A última Cartada escrita por daghda


Capítulo 26
Pedro Petigrew


Notas iniciais do capítulo

Sem muito a dizer, apenas que esses capítulos saltaram direto da minha mente insana para o pergaminho (virtual, ou seja, word... hehehe). Então, a eles:



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Tiago, sem esforço, compreende onde Sirius quer chegar.

 

_Pedro? Mas ele não está aqui. Como seria?

 

_Facílimo de resolver.

 

E mal tendo dito isso, o hábil e elegante bruxo ergueu a varinha, invocou dois pedaços idênticos de pergaminhos, já escritos em sua caligrafia. Por frações de segundos os pergaminhos pairaram diante de Tiago, que os apanhou e leu rapidamente apenas um deles, deduzindo que o outro continha as mesmas palavras, ainda sem entender o porque de dois pergaminhos iguais, enquanto Sirius preparava a segunda parte do feitiço, apontando para as próprias mãos a varinha e dizendo: ‘incendia viator’.

 

O texto era simples.

 

Encontre-me em frente à casa de Tiago, não fale nada com ninguém. Não demore nem um segundo. Urgente.

 

Sirius

 

_O que está esperando? Jogue o primeiro aqui! - Disse Sirius, que se tornara perito em realizar o feitiço do fogo branco.

 

Tiago ainda sem compreender, mas sentindo toda a urgência na voz do melhor amigo, enrolou mal e apressadamente o primeiro pergaminho e quando o jogou na chama branca, Sirius disse um nome – Lupin - ao que Tiago estranhou, mas não questionou. Pensou que Sirius iria se comunicar com Dumbledore, ou alguma outra pessoa da ordem para comunicar a mudança de última hora, mas não imaginou que seria Remo. Apenas começando a enrolar o outro pergaminho, tentando fazer um trabalho melhor; assustou-se com a voz do amigo:

 

_Tiago, não enrola! Anda Logo.

 

E mais uma vez se desconcertando, Tiago deposita o outro pergaminho no fogo e Sirius diz - Petigrew.

 

Em uma caverna erma, para onde Lupin costumava fugir em noites de Lua cheia para se transformar depois que terminou seus estudos e para onde, apesar de não ser lua cheia, ele tinha se refugiado nesse momento, depois que saiu de Hogwarts, as mãos de Lupin brilharam e crepitaram em uma límpida chama. Leu a carta de Sirius e se sobressaltou. O que poderia estar acontecendo? Tiago e Lílian poderiam estar em perigo! Não pensou duas vezes. Desaparatou.

 

Pedro encontrava-se angustiado em sua pequena casa. Estava amedrontado. Pensava nesse exato momento nas decepções, fracassos e frustrações que estava apresentando tão freqüentemente diante do mais ameaçador bruxo de todos os tempos. Sabia que a paciência de Lord Voldemort não iria perdurar muito. Ele poderia estar agora mesmo planejando torturas para lhe aplicar. Seria possível fugir do Lord? Será que Voldemort o encontraria mesmo em sua forma animaga? Tremeu somente de pensar e foi pego de surpresa quando o criadinho ao lado da cama começou a brilhar. Logo a chama subiu e dele saltou o pergaminho mal enrolado. Leu. Não soube o que pensar. Preferia mil vezes fingir que não recebeu a mensagem. Mas se fizesse isso poderia levantar as suspeitas dos amigos, ou de Dumbledore, ou pior, de Moody, ainda mais do que já estavam açuladas. E de mais a mais, na frente da Casa de Tiago? Quem sabe ali estaria a chance de ele espionar e levar para o Lord alguma informação que valesse a pena? Desaparatou.

 

Quase no mesmo segundo os dois amigos de Tiago aparataram e quase trombaram na pequena rua de Godric’s Hollow, mas não podiam enxergar a casa, tão conhecida deles. Um tanto sem entender, foi somente Lupin que julgou ser já os efeitos do Fidélius Em pouco tempo surgiu diante deles, como quem se materializa, Sirius, muito ansioso e apressado.

 

_Vamos, me sigam. Não temos tempo. A casa está aqui, apesar dos feitiços desilusórios.

 

_Vocês ainda não...

 

_Não, Lupin. Tivemos uma idéia muito melhor. Sei que vai concordar. Vamos logo. Lá dentro explicamos.

 

Uma vez na segurança da casa e dos feitiços invocados nela, os cinco amigos conversaram apressadamente. Sirius apresentou a idéia e se surpreendeu quando a reação do covarde amigo Pedro foi positiva, e até de expectativa com a possibilidade. Lupin também não discordou. Mas tendo convivido e aprendido muito com Dumbledore e Moody, se resume a dizer.

 

_Mas antes vamos repetir aqui todos os feitiços que foram usados nas reuniões que nos impedia de dizer a qualquer pessoa não autorizada aquilo que for falado ou feito aqui. Concordam?

 

Tiago e Pedro olham o amigo com certo ar de consternação.

 

_Remo, que exagero! – Diz urgente Tiago – Não há traidor aqui. Nenhum de vocês...

 

_Mas poderíamos ser capturados. E os feitiços impediriam qualquer um de nos forçar a dizer o que não queremos. São eficientes contra verita-serum, e travam a língua de quem a beber, são eficientes contra a legilimancia, pois embaralham as imagens mentais lidas, não deixando margem para os pensamentos serem compreendidos.

 

Agora só Pedro manteve o olhar contrariado, porque Tiago já começava a rir imaginando os comensais tentando invadir a mente de um deles e vendo as imagens mais loucas das travessuras marotas.

 

_Ok, Remo. Mas você sabe esses feitiços?

 

Sem responder Lupin começou a apontar a varinha para todos os cantos da sala dizendo palavras que os outros não conseguiram acompanhar. Por fim, conjurou uma bebida para  todos beberem, menos o bebê que dormia calmamente em uma poltrona estofada com braços.

 

_Tudo certo. Pedro. O ritual está neste livro, na mesinha. Remo, não podemos ficar dentro da casa enquanto o ritual é realizado.

 

Quem questiona é Pedro, demonstrando insegurança:

 

_Porque não podem. Preferia que vocês ficassem.

 

_Por que a lei do feitiço diz que quem permanecer no interior da casa além dos protegidos e do fiel do segredo durante o ritual, precisará chamá-la de lar enquanto o feitiço perdurar. E caso isso não aconteça, o feitiço se rompe. Como não poderemos ficar aqui, nem dar tanta sopa sobre este lugar, o ideal é que Pedro realize o ritual e depois venha aqui fora e nos transmita o segredo. Então poderemos entrar e comemorar o sucesso e a segurança dos nossos amigos. Agora, Lupin. Está com sua capa de invisibilidade?


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