Maldita Nami escrita por Suuushi


Capítulo 2
Um adeus doloroso


Notas iniciais do capítulo

Bom olha eu aki de volta...
Só um aviso,essa parte vai ser mais de falatório entre a Nami e o Zoro.
Eu pretendia ter terminado essa One nesse capítulo,mas ia ficar muito grande e ia ficar tudo muito mais corrido,então tem apenas mais uma parte,que vai ser narrada pela Nami...



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Casamento, maldito casamento. Essas eram as palavras que rondavam persistentemente a mente de Zoro.

Quando soube dessa noticia que o pegou de surpresa, bem não tão de surpresa assim, pois o mesmo já sabia que cedo ou tarde a data seria marcada, afinal ele tinha conhecimento sobre isso, mas não imaginava que seria tão rápido. Zoro achou que demoraria pelo menos mais alguns meses ou anos, quem saberia dizer?

O fato era que ontem à noite, após mais uma noite de amor com sua amada, ela lhe deu a bombástica notícia de que o casamento seria na semana que vem, no dia vinte e três de Agosto, a ruiva inclusive o convidou para ir à cerimônia.

Quem ela pensava que ele era? Zoro não era e nunca seria o tipo de homem tolo que aceitaria ir à festa do casamento de sua amada, vendo-a se casar com outro. Onde Nami estava com a cabeça?

Após essa noticia, Zoro fingiu não dar importância, fingiu que tudo continuaria do mesmo jeito, inclusive tentou acreditar que a relação deles não se alteraria, mas no fundo ele sabia que tudo mudaria, agora ela dormiria com outro homem que não seria mais ele.

Agora Nami teria um marido a sua espera quando chegasse em casa e isso significava apenas uma coisa, Zoro seria deixado de lado, logo não se veriam mais, chegando ao ponto onde a relação de amantes simplesmente se extinguiria por completo.

Zoro provavelmente a veria muito raramente, pois Nami não poderia sair toda noite ou o marido da ruiva começaria a suspeitar, por mais mentirosa que ela fosse, não seria capaz de dar tantas desculpas ao loiro.

Pensando nessas consequências, Zoro tomou uma decisão que seria capaz de ferir seu coração, fazendo-o sangrar, mas não tinha outra opção, essa seria sua melhor escolha antes que se ferisse mais.

Zoro estava disposto a desistir de ser o amante antes que fosse jogado de escanteio pela ruiva. Sim, dessa vez ele seria esperto e tomaria a decisão mais sensata desde que começou a sair com Nami. Era o certo a se fazer, o Roronoa tinha plena certeza de que precisava terminar essa relação proibida e errada entre eles, assim em fim teria a chance de seguir com a própria vida.

Não queria estragar o matrimônio de ninguém, mesmo este sendo o de um loiro aguado e mimado que iria roubar sua garota para sempre. Zoro não podia mais se enganar, se Nami pretendia seguir em frente com o casamento, então suas esperanças de que ela finalmente começasse a correspondê-lo tinham acabado de ruir, esfregando na cara dele o que sempre soube.

Nami nunca seria dele, ele jamais poderia dar tudo o que ela tinha direito, ao contrário de Sanji, o noivo da ruiva. A decisão que tinha tomado era dolorosa, mas não podia continuar se enganando por mais tempo e mesmo que se arrependesse disso, agora era tarde demais.

Zoro já tinha telefonado para a ruiva, pedindo para se encontrarem na cafeteria do centro da cidade, Doce sabor. O Roronoa chegou primeiro e já estava sentado em uma mesinha no canto do local. Nami conseguiria vê-lo assim que chegasse, afinal o local não era muito grande, era pequeno, mas confortável com suas cadeiras macias de exóticas cores vermelhas e as paredes pintadas de preto.

A garçonete passava pela terceira vez para anotar o pedido de Zoro e o mesmo retornava a dizer que faria o pedido quando sua companheira chegasse.

