A Guerra de Ares escrita por maridomingos


Capítulo 7
Capítulo 7




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Estava tudo escuro. Olhei no relógio: duas e meia da manhã.

Levantei da minha cama com cuidado. Clarisse e Jayne estavam numa cama, e Grover em outra. Ares estava estirado no sofá, o que era estranho, pois ele disse que não dormia.

Então passei por trás dele e abri a porta com cuidado. Ele não percebeu.

Fechei a porta e saí em disparada pelo corredor. Era hora de reencontrar Annabeth.

Desci para o saguão, e estava totalmente deserto. Só havia uma mulher no bar, e um homem no laptop sentado em uma poltrona. Saí do hotel e senti o frio em meus braços.

As ruas estavam desertas e escuras. Poucos carros passavam.

Consegui atravessar a rua apesar da escuridão. Não havia levado nada comigo. Nada.

Algo sussurrou no meu ouvido e eu pulei de susto.

- Se quer ela de volta, venha buscar.

Quase chorei de medo, aquela voz sombria...

Destampei Contracorrente e apontei para trás.

- Quem? Quem é? Apareça! - gritei.

Nada.

- Apareça!! - gritei. - Eu quero ela de volta!

Nada. Corri a rua de novo e entrei no hotel em disparada.

Subi para o quarto e acendi a luz.

- Gente! Gente!! - eu gritava.

Eles acordaram meio que dormindo.

- O que foi, Percy? - gemeu Clarisse e olhou no relógio. - São três da manhã!

- Eu ouvi uma voz, que dizia: "se quer ela de volta, venha buscar".

Todos se olharam.

- Tem razão de que não está pensando coisas? - perguntou Ares.

- Absoluta.

- Onde você ouviu isso? - perguntou Jayne.

- Lá fora. Eu desci.

- E você não viu ninguém? - perguntou Grover, assustado.

- Não. Estava muito escuro. Eu gritei para ele apareçer. Mas nada.

Todos se entreolharam.

- Temos que resolver isso agora! - eu gritei.

- Não podemos fazer isso amanhã? - perguntou Jayne.

- Não! Annabeth foi sequestrada! Provavelmente por um deus, ou sei lá o que. Temos que procurá-la!

- Percy, eu vou procurar com você. O resto fica. - Ares disse.

- Ok.

Lá fomos nós, de volta a rua sombria, que não me trouxe boas lembranças.

- Onde foi que você ouviu a voz? - perguntou Ares.

- Atravessando a rua, em frente aquele poste. - apontei.

Atrávessamos a rua e olhamos em volta.

- Acho que você é louco. - ele disse.

- Não sou louco. Eu juro.

Ele pareçeu pensativo.

- Eu já sei quem foi. - ele disse.

- Quem?

Ele pensou de novo.

- Me siga.

Ele correu pelas ruas, quem nem um louco, e eu o seguia desastrado.

Deviam ser umas quatro da manhã, as pessoas olhavam para nós com cara de: dã?

Ele parou na entrada de uma floresta, e respirou ofegante apoiado é uma árvore.

- Ei cara. - eu disse - Enlouqueçeu?

- Tem coragem de entrar nessa mata agora? - ele perguntou.

Olhei para mata a dentro: Pura escuridão.

- Tem certeza de que Annabeth está aí? - gemi.

- Mais do que certeza.

Gemi outra vez.

- Tenho. Eu tenho coragem.

- Ok, então vamos.

Ele entrou mata a dentro e eu o segui.

Eu não enxergava absolutamente nada. Só sentia plantas esvossando em meu rosto. Não sabia onde eu estava pisando e muito menos onde eu estava indo. Nem sabia a quantos metros á frente Ares estava. Ah, se Annabeth não estiver aí...

Enfim, tombei a cara nas costas de Ares, e ele agarrou meu pulso.

- Ah, você ainda está aí. - ele sussurrou - pensei que tinha fugido.

Bufei.

- Vamos, á muito a andar ainda.

