Jayne. - Não! Annabeth foi sequestrada! Provavelmente por um deus, ou sei lá o que. Temos que procurá-la! - Percy, eu vou procurar com você. O resto fica. - Ares disse. - Ok. Lá fomos nós, de volta a rua sombria, que não me trouxe boas lembranças. - Onde foi que você ouviu a voz? - perguntou Ares. - Atravessando a rua, em frente aquele poste. - apontei. Atrávessamos a rua e olhamos em volta. - Acho que você é louco. - ele disse. - Não sou louco. Eu juro. Ele pareçeu pensativo. - Eu já sei quem foi. - ele disse. - Quem? Ele pensou de novo. - Me siga. Ele correu pelas ruas, quem nem um louco, e eu o seguia desastrado. Deviam ser umas quatro da manhã, as pessoas olhavam para nós com cara de: dã? Ele parou na entrada de uma floresta, e respirou ofegante apoiado é uma árvore. - Ei cara. - eu disse - Enlouqueçeu? - Tem coragem de entrar nessa mata agora? - ele perguntou. Olhei para mata a dentro: Pura escuridão. - Tem certeza de que Annabeth está aí? - gemi. - Mais do que certeza. Gemi outra vez. - Tenho. Eu tenho coragem. - Ok, então vamos. Ele entrou mata a dentro e eu o segui. Eu não enxergava absolutamente nada. Só sentia plantas esvossando em meu rosto. Não sabia onde eu estava pisando e muito menos onde eu estava indo. Nem sabia a quantos metros á frente Ares estava. Ah, se Annabeth não estiver aí... Enfim, tombei a cara nas costas de Ares, e ele agarrou meu pulso. - Ah, você ainda está aí. - ele sussurrou - pensei que tinha fugido. Bufei. - Vamos, á muito a andar ainda. Andamos, andamos, andamos, até começar a amanheçer, e eu poder enxergar um pouco. - Cara, onde estamos indo? - eu perguntei. - Estamos quase chegando. Então, o corredor de mato acaba, e nos enncontramos num círculo de grama, vazio. - Awn... - disse Ares. - AAAH! - eu me controlei para não gritar. - Me desculpe, esse costumava ser o esconderijo... Ouvimos mato se mecher, o que me deu um susto. Então, um homem de óculos de sol apareçe, sorrindo. - Ora, ora... - disse o cara - Se não é Percy Jackson, filho de Poseidon. - Apolo. - rungiu Ares - Onde está a garota? - Ah, que garota? - ele perguntou. - Annabeth Chase. - eu respondi. Ele se virou para mim. - Aah, a sua namoradinha. - ele disse, andando em círculos - Eu não sei. - Onde está ela? - gritou Ares. - Comigo. Bem segura. - ele disse. - Onde ela está? - pela milésima vez. - Nunca vão encontra-la. Atrás de nós, ouvimos passos. Olhamos para trás: Clarisse e Jayne atrás de nós, com espadas. - Como chegaram aqui? - perguntei. - Ora, seu tolo. Até parece que iamos perder isso. Seguimos vocês. - disse Clarisse sem tirar os olhos de Apolo. - Onde está Grover? - Quis ficar no hotel. Tem medo de tudo. - disse Jayne. - Olha se não é a durona, Clarisse. - disse Apolo. Ela rungiu. - Onde está Annabeth... - peguei Contracorrente de meu bolso e avançei para cima dele, fazendo-o cair no chão. - Ok, vou falar onde ela está, mas saia de cima de mim... - ele disse ofegante, e eu saí. - Onde ela está? Em vez de responder, Apolo saiu correndo mata a dentro. - Corram atrás dele! - eu gritei e todos me seguiram. A mata que ele entrou era desvastada, cheia de plantas de uns 6 metros, o que dificultava a passagem, e fomos muito lentos para correr, perdendo Apolo de vista. - Somos uns idiotas. - disse Clarisse. Ares conseguiu disparar mata a dentro. Sentamos no chão, cansados. - Isso tudo é culpa minha. - eu murmurei. - Não é não. - disse Jayne. - Se eu não tivesse a deixado sozinha... - Se você ficasse com ela, os dois seriam raptados! - Não seríamos não! Eu lutaria com ele. - Convencido... - disse ela desviando o olhar. - Não sou não. - Gente! - gritou Clarisse e se levantou. Me levantei em um salto, e vi Ares carregando Annabeth, totalmente machucada e desacordada. - Annabeth! - gritei e fui ao encontro dos dois. - Não sei onde Apolo foi... - disse Ares - Mas encontrei ela na mata. Ele a colocou no chão e eu segurei seu pulso. Ainda batia. - Ela está viva. - eu disse. - Isso é óbvio! - disse Clarisse. - Deve estar desmaiada. - disse Ares e deu um chute nela. - Annabeth, acorde... - eu disse em seu ouvido. Ela tremulou os olhos, mas não se mecheu. - Sou eu, Percy. - eu disse. Apolo veio correndo em nossa direção, desviou de Ares, e teve a cara de pau de puxar as pernas de Annabeth. Eu a segurei pelo braços. Com esse puxa puxa, Annabeth acordou e começou a gritar. - Largue ela! - eu a puxei com força, mas ele puxou mais forte. Ele conseguiu que minha mão escorregasse do braço de Annabeth, mas Jayne, Clarisse e Ares a agarraram de novo. - Você é maluco? - gritou Jayne. - Me largue, seu idiota. - disse mais trânquila do que nós Annabeth. Enfim, Apolo largou os pés de Annabeth, fazendo que ela caia com tudo no chão. Ela estava com as roupas rasgatas, totalmente ensanguentada e descabelada.
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