A Viagem de Amy escrita por Sakuralara


Capítulo 2
Capitulo 2 – Descobrindo a Cura.




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Assim que me lembrei do estado de saúde de meu pai, eu corri para casa. Minha mãe só disse quatros palavras: “Planta brilhante, Comodo, agora!”, e me entregou um pergaminho de teletransporte,- o que foi o suficiente para me fazer sair correndo e gastar o ultimo pergaminho para emergências, eu sabia o que significava: meu pai estava à beira da morte.

Em segundos eu estava na Ilha Pharos. –“Pergaminho inútil!” eu resmunguei enquanto corria pela praia. Uma coisa me chamou a atenção, um bando de monstros... tomando sol! Eu não podia acreditar, monstros de férias? Eu tive que continuar correndo, afinal, cada segundo gasto era um segundo que meu pai morria, e pensar nisso ainda faz meu coração doer.

Para chegar em Comodo pela ilha só havia uma passagem- a gruta da bruxa do mar-, o que era muito propício para mim, já que eu cheguei junto de Kaymo. Meu coração palpitava, eu finalmente estava com meu amor de novo, não pude me segurar e lhe dei um super beijo. Não se passou nem um minuto e Kaymo estava pulando em um buraco onde Nuran havia caído. Não preciso nem dizer o quanto fiquei preocupada, acabo de re-encontrar com ele e ele se joga em buraco qualquer? Será que eu estava com mau hálito? *risos*Não pude deixar de rir com esse pensamento. Eu não podia esperar, tinha que correr para Comodo, embora, também não podia deixar Kaymo naquele buraco. Decidi descer.

Amarrei uma corda e não desci nem cinco metros e já havia atingido o chão.

- Nuran!!! Kaymo!!! Vocês estão bem??? – eu gritava enquanto tateava as paredes, tentando encontrar algo naquela escuridão.

Logo tropecei em alguma coisa, era Kaymo desmaiado, parece que tinha batido a cabeça em uma pedra ou algo do tipo, aquele inconseqüente... Me sentei do seu lado e o coloquei no colo para tentar acordá-lo, não sei se foi por querer ver que ele está bem, ou para brigar com ele por ter pulado no buraco daquele jeito. Ele logo se levantou, parecia que estava bem, até fez piadinha com a minha cara de preocupação (que ele não podia ver!), mas logo desmaiou de novo, foi quando percebi que sua cabeça estava sangrando.

Minha vontade era de terminar de matar! Mas acabei curando o ferimento dele. Eu tive que sair nessa hora, não podia mais perder tempo, já sabia que Kaymo estava bem, os outros já haviam descido e meu pai ficava cada vez pior. Coloquei o chocolate que comprei para ele dentro da sua mochila e então subi pela corda e depois a tirei, não queria que ninguém descesse atrás deles.  A Chin já tinha me dito que eles seguiriam pelo túnel, ela falou que tinha uma saída porque sentiu uma brisa no túnel, então segui minha viagem.

Em uma hora já estava em Comodo, exatamente como eu me lembrava! Areia branca, sol, folhas bem verdes e odaliscas, malditas odaliscas! Não queira saber por que tenho tanta raiva delas, embora seja obvio, usando essas roupas curtas e sempre rebolando de um lado para outro... ah!!! Não quero nem lembrar.

Fui logo procurar minhas informações, plantas brilhantes são difíceis de encontrar, e nem sei se aqui em Comodo tem. Assim que tive oportunidade fui descansar, estava morta de cansaço, por causa daquele pergaminho idiota eu tive que correr bastante. No dia seguinte, a moça da recepção disse que tinha um rapaz me esperando no bar do hotel, eu não tinha tempo, mas algo me dizia que era melhor eu ir. Chegando ao bar eu vi meu primo Juan, ele é IN-TE-I-RA-MEN-TE perfeito *suspira*, pele morena e sedosa, olhos extremamente negros, forte, com um sorriso lindo... ah... pena que é burrinho *risos*, fazia anos que eu não o via, como cresceu!

- Ô Prima! Senta aqui! – ele gritou assim que me viu.

- Olha o escândalo Juan! – eu o repreendi assim que me sentei.  – Você não mudou nada mesmo...

- E você mudou muito. –meu primo disse enquanto tomava um gole da bebida. - Arrumou um homem que te ature né? – completou rindo.

- Ei! Sim, eu estou namorando, se é isso que você quer saber. – eu sussurrei rangendo os dentes e tentando me acalmar. – Mas afinal, o que você veio fazer aqui?

