Na calada da noite

     Procuro por consolação

     Tento me levantar

     Meus pés não alcançam o chão.

     Sozinha em um quarto escuro

     As sombras me rodeiam

     Sorrateiras,não fazem barulho

     Levanto-me sem que percebam.

     Caminho sem rumo por uma longa estrada vazia

     Procuro mas não encontro saída.

     Eu sou o que ninguém vê

     Sou aquilo que perturba você

     Sussurro seu nome em seu ouvido

     Você finge não ouvir e me dá um sorriso.

     Desejo seu coração mas rezo para que passe

     Lágrimas sangrentas fazem seu percurso por minha face.

     Quero sentir sua dor,ver o seu delírio,ouvir seus gritos na perdição

     Querido,não esqueças de mim quando estiveres na escuridão

     Nesse nada você esconde a mentira

     O ódio não mais te alivia

     Tento e tento mas sei que não estou sozinha.

     Sua fuga é inevitável

     É simples porém inevitável

     A lâmina perfura a pele

     A pele derrama a vida.