Às vezes eu acredito no destino, uma força maior que nos faz estar no lugar certo na hora certa, ou no lugar errado na hora errada.

Ou será que depende da sorte? Será que as coisas eram só coincidência? Que diabos eu tinha que vir para Detroit agora! Por que eu? Ou era o destino brincando com minha cara, ou era falta de sorte, ou aquilo tinha um propósito maior. Seja lá o que for, era para mim estar aqui, era para mim ajudar. Ela precisava de ajuda, eu precisava de ajuda. Seria eu quem poderia ajudá-la, eu? Não, eu não poderia, não. Eu nem ao menos a conhecia ou tinha um carinho por ela, eu apenas a observei no bar, cheguei a invejá-la, mas não tinha nenhum vinculo com ela. Não era minha obrigação.

Calma Rose, ela nem pediu sua ainda, talvez ela queira apenas informações. Falei para mim mesma em pensamento.

Se fosse isso eu poderia ajudá-la, e se ela precisasse de mais ajuda eu ajudaria, no que pudesse, eu já fiz isso uma vez, poderia fazer outra. Sim! Eu iria ajudá-la.

“Ai!” – ela gritou de dor, a prima correu para ajudá-la.

Sim. Eu estava certa, ela estava grávida, como eu havia percebido mais cedo. Mas não era uma gravidez normal, não era uma gravidez humana. Eu havia visto isto antes, há pouco mais de um ano. Ela estava grávida de um bebê hibrido de vampiro. Como Bella. Eu estava errada, ela não estava grávida a meses, talvez a semanas, ou dias. Ela estava “mais grávida” que Bella em sua primeira semana, mas também de longe mais forte, em melhor estado.

“Tudo bem Selly? Calma, fique quieta.” Disse a prima para ela, Selly, este era o nome da moça loira do bar.  A prima, a moça morena, estava preocupada mas não fazia idéia do que estava acontecendo.

“Estou bem, Brenda, não se preocupe. Ah! Oi. Brenda você pode buscar algo para comermos. Vou ficar bem, quero falar com a moça a sós” – disse Selly.

Eu estava em estado de choque, paralisada e meus movimentos eram apenas reflexos. Não tinha o que falar, não tinha o que fazer. Eu queria muito dizer algo, mas nada saia.

Ela estava deitada no sofá. Parecia bem. Vestia uma camisola rosa, bem grande. A prima se levantou e saiu de perto dela. Veio para porta, ela iria sair, mas  parou quando chegou na minha frente.

“Eu vou sair porque Selly pediu, mas eu não confio em você. Se alguma coisa acontecer a ela a culpa será sua. Não sei o que está acontecendo aqui, mas aquela coisa que está dentro dela, está a matando. Cuidado!” – Brenda disse para mim. Ela estava com medo, era visível, mas estava mais preocupada com sua prima.

Eu queria responder a altura suas palavras duras. Quem ela pensa que é pra falar assim comigo. Se eu fosse fazer algo com ela ou sua prima já teria feito, ninguém me impediria, ela nem perceberia. Mas eu não iria fazer nada, eu não preciso que ela confie em mim, nem quero isso. Mas eu estava sem reação. Era a segunda vez que eu ouvia aquelas palavras, ou palavras parecidas. Era como um dejavú.

Estava se repetindo, como a um ano atrás, seria uma espécie de sina.

Brenda saiu do quarto, batendo a porta com força.

“Ah! Desculpe minha prima, ela só esta preocupada e com medo. Venha mais para perto.” - eu me aproximei - “Eu sou Selena Gianni, prazer.”

“Eu sou Rosalie Hale.”- Eu consegui dizer. Ela continuou

“Oh! Rosalie! Bem você é um deles, eu tenho certeza, mas não entendo seus olhos, a cor deles. Pensei que tinha visto errado.”- Ela disse mais para si mesma do que para mim. Ela sabia sobre nós. Ela conhecia um de nós. Mas isso era obvio. – “EU queria saber se você pode me explicar uma coisa, como isso é possível? Eu não entendo, ele falou que isso não era possível, não para vocês. Não sei se você sabe mas eu descobri que estava grávida a menos de uma semana e já estou desse jeito.”

