Pokémon Shining Crystal - o Juízo Final escrita por Nandarazzi


Capítulo 1
Prólogo - O meu Verdadeiro Nascimento


Notas iniciais do capítulo

Os desenhos deste capítulo são todos antigos. Para ver meus novos desenhos, é só ver meu álbum no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=ls&uid=7106160602203861896

Desenhos nesse capítulo:

http://i589.photobucket.com/albums/ss335/ananda_027/juri2.jpg?t=1255121186



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É incrível... Há poucos meses eu comecei minha jornada pelos campos e pradarias deste vasto continente, e como tudo pôde passar tão rápido? Tanta coisa aconteceu, tanta gente se conheceu, como num piscar de olhos! Não posso deixar essas memórias morrerem - de jeito nenhum! -, por isso, estou disposta a contar tudo o que me aconteceu a você...

Minha mãe é uma pessoa extremamente dedicada. Meu pai nos deixou há muito tempo, e minha mãe nunca quis me contar o que realmente o forçou a isso... Eu cresci com ela e uma criada, que trabalhava em nossa casa desde que eu nasci. Claro, num mundo como o meu, como não deixar de sonhar em se tornar uma treinadora pokemon?

A minha mãe, ao contrário de muitas, sempre incentivou que eu seguisse esse caminho. Ela também foi uma treinadora, mas precisou acabar com esse estilo de vida quando se uniu ao meu pai - que nunca pensou em abandonar este mesmo estilo de vida... Talvez por isso ele esteja vagando o mundo hoje em dia, mas, eu acho que nunca vou saber, afinal...

Ela me levou para a Escolinha Pokémon quando pequena, onde eu aprendi o básico sobre ser uma treinadora e conheci muitas pessoas interessantes. Já mais velha, fis cursos bem mais avançados, que incluíam primeiros socorros e aulas de sobrevivência. Enfim, com 16 anos, me senti pronta para iniciar minha jornada.

*****

Por mais que minha mãe quisesse, a despedida foi chorosa. Lembro de suas palavras carinhosas e maternais, pedidos de boa sorte - quando no fundo, eu sabia que ela me queria ali, ao seu lado, e não jogada e vagando pelo mundo. Mas ela precisou superar... Principalmente ao me ver saindo do laboratório do Prof. Elm, com meu Totodile ao meu lado.

- Querida, espere! - ela disse, correndo em minha direção, com o vestido branco até os joelhos balançando ao vento - Eu preciso lhe dar uma coisa...
- Ainda falta me dar alguma coisa? - desanimei com a idéia de levar mais tralhas na minha mochila inchada.
- Eu não tô falando disso, menina! - com as mãos na cintura - Você tem calcinhas para duas semanas aí dentro!
Corei diante do professor pokémon, que tentava disfarçar uma risadinha.
- O que é, então?
- Tome isto.

Aquilo era estranho... Ela me deu uma espécie de sino azul, com ondas de cor mais clara na parte inferior. Prendeu-a junto à minha pokegear, como se fosse um tipo de talismã.

- Eu ganhei de seu pai quando éramos mais novos... - puxa, falou A velha. Minha mãe me teve muito jovem, praticamente na minha idade - E ele pediu para que, quando você comecasse a sua jornada, eu o entregasse à você, meu amor.
- E o que seria isso? - olhei-o entre meus dedos. O silêncio de minha mãe bastou para eu entender que ela nao tinha a mínima idéia.
- Parece algum tipo de sino... Imagino que tipo de propriedades misteriosas ele tenha. - ajeitou os óculos pela lateral da lente - Com certeza, emana uma aura poderosa...

Aquilo eu descobriria com o tempo. Por falar em tempo, não poderia desperdiçar o meu.

Céus, aquele pokemon era uma praga quando pequeno! Uma traste mirim! Era difícil obedecer alguma ordem minha, era difícil sequer manter ele perto de mim! E quando irritado, me mordia a canela! Sem muita força, é claro, mas o suficiente para achar que seus dentinhos afiados de pestinha me manteriam nos trinques. Apenas depois do nosso primeiro encontro com um pokemon que as coisas passariam a mudar...

Um Pidgey, quem diria! Ele era quase tão forte quanto meu Totodile, e foi difícil deixa-lo cansado. No fervor da batalha, Totodile estava muito ferido, uma vez que não seguia minhas ordens de combate e fazia o que bem entendia. Peguei a única poção que tinha, me aproximei de seu corpo quase desmaiando no chão, e com alguns borrifes o curei completamente. Ele me olhou surpreso...

