Um dia, eu e Josh (melhor amigo) fomos ao cinema, como amigos.

  Ele foi comprar os ingressos e enfrentar uma fila enorme, enquanto eu esperava sentada em um banco fora do cinema.

  Eu olhei para a direita por um tempo, mas quando eu olhei para frente vi o cavalo branco com uma expressão de raiva:

  —O que você está fazendo? – fala ele, bufando

  —Estou indo ao cinema com um amigo. E você, o que está fazendo? O que está querendo? Por que me persegue?

  Ele nem respondeu. Virou as costas e saiu galopando. Logo depois, Josh apareceu e fomos ver o filme.

  Um mês depois, o menino mais lindo da escola, Cássio, me chamou para ir à sorveteria. Aceitei na hora.

  Ele foi me pegar em casa e me levou até lá. Tomamos sorvete, conversamos e fomos até um banco da praça. Lá ele foi se aproximando para me beijar. Eu fechei o olho e fui até ele, mas quando dava para nós nos tocarmos, sinto pelo em minha boca, pelo branco.

  Abro os olhos e vejo o cavalo encarando Cássio, não resistindo falei:

  —O que você está fazendo?

  —Tentando matar esse cara sem ninguém perceber e pensar que foi você!

  —Cássio, espere um segundo. Ok?

  —Desde que este cavalo arisco saia daqui, ok.

  Eu puxo o cavalo até um lugar cheio de árvores:

  —O que você quer? Eu ainda não beijei ninguém por sua culpa!

  —Realmente, mas EU não quero que você beije.

  —Por quê? Quais são suas chances comigo? Você é um cavalo e eu sou uma humana!

  —Um dia você irá entender...

  Ele sai galopando novamente. Eu volto até o banco e para os braços de Cássio.

  Quando fomos nos beijar novamente, o cavalo a apareceu e disse:

  —Sem beijos.

  Ele faz Cássio se afastar e manda-me subir nele. Claro que eu não quis subir:

  —Sobe!

  —Não!

  —Clara sobe AGORA!

  —Como sabe meu nome?

  —Você me contou há doze anos!

  Eu subo nele e ele me leva até uma floresta. Eu desço dele e ele fala:

  —Espere até o começo de seu terceiro colegial, quando você estará com dezoito anos e eu também.

  —Tudo bem, mas só até o fim da primeira semana. Se não JÁ ERA.

  —Tudo bem, para mim é tempo suficiente.

  Passaram-se dois anos.