My Dear Friend escrita por ladymeylin


Capítulo 11
Capítulo 5 -Fim


Notas iniciais do capítulo

Minhas leiitoras queridas, chegamos ao fim de My dear friend... espero que tenham gostado até agora e o final seja do agrado de todas. Acho que terá a segunda temporada...



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Acho que dormimos por bastante tempo, pois acordei assustada com o barulho ensurdecedor de vidros sendo quebrados na sala.

Edward não estava ao meu lado!

Desesperada, levantei-me da cama em um pulo ágil, abri a porta do quarto bem devagar, avancei pelo corredor vazio, e desci as escadas pé ante pé.

-- Tem mais alguém na casa? – Uma voz sinistra perguntou bruscamente.

-- Não há mais ninguém – Respondeu Edward, sua voz não tinha como ser confundida com as outras.

Distraída como estava não prestei atenção que um dos invasores estava vindo da cozinha pela porta localizada as minhas costas.

Senti de repente um aperto forte em meus cabelos, que foram forçosamente puxados pra trás com violência.

-- Tem uma aqui chefe – Disse o cara com bafo de cerveja azeda, me puxando pra junto dos outros.

Edward estava caído no chão, sangrava muito... Seu corpo estava terrivelmente machucado!

-- Por favor, a deixem em paz! – Edward suplicou, seu olhar estava ensandecido.

Eram três homens. O que parecia ser o chefe do trio gargalhou e tornou a esmurrar o rosto de Edward. Gritei abafando o som com a mão.

-- Vai bancar o Romeu apaixonado é? – Perguntou o sujeito com ironia.

Edward nada disse, olhava em minha direção com expressão derrotada, quase não dava para ver seu olho esquerdo.

-- Então você a ama não é? – O crápula perguntou, puxando-me para perto de si e colocando-se atrás de mim, sua mão agarrada o meu cabelo fazendo pressão para trás – Então vai gostar de saber que vamos nos divertir um pouquinho com ela, não é pessoal?

Os outros brutamontes riram!

Edward correu ao encontro do assaltante sem ver nada em sua frente, somente o ódio.

-- Segure-o Henrique! – Reclamou o sujeito que me segurava.

O tal Henrique fez com que Edward se ajoelhasse, enquanto eu tentava a todo custo manter a calma.

Eu sabia exatamente o que ele iria me fazer e que queria Edward como telespectador daquela violência.

-- Não toque nela – Edward rosnou sangue voando de sua boca ao falar.

-- Ou o que? – Perguntou o “chefe” com ironia – Você já deve ter provado o quanto ela é boa de cama... Então nos deixe provar também.

Ele apertou dolorosamente meu seio, e eu gritei de dor.

Edward desvencilhou-se de Henrique e veio com tudo pra cima de meu agressor.

Que por sua vez apontou-lhe uma arma.

Edward parou instantaneamente, olhando para cano da semi-automática.

-- Por favor, não faça isso – Pedi ao meu algoz.

-- Só vinhemos pegar algumas coisas – Informou Henrique – Não era pra ninguém estar em casa. Pelo menos foi o que nos disseram.

-- Quem? – Perguntei ofegante, meu couro cabeludo começando a doer terrivelmente.

-- Ninguém! – Gritou o cara que me segurava – Cale-se Henrique, se não quiser um tiro no meio da testa.

Vendo que os ladrões estavam distraídos, Edward tentou outra vez chegar perto de mim.

Mas não deixaria que ele morresse. Bati minha cabeça no rosto do assaltante, que imediatamente me soltou, aproveitei e corri ao encontro de Edward.

E então... O tiro! Foi apenas um... Senti que caia, e não podia fazer nada.

-- Vamos logo embora... Já conseguimos o que queríamos.

Edward novamente espancado foi largado no meio da sala, mas eu não conseguia me mexer. Sentia meus olhos vidrados e um sono irresistível e inevitável querendo se apossar de mim, mas de alguma maneira eu sabia que se fechasse os olhos, nunca mais os abriria!

Edward rastejou-se até onde eu estava seu estado não era melhor que o meu. Sentou perto de mim e puxou-me para seu colo. Meu rosto junto a seu peito, meu sangue manchando sua camisa.