“Quem fez isso com você?” - perguntei

“Bem, ninguém, eu apenas fiquei grávida, como qualquer pessoa, ou qualquer um de minha espécie.” – era me respondeu irônica.

“Você entendeu o que eu disse.” – ela estava brincando!?!?!?.

“Você quer saber quem é o pai dele?” – ela perguntou olhando pra barriga, que parecia ser de 6 meses em uma gestação normal. Ela já amava a criança, acho que isso é típico entre as mães.

“Eu quero saber sua historia!” - eu respondi, estava curiosa para saber o que tinha acontecido.

“É uma longa historia, pode demorar.” – ela ponderou

“Posso esperar, não tenho pressa.” Retruquei.

Ela começou.

“A menos de um ano eu o conheci, aqui no hotel, meus pais são os donos daqui, mas eles não sabem que estou aqui. Continuando, ele apareceu aqui então me apaixonei por ele, como amor a primeira vista, mas ele foi embora, numa noite ele apareceu no meu quarto para me matar. Só que não o fez. Então ele ficou comigo, ele também me amava. Eu acho! Eu achava que sim!” – ela acrescentou com tristeza as ultimas palavras.

“Nós estávamos juntos, em uma espécie de “namoro” por quase um ano.  Ele vivia aqui no hotel e eu em minha casa. Ele me disse tudo sobre o mundo dele, quer dizer de vocês, disse que era errado contar e que pagaria um preço auto por falar se descobrissem.”

“Então ele foi embora, sumiu, me deixou sozinha. Eu não sei para onde mas me disse que não voltaria. Dois dias depois descobri que estava grávida. E agora estou aqui pedindo sua ajuda.”

“Eu sei que isso é perigoso, que não devemos confiar em todos vocês, mas você me pareceu confiável, resolvi confiar, você me parece boa e não iria me matar como outro faria.”

“Pelo visto essas coisas não são tão raras como parecem.” – eu disse para mim mesma pensando na historia de meu irmão – “Eu vou te ajudar, não se preocupe.”

Mas eu também precisava de ajuda. Eu não poderia fazer isso sozinha. E eu sabia quem poderia me ajudar.

“Eu vou dar um telefona e já volto.” – e fui para um canto do grande quarto e peguei meu celular e disquei o numero de casa.

“Alo” – disse alguém do outro lado da linha, eu reconheci a voz, era Emmet.

“Oi, ursinho tudo bem por ai” – eu disse, não esperava que ele atendesse.

“Sim, eu estou morrendo de saudades, quando você vem embora?” ele perguntou manhoso.

“Vai demorar um pouco mais do que eu esperava, mas logo estarei ai.”

“Está acontecendo algo rose.” Ele me perguntou preocupado.

“Esta tudo bem, não se preocupe.” Eu disse, não queria mentir para ele mas também não queria envolvê-lo no assunto.

“Se você não quer me contar, não conte. Deixa pra lá eu estou morrendo de saudades suas. Literalmente.”

“Emmet, você sabe o conceito de imortal? Não morremos.”

“Se pudesse morrer já estaria morto”- ele me respondeu.

“Ta ursinho, a Bella ta ai” – perguntei era com ela que eu queria falar.

“Você quer falar com a Bella?” - ele me perguntou surpreso.

“Sim, posso?” - respondi.

“Claro.” – ele me disse e passou o telefone para Bella.

“Oi, Rose tudo bem” – ela perguntou preocupada.

“Sim tudo, eu gostaria da falar com você em particular posso.” – eu disse não queria que os outros ouvissem.

“Tudo bem, estou sozinha. Ninguém está ouvindo.” – ela me garantiu

“Há um pouco mais de 1 ano você pediu minha ajuda, lembra.” - eu disse a ela eu precisava de sua ajuda.

“Sim, mais o que tem isso?” - ela me respondeu, parecia preocupada

"Agora eu preciso de você.”

"Você está me assustando Rosalie, eu vou te ajudar, o que é?" ela me respondeu, estava com medo e nervosa.

“Venha me encontrar em Detroit, eu não posso falar por telefone.”

“Esta bem rose, estarei ai amanha” ela me confirmou.

Eu ia esperar por ela. Ela iria me ajudar a ajudar Selly, eu faria isso por ela, eu me simpatizei por ela o carinho entre nós estava crescendo.