Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 28
Capítulo XXVI - Pazes?


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo :D Como vocês estão? Hoje tem mais um capítulo para vocês lerem, espero que gostem!



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Capítulo XXVI – Pazes?

POV Edward

A água estava agitada impedindo que, mesmo com a minha visão aguçada, eu visse algo além de bolhas de ar e areia flutuando.

Bati meus pés rapidamente em direção a um som diferente, como se fosse um grito em baixo da água, percebi que naquela parte onde eu estava o mar estava mais calmo, eu deveria ter atravessado a arrebentação.

Logo avistei algo estranho. Pareciam dezenas de polvos, porém não eram meros animais e sim bichos estranhos com muitos tentáculos... Eram pequenos, não passavam de meio metro, suas caras eram estranhas também, mas suas bocas eram grandes para seu tamanho e pelo que vi tinham dentes afiados.

Todos esses detalhes eu captei em meros segundos, pois não fiquei os analisando e sim fui tentar ajudar Bella que se debatia em baixo da água tentando se livrar daqueles seres que tentavam a todo custo atacá-la. Muitas bolhas de ar saiam de sua boca e pela velocidade que isso acontecia minha bruxinha já estava sem ar.

Nadei até mais perto, mas aquelas criaturas me atrapalhavam a todo custo de chegar perto. Em um feixe de espaço enxerguei Bella com os olhos espremidos tentando segurar a respiração.

- Bella! – minha voz foi abafada pela água.

Irritei-me com aquelas coisas e então em um ato de desespero para salvar a vida da mulher que eu amo eu rosnei expondo meus dentes. Meus caninos ficaram a mostra e pela primeira vez aqueles bichos perceberam quem era o maior predador do planeta, mas ao contrário do que pensei, eles não fugiram, apenas se afastaram, mas foi o suficiente para ver Bella prestes a perder a consciência.

POV Bella

Eu poderia facilmente mandar um feitiço e acabar com aqueles sereianos [N/a: Aquelas criaturas horrorosas que aparecem em HP e o Cálice de fogo, não sei do que elas são capazes, então saíra da minha imaginação.], porém eu não conseguia. O ar se esvaiu rapidamente de meus pulmões e eu não conseguia mais raciocinar direito.

Um alto rugido soou abafado na água e eu senti meu corpo ficar leve sem aquelas criaturas me puxando para baixo ou mordendo. Abri meus olhos lentamente e minha visão embasada começou a escurecer, eu não agüentava mais, precisava de ar.

Então antes que eu fechasse meus olhos vi uma sombra aproximar-se rapidamente de mim e então minha visão escureceu. Senti algo segurar meu rosto e então outra coisa pressionar meus lábios e tentar abri-los.

Eu não tinha mais resistência, e já estava entregue sabendo que eu engoliria mais água do que eu já tinha engolido e morreria afogada. Hun! Depois de todas as coisas que escapei, depois de todos os bruxos que já prendi, de todos os perigos que passei eu acabaria afogada por um monte de sereias feiosas!

E o pior de tudo é que a única coisa que me passou pela cabeça foi Edward e as tantas possibilidades das coisas serem diferentes. Por que ele foi me trair? Por que ele não me pediu desculpas? Por que ele é tão orgulhoso? E por que eu sou tão orgulhosa? Por que eu não...

Meus devaneios foram interrompidos quando em vez de água uma grande lufada de ar entrou em minha boca e foi diretamente aos meus pulmões que os aproveitaram com toda potência.

Notei que ainda estava em baixo d’água e um abraço de aço me protegia dos sereianos que voltaram a atacar, eu escutava claramente seus ganidos e rosnados. Abri meus olhos e a boca de Edward estava colada a minha em quanto ele mandava o ar de seus pulmões.

Aquilo foi o suficiente para que eu retomasse minha consciência, percebendo isso o vampiro afastou o rosto e notei que ele estava com as presas expostas e rosnava para os sereianos que tentavam atacar minhas costas.

Bati meus pés e fiz sinal para Edward se afastar, ele negou com a cabeça e eu quis gritar para ele seguir a porra do meu aviso e se afastar, mas lembrei-me que estávamos em baixo da água e isso seria suicídio.

