Quando entrei em casa, Esme estava sentada no sofá lendo uma revista, estranhei ela estar em casa essa hora, mas não falei nada.

– Oi tia. – falei jogando minha bolsa numa poltrona e me sentando ao lado dela.

– Oi, querida, tudo bem? – ela parecia bem distraída.

– Aham. – respondi rapidamente - Tia... obrigada – nem precisei falar pelo que, ela já sabia que eu estava falando sobre o cartão.

– Só entreguei o que já te pertencia, Bella – respondeu amigavelmente. – Agora me conta, que história de namorado é essa? Toda a sociedade está comentando sobre uma Swan ter amarrado um Cullen – ela falou rindo. Eu já sabia que isso iria acontecer, maldita sociedade mesquinha.

– Ahhh... – eu não sabia se podia contar a verdade pra ela, que eu só estava fingindo na festa, então eu enrolei – A gente tá se conhecendo melhor, vamos deixar rolar – repeti o que falei para Ed ontem. Esme me olhou meio desconfiada, mas depois assentiu, logo mudei de assunto. Ficamos conversando banalidades por um bom tempo, mas depois eu fugi pro meu quarto, sabia que faltava pouco pra ela começar o assunto predileto dela: minha mãe. Resolvi ouvi música para passar o tempo, ainda falta muito pra eu sair de novo, e eu não sabia o por que mas eu estava ansiosa para 20h chegar logo.

[...]

Meu Deus, eu estava completamente perdida, não tinha nenhuma roupa pra sair hoje a noite, na verdade, eu até tinha roupa, mas não sabia como ir. Vestido? Saia? Com bolsa ou sem bolsa? Maquiagem leve ou pesada? Resolvi apelar pra Rose. Abri a porta do quarto e gritei pra ela, em menos de 1 minuto ela estava no meu quarto.

– Que foi? Espera que seja alguma coisa importante porque eu estava com o Emm no telefone – ela praticamente gritou. Fiz a carinha mais pidona que pude.

– Eu não sei com que roupa eu vou hoje, você pode me ajudar? – bati meus cílios várias vezes pra reforçar meu pedido, ela olhou pra mim e riu.

– Eu também não tenho nenhuma ideia, Bellinha. Vamos ligar pra Allie, ela é ótima com moda. – Ignorei o apelido dela pra mim, e esperei ela ligar. Lógico que Alice falou que estaria aqui em menos de um minuto, aquela baixinha não iria perder a chance de nos fazer de Barbie por nada.

Quando Alice chegou, nós 3 corremos para o meu quarto pra achar alguma descente pra usar, e eu já estava atrasada, o Edward falou que ia passar aqui 20h e já eram 18:30. Depois de o meu quarto ficar totalmente bagunçado e com roupas para todos os cantos, a gente achou alguma coisa decente para vestir, e eu falo a gente porque as meninas resolveram ir com minhas roupas, e não me pergunte como Alice achou algo tão pequeno a ponto de dar nela. E não precisava nos conhecer para saber que nosso estilos são totalmente diferentes, eu não sei da onde elas acharam algo meu que elas gostassem

Roupa da Alice e Rose: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40378546

Roupa da Bella: http://www.polyvore.com/bella_lual/set?id=40161937

Depois de bastante conversa e risadas, nós estávamos prontas, Alice já tinha ligado para Jasper e dito que ela estava aqui e que era pra ele vir pra cá. Eu não entendi o porquê da necessidade de 3 carros pra levar agente para um lugar só, se dava muito bem pra dividir em dois, mas como eu gostava da companhia de Edward, resolvi não falar nada. Quando olhamos no relógio, já eram 20:15, os meninos são pontuais pelo que Alice disse, então, provavelmente, eles estavam lá em baixo esperando.

Descemos, e como eu imaginava, eles estavam lá em baixo de conversa com Esme, nos despedimos dela rapidamente e cada ‘casal’ foi pra um carro. Eu e Edward fomos andando em silencio até o carro dele que estava do lado de fora da casa e ele estava com a mão na minha cintura, percebi pelo canto do olho que ele me observava, antes de entrar no carro ele me segurou, me empurrou contra a porta me dando um selinho demorado.

