Eles me diziam 'Axel, você não tem coração. É impossível! Você mata pessoas, mente e faz tudo que nós da Organização XII temos que fazer. Você não tem tempo pra ter um coração.'

Eu discordava.

Eles me chamavam de louco e me davam ombros.

Eu não ligava, afinal eu tinha um coração! Eu o sentia pulsar dentro do meu peito.

Me lembro perfeitamente do dia em que Roxas me perguntou o porquê de acreditar tanto nisso.

"Roxas... Você já se apaixonou? 

Seu coração bate rápido, você suspira feito uma menina e fica completamente nervoso quando chega perto da pessoa amada. Assim como eu fico quando estou perto de você."

O sorriso que Roxas dera antes de eu o beijar ficou intacto na minha memória. O sorriso mais belo que eu já vira. E, então, antes de o beijar, ainda coloquei sua mão no meu peito para sentir meus batimentos acelerados.

Eles me diziam que eu não tinha coração. Que era impossível eu ter alguma coisa no peito.

E eu discordava todas as vezes.

Porque se não tivesse um coração, não conseguiria gostar tanto de Roxas.