Segurei o ar em meus pulmões e então forcei meus pés em Edward me empurrando para longe de seu corpo e então fui seguida pelos sereianos que logo afundaram inertes com o feitiço que eu lancei pelas minhas mãos.

Deixei-me soltar o ar lentamente em quanto batia os pés para emergir, mas confesso que eu estava cansada e não possuía mais forças nas pernas.

Senti um braço rodear minha cintura e então me ajudar a subir em uma velocidade incrível. Fechei meus olhos e me encolhi.

POV Edward

Abracei Bella e a apoiei em meu peito e bati meus pés em direção a superfície. Em poucos segundos estávamos um pouco atrás da arrebentação e minha bruxinha tossia a água que havia engolido.

Ela respirava fundo e com dificuldade, me permiti apoiá-la para que não engolisse mais água ainda. Bella surpreendeu-me quando rodeou meu pescoço com os braços e então descansou sua cabeça em meu ombro em quanto sua respiração se estabelecia.

Seu peito estava encostado ao meu e eu o sentia subir e descer, seu coração batia forte e acelerado e suas mãos tremiam em minhas costas.

- Você está bem Bella? – perguntei e depois me chutei mentalmente, era óbvio que ela não estava bem!

Preparei-me para escutar uma de suas repostas “carinhosas”, mas me surpreendi mais uma vez quando ela respondeu sincera.

- Não.

- Agüenta segurar a respiração só mais um pouquinho para sairmos do mar? – perguntei preocupado.

Ela suspirou e assentiu.

Segurei sua cintura contra mim e nadei o mais rápido possível até ficar em pé e finalmente segurá-la no colo.

- O que eram aquelas coisas? – perguntei assim que a coloquei em pé ao chão, suas pernas tremiam um pouco e eu a apoiei.

- Você conhece muito pouco sobre o mundo a que pertence Edward. – disse ela finalmente voltando ao normal, ou seja, me dar patadas.

Sua expressão estava ficando raivosa e ela praticamente grunhiu quando respondeu.

- Aquelas coisas eram sereianos e você viu muito bem do que são capazes! Mas o que eu não entendo é o que raios aquelas criaturas fazem tão perto das costas dos mares dos trouxas!

Bella assoviou alto impedindo que qualquer palavra saísse de minha boca, pois ela grunhia e andava de um lado para o outro.

Sua vassoura não demorou a chegar e ela logo a montou.

- Espere Bella! Aonde vai? – perguntei e ela me olhou seriamente.

- Ao ministério.

- Mas você acabou de sair de um quase afogamento! Sossega um pouco! Depois você vai lá! Não está em condições! – mas eu falei para o vento, já que a louca da minha ex simplesmente me ignorou e saiu a toda velocidade.

Bufei.

- De nada.

POV Bella

Voei o mais rápido possível até o ministério. Eu estava muito puta da cara. Alguém estava tentando me matar e eu não sabia quem era. Voldemort não era, ele não iria me subestimar ao ponto de mandar sereianos para fazer o trabalho sujo. Além do mais ainda tinha a história de eu ter sido denunciada por revelar o segredo a trouxas. Algo dentro de mim avisava que alguém do ministério estava tentando acabar comigo.

Andei a passos largos até a sala que eu descobri que estava tendo uma reunião. Nos largos corredores as cabeças viravam espantadas para a garota de saia jeans, descalça, com a parte de cima do biquíni e um casaco aberto, para completar o visual completamente encharcada e cheia de areia. Olha só! Eles estavam olhando para mim!

Não retribui seus olhares, eu estava muito brava para fazer qualquer coisa.

Não demorei a chegar a frente de uma grande porta. Abri sem pedir licença e ainda pude ver os bruxos sentados em volta de uma grande mesa pulando de susto. O canto de minha boca subiu em um sorriso divertido.

- Ora, nem me esperaram para iniciar a reunião? – perguntei andando lentamente para perto da mesa.

Eles me olharam assustados por um tempo, acho que minha aparência não estava das melhores.

- Bella? – perguntou Sirius com a testa franzida. – O que aconteceu?

- Ah! O de sempre, alguém tentando me matar e... – fechei a cara acabando com o meu “bom” humor – E a porra sereianos perto das encostas dos trouxas tentando me afogar!