– Você está linda – ele disse dando aquele maldito sorriso.

– Obrigada – agradeci meio envergonhada e depois o olhei da cabeça aos pés, observando – Éhhh... você, até que não está tão mal não. – completei fazendo uma careta de desdém. Ele riu e me deu outro beijo antes de abrir a porta pra mim, entrei no carro e já liguei o radio colocando musica eletrônica pra tocar, é uma mania minha, sempre que eu vou para uma festa eu vou ouvindo musicas animadas.

– Você mora aqui por muito tempo? – perguntei. Eu queria saber mais da vida dele.

– Moro, desde os meus 10 anos, foi quando meu pai recebeu uma proposta de emprego aqui. – respondeu, sem parecer se importar com minha curiosidade.

– E você gosta?

– Claro, eu cresci com, praticamente, todo mundo dessa cidade, conheço a todos e mantenho uma amizade verdadeira com a maioria.

– Mas, é uma cidade tão pequena. Acho que nunca irei me acostumar com isso – falei dando uma risadinha. Ele me olhou e sorriu.

– Forks é pequena, mas não tem nada de chata, como todos se conhecem, a gente nunca deixa de combinar alguma coisa pra fazer. Com o tempo você se acostuma, você vai ver.

Ficamos o resto do caminho conversando sobre as festas que as pessoas organizam aqui, até que essa cidade não estava sendo tão pacata como eu imaginei. Quando chegamos no locou do lual, eu parei pra olhar abismada. Nunca que aquilo era um lual, tinha luzes para todo lado, caixas eletrônicas em tudo que é canto. Entramos na festa e eu fiquei mais chocada ainda, a decoração estava perfeita, e tinha um palco com 2 microfones, com um telão atrás, acho que ia ter karaokê. A festa estava tão maravilhosa que eu me senti em casa, senti como se eu estivesse em uma das boates que eu era acostumada a ir em Paris.

Rapidamente, me meti no meio daquela multidão e achei o caminho do bar. Não, eu não sou uma alcoólatra, mas eu gosto de beber em festas, eu me sinto mais solta, mais feliz, e felicidade era tudo que eu estava procurando, tentar esquecer todos os problemas e tentar apagar aquela cena que vivia me perseguindo, durante todos os dias, todas as horas. Edward foi me seguindo, e eu me senti bem com isso, apesar das pessoas ainda nos encararem.

– Vodka, por favor. – pedi ao barmen, ele olhou pra mim, me comendo com os olhos. E eu ouvi Ed bufar do meu lado.

– Tudo que você quiser, belezinha – falou dando uma piscada. Revirei os olhos e me virei pra Edward.

– Pronto para se divertir? – perguntei segurando a gola da camisa dele e me aproximando um pouco.

– Estou pronto pra tudo que você quiser, belezinha – respondeu de sacanagem e eu ri alto.

– Aqui sua bebida – o barmen viu que eu estava acompanhada e ficou na dele, pelo menos isso, né?

Peguei o copo e virei, fechei os olhos e só senti a bebida descer queimando, mas não me incomodei, ainda de olhos fechados sorri, mas quando abri fiquei meio tonta e segurei no braço de Edward.

– Não quer ir devagar nisso não, Bells?! – ele disse erguendo uma sobrancelha. Ahhh não, ele é do tipo controlador.

– é do tipo, controlador, Edward? – expressei meus pensamentos em voz alta.

– Não, longe disso, só não quero ver você passando mal depois.

– Ahhh .. então você é do tipo protetor – falei rindo e peguei dois drinks que estavam numa bandeja no balcão e entreguei um pra ele. Ed não falou nada, só deu um sorriso como se admitisse, deu um gole na bebida e me puxou pra pista de dança.

