Os Marotos e os Mistérios de Hogwarts escrita por daghda


Capítulo 9
supermercado


Notas iniciais do capítulo

tentativa valida.... enrascada tremenda....



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Os marotos, todos ali reunidos, sobre as novas capas que estavam todas funcionando perfeitamente. Sirius estava munido de seus olhos de nuca, que estava dando a ele uma visão que ele jamais imaginara possível... nos primeiros passos que deu, ainda dentro da sala precisa, bambeou, e se Lupin não o tivesse apoiado, teria, com certeza se esborrachado. Desta vez, quando os acoplou à própria cabeça, não se assustou tanto com as memórias registradas ali, primeiro porque já as tinha visto e segundo, porque realmente não eram nada agradáveis, e com isso descobriu que bastava ignorar as lembranças que elas simplesmente paravam de se repetir dentro de sua cabeça. Estava se adaptando ao novo acessório mágico bem tranquilamente.

E agora todos se dirigiam para o destoante quadro de fruteira, com uma saliente pêra verde bem no meio, pendurado no meio da parede lateral do salão, e que ninguém conseguia explicar porque era mantido ali, já que era feio e não combinava definitivamente com nada no recinto, nem mesmo com a cor da parede.

_Quem vai fazer a coceguinha na pêra desta vez?

_Não eu! Fui eu da ultima vez lembra?

_Então vai você...

_Meu Deus, como vocês, garotos, são infantis e insensatos, daqui a pouco são ouvidos. Eu vou.

E decidida como era, Lílian ergue a mão aliviada por estar debaixo da capa, e os rapazes serem incapazes de enxergar o rubor forte em suas bochechas porque ficara bem vexada de realizar o ato. A pêra riu-se por alguns segundos e se tornou uma maçaneta exagerada e de um verde berrante. A garota a torceu e logo estavam todos caminhando pelo corredor apinhado de quadros ilustrando um incontável de alimentos pintados, talvez os únicos quadros de Hogwarts que não eram dotados de movimento.

Os seis iam lentamente, apalpando quadro por quadro, até mesmo qualquer manchinha que viam na parede eles analisavam atentamente. Esforçaram-se bastante, se desdobraram em atenção, mas não encontraram nada.

_Bem. Já que estamos aqui, não custa nada abrir aquela porta e pedir aos elfos algumas tortinhas de abóbora e bombinhas de chocolate. O que acham?

Todos concordaram com Alice. E comeram um bocado de doces e besteiras até considerarem hora d ir para a cama. Saíram sem pressa e bem cautelosamente, e já iam colocando suas capas quando Frank se desequilibra e vai caindo direto em direção a um comprido quadro com uma gravura de um pé de milho todo cravado de frutos. Este quadro, ao peso do garoto gira em um eixo central em torno de si mesmo e revela uma passagem escura, porém, bem intrigante. Parecia ser usada frequentemente, porque não havia sinal de poeira ou teias de aranha. Seguiram bem eufóricos e curiosos, embora no fundo todos sentiam que aquilo estava cheirando suavemente a fragrância de confusão.

O corredor era escuro e ia clareando inexplicavelmente à medida que eles iam avançando seu comprimento. Fez uma curva à esquerda, mais outra e finalmente uma à direita. Suas paredes eram nuas e pareciam ter sido erguidas apenas com pedras cruas, o que tornava o ambiente bem frio. Os marotos, claro fizeram anedota com isso:

_acabamos de descobrir outra função para as capas de invisibilidade. Se estivéssemos sem elas, já teríamos virado bloquinhos de marotos congelados.

_ Finalmente chegaram a uma porta envelhecida e gasta, que aparentava não ser mantida trancada há séculos, mas quando tentaram ultrapassa-la compreenderam o porquê da despreocupação: nenhum deles, por mais que tentassem, não conseguia.

