A Batalha Final - por Outros Olhos escrita por daghda


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Breviário sobre as reações e emoções do Lord das Trevas diante da batalha final.



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_ Minha! Enfim verdadeiramente minha. Vamos Nagine, agora não há nada que me impeça de ser o mais poderoso e vitorioso Bruxo que o mundo Já viu. Agora Harry não será páreo para mim e minha varinha.

Voldemort sentia a euforia e a ira percorrerem cada veio de seu reconstruído corpo. A cada segundo se convencia de que podia sentir todo o poder da varinha percorrendo de seus dedos ao resto de seu corpo, se fazia crer que tinha sensações completamente diversas de quando ele pusera pela primeira vez as mãos nela, quando a roubou do túmulo de Dumbledore.

Era lamentável que para que isso fosse possível fora necessário matar seu melhor homem. Mas as sensações de posse que Voldemort julgava sentir pela varinha agora o compensavam. Julgava, imaginava sentir, pois na realidade ele não sentia nada além de ira e euforia.

Toda a sua tropa estava a postos, todas as chamadas a Harry para que ele pudesse se entregar devidamente feitas. Hora de ordenar o segundo ataque e aguardar, quem sabe mandar Nagine para espionar e voltar com as novidades?

Não. Muito arriscado, ela é a única que resta, a única garantia de imortalidade que o Lord ainda possuía, ele definitivamente não poderia arriscá-la.

Enquanto aguardava, ouvindo o barulho dos feitiços estourando ao longe no castelo, voldemort, ansioso, sente a necessidade de espairecer, se distrair, e devaneando, pensa que há, sim, um feitiço no qual Harry é expert e que ele nunca tentara: O EXPECTO PATRONUN. Decide tentar. O que ele poderia perder? Mas como era? O que precisava fazer? Como era o movimento da varinha?

Sacudiu a varinha como uma criança nervosa e proferiu as palavras, houve resultado, afinal um bruxo como Lord Voldemort não poderia ser aniquilado por um feiticinho, porém algo deu errado, pois quando a fumaça prateada saiu da ponta de sua varinha e tomou a forma de uma serpente, ela se voltou contra ele, avançando em direção ao seu pescoço. O Lord riu, interrompeu o fluxo do feitiço e comentou "preciso aprender a controlá-lo", e tentou novamente. Dessa vez a fumaça saiu mais especa, num tom cinzento escuro, pesado e a serpente que ele formou era maior, fazendo Nagine silvar inquieta aos ombros de Voldemort.


Enfim o tempo passou e já não era possível aguardar mais, era necessário se fazer mais eloqüente.


Ordenou que os ataques cessassem mais uma vez, e ameaçou que no próximo ataque que fizesse, ele pessoalmente entraria na luta, se Harry não se entregasse.


O tempo passou e no fundo Voldemort sabia que Harry iria se entregar, já tinha sido notificado das mortes mais significativa de ambos os lados, e da desvantagem em que o inimigo estava. 

Aguardou calmo e como o esperado ali estava Harry. Nem mesmo o Lord viu de onde ele veio, sabia que nos terrenos de Hogwarts não se podia aparatar, mas era o que parecia, afinal, não o viram chegar, apenas se depararam com ele ali parado, desarmado, inerte.


Na verdade Lord Voldemort nem mesmo estava percebendo as palavras de zombaria que proferia contra seu maior rival ali indefeso, parecia estar embriagado de exultação e vitória, só pode voltar à realidade quando proferiu a maldição da morte. 

Sentiu uma dor lancinante, como se a primeira tentativa de matar o garoto estivesse naquele momento se repetindo idêntica. Tombou, e foi preciso sentir o toque das mãos de Bellatrix para perceber que ainda tinha corpo, que não fora como da primeira vez, quando saiu sem um corpo, menos que um fantasma. Estava vivo, conseguira exterminar Harry Potter, mas a dor percorria todo o seu corpo e se sentiu fraco, até ignorar todas essas sensações e partir para a tomada de Hogwarts tudo parecia turvo e manchado, como se tivesse perdido metade de sua essência, fosse metade menos real.