-- Não era pra você ter descido – Ele me repreendeu.

Tentei sorrir, mas foi em vão!

-- Eu não poderia deixá-lo sozinho... – Respondi acariciando seu rosto – Eu sinto muito.

-- Pelo que? – Edward perguntou intrigado.

-- Pelo tempo perdido – Minha voz cada vez mais baixa.

-- Não – Edward acariciou meus lábios com os dedos – Eu deveria ter te protegido.

-- Não se culpe... Pois a culpa não foi sua – Disse e comecei a sangrar pela boca.

Edward colocou em meu dedo, algo gelado. Olhei curiosa para minha mão direita, um lindo e delicado anel repousava em meu dedo.

-- Case-se comigo Bella – Ele pediu emocionado.

-- Oh Edward – Exclamei, ousando ter esperanças – Claro que sim!

Ele começou a chorar e abraçou-me ainda mais junto ao peito. A última coisa que senti foi seu cheiro almiscarado.

POV Edward

-- Eu te amo Bella, sempre amei – Sussurrei de encontro ao seu ouvido, estranhando, porém seu silencio.

Desencostei sua cabeça de meu peito e fiquei chocado com o que vi. Seus olhos estavam vidrados e a gota de uma lagrima escorregava sobre sua bochecha. Ela havia morrido!

Isabella Swan, o amor da minha vida, havia morrido!

Morta antes que eu declarasse meu sincero amor...

-- Nãoooo – Gritei de frustração para que o mundo escutasse a minha dor, mas de nada adiantou, ela se instalou em meu coração, que agora ficava frio como gelo, por ter perdido a única mulher que amei.

***

-- Edward, você precisa descansar – Alice disse com a mão pressionando meu ombro, uma forma de transmitir apoio.

-- Eu a perdi... Perdi a única mulher que mais amei na vida.

Alice se ajoelhou ao meu lado, as mãos apoiadas em minha perna.

-- Isabella também o amava Edward... Nada do que viverão foi em vão.

Senti meus olhos arderem, uma sensação terrível se apossando de meu peito.

-- Achei que ficaríamos juntos, que ela um dia... Carregaria meu filho em seu ventre – Falei em um fio de voz – Mas tudo...

Não consegui falar mais nada. Precisava ficar sozinho.

Levantei-me, afastando-me de todos. Precisava olhar mais uma vez o tumulo de Isabella, onde haviam escrito os seguintes dizeres:

Isabella Marie Swan

Filha adorada, que soube viver intensamente...

E que foi amada imensamente,

Chegou a conhecer o amor eterno nos braços de um anjo!

Isso era o que mais me incomodava, a palavra ETERNO... Se era eterno, por que ela havia morrido? Era injusto!

Eu a queria perto de mim, ver seu sorriso... Sentir seu perfume!

Voltei pra casa um pouco mais tarde, o pessoal ainda dando os pêsames aos pais de Isabella, mas ninguém ousava chegar perto de mim, e com razão. Não queria conversa...

Meu quarto era o lugar mais calmo naquela casa, então foi pra lá que fui.

Olhei minha cama desforrada, restos de comida no chão e nos pratos...

Roupas jogadas em todos os cantos...

De repente parei... Algo havia chamado minha atenção... Uma minúscula flor de lótus. A flor preferida de Bella!

Então, chorei... Chorei tudo que havia pra chorar.

Sentei no chão e encostei minha cabeça nos joelhos, minha mão alcançou algo afiado, era o meu canivete suíço.

Um corte profundo no pulso, dois, três... E tudo estaria acabado. Estaria outra vez com Isabella. Sentiria novamente seus lábios contra os meus.

Poderia ser um fim adequado a alguém como eu e até muito poético. Lembrei-me de um trecho da música dos Titãs enquanto pressionava o canivete para fazer um corte profundo:

Olhei até ficar cansado

De ver meus olhos no espelho

Chorei por ter despedaçado

As flores que estão no canteiro

Os pulsos e os punhos cortados

E o resto do meu corpo inteiro.

E então o silêncio, a escuridão... A ausência de som me fez bem. Eu não via nada, não sentia nada... E era bom assim!

Fim!


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