Supernatural - Um Bruxo a Solta escrita por JdiAngelo


Capítulo 10
Vida


Notas iniciais do capítulo

Parte do que ocorre é Kyle que esta pensando.



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Eu o vi cair diante de meus olhos. Foi estranho. Depois do beijo que tanto desejei, ele morreu. Os olhos de Daniel foram ficando vagos. Ele ainda olhava para mim. Os olhos eram frios e tristes, mas depois foram se fechando e ele caiu. Não conseguia escutar nada, tudo estava escuro, era eu e Daniel, eu e o morto.

As duas crianças riam alvoroçadas ao meu lado. Tive vontade de rasgar suas gargantas e correr para ajudar Daniel, mas não pude. Aquele calafrio de Não pode fazer nada havia começado, e eu não podia fazer mesmo.

Caí de joelhos e fui até o corpo de Daniel. Seu rosto estava pálido. Ele parecia dormir, mas era um sono profundo e impossível de acordar. Eu coloquei minha mão sobre seu rosto, já estava frio. Todo seu sangue quente já havia ido e com ele sua vida.

Tirei sua jaqueta e depois a blusa. O ferimento não era o que dizemos superficial. Eles enfiaram toda a adaga em sua barriga, não o teria matado se fosse uma adaga normal, mas tinha veneno, o meu veneno. Depois que Daniel havia recebido a facada havia me sentido mais fraco, não apenas por ter perdido ele, mas por outro motivo e eu queria tanto saber o por que.

Coloquei a mão sobre o ferimento. Nem um movimento dele. Tentei fazer algo com magia, mas minhas mãos brilhavam e logo depois se apagavam, estava fraco. Sua ferida parecia ter fechado um pouco, mas eu precisava que seu coração batesse.

Coloquei uma mão sobre seu coração. Nada. as risadas ainda ecooavam. E minha mão livre sobre a ferida. Tinha que usar tudo que tinha. Não podia deixá-lo ali e não saber que tentei. Tentava fazer meu coração bater pelo dele, mas era impossível.

Eu chorei mais e mais. Não ia deixar isso acontecer, mas já havia acontecido. Naquela hora nada importava, apenas Daniel de volta a vida. Eu ia traze-lo.

Minhas mãos brilhavam de uma cor intensa, o ferimento se fechava, mas o coração não batia. Eu sentia que eu dava toda a minha vida a Daniel, que minha vida se dissipava de minhas mãos.

Eu havia começado aquilo. Sei que se me arrependesse agora não ia adiantar, mas eu me arrependi, sem dizer nenhuma palavra, mas me arrependi de ter perdido alguém tão especial.

- Desculpa. - eu sussurrei. Deitei ao seu lado e senti meus olhos se fechando. Havia tentado, certo? O corpo de Daniel que estava ao meu lado ainda imovel e o meu estaria assim. Estava fraco e tudo que tentei fazer só piorou minha existencia. - Sinto... - Meus olhos se fecharam e deixei que tudo corresse.

Daniel

Primeira coisa: pensei que estava morto. Segunda: Eu sentia estar morto. Terceiro: Eu estava definitivamente morto. Mas a  morte, pelo menos achava que você fechava os olhos e todo o sofrimento se esvaia, mas não.

Minha morte começou com um Flasback:

- Amor, vai ficar tudo bem. Eu sei - minha mãe dizia como se fosse muito normal entrar em um colegio novo, principalmente quando é um wiccano e nerd. Bom, né?

-É o que acha. - eu disse do banco de trás do carro. Pronto, pelo menos achavam, para meu primeiro dia. Era meu primeiro ano e dia naquele colégio. Assustador.

-Não fique assim. Essa é a ultima vez que nos mudamos. - meu pai disse. Eles iam para o trabalho juntos.

- Está bem. - eu disse saindo do carro.

- Nós te amamos. - eles disseram

Dei um breve tchau e sai andando. Ser visto como um queridinho dos pais, não era lá essas coisas para meu primeiro dia de aula.

