Crônicas de Terror. escrita por MarshmallowAzul, lucasdrosa


Capítulo 6
Na porta?


Notas iniciais do capítulo

E é o fim das Cronicas! |:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/101852/chapter/6

Rosemary, uma garotinha de sete anos, naquele dia acordou, novamente, com uma terrível dor nos tornozelos, como se tivessem a apertado. Ainda grogue, demorou um pouco para se equilibrar nos pés, quando saiu da cama. Por algum motivo, sempre, que a menina acordava ela tinha que abrir a porta. Algo que nunca entendeu, pois todo noite Rosemary pedia aos pais para deixarem a porta aberta, assim uma brecha de luz entraria no quarto, enquanto ela esperava o sono vir.

Mesmo assim, com suas mãozinhas finas e pequeninas ela fez o esforço de abrir a grande porta, de estilo vitoriana, pesada pra ela. Ela tentou abrir, mas parecia que estava emperrada... a menina puxou o trinco, agora com força; e a porta nem se mexeu.

–Eu quero sair!- ela choramingou, batendo na porta.

Gritou o nome dos seus pais, logo ela ouviu o barulho de passos no chão, do outro lado da porta, se aproximando. Depois houve cinco batidas 'surdas' na porta. A menina deu alguns passos para trás... e apareceu seu pai abrindo a porta, depositando um olhar preocupado nela.

–O que houve? Porque estava gritando filha?- O pai pergunta, enquanto levanta a pequena do chão e aninha nos seus braços.

–E-eu não consegui abrir a porta... - A voz da garota transparecia sua perturbação. Foi o pai que havia batido na porta?


Depois do acontecido, Rosemary se distraiu, fazendo as tarefas ou brincadeiras do seu cotidiano, assim esquecendo-se do ocorrido de manhã.

No jantar, a menina enrolava a mãe, passando o garfo nas ervilhas e inventando coisas absurdas para não comê-las. Enquanto argumentava com a mãe, ela passou o olhar para porta do seu quarto, lembrando do fato ocorrido de manhã.

–Pai, porque você bateu na porta, antes de abrir, quando eu estava trancada no quarto?- Rosemary gritou para o pai, que estava em outro cômodo. O pai foi para sala e ficou do lado da mãe, perto da mesa.

–Não, filha. Eu apenas fui correndo ao seu quarto, não bati na porta... Porque?

–Ah... eu achei ter ouvido alguém bater.- A garota respondeu um pouco pensativa.

Logo que a menina terminou de jantar foi para o quarto colocar o pijama e dormir. Depois da menina se ajeitar na cama ela ouviu as batidas surdas na porta, Rosemary ofegou, pressentindo...

–Por favor, anjo não deixe! - A garotinha sussurrava rapidamente, de baixo das cobertas, esperando que seu ‘anjinho da guarda’ a ajudasse.

De repente seu quarto pareceu se encher de uma energia ruim. Rosemary que tanto cochichava não conseguiu mais emitir qualquer som. Ela se desesperou, então seu coração parou de bater por alguns segundo... quando ela sentiu mãos apertando seus tornozelos. A menina mexeu suas pernas instantaneamente. Nessa hora seu coração estava acelerado, sua respiração rápida, seu corpo se contorcendo e, todos os seus medos e pesadelos invadindo seus pensamentos.

No minuto seguinte o que a segurava, começou puxá-la da cama. Rosemary fez de tudo para que sua voz voltasse e ela pudesse avidamente gritar por ajuda. Ela foi arrastada da cama, caindo no chão. Debatia-se no assoalho, agarrava-se a tudo pelo que seu pequeno corpo passava.

Inesperadamente Rosemary se encontrava, em algum lugar totalmente escuro... sozinha. Ela se encolheu, agarrando seus joelhos e os levanto para perto de si. Aquela sensação de desespero ainda estava ali, com ela.

Duas grandes gotas de lágrimas caíram de seus olhos, começando o choro silencioso da criança.

Houve movimentos agitados longe da menina que ainda não via nada naquela escuridão. E de repente uma voz rouca, seca, inexpressiva sussurrou no seu ouvido:

–... Rose... Rosemary, Rosemary... Ro...

Então a menina se viu acordando, em cima da sua cama, chorando histericamente.

–Pai! Mãe! Venham cá! Pai! - Ela soluçava de medo. Tudo era um sonho? Se perguntava... então seu pai chegou no quarto.

–O que houve, filha?- O pai foi ao encontro da menina, se sentando ao seu lado na cama e a abraçando.- Shhhi, filha, está tudo bem. - Ele sussurrou pra ela. - Foi um pesadelo?-Ela assentiu- Shhi, shh, foi apenas um sonho ruim. Está tudo bem agora.

–Pai, dorme aqui?- Rose perguntou enquanto fungava.

E assim, naquele resto de noite o pai da garota dormiu com ela. Antes de dormir ela ouviu apenas uma batida surda na porta, se assustou, mas logo pegou no sono.

Nos próximos três dias o pai dormiu ao seu lado. Mas no quarto dia, ela teve de ir sozinha para cama. Como sempre a garota pediu para que deixassem a porta entreaberta. Com a luz no corredor batendo nas cobertas a menina entrou tranquilamente no mundo dos sonhos. Pensamentos sem nexos entraram na sua mente, a fazendo sonhar.

Com uma batida forte e alta na porta, Rosemary deu um salto na cama, se acordando no meio da noite. Olhou a porta e ela estava fechada. Pressentindo o que ocorreria a menina se tapou com as cobertas até a cabeça, choramingando.

Rosemary nunca viu, tão pouco soube o que era que batia na sua porta toda noite. Mas a garota, sempre soube que eles estavam ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lucas betou, créditos a ele. (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas de Terror." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.