Um livro na mesa

Milhões de palavras.

Parágrafos, frases impronunciáveis

Figuras ilustrativas.

E sua reflexão de um mundo louco.

O mundo atual.

Saindo sozinha no colégio, ela transmite frustração.

Queria chorar, mas as lágrimas eram negadas.

Queria gritar, no entanto de nada valia ser ouvida.

Manteve-se imparcial. Disfarçou seu fracasso.

Afinal, era a mais inteligente dentre os alunos.

Olhos fixos e sem novas expressões faciais.

Essa é a sua marca. Sua personalidade.

Uma praça vazia

Uma tarde calma

Transições mentais

E um caderno preto...

Jogado no chão.

A curiosidade atiçou.

Aquele caderno tinha um encanto...

Um fascínio lhe era despertado.

Aproximou sua mão no objeto...

Ela o tocou.

Uma criatura surgiu.

Estranha e com deformidades corporais.

Ele era a forma de vida do caderno.

Ele explica o funcionamento.

Seu nome de Shinigami* é desconhecido.

Ela não se importa. Não liga para nenhuma das explicações.

Ela quer usar o caderno.

Não há garantias de ida para o paraíso ou inferno.

Mas ela não quer saber.

Sabia que era preciso.

Fazer justiça no país.

Abriu o caderno.

Mil nomes. Conhecidos e desconhecidos.

Outra página, desta vez sem nada escrito.

Pensou num nome.

Lembrou de imediato.

Um criminoso em liberdade.

Ele matou um amigo.

Foi preso e solto em instantes.

Alguém como ele deve pagar.

O preço: a morte.

Escreveu o nome completo dele.

Pouco depois...

Numa avenida qualquer

Um homem sente fortes dores...

O peito lhe esmaga.

O coração é amassado...

E o corpo tomba no chão.

As pessoas ali perto,

Não sabem como aconteceu.

A noticia de sua morte.

Chocou todos.

Ela... Exibia um sorriso.

Maligno e satisfatório.

Vingou seu amigo.

Provou que o caderno era real.

Sentiu-se a juíza suprema.

Ela decidia quem vive quem morre.

Em mãos, está sua arma: uma Death Note!

O humano que tiver seu nome escrito no Death Note morrerá;

Inara Angélica__ Maya- usuária do Death Note?