Supernatural - Um Bruxo a Solta escrita por JdiAngelo


Capítulo 11
Inferno




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Aquele belo sorriso que tomou minha vida havia desaparecido e uma face pálida e morta havia tomado seu lugar, Azazel e todos e fizeram aquilo pagariam e por fim eu, foi minha culpa, só minha, eu o coloquei naquilo de Wicca e ainda mais foi por mim que ele fez aquilo. Eu o amava.

Andei dois passos deixando o corpo daquele que amava no chão. Olhei para o rosto daquelas crianças, ainda havia uma coisa humana nelas, mas seus olhos ainda eram amarelos, mas os meus eram piores, estavam negros de dor e sede por vingança.

Eu fiz algo que não me perdoaria. Pequei as duas crianças pelo pescoço e as levantei. Seus olhos mostravam duvida por eu estar vivo. A garota que estava com a adaga tentava esfaquear me peito nu. Não chegavam nem perto.

Depois quase torci seus pescoços, queria matá-las. Não sabia se havia sido elas ou outra pessoa, mas estavam envolvidas. Quase haviam me matado. Isso já valia alguma coisa para minha vingança. Mas antes que pudesse matá-las, o garoto disse com uma voz aspera e demoniaca:

- A adaga pode salvar seu amigo, basta quebrá-la - eu não queria acreditar, mas olhei para a adaga e ela estava bem grande, uma espada e parecia crescer mais a cada minuto que se passava, a cada momento que o corpo de Kyle ficava mais pálido. Parecia roubar sua força vital.

- Eu não vou acreditar nisso.

- Acredite - a garota disse

- Eu não irei matar vocês - eles deram um sorriso de glória como se estivessem vencido - Mas eu vou... - então comecei a recitar:

Pater noster, Qui es in caelis, sanctificetur nomem tuum. Adveniat regnum tuum.

- O "Pai Nosso" em latim? - ela perguntou - Você não é padre 

Mas eu continuava.

Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

- Isso não vai funcionar. Você é um Wiccano... - o garoto disse. Seus olhos foram brilhando. E seu rosto parecia contorcido. Estava funcionando 

Panen nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et

nos dimittimus debitoribus nostri.

Et ne nos inducas in tentationem: sed libera nos a malo. Amen.

Quando disse "Amém" em latim, seus corpos ficaram quentes e eu não consegui segurá-los. Os dois cairam e começaram a se contorcer como se estivessem tendo uma convulção. Elas se sentaram, levantaram a cabeça para o céu e abriram a boca, de dentro dela saiu uma fumaça negra e densa. Eram os demonios que estavam nelas.

Cheguei seus pulsos e por um milagre estavam vivas. As duas. Meu coração quase parou, mas ai lembrei de Kyle. Fui até ele e me ajoelhei ao seu lado. Quebre a adaga Era o que passava pela minha cabeça, mas eu tinha medo de piorar tudo. De não conseguir ajudá-lo. Eu tinha que ajudá-lo.

- Vamos pensar - eu falava comigo mesmo - Um pacto é como um contrato, pode-se dizer magia então se eu fizer um contra feitiço sobre a espada e depois quebrá-la o feitiço acaba, certo? - era dificil pensar. Sam e Dean iriam entrar ali a qualquer instante e eu tinha medo do que iriam dizer. Tinha que agir. - Preciso de vela preta. - Kyle deveria ter alguma.

Procurei dentro de um comodo que havia no quarto e não havia nada. Mas o mais estranho era que procurei em sua roupa e havia uma, bem pequena, mas tinha. Enrrolada havia um papel escrito:

Fazer feitiço e encontrar Daniel.

Nunca mais se envolver com Azazel.

Tentei não chorar mas era dificil. Pequei a adaga de Kyle, que agora era quase uma espada completa e fiz o feitiço. Kyle estava magro agora, parecia pior que em seu sonho.

Coloquei a espada sobre a vela preta e disse calmamente:

- Grende Mãe, tenha piedade e de uma segunda vida a este que a alma foi aprisionada. - senti que a espada ficou mais pesada e quase impossivel de eu segurá-la, mas resisti. A ponta da espada estava bem quente, então fiz uma pequena ferida em meu braço e no de Kyle. A dor foi grande, mas tudo bem - Por mim e por ele.

A espada deu uma leve rachadura e aquele era o momento de terminar o que Kyle fez. Pelo menos se Kyle não sobrevivesse, sua alma estava livre de Azazel. Me levantei empunhando a espada ao céu e taquei ao chão com toda a minha força. Não se quebrá-la, mas a rachadura abrira.

Fiz o mesmo movimento e um som enssurecedor tomou o comodo. A espada quebrara. Foi meio facil, meio.

A espada começou a sair um liquido negro como piche. Eu a larquei e ela caiu. No mesmo momento que caiu, vi com o canto de meu olho Kyle se contorcendo, fui ao seu lado assustado.

Ele se contorcia como aqueles dois, mas ele não libertava nada, pois não estava possuído.

- Para! - eu gritava, já deixando as lágrimas correrem - Não posso ter feito errado! Acorda! - acho que havia acabado

Kyle

Adormeci. Meu corpo estava mole. Não conseguia abrir meus olhos, mas depois não sentia mais nada. Algumas sacudelas e gritos, mas eram tão longe. Conseguia ver bem long uma luz prateada e a voz de Daniel vinha de lá. Corri o mais rapido possivel. Estava vivo. Ele estava vivo. Era a unica coisa que passava por minha cabeça.

O caminho parecia não acabar. O chão parecia me parar, olhei para baixo e era sangue não o chão. Eu cai, desabei naquele liquido vermelho. Eu não sabia nadar. Aquilo era horrivel. Senti meu pé ser puchado. Havia uma figura estranha ali. Estava sem ar. Ela mostrou o rosto e era um demonio. Tentei me afastar, mas era tarde. Ela havia me pego.

Quando percebi novamente estava acorrentado e havia varios demonios me torturando com adagas negras como a minha. Cada facada parecia um pedaço de mim indo embora. Queria morrer, mas então percebi que já estava morto. Aquele era meu castigo.

Não se passaram muitos minutos, mas parecia uma eternidade. Eu ainda sentia uma ligação com Daniel, pensei que estava ali, mas não e também com a vida. Ainda sentia meu coração bater, muito fraco, mas sentia.

Depois vi os demonios se deteriorarem e já imaginava o que vinha por ai, mas nada veio. As correntes tremiam. Meu corpo tremia. Eu estava morrendo de novo? Então escutei os gritos de Daniel dizendo para eu voltar.

Você não é mais do Azazel era o que escutava Volta. Então senti meus olhos abrirem.

- Você é um anjo? - perguntei atordoado

- Kyle? - era Daniel. Seus olhos mostravam ainda lagrimas, mas já havia parado de chorar e um sorriso se estendia

Eu não respondi. Queria ficar olhando para o rosto que quase perdi. O rosto que não queria deixar. O que eu amava.

Eu pequei seu rosto para mais perto e beijei seus doces labios. Dessa vez ele havia deixado.

Daniel

Ele acordou. Seus olhos não eram mais amarelos, sua cor voltava a ser o que era. Ele era humano e continuava com suas falas bobas:

- Você é um anjo?

Não consegui responder sua pergunta, via que ele voltava a ser humano.

- Kyle? - eu perguntei.

Ele não respondeu. Ficou olhando para minha cara. Já imaginava ser um demonio, mas então ele pegou em meu pescoço para eu chegar mais perto e me beijou nos lábios. Dessa vez eu havia deixado.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.
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