Andamos, andamos, andamos, até começar a amanheçer, e eu poder enxergar um pouco.

- Cara, onde estamos indo? - eu perguntei.

- Estamos quase chegando.

Então, o corredor de mato acaba, e nos enncontramos num círculo de grama, vazio.

- Awn... - disse Ares.

- AAAH! - eu me controlei para não gritar.

- Me desculpe, esse costumava ser o esconderijo...

Ouvimos mato se mecher, o que me deu um susto. Então, um homem de óculos de sol apareçe, sorrindo.

- Ora, ora... - disse o cara - Se não é Percy Jackson, filho de Poseidon.

- Apolo. - rungiu Ares - Onde está a garota?

- Ah, que garota? - ele perguntou.

- Annabeth Chase. - eu respondi.

Ele se virou para mim.

- Aah, a sua namoradinha. - ele disse, andando em círculos - Eu não sei.

- Onde está ela? - gritou Ares.

- Comigo. Bem segura. - ele disse.

- Onde ela está? - pela milésima vez.

- Nunca vão encontra-la.

Atrás de nós, ouvimos passos. Olhamos para trás: Clarisse e Jayne atrás de nós, com espadas.

- Como chegaram aqui? - perguntei.

- Ora, seu tolo. Até parece que iamos perder isso. Seguimos vocês. - disse Clarisse sem tirar os olhos de Apolo.

- Onde está Grover?

- Quis ficar no hotel. Tem medo de tudo. - disse Jayne.

- Olha se não é a durona, Clarisse. - disse Apolo.

Ela rungiu.

- Onde está Annabeth... - peguei Contracorrente de meu bolso e avançei para cima dele, fazendo-o cair no chão.

- Ok, vou falar onde ela está, mas saia de cima de mim... - ele disse ofegante, e eu saí.

- Onde ela está?

Em vez de responder, Apolo saiu correndo mata a dentro.

- Corram atrás dele! - eu gritei e todos me seguiram.

A mata que ele entrou era desvastada, cheia de plantas de uns 6 metros, o que dificultava a passagem, e fomos muito lentos para correr, perdendo Apolo de vista.

- Somos uns idiotas. - disse Clarisse.

Ares conseguiu disparar mata a dentro.

Sentamos no chão, cansados.

- Isso tudo é culpa minha. - eu murmurei.

- Não é não. - disse Jayne.

- Se eu não tivesse a deixado sozinha...

- Se você ficasse com ela, os dois seriam raptados!

- Não seríamos não! Eu lutaria com ele.

- Convencido... - disse ela desviando o olhar.

- Não sou não.

- Gente! - gritou Clarisse e se levantou. Me levantei em um salto, e vi Ares carregando Annabeth, totalmente machucada e desacordada.

- Annabeth! - gritei e fui ao encontro dos dois.

- Não sei onde Apolo foi... - disse Ares - Mas encontrei ela na mata.

Ele a colocou no chão e eu segurei seu pulso. Ainda batia.

- Ela está viva. - eu disse.

- Isso é óbvio! - disse Clarisse.

- Deve estar desmaiada. - disse Ares e deu um chute nela.

- Annabeth, acorde... - eu disse em seu ouvido.

Ela tremulou os olhos, mas não se mecheu.

- Sou eu, Percy. - eu disse.

Apolo veio correndo em nossa direção, desviou de Ares, e teve a cara de pau de puxar as pernas de Annabeth.

Eu a segurei pelo braços. Com esse puxa puxa, Annabeth acordou e começou a gritar.

- Largue ela! - eu a puxei com força, mas ele puxou mais forte.

Ele conseguiu que minha mão escorregasse do braço de Annabeth, mas Jayne, Clarisse e Ares a agarraram de novo.

- Você é maluco? - gritou Jayne.

- Me largue, seu idiota. - disse mais trânquila do que nós Annabeth.

Enfim, Apolo largou os pés de Annabeth, fazendo que ela caia com tudo no chão. Ela estava com as roupas rasgatas, totalmente ensanguentada e descabelada.


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