- Sua mãe me pediu para te encontrar aqui, nós temos que ir pegar uma planta brilhante, ela vai fazer um chá para ajudar a retardar a doença do tio. – ele disse num tom sério.

- Retardar?! Não vai curar?! – eu perguntei preocupada.

-Não, é só para nos dar mais tempo, até conseguimos o remédio verdadeiro em Umbala.

- E você está achando isso normal?

- Claro que não né! Ele é meu tio, e meu pai também está muito preocupado com o irmão dele. O mais estranho é que ele ficou doente depois de ir a Einbech, e várias pessoas que estavam lá na mesma época, estão com os mesmos sintomas, que não são de nenhuma doença conhecida.

-Então como vamos curá-lo, se não sabemos o que ele tem?

-Existem algumas pesquisas sobre um remédio que cura todas as doenças, é atrás dele que nos vamos. Assim que pegarmos a planta brilhante, claro.

Depois disso, eu paguei o hotel e o bar e nós fomos pegar a planta brilhante o mais rápido possível. Pensei que teria uma na cidade mesmo, porque minha mãe só falou “Comodo”, mas felizmente Juan sabia onde tinha plantas brilhantes, o local mais próximo era o primeiro campo de Comodo, ficava muito longe da cidade e levamos 2 horas e meia para chegar lá.

Eu andava com a mão na minha adaga, pronta para me defender a qualquer momento. Tudo estava estranhamente quieto, mas eu não podia relaxar. Juan pelo contrário, andava totalmente despreocupado e inclusive, assoviando e balançando os braços para frente e para trás, para frente e para trás... sem nenhuma preocupação aparente.

- Juan, você poderia, por favor, parar de assoviar? – pedi com toda a calma que ainda me restava.

- Ah... não. – ele respondeu com uma enorme gargalhada.

- Sério? Você quer realmente que eu jogue uma bomba ácida em você? – eu disse soltando uma risada diabólica.

- Não, mas se você quiser jogar naquela coisa, esteja à vontade. – ele falou tremendo e imóvel, olhando para o enorme Crocodilo que estava na nossa frente.

- Juan! Um Crocodilo? Eles não te atacam se você não atacar primeiro! Deixa de graça e vamos logo, a planta só nasce a cada meia hora, e se ninguém já tiver pegado, podemos voltar antes do almoço.

Assim que me virei para arrastá-lo pelo braço, eu o vi correndo em direção a criatura e desfechando um imenso chute nas costas do monstro. Seus olhos pareciam ter um tom de púrpura e ele se movia com mais velocidade que o normal.

- Juan! Seu doido! Pare já agora! Você pirou? Pare agora ou nós vamos ter problemas! – eu comecei a gritar desesperadamente enquanto corria em direção dos dois.

Ele não parou, não importava o quanto eu gritasse, ele continuou a dar chutes e golpes que não me lembro de pertencer a qualquer classe comum. O Crocodilo, claro, revidou os ataques, e enquanto eu via meu primo sendo espancado, minhas pernas pareciam dormir, por mais que tentasse não conseguia andar mais rápido, minhas forças se foram.

Acordei em um lugar com pouca luz, mas não totalmente escuro, tinha cheiro de mofo e algo que não consegui distinguir. Era um cheiro adocicado e forte... tenho certeza que o conheço, mas nada me veio a mente até agora. Me levantei e logo no segundo passo percebi que meu pé direito estava sangrando, um corte que ia do dedão até o tornozelo, não faço a mínima idéia de onde eu me cortei, ou mesmo se o fiz sozinha.

A dor começou a ficar insuportável após alguns minutos, mesmo quando eu fiz um curativo e usei uma poção de cura, era como se o corte não cicatrizasse. Eu não podia desistir, continuei andando e procurando por Juan, aquele maluco retardado. Andei por umas 3 horas, eu acho, não tinha nenhuma noção do tempo. Ouvi um barulho, algo como gruuummmm, e segui o som, encontrei Juan ainda dormindo, calmamente como se nada tivesse acontecido, como se fosse um dia qualquer na sua cama. Ouvi o barulho novamente, e percebi que vinha do estomago do dorminhoco, afinal, ele não deve ter comido nada desde o café da manhã, e novamente ouço o barulho, só que bem mais alto, dessa vez vinha da minha própria barriga, também estava faminta.

Juan finalmente acordou, e eu estava tão fraca que não tinha forças nem mesmo para brigar com ele. Então fomos em silêncio até uma fonte de luz, a saída. Seguimos sem dizer absolutamente nada, passando por vários túneis e finalmente chegamos em... Comodo?


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