Enquanto esperava sua ruiva, Zoro se ajeitava melhor na cadeira. O homem estava vestido com uma blusa social escura de gola branca, calça jeans e um tênis preto. Quando a viu entrar na cafeteria seu coração falhou uma batida.

Não estava vulgar como sempre, em vez disso usava um vestido branco sem muitos detalhes que escondia as coxas da mulher, porém deixava a mostra suas belas pernas.

— Demorei? – sorriu enquanto via o homem a sua frente se levantar e puxar a cadeira para ela se sentar. – Obrigada, Zoro.

— Na verdade estou sem o meu relógio, mas na minha opinião demorou sim. – resmungou, voltando a se sentar de frente para ela.

— Eu sei, você estava com saudades, de novo. – a ruiva soltou um sorriso galanteador em direção a Zoro.

— Oe, Nami! O que tenho a dizer não tem nada haver com saudades. – Zoro retrucou com o semblante calmo, porém sério.

Bem diferente de como estava por dentro, Zoro tentava ser forte porque a qualquer momento poderia fraquejar e voltar atrás em sua decisão, o que não aconteceria, justamente por isso não encarava a ruiva, assim não perderia o foco.

— Hum... Então me diga o que você tanto queria dizer que não poderia ser dito pelo telefone, mas antes, posso saber se isso tem haver com meu casamento? Então resolveu ir? – Nami tentava fazê-lo olhá-la, mas essa tarefa estava se tornando um verdadeiro desafio, Zoro olhava para todos os lados, menos para ela.

— Não, por Deus! Isso não e eu já falei antes que não pretendo ir no seu casamento. – bagunçou os cabelos com as mãos, em sinal de que começava a se sentir nervoso ou melhor, ele já estava assim desde o momento em que Nami chegou. – Eu estive pensando e tomei uma decisão. Não quero continuar sendo o seu amante, acho melhor sermos só amigos ou algo do tipo.

— Como? – Nami o olhou espantada. Ele estava simplesmente dispensando-a dessa forma? Impossível. – Por acaso está louco ou bêbado? –chegou bem perto do Roronoa para sentir seu hálito e conferir se o mesmo havia ingerido algum tipo de álcool.

— Não estou louco, muito menos bêbado. – respondeu, vendo-a se afastar lentamente, olhando-o emburrada e de braços cruzados.

— Então? Posso pelo menos saber o motivo dessa decisão tão repentina? – parou para pensar por um segundo. – Talvez por causa de outra?

— Não é por causa de outra e você sabe muito bem o motivo. Não vai dar certo assim, Nami e se você ainda não percebeu, seu casamento está chegando. 

A ruiva revirou os olhos, escutando atentamente as palavras de Zoro, no entanto não concordando com a decisão dele.

— Sinceramente? Não sei o porquê desse rodeio todo, vou apenas me casar, não é nada demais, isso não vai mudar nada em minha vida e muito menos na sua, afinal você vai continuar sendo o meu amante como antes. – Nami tentou expor o próprio ponto de vista, torcendo para que Zoro começasse a ver a burrada que estava cometendo ao terminar o relacionamento deles.

— Nada demais? – Zoro repetiu, incrédulo demais para conseguir dizer outra coisa.

 O que ela pensava sobre casamento? Nami estava achando que seria uma brincadeira de criança? Zoro piscou atônito, sentindo-se incomodado com o jeito despreocupado da ruiva em relação ao próprio matrimônio.

— Nami, você sabe o motivo, não se faça de desentendida. Quando você se casar com o Sanji, quase não nos encontraremos, então não consigo ver uma razão para continuarmos com isso...

— Ora! Você sabe que eu posso arrumar desculpas para enganar o Sanji, ele sempre acreditou em mim, ainda não consigo ver os motivos que estão te motivando a terminar comigo. – a ruiva expôs sua opinião.