Burburinhos se iniciaram incrédulos com as minhas palavras.

Todos os grandes bruxos estavam ali.

- Você-sabe-quem estava tentando te matar? – perguntou olho tonto e eu fechei a cara.

- Não foi ele que tentou... Não seria tão burro ao ponto de tentar me matar com a ajuda de sereianos.

Olhei atentamente para os rostos que concordavam com minhas palavras, mas um destoava entre tantos rostos. Uma feição de desgosto, irritação, misturada com uma vergonha contida. Ora, ora, será que eu encontrei quem estava tentando me matar?

Fulminei a bruxa com o olhar e então disse com um sorriso escondido.

- Não concorda Umbridge?

Dolores Umbridge é uma bruxa de poderes médios, mas o que ela não tem em poder completa com futilidades. Uma mulher completamente perua, porém é gananciosa e não mede esforços para que os objetivos do ministério sejam cumpridos. Ela não possui ética e não tem nenhuma noção das coisas.

Ela fechou a cara para mim.

- Não creio que seria tanta estupidez mandar sereianos, já que está tão brava com o fato... Creio que pelo estado em que está quase conseguiram o que queriam. – sorri de lado mais uma vez.

Será que ela está confessando?

- Pois é... Quase mesmo. – concordei. – Talvez se não fosse por um amigo eu teria me afogado com certeza.

- O amigo trouxa? Aquele que você contou o que era e assim desrespeitando as leis. – disse ela entre dentes e eu ergui minhas sobrancelhas.

- Creio que está bem desinformada minha cara e não é muito boa em usar a inteligência... Então coloquemos as coisas em pratos limpos... Foi você quem tentou entrar em minha mente quando eu não estava em condições de bloquear, foi você quem viu um garoto me ajudando e me chamando de bruxa e então me denunciou por revelar o segredo e foi você quem mandou sereianos para me matar, provavelmente depois de ter recebido minha carta em resposta as acusações.

Sorri ao terminar meu discurso e ela me fuzilava com os olhos em quanto os outros bruxos me olhavam assustados.

- Bem... Seu silêncio comprova minhas suposições. – disse sorrindo superior e então coloquei meus braços para trás e comecei a me aproximar de uma cadeira.

- Quer dizer então que é verdade que revelou o segredo? – perguntou um dos bruxos e eu dei de ombros.

- Como eu disse, a inteligência de nossa colega não é das melhores... Sim eu contei a alguém o que sou, mas ao contrário das suposições ele não é um trouxa e sim alguém dono de um segredo tão grande quanto o nosso. – dito isso eu peguei minha varinha e a encostei em minha têmpora.

Puxei lentamente tirando um fio de memória e então o joguei no ar com a varinha e então uma espécie de tela se formou diante de todos aqueles bruxos. [N/a: peguei a idéia do filme a transformei para a fic, ou seja, nada disso em livros ou em filmes.]

A memória que escolhi era recente, era do fato que ocorrera há pouco. A imagem de eu e Edward sentados na praia apareceu. Pausei a imagem em seu rosto.

- Prestem atenção nos olhos dele. – disse. – Percebem a cor?

- São amarelos ouro. – disse uma das bruxas.

- Exato. Percebam também as outras características dele... Pele pálida, traços perfeitos...

- Ele não pode ser um vampiro! Vampiros têm olhos vermelhos! – disse Umbridge nervosa.

- Mas ele é diferente... Não conhecíamos essa possibilidade... Esse vampiro é mais humano do que os vampiros, pois não bebe sangue humano, por esse motivo é pacifico. – disse Sirius entendendo aonde eu queria chegar.

Burburinhos de surpresa e não entendimentos soaram.

- Vampiros são sanguinários e só pensam em matar. – disse uma das bruxas e eu sorri.

- Eu também pensava isso... Mas vejam o que ele fez e se existe alguma possibilidade dele ser isto? Quer dizer, quando imaginávamos que alguns deles poderiam ser bons? – perguntei retoricamente e então deixei que a sena continuasse.

Vendo de novo percebi o quanto Edward foi importante. Ele salvou minha vida sem pensar duas vezes antes de fazer. Talvez eu importasse pelo menos um pouquinho para ele.