Depois de muita dança e muiiiiitaaaaa bebida, eu e Edward estávamos nos pegando num canto qualquer da festa, quando a musica parou, não que isso fizesse diferença pra gente, mas todo mundo começou a reclamar então a gente se separou pra ver o que estava acontecendo. Tanya estava no palco e falou que ia ter karaokê, rapidamente as pessoas se animaram de novo, e como praticamente todo mundo estava bêbado, não foi difícil fazer a galera cantar. Eu e Edward voltamos a ignorar todo mundo e voltamos de onde paramos. É mais forte que eu, eu simplesmente não consigo manter minhas mãos longe dele. Dei um sorriso malicioso e comecei a passar minha mão pelo corpo dele, comecei pelos ombros, depois passei pelo abdome definido e fui descendo, ouvi Edward gemer no meu ouvido, quando cheguei no cós da calça dele, mas antes que pudesse fazer algo fomos interrompidos.

– é uma puta mesmo, hein? – reconheci aquela voz irritante. Tania.

Edward estava tão desligado que eu acho que nem ouviu ela falar, porque quando eu me afastei ele resmungou um “ tá de sacanagem né, Bella?” e me puxou de volta.

– Perdeu alguma coisa aqui, Tania? – perguntei sendo o mais grossa que eu pude.

– Vim aqui, saber se você quer cantar, mas eu devo imaginar que você não sabe, né? – disse ela tentando ser superior, dei um sorriso sarcástico. Coitada dela! Resolvi nem responder. – Melhor, eu te desafio a ir lá cantar. Vamos ver se você é realmente fodástica como as pessoas acham que é. Para de se agarrar com o meu Edward e vai lá mostra se sabe fazer alguma coisa que preste. – ela completou percebendo que eu não ia responder. Com essa frase dela, Ed pareceu acordar.

– Opa!!! - ele deu um pulo de repente e eu comecei a rir, ele estava bem bêbado, não que eu estivesse diferente, mas eu já estava bem acostumada e sabia disfarçar bem. Ignorando a sensação que eu senti quando ouvi ela falando ‘meu Edward’, eu parei pra pensar, e resolvi que era uma boa ideia eu ir lá cantar, fazia um bom tempo que eu não cantava, e eu queria mesmo acabar com esse sorrisinho de superioridade da Putania. Mas eu não faria isso sozinha.

– Ok, Putania! Eu canto, mas só se alguém cantar junto comigo – respondei frisando bem no Putania, ela fingiu que não ouviu, olhou pro Edward que estava rindo sozinho e depois olhou pra mim.

– Edward canta com você – falou ela, provavelmente achando que ele ia estragar tudo por está bêbado, eu sei muito bem reconhecer se uma pessoa canta bem ou não só de ouvir ela dizendo um oi, esse talento, é uma espécie de dom que eu tenho desde pequena, acho que puxei do meu pai, e eu sabia que o Edward cantava bem, mas... a Tania tinha razão ao imaginar que ele ia atrapalhar, ele estavam muito alterado, mas nada que eu não resolva. Concordei. – Vou anunciar vocês agora. – disse ela sorridente até demais, cantando vitória antes da hora. Assim que ela saiu, eu virei pro Edward e dei um tapa na cara dele. Ele olhou pra mim assustado.

– WTF, Bella?

– é pra você acordar, vem vamos cantar – falei quando ouvi Tania falando os nossos nomes, comecei a puxar ele pelo povo.

– Oi? Cantar? Você está louca? – ele parecia estar mais consciênte, meu tapa funcionou, então.

– Eu sei que você canta bem, Edward. E sei que você ama música, eu vi a quantidade de CDs no seu quarto, e vi o violão também. Então, por favor, por mim, você pode fazer isso? – pedi, praticamente implorando pra ele e comecei a pular quando ele sorriu concordando.

Subimos no palco e estava todo mundo encarando a gente, Edward falou que ele ia escolher a música, enquanto ele pedia a música eu encarei as pessoas, e sorri, deixando o álcool que esta no meu organismo me desinibir.

– Arrasa, Bellinha! – gritaram, e é claro que foi a Alice, logo os meus amigos estava m gritando coisas de incentivo, sorri com isso, estava todo mundo bêbado.

Maroon 5– Moves Like Jagger (feat. Christina Aguilera) (n/a: pode dar play no video)

Quando a música começou eu sorri mais ainda, essa música é perfeita e eu já sabia de cor. Edward foi para o outro microfone e começou a cantar, olhando pra mim, sorrindo.