Mas ele tinha que continuar, seguir em frente, mediante à vitória previamente conquistada. Era simples, bastava, como sempre, não admitir que sentiu o choque, que fora golpeado ao golpear Harry, não admitir para nenhum de seus aliados, para nenhum de seus inimigos, nem ao menos para si mesmo. Ele vencera e isso era irrefutável. Bastava seguir com seu troféu para diante de seus execráveis inimigos e declarar a posse do mundo bruxo e todos se curvariam mediante à grandiosidade do Bruxo que derrotou Harry Potter. Claro, para tanto ele acabava de admitir amargamente que Harry Potter não era, afinal de contas um bruxo fraco e medíocre, como ele sempre gostou de ofender seu arqui-rival. Seguir. O meio gigante, pior categoria de mestiço, ele poderia carregar seu incômodo troféu até o pátio da Escola.

Voldemort seguia, um pouco tonto, com Hagrid preso à ponta de sua varinha por Imperius, carregando Harry e cada soluço de seu choro convulsivo parecia inundar o Lord de uma euforia nova. Chegaram e o corpo de seu maior rival foi depositado sob seus pés, inerte, imóvel, e voldemort se auto-conclamou vitorioso. Sentia toda a majestade que tinha conquistado, e seria muito fácil subjugar todos os outros agora, mas algo não estava correndo como o seu planejado. Centauros surgiam de todos os lados, e mais bruxos também, de onde eles vinham? 

Todos atacando os comensais e ele. Tinha de reagir e começou freneticamente a lançar maldições para todos os inimigos que conseguia mirar, mas algo o estava impedindo de atingir os alvos. O que acontecia?

 De repente ele olha para o lado e vê a cabeça de Nagine revolvendo no ar e Neville com a espada de Grifindor em punho. Estava tudo perdido, ele era mortal novamente. Tentou se agarrar ao fato de que era um grande bruxo e que conhecia magia suficiente para exterminar a todos e depois começar de novo a produzir orcruxes, mas no íntimo só conseguia sentir insegurança e medo da morte.

 Pânico começou a tomar sua mente, seu corpo, mas isso era inadmissível, tinha que continuar atacando, e aumentou a intensidade e os esforços a cada maldição que lançava, mas ainda assim elas pareciam estar sendo bloqueadas.

 De repente as vistas de Voldemort repousam em um vulto parado diante dele, escurecem, voltam a tomar foco e ele percebe aterrorizado que era Harry. Mas como? Ele pessoalmente acabara de lhe tirar a vida, como poderia?

 Mas Harry começou a falar uma incontável sucessão de palavras que inicialmente soavam sem sentido para Voldemort, mas depois começaram a entrar nos eixos e Voldemort se sentiu tolo, principalmente quando ouviu Harry o chamar de Tom Riddle. E ele percebera enfim que falhara em muitos aspectos, que tinha sido presunçoso, que a varinha das varinhas nunca foi dele, e agora ele não tinha saída. Ou ele matava Harry, ou ele morria. Sabia que o medo que sentia poderia o prejudicar e tentou evitá-lo, mas era impossível. Achou melhor investir contra o inimigo o mais rápido que pode, mas não se sentiu capaz de lançar a maldição não-verbalmente, por isso gritou, extraindo voz do seu mais profundo ódio. Imprudência. Com isso Harry teve tempo de lançar a magia defensiva, e quando Voldemort ouviu a voz do Potter gritar "expeliarmus", percebeu mais um fenômeno que ele não poderia imaginar para aquele momento: sua maldição ricocheteou, refletiu e se voltou contra ele e ele só teve tempo de se sentir o mais confuso que já se sentira em toda a sua vida antes de sentir a vida deixando seu corpo e... apagar.



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Notas finais do capítulo

Devidamente revisada e sem erros de português, graças a um review sincero e delicado que me aconselhava a isso da querida Lilaleva, que me tem acompanhado e incentivado com gratos elogios e sensatas críticas que me motivam a produzir mais e melhor.
Obrigado Lilaleva.