Xinguei-me mentalmente ao perceber só agora sua feição preocupada e triste, eu nem se quer disse obrigada por ele ter me salvo.

Engoli a dor em meu peito assim que as imagens terminaram e então voltei meu olhar para os bruxos.

- Como podem ver, esse vampiro salvou minha vida... Creio que alguns conceitos conhecidos devem ser mudados. Porém não estamos em época de nos preocuparmos com esse tipo de coisa. Afinal um bruxo das trevas de grande poder está à solta e nossas preocupações devem estar direcionadas totalmente a ele e em sua captura ou destruição... Esqueçamos de futilidades como essa, pois se esse bruxo conseguir seus objetivos teremos problemas muito maiores do que feitiços vistos por trouxas, ou segredos revelados. Creio que essa reunião era por esse motivo não?

Bem, eu não era respeitada apenas por meus poderes, mas eu pensava né! Não era que nem certas bruxas fúteis.

Logo o assunto voltou a Voldemort e eu acabei ficando para a reunião. Muitos pontos foram esclarecidos para mim e ao final de toda aquela conversa eu percebi que não adiantava nós perseguirmos ele, nem procurá-lo. Tínhamos que esperar seu ataque, nos adiantarmos. Mas quando eu disse isso ninguém concordou.

- Se quer esperar boa sorte, eu quero mais é acabar com ele de uma vez. – diziam.

Suspirei, cada um tinha a sua perspectiva, eu não podia simplesmente impor minha opinião.

Ao final Dumbledore me falou que ele estava criando uma sociedade secreta chamada a Ordem da Fênix e queria que eu participasse. Aceitei numa boa e disse que o que eles precisassem eu ajudaria, mas estava convicta que em algum momento Voldemort viria atrás de mim, já que eu fui a primeira a desafiá-lo em nossa infância e pessoas desse tipo guardam magoas dês que são crianças.

Despedi-me rapidamente e me direcionei a saída já que eu teria que voltar para a praia antes que notassem a minha falta. Apesar da pressa não resisti e tive que tirar uma onda com a perua.

- Na próxima vez que quiser acabar com alguém, seja mais competente. – mandei uma piscadela a ela e sai daquele lugar.

Eu estava morrendo de frio. Mesmo que eu não adoecesse com facilidade eu sentia que estava a ponto de ficar gripada. Assim que chegasse ao alojamento eu tomaria um banho quente e então falaria com Edward.

Eu precisava agradecê-lo e me desculpar por ter sido grossa com ele logo depois que ele salvou minha vida.

POV Edward

- EDWARD! – berrou a pentelha da minha irmã e eu pulei de susto quase caindo da mureta onde estava sentado.

Olhei feio para ela.

- Que foi Alice? – perguntei sem paciência e ela suspirou e sentou ao meu lado.

- O que você tem? Está quieto dês de cedo, fica olhando para o nada... O que aconteceu? Onde está Bella? – perguntou de forma carinhosa e eu me arrependi de ter sido rude com ela.

- Bella foi ao ministério dos bruxos. – expliquei, mas antes que ela fizesse qualquer nova pergunta nossos amigos chegaram para conversar.

Encostei minha cabeça na coluna do quiosque e deixei minha mente vagar.

Já era noite e minha bruxinha ainda não havia voltado, eu estava começando a me preocupar. E se ela sofreu outro ataque no meio do caminho? PARA! Argh! Nesses momentos nós sempre pensamos as piores coisas! Notícia ruim chega rápido Edward, relaxa!

Forcei minha mente a se concentrar em outra coisa, como o lugar onde estávamos.

Os professores fizeram algumas atividades conosco hoje durante a tarde e então a noite ficou liberada para fazermos o que quiséssemos. Como não tinha muito o que fazer por aqui, os alunos se reuniram no quiosque para conversar e escutar música.

O quiosque ficava de frente ao mar, como quase tudo nesse lugar. Todos conversavam animadamente em algumas mesas em quanto lanchavam hambúrgueres com batatas fritas. Havia um pequeno palco ao lado da lanchonete, provavelmente ocorriam pequenos shows ali.

Um grupo de garotos, que logo reconheci ser da minha sala, estava tocando e cantando algumas músicas ao violão em quanto a maioria dos alunos os acompanhava na cantoria.