De repente todos são acometidos de um susto tremendo: as luzes que vinham de lugar nenhum voltaram a se acender misteriosamente e quando olharam, muito encolhidos e juntos, para trás, viram uma minúscula sombra se aproximar. Até desconfiaram que poderia ser o Professor Flitwick, mas aos poucos reconheceram nas sombras aquelas familiares orelhas pontudas. Era um elfo. Pronto. Estavam com todas as respostas ali na frente e com seu segredo em segurança, bastava dar uma ordem expressa e clara. Todos tiraram a capa de invisibilidade ao mesmo tempo. Foi a vez do minúsculo serzinho quase enfartar:

_Fique em silêncio. – disse Sirius, experiente em lidar com elfos domésticos, pois era o único cuja família possuía um. Os outros ou não podiam tê-los ou tinham abdicado deles e adotado outros meios para manter a casa em ordem. – só falem muito baixo para responder às nossas perguntas. Você entendeu?

O elfo permaneceu calado.

_Isso foi uma pergunta.

_Myrtis entendeu, senhor.

_Myrtis é o seu nome não é?! Então me diga que corredor é este, e onde ele leva?

_Esta é uma passagem que nos liga ao mercado e à ceara de Hogsmead. É o local por onde nós, os elfos de Hogwarts, transportamos por levitação todos os mantimentos de que a escola necessita.

_E porque nós não conseguimos passar pela porta Myrtis?

_Ora, senhor, somente elfos domésticos podem passar pela porta. É protegida por um feitiço anti-invasão.

‘Ainda bem que não puseram o mesmo feitiço nas outras passagens’ pensou Tiago gravemente.

_E existe algum jeito de um bruxo passar?

_Sim senhor, há um. Basta o bruxo estar em contato físico com um elfo.

_pois então eu te ordeno, Myrtes que nos atravesse pela porta. Passe três de nós e volte para atravessar os outros três. E depois disso você nunca mais mencionará a ninguém o que aconteceu aqui. Agirá como se tivesse esquecido tudo, entendeu?

_Sim, Myrtis entendeu tudo, senhor.

Então, uma vez fora da pequena porta, os seis olharam maravilhados. Era como um grande supermercado trouxa, porém inimaginavelmente maior. E isso foi uma afirmação de Lily, a única que já tinha visitado um. Não se atreveram a andar muito pois era muito fácil se perder no meio de tantos corredores abarrotados de lojas que vendiam os mais variados mantimentos, desde ingredientes, alimentos, temperos, verduras, cereais, queijos dos mais variados, até materiais de limpeza, vassouras (bem diferentes daquelas que os garotos usavam pra voar), baldes, sabão.

Mas não puderam evitar, deslumbrados com tudo o que viam, como eles podiam nunca ter desconfiado da existência de um lugar como aquele? Eles conheciam as cinco exceções da lei de Gamp, e sabiam que a principal delas era que não se podia conjurar comida do nada. Podia-se até multiplicá-la, mas se já houvesse alguma coisa. Acabaram por se distraírem, não foram muito longe, mas ao olharem novamente em direção á passagem por onde saíram, avistaram, caminhando apressada, fazendo levitar à sua frente uma grande caixa abarrotada com detergentes e esponjas para louças, Myrtis, já a dois passos da portinha. Berraram por seu nome mas em um instante perceberam a grande burrada de Sirius. Ordenou que ela agisse como se tivesse se esquecido e ela assim agira, não demonstrando se lembrar de que os garotos estavam ali, parecia mesmo fingir nem os escutar. E se vendo derrotados e em uma enorme enrascada, desistiram e se jogaram de qualquer jeito esparramando-se sentados no chão frio.

_E agora? O que faremos? Não vamos conseguir chegar ao castelo antes do amanhecer.

_Não vamos conseguir, a menos que...

_A menos que... o quê?

_Somos animagos, lembra? Aliás, espero que tenham treinado o suficiente, garotas, e você também Aluado, você com aquele medo idiota de dar algo errado e se transformar em....algo que não deseja.

_Tiago, sempre subestimando as garotas. Claro que treinamos e na verdade, essa é uma ótima idéia, eu não teria tido uma melhor.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado....
abraços
daghda