- Totodile, precisamos trabalhar juntos... Só assim poderemos ficar mais fortes. - dizia, olhando-o profundamente - Vamos conquistar esse mundo, Totodile! Mas preciso que voce esteja ao meu lado... Então, você está comigo?...
- ... To-to Totodile! - ele sorriu confiante e re-ergueu-se para o combate, que terminou com nossa victória e a captura do Pidgey.

Já este, era um amor. Não necessitei de técnicas complicadas para fazer ele se afeiçoar em mim. Tão pequenininho, porém tão forte! Ficava em meu dedo como um periquitinho empoleirado. Ele acariciava minha bochecha com carinhos manhosos, em certa altura despertando ciúmes em Totodile.

Meu próximo pokémon seria um Geodude. Outro carinha difícil de derrubar! Foi contra ele que meu Totodile aprendeu seu primeiro golpe aquático, a Rajada d'Água. Quase o derrubou, mas ele ficou firme e fácil de capturar. Pude então prosseguir para Cherygroove, uma pequenina cidade à beira da praia e cheia de flores. Passei alguns instantes no centro pokemon, onde a enfermeira cuidou dos meus pokemons com todo aquele carinho médico... Não fui ao mercado por duas razões: tinha que guardar minhas economias para o futuro, e minha mãe já havia empalado minha mochila com suprimentos e rações...

Minha primeira luta contra outro treinador foi MUITO emocionante! Pude notar Geodude nervoso no início, mas quando ele sentiu que os golpes daquele Ratatta não doíam em sua pele de pedra, ele se sentiu bem mais confiante. O contrário de Pidgey, quando o viu atirando toda a sua estrutura rochosa contra o outro pokemon do rapaz - outro Pidgey, coitado. Logo meus pokemons foram ficando mais fortes, eu não abria mão de um único combate! Até chegar em Violet.

Quando criança, eu ia para lá estudar na Escolinha Pokemon. Meus olhos brilhavam ao admirar o iminente ginásio a poucos metros de nossa janela, sempre com muitos treinadores indo e vindo. Era de noite, mas ainda era cedo: se eu treinasse mais um pouco, poderia enfrentar o líder no mesmo dia!

A Torre Bellsprout ao norte da cidade nunca havia sido explorada por mim. Era alta e esguia, como um Bellsprout mesmo. Os monges que rezavam pelos templos de lá não admitiam intrusos: eles tentaram me tirar de lá, mas meus pokemons já estavam vacinados contra seus raminhos balançantes. Eu sou curiosa, e estava determinada a chegar ao topo da torre, onde enfrentei o líder deles. Seu Hoothoot grunhia demais, sempre deixando meus pokemons mais receosos em atacá-lo - mas Geodude deu o golpe final: RockThrow, que seria nossa passagem para conseguir a Ínsignia Zephyr.

Lembro da emoção de conseguir minha primeira insígnia. Meus olhos se encheram de lágrimas... Ao ver Falkner, que foi por muito tempo um ídolo para mim, sorrindo com seu Pidgeotto nos ombros, eu não resistir e corri para abraçá-lo. Estava tão feliz, tão emocionada - E acho que ele também. Para um cara tão fechado, sorrir devia ser um sinal verde para mim. Meus pokemons comemoravam, e com toda razão. Ele me distanciou e me segurou pelos ombros, me olhando nos olhos e falando firmemente:

- Escute, Juri. A jornada de um treinador Pokemon não é facil... Mas se você continuar com este time, sua força de vontade, sua coragem... E enquanto seus pokémons forem unidos, como uma grande família, você poderá ter o mundo aos seus pés... Então, poderá ser o que quiser.
- Até uma mestra pokemon?
- Heh, quem sabe. Mas aí você vai estar superior à mim... E, acredite, não dei o melhor de mim nesta luta.
- Não deu?!

Fiquei brava. Dei uma bronca nele, um pouco exagerada, mas dei. Seus pupilos nos olhavam surpresos. Heh, aqueles olhinhos esbugalhados...

Ali foi apenas o começo. Ainda viriam Azalea, Goldenrod, e muitas outras. Mas pra descobrir o que aconteceu de mais, você precisa continuar lendo, caro leitor! A Estrada é grande, mas a conquista dela só depende de nós. Até a próxima!


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic já foi publicada no fórum do site Pokémon Mythology. Visualise o tópico aqui: http://www.pokemonmythology.org/fanfics-pokemon-f28/pokemon-ominous-onix-a-testemunha-corrompida-t5224.htm



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