Vi Alice saltitando até um dos garotos que estava com o violão e pedindo que eles cantassem For You To Notice, mas eles não sabiam qual canção era já que a cabeça de vento da minha irmã esqueceu o nome da banda.

Revirei os olhos para ela e nesse momento ela chamou.

- Edward?! Qual é o nome da banda? Eu não lembro. – perguntou ela com um biquinho... É ela realmente queria muito escutar essa música.

- É... – abri minha boca, mas fechei em seguida já que eu também havia esquecido o nome da dita banda. – Não lembro Lice.

- Ain... Jazz? Rose? Emm? – ela bufou com a negativa da cabeça de nossos irmãos.

Os garotos pediam desculpas com os olhos ao afirmarem que realmente não sabiam que música era em quanto Alice cantarolava a melodia.

Ela fez bico mais uma vez e então pulou sorrindo largamente.

- Edward? Você sabe que música que eu estou falando não é? – perguntou e eu assenti pressentindo que lá vinha... – Então você podia tocar né?

Alice me olhava pedinte.

- Eu não estou muito no clima para cantar Alice... – desconversei, mas quem disse que isso de coisa funciona com ela?

Minha irmã voltou seu olhar para os garotos e perguntou se eles emprestavam o violão e logo ela veio saltitante e me entregou.

- Por favor?

- Manhosa. – bufei pegando o violão.

Dedilhei as cordas rapidamente para ver se estava bem afinado e então comecei a tocar. Os olhares dos alunos se voltaram para mim, estavam admirados com a minha voz e com o fato da fluência em inglês.

http://www.youtube.com/watch?v=O_CkA-03AWk [Dashboard Confessional - For You To Notice]


Dashboard Confessional - Para Você Me Notar

Eu estou começando a formar uma idéia na minha cabeça

Onde eu poderia impressionar você

Com cada palavra que eu dissesse

Poderia ser espirituoso, ou corajoso, ou delicado, ou encantador

E você iria querer me ligar

Parei de olhar para o violão e ergui minha cabeça, nesse momento avistei um par de olhos chocolates e não consegui mais desgrudar deles.

E eu estaria lá toda vez que você precisasse de mim

Eu estaria lá sempre

Mas, por enquanto, eu pareço tão ansioso

Esperando

Até você me querer

Até você precisar de mim

Até você me notar

POV Bella

Abracei meu corpo com o vento frio da noite soprando do mar e me encostei-me ao pilar do quiosque. Meu coração bateu descompassado em quanto eu escutava Edward cantando... E ele cantava diretamente para mim já que seus olhos não desgrudavam dos meus e eu não consegui desviar também.

Eu era fluente em inglês e outras línguas também e o exato pedaço da música que ele cantava me dizia tantas coisas e a culpa só aumentava. Era como se ele dissesse que não importava o quanto eu o tratava mal, ele sempre estaria lá para me salvar quando eu estivesse em perigo.

Mordi meu lábio inferior assim que ele terminou e foi aplaudido. Edward continuava olhando para mim e entregou o violão para Alice que saltitava sorrindo largo.

Respirei fundo e fui até ele que levantou da mureta em que estava sentado. Os outros já haviam voltado seu olhar para os garotos que tocavam outra melodia.

Olhei fundo em seus olhos e disse.

- Obrigada. – Edward franziu a testa em confusão e eu bufei. – Você pode me chamar de arrogante, orgulhosa, metida, qualquer coisa que pensar, provavelmente será verdade... Mas nunca diga que sou injusta, pois ser justa é a única coisa que me orgulho de ser... Salvou minha vida Edward, então obrigada.

Percebi que nossos amigos já estavam a nossa volta e me olhavam confusos.

- Onde você estava Bella? Te procuramos por todos os lados o dia inteiro, onde se meteu? – perguntou Drica.

Voltei meu olhar para ela e respondi dando de ombros.

- Estava na enfermaria. – isso me fez lembrar que assim que cheguei no alojamento tive que adulterar a memória dos professores para que eles “soubessem” que eu estava na enfermaria.

- Se machucou? – perguntou Jasper sem entender e eu fiz negativo com a cabeça.