— Você não tem jeito mesmo, não é? Eu vou ter que repetir de novo que te amo? Eu mal aguento te ver com aquele baka, imagina quando vocês se casarem. Só estou fazendo isso pra não sofrer mais, Nami vê se me entende. – Zoro abaixou a cabeça, tentando esconder a tristeza que estava sentindo desde que a moça chegou, essa seria a última conversa que teria com ela, não queria que sua última lembrança fosse de um rompimento nada amigável.

— Zoro, eu... – Nami tentou dizer, finalmente dando-se conta do que tantas vezes fingiu não notar.

— Com licença. – a garçonete apareceu diante deles, interrompendo as palavras da ruiva. – Querem fazer o pedido?

— Eu quero um café expresso. – Zoro se adiantou, divertindo-se momentaneamente ao ver Nami bufar por ter sido interrompida.

— E você, senhorita? – virou-se para Nami, com um sorriso.

— Eu não quero nada, obrigada.

— Ok! – a garçonete despediu-se com um sorriso simpático, voltando a deixá-los a sós.

— Voltando a nossa conversa de antes... – a ruiva retornou ao assunto após a garçonete sumir de sua visão. – Eu não pretendia te magoar, Zoro, nunca quis isso.

— Se você ama aquele loiro lá, por que corre atrás de mim? Como você disse antes, eu sou apenas mais um amante e nada mais, você sabe que pode achar outro fácil. – Zoro soltou um suspiro, obrigando-se a dizer as palavras que continuavam a machucá-lo.

— Mas eu não te considero apenas como um amante. – gaguejou trêmula.

— Não? Então o que sou para você? – Zoro apoiou o rosto em uma das mãos e a fitou demoradamente, sentindo uma pequena chama de esperança acender dentro dele.

— É complicado falar disso. – desconversou, incomodada com o olhar intenso do marimo.

— Ótimo, então está decidido, terminamos por aqui. – o homem levantou da mesa e continuou. – Só me procure quando tiver certeza do que realmente significo para você.

— Mas e seu café? – Nami desesperou-se, incapaz de acreditar que Zoro cumpriria o que tinha dito. Ele não iria deixá-la, certo?

— Esqueça, pedi justamente para você. – enfiando as mãos no bolso da calça, tirou alguns trocados. – Adeus, Nami.

Os dedos longos deslizaram lentamente pela mesa, quase tocando os braços finos de Nami, no entanto antes de encostar-se a ela, deixou o dinheiro perto das mãos delicadas da ruiva e se afastou, não dando chance para que ela lhe impedisse.

Zoro saiu do estabelecimento com as mãos nos bolsos. O céu estava nublado e cinzento, assemelhando-se com ele e em como estava sentindo-se depois que foi embora, deixando a ruiva para trás. Era um adeus, uma despedida silenciosa. Restando apenas o vazio e a estranha sensação de que algo estava faltando, algo que não poderia ser reparado facilmente. 

Ele tinha feito a coisa certa? Com toda a certeza, sim. Zoro poderia ter evitado todo esse sofrimento desde o começo, poderia ter evitado as noites em claro cada vez que pensava nela, poderia ter sido tudo diferente se não tivesse caído em tentação, mas agora já era tarde.

Zoro já tinha caído em tentação o suficiente, restando-lhe apenas uma única solução, deixá-la livre enquanto tentaria esquecê-la de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

Bom gente deu pra ver que aqui na one a data ta diferente da nossa,porque a gente ainda ta em Outubro e eles em Agosto já.
huahsuahsuash.
E sim,eu sei,o nome da Cafeteria foi tosco,foi a falta de imaginação ;x
E creio que no último capítulo seja com mais falas também,mas será a vez de Nami e a Robin.
Não sei ainda quando vou começar a fazer o último pedaço da one,mas não irá demora,logo começo,aproveitar que a criatividade da pra criar a última parte ainda.