“Atire nas estrelas se achar que é o certo
E mire no meu coração se sentir vontade
Leve-me embora e faça tudo ficar bem
Prometo que vou me comportar”

Sorri pra ele, ele canta muito bem e ele não estava parecendo nem um pouco bêbado.

“Você queria ter controle, então esperamos
Eu dei um show, agora eu faço
Você diz que eu sou infantil e que o meu ego é grande
Eu não estou nem aí.”

Ele riu nessa ultima parte, e eu soltei uma gargalhada junto, era bem verdade mesmo.

“E é mais ou menos assim
Leve-me pela língua e eu conhecerei você
Beije-me até estar embriagada e eu te mostrarei
Todos os movimentos como de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho os movimeeeentos de Jagger

Eu não preciso tentar controlar você
Olhe nos meus olhos e você será minha
Com esse movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimeeeentos como os de Jagger”

Ele veio pra bem perto de mim, e começou a dançar. Nem preciso dizer que eu fiquei chocada, né? Eu nunca iria imaginar isso dele. Ele dançava muito bem, resolvi ir na onde e comecei a dançar junto.

“Talvez seja difícil quando você se sente ferida e machucada
Nada parece certo
Mas quando você está comigo, eu a farei acreditar
Que eu tenho a chave”

Nessa parte ele parou de dançar me segurou bem perto e falou olhando nos meus olhos. Eu esperava isso dele, inconscientemente eu esperava que ele me fizesse acreditar que ele daria um jeito em tudo, pra mim, só ele parecia certo.

“Então entre no carro, podemos sair por aí
Para onde você quiser, só entre logo
Você quer guiar, mas eu mudo as marchas.

Ele continuou me encarando e ergueu as sobrancelhas como se confirmasse tudo que ele estava cantando, mas logo depois ele voltou a dançar e eu me animei mais.

“E é mais ou menos assim
Leve-me pela língua e eu conhecerei você
Beije-me até estar embriagada e eu te mostrarei
Todos os movimentos como de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho os movimeeeentos de Jagger

Eu não preciso tentar controlar você
Olhe nos meus olhos e você será minha
Com esse movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimeeeentos como os de Jagger”

Assim que ele terminou essa parte, peguei o outro microfone e fiz minha parte e assim como ele fez comigo, eu cantei olhando pra ele, cantei pra ele.

“Você quer saber como me fazer sorrir
Assuma o controle, me possua só por essa noite
E se eu compartilhar o meu segredo
Você vai ter que guardar
Ninguém mais pode ver”

Sorri maliciosamente, e comecei a dançar sensualmente pra ele.

“Então veja e aprenda, não vou mostrar duas vezes
Da cabeça aos pés, uuh baby, esfregue-me direito
Se eu compartilhar o meu segredo, você vai ter que guardar
Ninguém mais pode ver.”

Ele cantou o resta da música e eu fiquei de segunda voz, ainda cantando pra ele.

“E é mais ou menos assim
Leve-me pela língua e eu conhecerei você
Beije-me até estar embriagada e eu te mostrarei
Todos os movimentos como de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho os movimeeeentos de Jagger

Eu não preciso tentar controlar você
Olhe nos meus olhos e você será minha
Com esse movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimentos como os de Jagger
Eu tenho movimeeeentos como os de Jagger”

Paramos de cantar, e sorrimos um para o outro, satisfeitos com o resultado, todo mundo começou a aplaudir e gritar, e a gente saiu do palco gargalhando. Edward já não parecia mais nada bêbado, ele é do tipo que se recupera rápido, graças a Deus. Quando descemos do palco Tania estava ali com uma careta.

– Então, gostou, Putania? – perguntei debochada e ela ficou furiosa, saiu empurrando todo mundo e eu e o Edward rimos ainda mais.

Fazia muito tempo que eu não ria desse jeito, e eu esperava rir muito mais com o Edward. O puxei dali, e fomos aproveitar um ao outro mais um pouco, até que eu estava gostando dos nossos beijos e estava amando essa história de amigos com beneficios.