Ill Die escrita por caroltlrangel


Capítulo 1
Fugir .


Notas iniciais do capítulo

* Reviews deixam qualquer segunda-feira mais feliz
* Reviews, estrelinhas, indicações, criticas, e favoritos, são sempre bem-vindos.
* FIC ORIGINAL, não copie seja criativo o bastante pra fazer a sua.



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Correr adiantaria naquele momento trágico? Óbvio que não. 

Suas pernas estavam paralisadas, e seus olhos apavorados. Ver seu melhor amigo matando o próprio irmão e fugindo em seguida era demais para Jessyca. Ela fitava o corpo que outrora fora vívido, quente, feliz, e agora se encontrava frio, sem vida. Era fato que naquele momento ele estaria num lugar melhor, mas, ainda assim, ela não digerira a ideia de vê-lo morto. Jhon e Larry tinham sido como irmãos para ela, e agora, ver Larry estirado no chão e saber que não era uma brincadeira como ele sempre fazia, e ela tinha certeza que não era brincadeira. Tudo se passava em câmera lenta agora, o cheiro de sangue tomando conta do ar, Jhon fugindo com a arma na mão, e a única coisa que ela conseguira dizer fora: "Não".

As pernas dela começaram a ceder, e ela fora caindo, banhando-se do sangue inocente de Larry derramado por todo o chão do apartamento. Uma lágrima - única, solitária - caiu sobre seu rosto penetrando sua roupa, e invadindo sua alma. Uma lágrima de culpa. Mas, afinal, deveria ela sentir-se culpada?

- Culpa sua, Jessy. Culpa sua... - repetia seguidas vezes em sua mente.

- Tola.

A voz de Larry surgiu do nada, fazendo ela assustar-se.

- La-larry?

- Tola, tola, tola. - repitiu Larry.

- Onde você está Larry?

- Não importa. Mas, venho dizer que tu não tens culpa nenhuma.

- Claro que tenho, eu vi Jhon te matar, devia tê-lo impedido.

- Tola. Tu ainda saberás da história, Jessy-tola , e verás que não tivesse culpa.

Quando Jessyca finalmente conseguiu ver o espírito de Larry, ele sumiu. Lágrimas pesadas e intermináveis escorriam pelo seu rosto. Ela não entendera o que ela havia dito, mas, tinha certeza de uma coisa: procuraria saber qual era essa história. Aos poucos, ela recuperou as forças, tateou o chão a procura de sua mochila. Quando encontrou-a, abriu e pegou seu celular e ligou para a polícia. Em questão de poucos minutos, o apartamento fora interditado, o corpo parado e Jessyca interrogada.

- Tu viu quem fez isto, menina? - perguntou o policial e ela assentiu com a cabeça. 

- Tu poderia nos dar o nome dele?

A onda de remorso inundou seu corpo, teria ela coragem de denunciar se melhor amigo?

- Faça isso logo, tola.

Jessyca olhou para o lado, e lá estava Larry, induzindo-a a denunciar o irmão.

- Jhon Truscott.

- Ele era algum parente seu?

- Q-qual dos dois?

- Os dois.

- Diga que você era uma colega de sala que veio deixar o caderno que eu esqueci no colégio.

- E-eu era u-uma colega de-de sala que ve-veio deixar o-o caderno que o mo-morto esquece-ceu na sa-sala. - falou Jessyca em meio de soluços.

- Tudo bem. - um dos policiais falou. - Tens onde dormir?

- Minta.

- Sim.

- O.K , está liberada. E procure tomar um calmante antes de dormir.

- O-obrigada.

Jessyca se sentia obrigada a obedecer Larry, não sabia por que. Ela ainda estava assustada pelo fato de ser médium e se perguntava por que Larry estava sendo tão controlador, fazendo com que ela protejesse um assassino, que alias, havia sido seu melhor amigo no mundo inteiro. Ela pegou as chaves do carro, entrou no mesmo, ligou e saiu.

- Obrigado.

- Porra, Larry. Que finalidade tem que tu tá mandando eu acobertar o Jhon, ele te matou. Ou depois que você morreu, esqueceu desse detalhe?

- Você verá que foi o melhor a fazer. 

Dizendo isso, ele sumiu mais uma vez.

- Porcaria.

Ao ver a forte chuva que acabara de começar, Jessyca percebeu que estava totalmente suja de sangue. Ela encostou o carro numa calçada qualquer, e saiu de dentro do mesmo. Deixou que os pingos de água que vinham do alto banhassem todo o seu corpo lavando sua alma. De dentro da casa atrás dela, um menino olhava-a , observando cada movimento que ela fazia, até que ele abriu a janela e gritou:

- GURIA, TU VAI PEGAR UM RESFRIADO, ENTRA... - ele pegou o controle do portão ao lado e abriu.

Jessyca hesitou um pouco, onde já se viu, entrar na casa de quem não conhece? Estava ai uma coisa que ela aprendera muito bem com a mãe dela, não fale com estranho.

- ANDA, GURIA. ENTRA... NÃO, ESPERA, EU VOU DESCER.

Ele chegou no portão tão rápido, quanto ela achou que fosse possível. E depois que ele insistiu muito para que ela entrasse, ela entrou.

- Tu se machucou foi, guria?

- Não .

- E esse sangue? - perguntou ele , apontando para as pontas do cabelo dela.

- S-são mechas.

- São não. O banheiro fica na segunda porta a esquerda, tome um banho frio, que eu já lhe levo uma toalha e uma roupa.

- Mas...

- Mas, nada. E alias, meu nome é Luka.

- Jessyca.

Ela caminhou até o banheiro, tomou um banho calmo e frio, como as recomendações de Luka, enquanto se ensaboava, ouviu a porta abrir lentamente e a sombra informe de Luka deixando a toalha e as roupas penduradas no cabide. Pouco tempo depois que ele saiu, Jessyca desligou o chuveiro, secou-se, e vestiu a roupa. Desceu as escadas e viu Luka sentado com mais três pessoas na sala.

- Jessyca.

- A-atchim. Oi, Luka.

- Sabia que você ia pegar um resfriado.

- Tudo bem, passa rápido.

- Fique com eles, até Jhon voltar. Ele foi preso. - Jessyca teve um sobressalto ao ouvir que Jhon havia sido preso.

- O que foi, Jessyca? - Luka perguntou, olhando-a preocupado.

- Você não acreditaria em mim.

- Acreditariamos sim. - um menino que estava sentado no sofá, virou-se.

- Eu vejo fantasmas e falo com eles.

- Uau, cara, tu é demais. - falou o mesmo menino.

- Ah, Jessyca, esse é o Eduardo, e aquelas duas são Luciana, minha irmã, e Katlin, amiga dela.

- Prazer, conhecê-los.

- Prazer é da gente, Jessyca . - falaram todos sorrindo.

- E ai, o que o fantasma disse?

- Minta de novo.

- Eu não sou uma boneca, Larry.

- Minta.

- Tá falando com quem?

- Com o fantasma, seu burro. - falou Luciana.

- Bom, ele não falou nada importante.

- Sei, vai passar a noite aqui, né ?

- E seus pais?

- Quem disse que eles tão em casa?

Jessyca apenas assentiu com a cabeça, afirmando que ficaria lá. E no final da noite , adorou a ideia, afinal, eles eram simpáticos e divertidos, e isso era tudo que ela precisava agora.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem *o* , beijos :*



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