-Parecia bem normal o lugar. Tudo bonito. Tudo limpo. Crianças estudando, bom, não? - eu falava para mim mesmo

Entrei no colégio. O corredor enorme me deixou meio assustado. Meu antido colégio era minusculo. Tentei parecer acustumado a isso, mas procurar seu armário é uma droga.

Eu andava como se fosse um zumbi, não sabia para onde ir. Eu vagava.

Enquanto eu procurava os armários. O sinal tocou e todos entraram nas salas, menos um. Ele veio correndo e como não via, esbarrou em mim e caí.

- Olha para onde anda. - tentei me levantar, mas meu pé latejava. Que bom jeito de começar as coisa - Ah!

- Precisa de ajuda? - outra voz veio

- Não. Gosto de ficar no chão.

- Então tá. - ele passou por mim

- Espera. Preciso de ajuda.

- Poderia ter falado antes. Kyle é meu nome - ele estendeu a mão. Ele era alto, tinha os cabelos negros, olhos negros e sua pele meio morena - Enfermaria.

- Que ótimo jeito de começar. Meu nome é Daniel.

- Seu primeiro dia?

- É. E já vou para enfermaria, por causa de um idiota que me derrubou. -Ele deu uma risada tosca. - O que?

- Você fala de um jeito engraçado.

- Muito engraçado.

Quando chegamos a enfermaria, Kyle, meu novo amigo eu acho, coninuava a me esperar. Era estranho. Como se o já conhecesse a tempos, mas tudo bem.

- Eu caí e torci o pé.

- Vou enfaichar e vocês podem voltar para a aula.

Mas eu nem guardei as minhas coisas, eu queria dizer, mas parecia meio envergonhante um garoto não souber onde esta o seu armário e pior ainda não sabia nem onde era minha sala.

Ela enfaichou cuidadosamente. Ainda doia um pouco. Eu fazia cada cara. Também só sabia, por que Kyle ficava rindo delas. Ele me fazia rir com aquele riso exagerado dele.

- Já podem ir. - ela disse

- Obrigado - eu disse pegando minhas coisas. Kyle veio me ajudar.

- Obrigado - ele disse.

Depois de um tempo de silencio, eu disse:

- Acho que posso ir sozinho agora.

- Vi que ainda não guardou as coisas. E sabe onde é a sala?

- Ah... - eu não queria admitir - Não sei onde fica meu armário e muito menos a sala - eu ri de mim mesmo por ter dito aquilo tão rápido e envergonhado.

Ele também riu.

- Eu te levo - eu entreguei o papel onde dizia onde era a sala e armário. - Você está na mesma sala que eu. E o armário fica ao lado de uma amiga minha. - ele sorriu. - Vai ser fácil.

Guardei as coisas rapidamente. Mesmo se fosse dez minutos de aula que tivesse eu queria assistir. Agora Kyle deveria pensar que eu era desastrado, apressado, burro, por não saber onde fica os armarios. Varias coisas.

- Para sala. - ele assentiu.

- Está aula é a da professora Cierra. Então ela vai entender.

Entramos na sala e acho que quase riram da minha cara. Imagina entrar doisa garotos na sua sala. O primeiro se apoiando no segundo com o pé enfaichado. Cena comica não acha?

Kyle explicou tudo. Faltavam palavras para mim. Depois tive que me apresentar lá na frente, mas acho que nao foram muito com a minha cara quando eu disse ser um bruxo, os unicos foram Kyle e Agatha, a amiga de Kyle que agora era minha também.

Meus olhos se abriram. Eu respirava fundo. Estava com um pouco sem ar. Sentia algo ao meu lado. Parecia um corpo e meu peito estava frio, eu estava sem camisa.

Me sentei e coloquei a mão na barriga. Nenhum ferimento. Olhei para o lado e era Kyle. Ele parecia pior que antes. Morto. Olhei para cima e vi aquelas mesmas crianças que haviam me esfaqueado. Não queria fazer nada, mas elas não eram as mesmas.

- O que fizeram a ele?

Seus rostos erm de crianças assustadas.

Nada iria me impedir.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews. :)



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