A Incineradora escrita por chibi_cold_mari


Capítulo 5
A decisão




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Ela se recusou a colocar o anel de noivado, se afastava quando o primo se aproximava com o anel.

-O que foi, querida?Está com tanto medo assim de ir para o altar?

-Ora, não me encha!Você sabe muito bem que o meu maior pesadelo é casar com você!

-Não fale assim...Deixe jeito você me deixa chateado...

-Como se eu me importasse com os seus sentimentos, ”querido”...

-Ah, é?

Em um movimento rápido ele a derrubou na cama e a prendeu pelos pulsos.O coração dela disparava de raiva, mas havia também outro sentimento...Estava misturado em meio à raiva e a fúria, mas ela não sabia o que era.

Ele a encarou nos olhos, ela tentava desviar o olhar, mas parecia que aqueles olhos a prendiam de alguma forma.

-Querida, fique sabendo que se eu não quiser casar com você, você irá apodrecer nesta casa.Portanto, me agrade, me faça feliz.Senão, eu a deixarei aqui.

Depois de um beijo roubado em meio à raiva, uma argola de ouro reluziu no anelar de nossa incineradora.

-Está pronta para parar de agir assim, e se tornar minha esposa?

Ela olhou para o lado, fitando a varanda de seu quarto.O seu estava escuro, não havia estrelas, como se nem mesmo a Lua quisesse ver o seu noivado...

“Perdoe-me querido, mas é por uma boa causa”.

-Sim, eu estou...

-Ótimo, estou tão feliz!Mal posso esperar pelo nosso 1º filho!

-Como?

-Se vamos nos casar, teremos filhos.Espero que pare de queimar coisas, isso será mau exemplo para o nosso bebê.

-Ninguém lhe disse que eu iria deixar de ver meu amante.

-Veremos se não.

Os preparativos para o casamento foram rápidos, não haveria muitos convidados...Somente a família do noivo e da noiva...

O casamento foi breve, em uma pequena igreja situada em lugar nenhum.

Houve um silêncio maculado quando a noiva chegou.

O seu vestido branco e seu véu não lhe davam um ar de felicidade.Sua cara estava escondida atrás de muita maquiagem, mas ainda podia se ver sua expressão...Ela era vazia, não havia nada ali.

Não havia raiva, felicidade, medo ou dor...Ela simplesmente parecia com uma boneca.

Uma boneca que dava passos firmes até o altar, uma boneca que não sorria, uma boneca que dizia sim apenas um apagado “sim”.

Uma boneca sem sentimentos.

Uma boneca que foi capaz de passar a noite de núpcias sem dizer nada, sem argumentar nada, sem reclamar ou sem se opor a algum movimento...

A incineradora foi capaz de esconder sua raiva.

Mas não por muito tempo.

Só até aquele trágico “acidente”, que ocorreria na próxima noite.


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