Meu nome era Rebeca. Eu tinha 14 anos e morava no Rio de Janeiro, sempre disse que a cidade era linda, que tinha muitos pontos turísticos e mais...

Eu era uma menina normal, igual às outras, tente imaginar uma menina que goste, melhor, se imagine.

  Era muito feliz e sempre sorridente, tinha muitas amigas, gostava de sair, brincar, e nunca fui uma menina de odiar ninguém, me dava bem com todos que me tratavam bem. Eu era uma menina bonita, era uma menina realmente muito bonita, cabelos longos, compridos, ruivos, olhos verdes como a grama do seu jardim.

  Eu, como toda garota, tinha minha paixão secreta, por um menino mais velho, só que como a vida quase nunca é um conto de fadas, Daniel nem me notava.

Já mencionei que atrás da escola, tinha um milharal? Não? Então, atrás da minha escola tinha um milharal, minha casa ficava atrás, logo depois dele. Eu tinha um vizinho, ele não me era estranho, ele morava em uma casa verde.

  Em um dia normal como todos os outros, eu acordei como sempre, fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto, penteei o cabelo, coloquei o meu uniforme, mas algo me dizia que aquele dia ia ser diferente.

  Eu sempre ia pra escola a pé, tinha que atravessar o milharal que mencionei. Bom, cheguei na escola, a aula foi boa como sempre mas, com eu disse o dia foi diferente, o garoto em que eu era apaixonada, o Daniel, me chamou para sair, eu ia encontrar ele no shopping.

  Voltando para casa, no milharal, encontrei meu vizinho, ele me chamou para ver uma coisa que ele tinha construído, eu recusei, mas ele insistiu, eu fui. Era meio que uma casinha, subterrânea, tinha uma escada, eu desci, sentei em uma almofada no chão, já estava na hora de eu ir para casa, e ele disse: ”Esta quente aqui... Se quiser tirar o casaco, fique a vontade...” Eu fiz um gesto de “não” com a cabeça e ele ficou me olhando, me encarando, estava com medo, e ele percebeu, e disse: ”Não precisa ter medo de mim Rebeca” então eu disse: “É que... Eu preciso ir, minha mãe está me esperando em casa” e ele rebateu em seguida:” Mas, eu não quero que você vá”. Eu estava realmente com muito medo, e então eu avancei para cima da escada, ele puxou meu pé, então eu dei um chute no nariz dele, e ele caiu, consegui fugir, mas minha mãe estava me procurando, e meu pai tinha chamado a polícia, eu corri, até que eu vi minha mãe, perguntando se alguém tinha me visto, e então eu gritei, gritei, mas minha mãe, e mais ninguém podia me ouvir, então eu gritei com toda minha força, e ela der repente virou assustada, um carro passou na frente dela, e sumiu, tudo começou a ficar branco...