- Fui dar um mergulho e acabei me afogando... Edward me salvou. – expliquei e ele arregalou os olhos para o irmão.

- Por isso que você estava tão preocupado... Porque não nos contou logo? – perguntou.

- Eu pedi para não contar. – disse antes que Edward reagisse à pergunta de Jasper.

Todos assentiram e logo entraram em outro assunto. Alice me olhava seriamente e então se aproximou me puxando para longe de ouvidos humanos.

- Bella, por favor, me diz que você não tentou se matar de novo. – seus olhos não demonstravam expressão e ela segurava meu braço com força.

Olhei magoada para ela.

- É claro que não Alice! Eu disse a verdade, eu me afoguei e Edward me salvou, acredite em mim eu não fui por vontade própria para a água. – assim que terminei percebi que os vampiros me cercavam e meu ex me olhava de forma inquisitiva.

- Como assim de novo? – perguntou ele.

Olhei chorosa para Alice que tapava a boca e me pedia desculpas com os olhos Ela tinha prometido que aquela história tinha morrido e não falaria nada a ninguém, nem mesmo para Jazz.

- Ah! Longa história... Vem gente, depois eu conto para vocês... – dizia a tampinha empurrando seus irmãos que olhavam assustados para mim.

Ela conseguiu tirar todos da minha volta, exceto Edward, é claro...

POV Edward

Bella olhava cansada para mim que não desviei meu olhar em nenhum momento do dela.

Eu sentia meu estômago embrulhado apenas em imaginar Bella mort... Deus eu não conseguia pensar nessa possibilidade. Minha respiração acelerou com o medo crescente em meu peito.

- Foi há muito tempo ta? E eu não quero falar sobre isso e... – começou a se explicar emburrada, mas tudo o que eu consegui fazer foi abraçá-la.

Sim eu a abracei, o medo de perdê-la que senti hoje e mais a possibilidade de ela ter quase se mata... Deus! Veio com tudo, e eu só queria que ela continuasse ali, segura em meus braços.

Bella se assustou com o meu ato e não se mexeu por alguns momentos. Seus pés estavam fora do chão já que eu a levantei com o abraço. Minha bruxinha então me surpreendeu quando enlaçou meu pescoço e retribuiu o abraço.

Abraçou-me apertado e escondeu seu rosto em meu ombro e sussurrou.

- Desculpe.

Franzi minha testa.

- Pelo o que? – perguntei sussurrando como ela.

- Por te sido grossa contigo.

- Bella, por quando exatamente você está se desculpando? – perguntei realmente sem entender e ela riu fracamente em meu ombro.

- Por hoje... Você salvou minha vida e eu te destratei, mas desta vez você não merecia, eu estava com raiva de outra coisa e acabei descontando em você. – explicou-me.

- Do que estava com raiva? – perguntei não querendo solta-la e então conseqüentemente distanciar meu nariz dos seus cabelos que cheiravam a essência que eu tanto amava.

- Geralmente fico com raiva quando querem me matar. – respondeu-me em tom óbvio e eu pude imaginar ela revirando os olhos.

- Não ficou com raiva quando avisei que James iria te atacar. – retruquei e ela bufou.

- É diferente Edward... Eu sabia o que James era, e sabia como me defender dele... Mas hoje eu não sabia quem estava tentando me matar e o fato de não saber me irrita... Eu tenho uma lista imensa de inimigos que querem minha cabeça, mas eu não me preocupo, pois sei exatamente quem eles são.

Tenho certeza que minha expressão a chamava nitidamente de louca, ainda bem que ela não podia vê-la já que ainda estávamos abraçados.

- Você é absurda Bella. – murmurei e ela riu.

- Eu sei.

O assunto acabou, mas eu não quero largá-la... Comofaço?

Quer dizer... Estávamos abraçados, sem discussão... Será que finalmente iremos fazer as pazes?

- Estamos bem? – perguntei de repente e Bella se remexeu para descer e eu a coloquei no chão relutante.

Ela me olhou sem entender.

- Paz? – perguntei e ela finalmente entendeu o que eu queria dizer, mas ficou em dúvida até que finalmente abriu um largo sorriso e concluiu.

- Paz.


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Notas finais do capítulo

Será que essa paz vai durar? Hummm... Sei não :x



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